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Altares: O que são e para que servem

Olá pessoal, tudo bem?
Depois de muito tempo longe, muitos aprendizados e muitas práticas, estou hoje com um tempinho livre, então que tal conversarmos sobre algo que é da curiosidade de muitos e do conhecimento de poucos.
Quando falamos em magia, logo pensamos em varinhas mágicas, livros secretos e diversas outras situações, mas muitos se esquecem ou sequer lembram de um pilar fundamental para todo bruxo: o Altar.
Mas, o que são os altares?
Os altares são locais específicos de um recinto (seja um quarto, a sala, um local próprio no jardim, etc) onde o bruxo possa ter contato com o que lhe é mais importante, seus utensílios e sua própria energia. Os altares são sempre montados com quatro itens principais, independente de vertente seguida (grega, egípcia, wicca, antiga tradição, etc.) e sempre com alguns toques mais especiais e pessoais que variam de acordo com cada pessoa e também a época do ano em que nos encontramos.
Em resumo, podemos afirmar que o altar é o local de força do bruxo, lá se encontram as representações dos 4 Elementos e alguns dos itens de poder do bruxo e outros objetos, tais como estátuas ou itens que sejam de algum valor (para o proprietário). Além de todo o simbolismo unificado por cada pequeno detalhe e ínfimo objeto, o altar é um ponto de paz do bruxo proprietário, sendo que ali são ralizadas grande parte das orações, meditações e até mesmo alguns pequenos rituais indivíduais; com tais práticas e contato, assim como em qualquer outro ponto da magia, o altar tomará as energias do bruxo para junto de si e ambos estarão conectados por um vínculo vibracional/energético único do ser. Esta conexão se dá pela dedicação e o cuidado, sendo que após algum tempo de contato entre o praticante de magia e seu altar, a pessoa se torna seu altar, podendo recorrer ao mesmo em locais distantes, outros cômodos ou até mesmo kilômetros, afinal, ambos se tornam como um único ser, uma única vibração.
Eu, em meus aprendizados e estudos, classifico os altares como três especificos:
1- O altar Sabático/Esbático: Altares dedicados para montagem e realizações dos rituais e dedicações que ocorrem durante o período dos Sabbaths ou Esbaths (datas do ano que se caracterizam pela movimentação solar e lunar, respectivamente). São muito exclusivos de cada um por conter oferendas variadas e decorações também conforme o gosto de quem o prepara; mas são de maior regimento, devem ser montados e desmontados em datas específicas, conforme a data em questão, deve conter cores determinadas e alguns objetos próprios. (P. ex. Samhain, deve ser montado em 31 de Outubro e desmontado em 1 de Novembro [pode haver uma flexão de maior data conforme o que será feito pelo bruxo] e devem conter alguns detalhes com coloração negra, roxa ou laranja; sendo obrigatório ao menos uma delas)
2-O altar espiritual: São altares físicos (podemos tocar) mas que se dedicam aos seres Superiores, são montados de acordo com o que se dedica, podem ser feitos para os antepassados (muito comum os japoneses terem este tipo, tendo como principal item as espadas ou vestimentas dos ancestrais), ou até mesmo divindades específicas, podendo haver também um altar para o guardião da pessoa, da residência, um guia espiritual, elfos, dragões, etc. Não necessitam especificamente da presença dos 4 Elementos (como no dos antepassados), mas nos demais, como dragões, é exigido a presença destes itens e o altar é montado conforme eles solicitam; poucas vezes dão liberdade para o bruxo decorar como deseja, quando há tal possibilidade, não é permitido nenhuma forma de exagero.
3-O altar pessoal: Esse é o famoso altar que vemos em filmes, livros e tudo mais ligado a magia. É o altar pessoal do bruxo em questão, ali se depositam seus objetos e forças; é montado em honra aos 4 Elementos e a si mesmo, é de criação livre e não exige um local específico, sendo do tamanho necessário; seja uma mesa própria, uma bancada na sala, ou até mesmo dentro de alguma repartição do guarda-roupas para que os demais residentes não vejam (pois existem famílias que não aceitam, etc).
 
Os altares possuem o mesmo objetivo, honrar a algo ou alguém; como a igreja é para um cristão, o altar seria para o bruxo (fazendo uma comparação bem grosseira); ali se dedicam as preces, meditações e especialmente a honra ao Superior e a si mesmo.
Pontos importantes são de total conhecimento para quem possui um altar:
-Apesar dos itens serem seus (como no caso do pessoal), ou seja, não dedicado à um deus ou entidade, são objetos sagrados, não podem ser utilizados em motivos de propósitos diferenciados;
-Quanto menos amostra estiver, melhor; por ser algo muito pessoal, quem deve ter contato é você e apenas você;
-Altares coletivos são diferenciados, se criar um altar para a residência onde todos terão acesso e o utilizarão, tenha em mente que sua montagem e preparo mágico é diferenciado de um altar pessoal, espiritual ou outros; cada um tem seu modo de ser montado e consagrado;
-Altares devem ser de posse para os inicados que passaram pelo rito de consagração, mesmo assim, com o tempo que lhe é pedido a montagem do altar, muitas vezes meses são passados para que seja necessário montar seu altar sagrado;
-Altares atraem o que ele foi montado para atrair; sejam energias ou seres.
Ter um altar é muito bonito, gratificante, mas exige responsabilidades; e cuidar deles não é fácil. Jamais monte um altar sem a confirmação de seu mentor(a), sua presença na residência pode acarretar problemas diversos de acordo com a montagem. Um exemplo é de uma conhecida, uma moça chamada I.S. demonstrou curiosidade em mitos e vida mágica, conversou com um bruxo e este comentou que acabara de limpar o altar e conversaram sobre gnomos; quando ela encerra as diversas dúvidas sobre a existência de gnomos, ela então decreta "Vou montar meu altar, gosto tanto de Gnomos".
O bruxo em questão a explicou que não devia ser realizado jamais, ela desejava montar um altar em honra para seres as quais ela sequer acreditava na existência, não conhece nada sobre os seres e é católica praticante; qual seria o problema na montagem do altar?
De início, a falta de conhecimento dela por não saber quais as capacidades de tais seres; ela realizar a montagem de tal altar seria como um faról dentro de sua residência de forma a atrair os mesmos para a casa e poderem se tornar descontrolados; o fato de ser católica pode acarretar no medo caso haja a percepção de tais seres na casa e isso desencadearia reações de rebeldia e até casos graves de "poltergeist", muitos dos exorcismos de elementais das residências se dá por pessoas leigas montarem altares e convocarem tais presenças; o fato de maior agravância é que gnomos (e outros elementais) não se subordinarão as palavras de padres, muito menos responderão ao nome de Jesus Cristo ou do Deus cristão; sendo obrigatória a presença de um sacerdote da magia para o banimento.
Em término, o altar é um ponto que requer cuidados no preparo e manutenção para que possa ceder a pessoa um bem estar e tudo mais o que ele vier a necessitar no futuro; portanto, se você não é um iniciado ou se é leigo no assunto e se interessa por curiosidade, não tente mexer com situações além da possibilidade de seu controle; montar um altar é abrir uma porta; a questão é que nunca sabemos para onde estas portas podem nos levar.
Um enorme abraço para você, caro leitor e até a próxima lição!
Escrito por Felipe M.


A Igreja Católica e seus atos "puritanos"

Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Andei sumido por causa dos estudos (e ainda tenho muito que estudar), porém, resolvi tirar um tempo pro Baú; estava com saudades de vocês, meus leitores!
Para retomar com força total, vou falar sobre a Igreja Católica; já que uma enquete perguntou as religiões que atraem interesse, e o catolicismo está entre os primeiros e disse que falaria um pouco sobre cada uma, aqui estou!
Antes de iniciarmos, gostaria de deixar BEM CLARO aos leitores; não escrevo para depreciação de nenhuma religião ou indivíduo, não sou a favor de disputas religiosas, respeito as religiões e exijo o mesmo e não o que se segue abaixo não é uma tentativa de depreciar ou apedrejar a igreja Católica.
Enfim, como é uma religião bem disseminada na atualidade, vou colocar algo que tenha mais a ver com com o blog; resumindo, contar de onde surgiram determinadas datas, crenças e de onde se basearam.

Disseminação do catolicismo:
Como sabemos, o catolicismo não é tão antigo como muitas outras religiões as quais cito no Baú; mas quando algo novo surge, o que pode impedí-lo de ser disseminado por entre as pessoas?
A resposta é simples, algo que já domina estas mesmas pessoas. Como ato inicial, os católicos se puseram a pesquisar qualquer brecha que poderiam se adentrar nas religiões já existentes e começar o seu domínio religioso. Abaixo seguem como adquiriram fiéis e como se aproximaram dos demais.

Catolicismo X Gregos:
Sem dúvida, e comprovada pelos historiadores, o catolicismo na região de domínio grego foi um dos menos violentos da história católica. Existiram sim guerras e batalhas contra os católicos, mas foi considerada (pelos gregos) como uma guerra entre divindades; por quê?
Na cidade de Delfos, cidade cujo patrono era Apollo, além dos templos erguidos para o deus e seu oráculo, havia um templo muito específico criado próximo das fronteiras da cidade; este templo quase nunca é lembrado atualmente, mas contribui muito para a história do politeísmo grego e início do catolicismo. Este templo não possuia nome, muito menos uma divindade específica.
Certa vez, o oráculo de Delfos (o oráculo mais preciso e misterioso já existente) profetizou:
"Uma nova divindade surgiu, mas vive encoberto por uma densa nuvem e prefere se encontrar nas sombras para que não seja conhecido, ainda. Ele exigirá cuidados como os demais deuses se não cuidarmos dele, sofreremos com a morte. Ergua-se um templo cujo nome será incerto e a divindade será esta mesma que não se identifica; desta forma, não sofreremos a morte sem luta."
Curiosamente, dados levam a crer que tais palavras forma profetizadas alguns anos antes do nascimento de Cristo; e por respeito e crença nestas palavras, um templo foi erguido na cidade e sacerdotes especiais cuidavam do templo e das oferendas, sempre cultuando este deus secreto; porém, não era reverenciado como os demais nem mesmo possuía orações destinadas para ele.
Os católicos se utilizaram desta crença e dizeram trazer tal revelação ao segredo do oráculo; eles se demonstraram seguidores deste deus e reinvidicaram o templo, que lhes foi entregue. Com o tempo, começaram a adquirir mudanças no culto e a retirar os sacerdotes politeístas do controle e atribuíram novas formas de culto; com o aumento dos fiéis (o que demoraram anos), saíram às ruas em tentativa de trazer os demais gregos e assassinar os deuses. Como defesa, os gregos lutaram contra a opressão que começaram a sentir; mas, não seguiram o mesmo que fizeram contra os persas. Os gregos não se uniram como um único povo e aos poucos foram sucumbindo aos católicos.

Católicos X Nórdicos:
A religião nórdica foi onde a igreja reuniu grande força e também algumas de suas idéias de culto. Quando chegaram até os nórdicos, foram-lhes feitas promessas de um paraíso onde nenhum espírito sofreria, bastando se redimir ao pecado de suas vidas. Para os nórdicos, a vida pós morte teria dois caminhos a se seguir; para os guerreiros, seriam enviados à um lugar onde esperariam o fim do mundo (Ragnarok) e lutariam pelos deuses (este local se chama Valhalla), para aqueles que não morriam em batalha, eram enviados para um local sombrio e de trevas, sem redenção. A oferta católica era tentadora; mas com o passar do tempo, surgiram falhas gravíssimas neste sistema de impor a religião.
Os seguidores eram cidadãos comuns, artesãos, fazendeiros, etc; enquanto os politeístas, restaram apenas os guerreiros e sacerdotes (sendo que teriam um local especial pós morte). Com a opressão cristã, se puseram a guerrear, já que todos os deuses nórdicos possuem carácter guerreiro, nenhum passivo, os fiéis se empunharam de espadas e se defendiam como podiam, durante anos durou a guerra religiosa, mas o número de seguidores politeístas já era menor que o de católicos e vieram a perder a guerra pagando com a vida.

Católicos X Celtas:
Após o iminente fracasso da guerra anterior, os católicos resolveram impor a religião pela guerra; já contando com seus numerosos seguidores.
O catolicismo, durante os anos da guerra celta, quase vieram a perder todo o domínio. De início, os católicos já contavam vitória pelos celtas se dividirem em mais de 150 tribos, algumas pequenas e outras grandes, e viverem em constante guerra entre eles mesmos; se eles já lutam e se enfraquecem contra os mesmos, como pequenas tribos resistirão ao exército de Deus?
De fato iniciaram massacras contra pequenas tribos e vieram a perder homens, mas seguiam vitoriosos. Os bardos, se mostraram como meros civis e prometiam contar as vitórias do "Bom Senhor" pela história e pelos fiéis, adquiriram então crédito e confiança e passaram a relatar as batalhas e em suas viagens, contavam as demais tribos o que estava acontecendo.
Em um ato de defesa, os reis das tribos se juntaram em uma reunião pacífica e concordaram em uma união celta (Etrezomp ni Kelted), onde uma tribo lutaria por si mesma e pelas demais.
O número de pagãos celtas crescia numerosamente e poucos renunciavam para o catolicismo. Como eram criados em guerra desde pequenos, eram exímios soldados e criaram defesas que para a época, eram táticas perfeitas.
Em alguns momentos de maior opressão e desespero, uniram seus soldados e algumas tropas foram enviadas para atacar o centro do catolicismo; invadindo assim a própria Roma (o que hoje aprendemos como os ataques bárbaros) e até mesmo a Grécia.
Infelizmente foram derrotados pelo cansaço e o grande número católico.

Pós-Conquista:
Os anos se passaram e o catolicismo já estava em sua força plena, influenciava as idéias e principalmente regia as rédeas da população e os domavam como cavalos.
A situação católica aparentava estar sob controle, mas houveram situações que precisaram se moldar para não sofrerem represálias de seus fiéis e através do medo controlavam os hereges e pagãos, citando aqui a "Santa" Inquisição; onde o Martelo das Bruxas fora escrito para identificar bruxas e como condená-las.
Levou o mundo ao caos e a mortes por uma pessoa simplesmente usar ervas para ajuda medicinal (não é invenção, centenas de mulheres foram torturadas e mortas por usarem ervas como medicamento).
Uma outra forma, não tão eficaz, foi combater as tradição pagãs com equivalências católicas.

Natal:
25 de Dezembro. No hemisfério Norte, é a data de início do Inverno. Para os politeístas, é uma dada que merece celebrações por reiniciar o ciclo da Natureza; conhecido pelos celtas como Yule, era muito popular e uma das principais festividades anuais.
Rege as lendas e crenças de que no dia de Yule, ocorre a morte de Dagda, o bondoso deus, e na noite do mesmo dia, ele vem a renascer para reiniciar seu ciclo de vida. Há também a imagem do Green Man, onde esta data é uma de suas metamorfoses e ele se torna deus das plantações, protegendo-as contra o frio, e da generosidade (apenas no dia 25) para substituir Dagda em sua ausência; o Green Man, como era coberto de folhas, utilizava-se de vestes também verdes e rodava as tribos celtas presenteando as pessoas com alimentos e fortalecendo plantações. Era também de costume os vizinhos praticarem o livre escambo e doações de alimentos e vestes, pessoas como artesãos, ferreiros e fazendeiros sempre possuíam algo para doar e entregava o que não lhe faltaria (batatas, por exemplo), e por gratidão, lhes eram dados um presente (como uma foice) e acabam por trocar utensílios.
O catolicismo viu que precisaria apagar esta dada pagã e repor por algo católico; a noite do dia 25 é considerada como o nascimento de Jesus; surgiu também o Papai Noel (São Nicolau), um homem vestido de verde (gerações depois que se mudou para o vermelho) que presenteva os pobres e desfavorecidos e a troca de presentes também foi atribuída.

Dia de finados:
31 de Outubro, dada a qual se comemora Samhain; a mudança de ano celta e nórdica. A data se voltava pela união dos vivos, mortos e seres mágicos. Apesar do tema de horror que possui atualmente, era a data de celebração mais popular; era um dia repleto de alegria e festejos. Doces eram preparados e músicas tocadas para os parentes que voltavam ao plano dos vivos para um reencontro familiar.
As tribos indígenas da região do atual México também comemoravam a data e até hoje é comemorado o Dia dos Mortos, uma data de alegria e muitos festejos entre a população.
Perante o catolicismo, era impossível que celebrassem vida pós morte pois é algo inexistente (mas Jesus ressucitou) e esta alegria pagã devia ser destruída. A forma que conseguiram foi criar um dia de tristeza e comoção, o Dia de Finados; é um dia que remete tristeza e dores aos familiares pela perda dos parentes. Alguns historiadores dizem que 2 Novembro foi escolhido pelo fato de Samhain ser tão forte e popular, que não conseguiu ser substituído por outra data de uma religião que desejava o apagar.

Celibato:
Dizem ter surgido inicialmente na Grécia e ter se disseminado pelo mundo. Este tópico entra em expeculações, não sendo exato. O catolicismo se utilizou de argumentos contra os gregos de "como podem orar a um deus que tem relações sexuais?".
Com o tempo, muitos começaram a questionar isso e até vieram a aceitar e apesar de Deus não se relacionar sexualmente, seus sacerdotes tinham relações; como era de costume aos gregos, se um sacerdote representava um deus (ou deusa) com votos de castidade, deveriam ser celibatários e nem mesmo se casarem. Começaram então a questionar o motivo de se relacionarem e servirem um deus puro. Sem outra opção, adquiriram o celibato e se apegaram ao fato de "seres puros de corpo".

O Paraíso:
Esta foi criada especialmente durante o período contra nórdicos. Nesta mesma época houve a distinção de Céu e Inferno. Os nórdicos acreditavam que meros cidadãos, civis, ao morrer eram enviado para o interior da Terra e chegariam a um mundo de trevas e escuridão, sem nenhum perdão.
Como forma de adquirir fiéis, prometeram um lugar livre de dor, um lugar de perdão e redenção; o céu. Já que o Inferno era embaixo do solo, o Céu era acima, próximo de Deus e seus anjos.

Vida pós morte e reencarnação:
O catolicismo não é totalmente crente quanto vida pós morte, mas faz com que seus seguidores sejam discrentes.
É ensinado que após a morte, ou se é jogado ao Inferno para sofrimento eterno ou para o Céu, próximo de Deus; como se a vida simplesmente apagasse a luz.
O interessante é, Jesus ressucitou e retornou dos mortos e é considerado o único que possa o fazer, afinal é filho de Deus.

Origem do Diabo:
Este é um tópico muito interessante do assunto, já que existe uma grande mistura de crenças. O Diabo já foi considerado muitas divindades e por fim, acabou por ser qualquer deus pagão. Seu principal "representante" foi Apollo, deus da beleza e o mais belo dos deuses; chegava a se relacionar com homens e mulheres, até mesmo a praticar estupro quando enlouquecido, demonstrou o pecado da carne e a tentação.
Adiante, passou a ser considerado Pã, por gerar certo pânico na população; sua aparência não podia ser de alguém que merece confiança.
Hefesto, deus do fogo e das armas; criava o material o qual o homem cometia atrocidades, após isso, a falta de boa aparência começou a ser julgada mais friamente, como se uma pessoa desprovida de beleza física fosse enviada pelo próprio Diabo para envolver a vida em caos.
Hades, era o deus do submundo e das almas; como comandava o mundo dos mortos, foi relacionado por causar as doenças e mortes e ser o dono do Inferno.
Loki, para os nórdicos era o deus dos viajantes e principalmente da trapaça e guardião dos ladrões; com ele, o Diabo se tornou o mentiroso e trapaceador.
O mais interessante de fato é um dos deuses italianos, seu nome muito influenciou na criação do anjo belo. Dianus Lucifero, senhor do submundo e protetor da bruxaria italiana. Irmão de Regina (deusa e bruxa), e através do incesto gerou uma filha.
Juntando cada parte de todos que foram classificados como o próprio Diabo, temos a imagem que possuímos hoje, sendo que Pã se tornou um mero ícone de aparência física (humano com cabra).

Nascimento do nome Lúcifer:
Os hebraicos e judeus acreditavam que Lúcifer era chamado de Vênus (nenhuma semelhança com a deusa); acreditavam também que era um rei babilônico.
O catolicismo adotou a mesma idéia do rei babilônico, mas antes disto, ele era um anjo e ao ser expulso para a Terra, se tornou rei da região.
Eles deram muita atenção para Apollo e Dianus e também ao Vênus. Vênus, significava para a língua da época algo como "Filho da Manhã" (protetor do conhecimento); Dianus Lucifero significava "O Portador da Luz" (do conhecimento) e por fim, Apollo, cuja representação era o próprio Sol e rei das ciências e artes do conhecimento (as Musas).
Assim, Lúcifer se tornou a estrela matutina e portador do conhecimento. O nome Lúcifer é originário do grego heosphoros, que ao traduzido para o latim se identifica como lucem ferre, que no português é traduzido literalmente como "Portado da Luz" (semelhança com os deuses acima?) e com o passar do tempo, a Estrla D'Alva passou a ser conhecida como Lúcifer.
Existem também especulações de que existe relação quanto ao imperador Nero, que caçou judeus e seguidores da doutrina de Cristo e os massacrou e enterrou como indigentes; seu nome de nascimento era Lúcio Domício Enobarbo, e pelo seu ato e ódio contra católicos e semelhança de nome (Lúcio) chegou a ser considerado o próprio Diabo em Terra.

O Jardim do Éden:
O jardim possui uma grande semelhança com os Campos Elísios gregos, entretanto, está fortemente ligado ao Ragnarok nórdico. Conta as escrituras e previsões divinas de que quando o Ragnarok ocorresse, os deuses entrariam em guerra contra monstros e morreriam todos e a Terra e humanidade sofreria as consequências; as únicas coisas que restariam seria a vida animal e vegetal, quanto ao ser humano, um único homem e uma única mulher sobreviveriam e ajudariam a árvore Yggdrasil a reconstruir a vida (ela é a personificação da vida em geral).
Se perceberem semelhanças entre Adão e Eva, me contem!

Surgimento de Adão e Eva:
"Do barro viestes, ao barro retornarás". Para gregos, celtas e nórdicos, o homem fora moldado do barro e criado na semelhança do deuses, se tornando um humano desprovido dos poderes. A mulher, por sua vez, fora criada para acompanhar o homem e foi feito de uma parte do homem (o que citam como o próprio barro).
Para os católicos, Deus moldou o homem do barro e a mulher surgiu de uma de suas costelas.

Tentação de Eva e a Maçã:
A maçã era um fruto muito sagrado em qualquer religião, não sabe-se ao certo, mas era muito divinizado. Os gregos possuíam as Hespérides, cujos frutos eram maçãs de ouro e eram protegidas pelas filhas de Atlas. Os celtas possuíam Avalon, a Ilha das Maçãs, onde as maçãs eram de ouro e lhe davam o conhecimento para quem a comesse.
Eva foi muito ligada a Pandora, foi a perdição de Adão e a maçã lhe deu o conhecimento e tentou Adão a desafiar Deus.
A maçã, além de divinizada, era o símbolo da deusa grega Éris, deusa da discórdia; ela criava a discórdia por onde ia com suas maçãs de ouro.

Espero que tenham gostado da postagem e que tenha aberto seus olhos para detalhes, pois mesmo que pequenos, são importantes.
Relembrando que respeito e não estou aqui para julgar nenhuma religião e pessoa!
Abraços enormes! 
Escrito por Felipe M.

Origem dos deuses celtas

Olá pessoas, aqui neste post eu falarei sobre como os deuses celtas se originaram e algumas semelhanças com outras religiões politeístas.
Como já foi dito aqui anteriormente, a tribo de Danna e os Fomore eram as tribos divinas, enquanto um caracterizava a bondade e a luz, a outra simbolizava o mau e as trevas de um modo geral. Os Fomore, pelo que constam as lendas e epopéias celtas, foram os primeiros seres "humanos" a existirem; isso ocorre pelo fato de eles terem se originado junto com o solo da Terra, brotando como plantas e um solo fértil.
De alguma forma, os celtas não citam como, o ser humano nasceu; talvez evolução ou obra da própria mãe Terra, já que os deuses ainda não existiam neste período. Conta-se que a Terra era imersa em pura escuridão em ausência do Sol, onde a noite reinava e a vida seguia seu curso conforme lhe era possível; mais para frente, alguns anos (centenas passadas), surgem quase que misteriosamente uma tribo que é constituída de seres divinos e poderosos que trariam o que o ser humano necessitava para uma vida boa, alegre e fértil; esta é a tribo de Danna.
Mas, como Danna surgiu? Como ela poderia ser considerada uma deusa? Por que os que vieram depois dela e seus antecedentes eram deuses?
Voltando a muitos anos atrás, conta-se uma lenda celta a qual muitos chamam de "O Nascimento dos Deuses" (existem muitos nomes, depende da tribo que contava, dos livros e historiadores); apesar de o título se diferenciar, a essência é idêntica.
Uma pequena tribo de homens vivia isolada em um lugar muito distante, citada como uma ilha cuja localidade é desconhecida. Cada homem tinha um conhecimento diferente do outro, um era grande cozinheiro, outro um grande construtor, grande ferreiro, etc., certa vez, eles se uniram e através da ajuda da Grande Mãe (Terra), eles moldaram uma mulher da terra e barro e dela, se originaram outras; assim, a tribo aumentava, mas a doença os atingia como qualquer ser humano comum, em uma reunião entre os integrantes, eles tentaram arranjar uma forma de não serem atingidos pela fome, pobreza, tristeza, doença e morte.
Como eles conseguiriam? Era o que todos se perguntavam, porém, cada um prometeu dar o melhor de si em suas ciências e arranjar a resposta. Durantes dias, semanas e meses, cada um trabalhou sozinho e dava o melhor de si para realizarem o objetivo. Foi então que o cozinheiro descobriu uma receita mágica!
Ele preparou cervejas para todos os integrantes e cada um bebeu um farto caneco, nem mais, nem menos; desta cerveja mágica, eles se tornaram imortais e resistentes as doenças.
Mais algum tempo se passou e o artesão de couro, o qual fabricava as roupas da tribo, conseguiu uma pele mágica (alguns citam como de javali) e fez uma grande capa, tão perfeita, que o couro quase que não fora desperdiçado na manufatura. Todos o questionaram para que servia aquela pele, ele então trouxe um animal a beira da morte e uma farta bacia de água; levemente, ele mergulhou a capa de couro na água e a retirou rapidamente, a água começou a mudar de cor e num tom avermelhado como sangue, se transformou em vinho; aquele vinho tinha a propriedade mágica de curar qualquer doença e dor de um ser vivo, até mesmo livrá-lo da morte próxima (por curto período de tempo).
Uma das mulheres (Cerridwen), trouxe seu gigante caldeirão e após anos trabalhando em uma poção mística, conseguiu uma perfeita poção. Novamente a tribo se reuniu e aquele caldeirão conseguia produzir poções de sabedoria, quem a bebesse, se tornaria uma pessoa sábia e saberia todos os segredos da magia.
Outra mulher, conseguiu criar (através de misturas naturais) árvores que geravam maçãs douradas, elas dariam o conhecimento sobre tudo que era terreno, desde meros conhecimentos básicos até o segredo de todo o Universo.
O artesão criou vários instrumentos e objetos, todos mágicos e que seriam manuseados apenas por quem estivesse preparado para seu uso. Dentre os objetos, estão algumas armas divinas (que citarei mais para a frente) e a Harpa e o Caldeirão de Dagda.
Os anos foram se passando e as gerações mudando; logo se viram em confronto com os Fomore após a mudança da sua ilha e com isso, a morte de muitos se resultou nestes momentos de guerra. Um pacto brando foi feito entre ambos e viveram em trégua; com muitos dos anciães mortos, o arquiteto retornou aquela mesma ilha onde os segredos foram descobertos; lá, ele construiu um palácio que muitos citam como sendo dourado como ouro e aos redores, semeou as sementes das maçãs douradas. Esta ilha passou a ser chamada de Ilha das Maçãs, uma moradia dos deuses.
Dagda, Cerridwen e alguns outros deuses de gerações mais recentes se tornaram os guardiões e protetores dos segredos e dos objetos mágicos, e a partir deles, temos as histórias e contos que nos influenciam até hoje.


Complexidade divina:
Não há muito que contar sobre como os deuses se originaram; os próprios celtas contavam esta como uma lenda breve e curta; sem muitos detalhes. Entretanto, é possível perceber que os deuses são de essência humana e eram assim antes de receberem o título de divindades.
Por que são chamados de deuses?
Os celtas os chamavam de deuses, porque mesmo sendo humanos em sua totalidade, as divindades celtas seriam intituladas como tal se fossem descendentes diretos de algum deus e conseguissem controlar:
-Algum elemento natural (rios, pedras, o Sol, a Lua, etc.)
-Ter controle e conhecimento sobre os 4 elementos (Água, Terra, Ar e Fogo)
-Tivessem algum dom especial (conhecimento em poesias, guerra, etc)
-E o mais importante, possuir o conhecimento da magia (dado em objetos ou rituais que possuiam e faziam)

O surgimento da mulher:
A mulher para os celtas era extremamente divinizada. Segundo muitos contos celtas, é possível perceber que as mulheres já existiam em outras tribos e não se originaram pelos deuses como para os gregos, cristãos, etc; entretanto, esta criação mostra que a mulher é grandiosa perante os olhos masculinos celtas e que os próprios homens as divinizaram, tendo grande importância.
Poderes femininos:
Para os celtas, as mulheres eram portadoras de grande força, não como o homem (força bruta); elas possuíam o dom da vida (a gestação), o dom da proteção (como mães; os homens tinham como proteção de tribos e em batalhas) e principalmente da magia e conhecimento. Nota-se que todos os poderes e criações dos deuses se voltam para a vida e principalmente o conhecimento.

A reunião divina:
Apesar de terem bebido a cerveja, ela não era tão poderosa assim; ela possuía um prazo de efeito (como uma validade), ela teria efeitos mágicos durante exatos 1 ano da Terra. Nas reuniões posteriores, foram estabelecidas regras para adquirir a imortalidade; os deuses deveriam merecer tal presente, fazendo o possível para ajudar os humanos. Assim, estabeleceram um dia específico para que a bebida fosse feita novamente e os deuses a bebessem; este dia foi o dia de Samhain, 31 de Outubro; onde os deuses aproveitariam a mágica deste dia e renovariam a imortalidade.
A morte de alguns deuses mesmo sob o efeito da cerveja:
Apesar de a cerveja dar a imortalidade aquele que a bebesse, muitos deuses morreram em batalhas contra os Fomore; isso ocorre pelo fato de os próprios celtas os considerarem como deuses, porém ainda possuem uma parcela humana. A cerveja os livrava do envelhecimento e a morte natural; porém, ao declararem guerra, eles poderiam ser mortos em batalha, ou seja, poderiam ser assassinados.

Os itens mágicos:
Nas reuniões, eles impuseram mágicas sob os objetos as quais as tornariam possíveis de apenas um deus as controlarem; nenhum mortal conseguiria tocar a Harpa de Dagda, nenhum ingrediente entraria no caldeirão de Cerridwen, muito menos manusear as armas (já que elas tinham vida própria).
Os mais importantes foram a bebida de Cerridwen e as maçãs douradas. Cerridwen ficou incubida de dar a bebida para quem ela desejasse (ela é muito sábia); porém, as maçãs douradas foram proibidas para qualquer um, humano ou deus. Os deuses possuíam uma regra que era levada como a principal "Nenhum ser tem o direito de conhecer todos os segredos do Universo", então, qualquer um que comesse da fruta, seria morto sem julgamento (sendo mortal ou não).
Percebam a diferença entre a fruta em questão e a comparem com a situação de Adão e Eva na bíblia e no cristianismo; alguma semelhança?

A trégua entre os Fomore e os integrantes da tribo de Danna:
A mitologia celta é uma em que a trégua entre Luz e Trevas é bem percebida; não como os gregos, onde titãs ajudam os deuses, porém os deuses de Luz se unem com o das Trevas e formam um grupo muito imporante. Isso ocorre porque os celtas visavam o balanço universal, como muitos filósofos já disseram e se adéqua muito bem neste contexto é "A vida não existe sem a morte, a bondade não existe sem a crueldade e a luz não existe sem trevas".
Porém, para deixar claro, mesmo com a trégua, alguns deuses de ambas as tribos travavam batalhas pessoais com determinados integrantes rivais.

A Ilha das Maçãs:
A ilha em questão, foi criada para servir de moradia aos deuses da tribo de Danna; porém, em um consenso, todos preferiram habitar o Primeiro Mundo. A ilha se tornou um local para guardar os itens mágicos dos deuses e de lá, não saírão por mãos mortais.
A ilha recebeu o nome por todas as árvores serem as macieiras das maçãs douradas do conhecimento. Dizem que com os anos, as maçãs caíram no chão e as raízes das plantas abaixo das árvores absorveram os nutrientes da fruta e adquiriram o tom dourado. Para quem não sabe, a Ilha das Maçãs era o nome mais comum celta para o que hoje conhecemos como Avalon.

Espero que tenham gostado e já sabem; quaisquer dúvidas podem perguntar que responderei com prazer!
Abraços enormes!
Escrito por Felipe M.

Iniciando o ciclo Celta!

Olá caros seres, humanos, mágicos e espirituais que este Baú abrem; tenham um bom dia e sejam bem vindos!
Finalmente chegou a hora tão esperada para algumas pessoas, no ano passado eu havia dito que falaria de algumas divindades celtas; porém, como as pesquisas exigem tempo e não posso estacionar minha vida pessoal, não tive tempo para falarmos deles.
Fica explícito a partir de agora que não serão postadas aqui todas as divindades, as mais importantes e vitais serão chamadas para este blog para que as conheçam. Assim como o panteão grego, existem várias divindades, não chegam as centenas, mas temos os pais, os filhos, os netos e assim por diante; desta maneira, colocarei assim como fiz com os gregos, as mais importantes (o que não me impede de mais adiante postar sobre as outras divindades).
Bom, chega de discursos e vamos ao que nos interessa!

Conto de fadas ou realidade?
Atualmente, temos uma pequena parte da crença celta em nosso cotidiano; quem nunca ouviu, leu ou assistiu a algo que tenha uma base em conto de fadas?
Quase impossível; certo? Para que consiga entender corretamente, contos de fadas não são aqueles que simplesmente possuem uma princesa e um príncipe e ambos vivem felizes para sempre; estes contos devem conter magia, seja de bruxas, fadas, duendes, gnomos, elfos, os dragões e todo um clima que envolva magia e uma rápida pitada de romance. É claro que apenas por ouvir estas histórias, você não se torna conhecedor geral dos celtas; afinal, isto é apenas um milésimo de uma cultura tão rica e complexa como a dos celtas.
Atualmente, as pessoas que seguem esta crença, muitas vezes são chamadas de loucas ou então julgadas tolas por viver em um conto de fadas "imaginário"; porém, se existe algo mais real que estas crenças celtas, somente os próprios celtas.

Celtas e suas Magias:
Em postagens mais adiante, explicarei com mais calma o que é a Magia e diferenciar as suas "fases" (Velha Religião, Magia Pagã, Wicca, etc).
Os celtas possuíam a Magia muito dispersa em sua sociedade, não era algo mascarado ou temido; raras são as lendas que não envolvem tais práticas. Desta forma, os celtas praticavam a Magia Natural, a mais pura e forte; a verdadeira Magia. Com estas práticas, os celtas possuíram uma forte conexão com o lado mágico e daí nasceu o legado dos seres elementais; tais como fadas, dragões, trolls, duendes, etc.

A teoria dos três mundos:
Os celtas tinham muito bem explícito em suas mentes a existência de três mundos; todos eles totalmente diferentes e ao mesmo tempo, totalmente semelhantes. De início, é uma teoria complexa; mas com o tempo e estudo, vê-se que não é complicado de entender e muito menos de dizer que é impossível.
Primeiro Mundo: O primeiro mundo é o mundo dos vivos, o plano físico-astral-mágico. Em resumo, o Primeiro Mundo é onde nós vivemos; o aqui e agora; o solo que pisamos, o ar que respiramos, a água que bebemos. Para os celtas, a Terra possuía a mesma figura que os gregos detinham dela; a grande Mãe.
Segundo Mundo: É o mundo dos mortos, o plano astral-mágico. Neste plano, apenas os que morriam detinham a permissão de viver nele; apenas espíritos poderiam se alimentar dos frutos e beber da água. Sabe-se que no plano dos mortos, os espíritos devem se alimentar também, em muitas religiões este conhecimento é difundido (por isso existem as oferendas). As almas penadas eram as que mais sofriam, elas não detinham o direito de se alimentar neste mundo pois possuem forte ligação com o mundo dos vivos; assim, muitos que morrem, continuam no Primeiro Mundo por pensarem continuar vivos enquanto deviam aceitar a morte e ir ao Segundo Mundo.
Terceiro Mundo: O mundo dos seres mágicos, o plano mágico. Neste plano, apenas os seres mágicos podem habitar. Local onde elfos, fadas, gnomos, dragões e outros seres vivem. É o mundo mais forte e mais importante por ser onde os 5 elementos regem (Terra, Ar, Fogo, Água e Espírito) e os elementais vivem (seres de cada um dos 4 primeiros elementos). Nenhum mortal jamais conseguiu pisar neste mundo pela forte magia que o protege. Os habitantes deste mundo seguem uma rígida hierarquia mágica e podem atravessar ao Primeiro Mundo sempre que necessitarem e ao Segundo sempre que forem convocados.

A morte para os celtas:
A morte para os celtas não era vista como algo unicamente terrível. Muitos temiam a forma que morreria, mas de certa forma, a morte era celebrada e adorada. Isto não significa que eram genocidas maníacos por morte.
Os celtas detinham o pensamento de que a Universo age de forma cíclica. Não há começo nem fim, ele se manifesta de forma única, sem jamais possuir um fim. A vida também era vista desta maneira; cada vida possuía seu próprio destino cíclico, quando uma nova criança nascia, um novo ciclo nascia junto a ela; quando esta pessoa morria, o ciclo mudava (porém não terminava) e na morte, o espírito renasceria no Segundo Mundo, onde este ciclo terminaria apenas com a reencarnação, e o ciclo da vida de uma pessoa se alternaria entre estes dois mundos.
A tristeza era gerada, pois nós nos apegamos as pessoas das quais gostamos; é comum este sentimento, porém, após o período fúnebre, a morte era celebrada pois a pessoa havia iniciado um novo ciclo de vida (o pós morte).

Celtas e Igreja Católica:
Os celtas foram os principais inimigos da Igreja, desde o início das jornadas cristãs, os celtas sempre se opuseram pela idéia de um único deus e principalmente se oporem ao fato de serem dominados e controlados.
Sempre houve guerras entre ambos, infelizmente, com as idéias propostas pela Igreja e o Papa, muitos temeram o pior e com o passar dos anos, a tradição foi se enfraquecendo e os celtas se "admirando" com o cristianismo. Pelo temor de se tornarem hereges pagãos, irem contra a força da Igreja e contra as leis dos senhores de terras (os quais muitos já haviam se convertido), decidiram seguir novo rumo nesta nova religião. Pelo medo da morte em fogueiras ou serem aprisionados e torturados, a força militar a favor da Igreja cresceu absurdamente e fez com que os celtas restantes fossem derrubados.
Mas, com a derrota, veio uma vitória; alguns dizem que durante a última aliança celta (feita para se defenderem dos cristãos), os druidas se juntaram e lançaram uma maldição na Igreja de que, mesmo com a tradição celta morta, a Igreja ainda celebraria (ou faria celebrar) as datas celtas; mesmo que de maneira diferente, elas seriam lembradas e até mesmo comemoradas.
Dois exemplos que comprovam isto, é o Dia de Todos os Santos, criado exatamente no dia 31 de Outubro, onde as pessoas comemorariam o dia e dedicariam aos Santos; nesta mesma data, era o festival de Samhain, onde os mortos e seres mágicos ficariam no Primeiro Mundo e se misturariam com os vivos; era uma época de festa.
Há também o Natal, comemorado no dia 25 de Dezembro, mesma data onde se era comemorado o festival de Yule; início do inverno e renascimento de muitas divindades ocorria na noite deste dia; outra data para a alegria celta. Conseguiu associar algo desta data? (Re) Nascimento das divindades celtas e nascimento de Jesus.

Em outras postagens, falarei melhor sobre Magia, Elementais, os Elementais, os festivais celtas (Sabbats e Esbats) e também sobre as divindades.
Abraços!
Escrito por Felipe M.

Samhain, ano novo, ciclo novo!

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Estou passando aqui para pagar a dívida que deixei no dia 31 de Outubro, sobre a postagem de Samhain!
Um pequeno aviso é que, mais adiante, explicarei as datas corretas dos festivais em nosso hemisfério e o porquê de se comemorar o Halloween dia 31 no Norte do planeta e não estar tão correto em comemorarmos na mesma data aqui no Sul; entre muitas outras coisas.

Nome do festival:
Samhain - Lê-se "Sou-ein", "Samrrain", "Sam-muain", dependendo do dialeto e língua em que se baseia para a leitura, porém, o primeiro é mais correto de ser pronunciado.

Datas de comemoração:
No hemisfério Norte: 31 de Outubro
No hemisfério Sul: 30 de Abril ou 1º de Maio; sendo o último dia de Abril o mais utilizado para a comemoração.

O Samhain é sem dúvida alguma a data mais importante para os celtas, assim como nós politeístas celtas que sobreviveram nos dias de hoje e até mesmo na wicca.
É muito conhecido também como a Noite Sagrada, simbolizando o fim do Outono e início do Inverno; onde a comemoração se volta principalmente para o Sol, por ele entrar em um período onde sua permanência nos céus é menor que as anteriores, assim como para a Lua, onde ela terá maior permanência; com noites mais longas que os dias.
Samhain significa "sem luz", assim como "fim do Verão"; já que retrata o início de um período onde a escuridão domina o dia, o Sol se enfraquece e a Lua assume os céus por um período mais longo que de costume.

Sobre o que se trata o Samhain?
Samhain é uma data mística, repleta de segredos e poder, tendo um cume durante a noite pois a Lua já assume seu reinado (o céu) e ganha forças além do seu comum.
Uma das frases mais sábias já ditas sobre esta data é "Samhain não pertence ao passado, nem ao presente, nem ao futuro; assim como não pertence a este mundo, nem ao outro". Estranho, não é?
Pois bem, Samhain é exatamente o ano novo celta; assim como comemoramos a mudança de ano durante a noite de 31 de Dezembro e 1º de Janeiro, o Samhain era a mudança do ano; o ano da natureza, da vida.
O dia é repleto de energia e o Sol disponibiliza grande vigor às pessoas e seres da Terra, rituais em destinação ao Sol são feitos e pode-se notar grande poder e resposta do mesmo. A noite possui um ar misterioso, um típico charme provocado pela Lua e o início das névoas (no Norte) e a Lua com seu poder absoluto.
Além do ano novo, é também celebrado a aproximação do mundo dos mortos, o mundo dos vivos e o mundo dos seres mágicos. Conta-se que a natureza se encontra em um estado tão único, que sua influência afeta toda a vida neste dia.
O mundo dos vivos é todo o plano em que vivemos, o dos mortos é o local aonde os espíritos vivem e o mundo dos seres mágicos, é outra dimensão do nosso mundo, onde eles nos vêem, porém, não os vemos se não quiserem ser vistos (como fadas, dragões, etc.).
No início do dia 31, os três mundos literalmente se juntam e a barreira que se encontra para separá-los é totalmente "quebrada" e o contato é direto entre eles e estas barreiras se reerguerão apenas na manhã do dia seguinte.
Retrata também o início de um novo ciclo, o ano novo é para os seres vivos, humanos, animais, mortos e seres mágicos; o novo ciclo por sua vez é para a Terra, onde novamente voltarão às estações do ano, Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Celebra por fim a chegada do Inverno e o fim das colheitas.

Samhain na atualidade:
Samhain é hoje conhecido como "Dia das Bruxas" em todo o mundo, porém, é visto como uma data de terror, pânico, medo e de total preconceito contra aqueles que o comemoram de forma tradicional e relembra os antigos celtas.
A Igreja em sua época de conquista encontrou grande atrito para impor seus dogmas para o povo da população norte da Europa; como a grande maioria era celta e não abria mão de suas tradições e fé, se tornaram grandes inimigos da Igreja. A idéia de heresia e paganismo saciava o desejo humano como algo que podia ser visto "Fazem isso, pois somos fortes e defendemos o que cremos"; o que era fato; a Igreja temia que os celtas não se curvassem.
Tentou implantar a idéia de que seus deuses eram a representação do próprio Diabo. Alguns acreditaram e se converteram ao catolicismo, porém, muitos continuavam nas raízes; conclusão, para apagar este dia de festejos e alegrias, foi criado o dia de Todos os Santos, dia 1º de Novembro, onde as pessoas passariam a cultuar os santos neste dia e enfraquecer os celtas e suas divindades; em consequência, foi criado o dia de Finados (dia 2 de Novembro), um dia de tristeza e que acorrentava as pessoas a um pequeno temor e tristeza.
Os celtas restantes foram perseguidos e o Halloween virou uma data de trevas e terror.
Entretanto com dizem "Você abandona suas raízes, mas elas não te abandonam", o Halloween passou a ser comemorado com doces e fantasias e voltou a ter seu reconhecimento e ser uma data de alegria para muitos.

Rituais de Samhain:
Todos os rituais realizados eram destinados às divindades: Morrigan, Dagda e Manannán Mac Lir; sempre em pedido de um bom ano novo e um ciclo calmo, ambos repletos de prosperidade. Celebra a união da deusa Morrigan ao deus Dagda.

Tradições e pequenos rituais:
1- Como o mundo dos vivos e dos mortos está muito mais próximo e conectado, relembre de seus antepassados e entes queridos que terminaram o ciclo da vida em nosso mundo. Conte histórias às crianças sobre como eles eram e coisas que fizeram; pense, sempre existe algo para contar, mesmo que sejam histórias e lembranças que você tenha junto a pessoa. Qualquer coisa que tenham feito juntos, um passeio, conversas e coisas variadas.

2- Prepare uma refeição e dedique para seus antepassados. Se for para um ente querido específico, prepare o prato que ela mais se deliciava. Não é necessário que seja algo muito caro ou pomposo, sendo um alimento preparado com carinho já serve. Preferencialmente, sirva do lado de fora de sua casa; evite ao máximo oferecer dentro da residência. Em caso de chuvas e tempestades, pode ser feito no interior, caso contrário, por que não passar uma agradável noite sob a luz da Lua enquanto seu parente te visita?

3- Ofereça doces aos elementais em seu jardim ou quintal, preferencialmente não muito próximo da porta de entrada, muito melhor se for em um vaso de plantas onde ela esteja bela e cheia de vida. Ofereça aos elementais um copo de mel e bolo de aveias ou de frutas à eles; não recomendo o uso de refrigerantes doces (como guaraná, por exemplo) e doces industrializados, mas caso não tenha outra opção, tente oferecer. Principalmente aos duendes e gnomos que são loucos por guloseimas e travessuras com humanos.

4- Ascenda uma vela na entrada de casa. Quando o relógio marcar 18 horas (ou 19, no nosso horário de Verão), ascenda uma vela, qualquer tamanho; desde que ela tenha capacidade de ficar acessa das 18 à 00.
A vela irá proteger a sua casa contra espíritos que desejam o mal de você e seus familiares, como dizem, os espíritos ruins andam nas trevas, portanto, a chama irá espantá-los. Se a vela se apagar naturalmente (vento, por exemplo), tente reascendê-la.
Se a chama se re-ascender é porque algum familiar seu está por perto, a chegada de espíritos sempre apaga a vela, se ela ascender novamente quando você tentar; o espírito não lhe fará mal.
Se a chama não ascender, a vela perdeu sua propriedade de defesa por ter afastado um espírito ruim, tente trocar por outra vela nova e ascendê-la no lugar da antiga.

5- Pessoas do politeísmo celta e wicca fazem seus rituais em pedido de prosperidade ao novo ano e algo típico é ascender o caldeirão durante a noite, próximo do fim do dia 31, e jogar ali dentro (ou em uma fogueira) tudo o que lhes trouxe má sorte no ano. Sejam objetos que foram presenteados e lhe dão a sensação de peso e mal olhado, assim como a queima de papel com nome de pessoas para que elas se afastem e não voltem a lhe machucar.
PS: Não pode ser feito por qualquer um e de qualquer forma, possui método correto de ser realizado.

6-São feitos também rituais de purificação e renovação de energias; é também para tranquilidade e quietude.

Cores da festividade:
Preto e laranja.

Comidas:
São ingeridos alimentos como grãos, castanhas, romãs, melão, pães e bolos de abóbora, morango, milho, maçãs e o suco destas frutas e cidra.

Uso atual de máscaras e distribuição de doces:
Atualmente, nas festas é comum o uso de fantasias e a famosa "arrecadação" de doces com o "Gostosuras ou Travessuras", mas, por que isso?
Os doces são entregues para adoçar o novo ano que entra, mas de início era oferecido aos elementais, principalmente gnomos e duendes, os quais não zombariam de você e seus familiares se lhes dessem algo doce para comer e beber.
As máscaras já eram adotadas pelos celtas como forma de não terem os rostos descobertos, assim, se um espírito ruim quisesse machucar determinada pessoa, não saberia se era aquela pessoa mesmo quem procuravam pois se confundiria com as máscaras e algumas vezes, poderiam ser confundidos com seres mágicos.

O Baú se despede por aqui e lhes deseja um belo fim de semana! Promessa feita, promessa paga!
Escrito por Felipe M.

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