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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A gente pode







Todo mundo sente medo, sente dor, tenta consertar o que não tem conserto, carregamos marcas que não se apagam, ausências que fazem doer o peito.
Mas ainda é possível ouvir estrelas.
Deixar que nossa luz nos oriente.
Ainda podemos rir como se a alegria fosse nosso melhor adereço.
Acredito que pés descalços é o luxo da alma.
Que estar perto é menos físico que a gente pensa.
Que olhos falam, palavras estragam, e silêncio grita.
Que a gente quer amar pra sempre, abrir o peito, recitar poema, sem se preocupar com o que os outros pensam.
Sei que o que mais vale a pena é chamado de coisa pequena, que vira importante quando a gente deixa de achar que é grande.


Renata Fagundes










sábado, 6 de agosto de 2011

Nova eu







Ainda não encontrei palavras para descrever o que sinto. Não tem a ver com amor, realização profissional e essas coisas que a gente busca e sonha. Talvez seja maturidade. Loucura escancarada? Talvez eu tenha aprendido a me perdoar. Talvez eu queira provocar sorrisos adormecidos. Destravei minha mente emburrada.

Me descobri uma nova casa, limpa, ventilada, que não encosta no canto sentimentos e palavras, eles tomam forma, criam asas. As contas atrasam, o chefe cobra, a filha desobedece, o amor estremece. Aprendi a não esperar demais, a cobrar de menos. 

O coração até se agita, mas a alma continua serena como se eu estivesse vestida de suavidade, certeza cintilante de que o sol continua na minha janela, independente da frieza da madrugada.


Renata Fagundes













segunda-feira, 13 de junho de 2011

Em estado de graça






Não tenho todas as respostas, há tempos deixei de me fazer perguntas. Tenho experimentado uma sensação de plenitude, de certeza leve e alma descansada. Mesmo que a vida ou minhas escolhas tenham me despedaçado, nunca me senti tão inteira.


Renata Fagundes






quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A sorte de um amor tranquilo








Sempre me encontrei nas paixões passionais e inquietantes de Almodovar.
Eu ainda não havia  experimentado "a sorte de um amor tranquilo".
Aprendi que o amor não precisa ser barulhento, inquieto, ele pode brotar na calmaria e fazer morada na paz de um abraço.

                                                                     Aprendi que, desaprendi de viver sem seu cuidado.




Renata Fagundes















segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Invisível







Estou ficando repetitiva, cansativa, mais cítrica que cintilante, mais azeda que doce, mais trabalho que recreio, mais reclamona que poesia.

Minha vó já dizia: - trabalho cria, mas mata também menina. Onde você guardou a diversão?
Eu num sei, não consigo achar nem o sorriso.

Preciso de férias, massagem nos pés e uma panela de brigadeiro de colher.
Sou uma mulher adulta, mas quero brincar de ficar invisível pelos próximos dias.


 Renata Fagundes













sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A espera do inesperado





O inesperado me fascina
Nossa visão momentânea é cega, pois se concentra apenas
no que nossos olhos conseguem alcançar.

O inesperado vê além dos fatos
pra ele, nada é o que parece
acho até que ele se diverte com nossas agonias.
Consigo visualiza-lo com um sorriso sarcástico
dizendo: espere por mim...

Aprendi a confiar nele, a me deixar conduzir.
Nunca me arrependi.
Pois sei que ele está a espreita, esperando eu me distrair. 



Renata Fagundes
Post de 12/01/2010








** Semana cansativa - repostando porque hoje minha criatividade - O GATO COMEU**


Quero agradecer o carinho, a presença dos novos seguidores, aos presentinhos das minhas lindezas,  aos comentários diários. Ainda não postei os selos, desafios e não visitei todos os blogs por falta de tempo meninas.
Prometo tentar me reprogramar antes que precise ser "formatada"..rs


Um mega fim de semana a todos \o/

beijos cintilantes






















quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Degustando






Não sou uma mulher para trezentos talheres. Sou para comer com as mãos.


Renata Fagundes












terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Apego






" O apego não quer ir embora, diaxo ele tem que querer" - Maria Gadú



Apego a sentimentos e ressentimentos. Apego a palavras ditas sem pensar. Apego a momentos de alegria que não quero que perca o gosto. Apego a saudade que gruda e esquece de me largar. Apego a rotina que assusta quando se cansa e muda a rota, me apresentando o inesperado. Apego a presentes e fotografias. Apego a vidros vazios de histórias mofadas. Apego da minha pele nas mãos dele. Apego a olhos famintos que me seguem pela casa. Apego a dedicatórias amareladas em livros antigos. Apego a músicas que embalaram momentos doces. Apego ao que me trouxe paz e ao que me fez chorar.

Quero que meu apego se desapegue de mim.



Renata Fagundes





sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em voz alta




Não sei ser contida, discreta.
Brigo em voz alta, rio em voz alta, sinto em voz alta.
Sou feita de barulho e de verdade.
Murmúrio não faz parte de mim
e quem não gostar, que tape os ouvidos.


Renata Fagundes







"Acho que eu não tinha outra escolha. Ou ter gana ou ter uma vida ruim. 
Se for viver, que seja por inteiro."

Cris Guerra








terça-feira, 26 de outubro de 2010

O que me interessa



Acho engraçado quando me dizem que perco rapidamente 
o interesse pelas coisas.
É exatamente o contrário,
me interesso por tudo ao mesmo tempo.
Descubro um mundo novo todos os dias 
e preciso provar cada pedacinho.


Renata Fagundes








quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Perfil



Então, é isso que sou
um pouco de vento
um pouco de medo
desejo, afago, calor, segredo
um pouco de casa
um pouco da vida
diversão, coração, emoção
um pouco de sonho
talvez infantil
cortinas de renda, casa florida
uma pitada de santa
gosto de sal
painel de sorrisos, respingos de dor
um pouco de encanto
um tanto malícia
noites insones, cheiro de gozo
nada definido
nada previsível
apenas sou.



Renata Fagundes








sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Você é o que é...



Individualidade deveria ser uma coisa de alma (ou será que é?)

As pessoas podem repetir suas palavras como delas, mas não vão sentir o que você sentiu ao escrevê-las, pois estavam rabiscadas nas páginas do seu coração.

Uma pessoa pode listar todos os livros que você leu como se fosse ela, para parecer inteligente, antenada, mas só você ao passar por aquelas páginas, chorou, se divertiu, viveu aquelas cenas, só você sabe contar com perfeição aquela estória.

Muitos podem estampar fotos de lugares que você conhece tão bem, como roteiros de suas viagens, mas só você sentiu o aroma, se deslumbrou com as cores, se deliciou com os sabores - você estava lá. 

Uma pessoa pode se descrever cheia de amigos como você, mas você sabe pra quem correr quando está doendo, quando está feliz, ou quando só quer jogar conversa fora, sabe quem vai te receber com sorrisos sinceros, braços abertos, palavras certas, (mesmo que virtuais..rs) você é real.

Alguém pode roubar sua identidade, mas nunca será capaz de mudar suas digitais.

Eu nunca fiz força para parecer interessante, deve ser difícil manter um personagem, refazer os mesmos traços da máscara, decorar as mesmas falas sem cair em contradição.
Vivo a tranquilidade de ser quem sou, como sou, convivo bem com minhas virtudes e imperfeições.
Meu espelho não me olha nos olhos acusador por estar diante de uma farsa - deve ser estranho não gostar do reflexo da própria alma te encarando. E minha mente, bem, essa fez amizade com a loucura e as vezes se esconde da razão, pra não ouvir sermão.

Individualiade talvez seja  isso - uma linha invisível entre o verdadeiro e o falso, entre o que você é o que você gostaria de ser. 

Como o próprio nome do blog descreve - eu acho que sou 
purpurina ácida.



Renata Fagundes