A História Universal evidencia que a vida das sociedades, da Humanidade, obedece à lei da física acerca do movimento sinusoidal, com descidas e subidas alternadas. Há sinais muito significativos de que nos encontramos no início de uma nova fase do ciclo.
Numa visão superficial, um tanto pessimista pode fazer recear que o futuro está muito comprometido, porque o mal está generalizado e a humanidade está em decadência. Já aparecem muitos vídeos a mostrar que os animais «ditos irracionais» agem.quer isoladamente quer em família ou em grupo, com mais racionalidade, solidariedade e humanidade do que os humanos que se arrogam o título de racionais.
A política que devia ser a função mais nobre e mais prestigiada, está considerada como a coisa mais vil e odiada que há na Terra. É um covil onde se encontram inaptos, e que, a cada mudança,, são substituídos por outros mais incapazes, estando em vias de ali irem parar os piores marginais, movidos não pelo amor ao seu País e suas pessoas, mas aos seus interesses pessoais de enriquecimento rápido sem olhar a meios.
Por este ponto de vista parece não haverá saída fácil e que teráde vir um dia em que tudo mudará, certamente com muito perda de sangue, para depois, das cinzas nascer a Fénix.
Porém, surgem sinais de optimismo de mudança inteligente e pacífica que coloca em acção as qualidades civilizadas de poderosos agentes da economia mundial. Quanto à objectividade de um novo ciclo, tenho grandes esperanças, porque, além de estar a ser absolutamente necessário, as pessoas, a Humanidade, precisam de voltar a ser mais respeitadas e ser o principal motivo das acções dos governantes dos países.
Eis alguns sinais positivos A propósito de uma proposta de um grande capitalista mexicano para a compra dos hospitais do GES, ouvi uma senhora economista com dotes de humanista dizer que se aproxima uma era em que o negócio ligado à SAÚDE vai substituir o que hoje se liga ao armamento. Os capitalistas que aumentam as suas fortunas com a morte das pessoas estão a orientar os seus negócios para a defesa da saúde delas. É o que se vê no grupo deste magnata, na reorientação dos seus diversificados negócios.
Outro sinal de reorientação de grandes homens de negócios mundiais é o interesse do grande capital, estar a dar sinais de se voltar do petróleo para o negócio da protecção do AMBIENTE. Este, curiosamente, tem pontos comuns com o caso anterior, pois também irá concorrer para a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da Natureza em geral. Estes dois sinais do novo ciclo da Humanidade estando interligados, reforçam a convicção de que as preocupações com a saúde e o ambiente têm lógica, uma racionalidade consistente que poderá ser o estratégia de amanhã.
A elas, deverá juntar-se a PAZ. Para ela, a primeira medida seria acabar com a «não proliferação das armas nucleares» e pôr em prática a sua «eliminação total», o que deve começar pelo exemplo das potências que possuem grandes arsenais mortíferos e, depois, a ONU decretar sanções muito duras sobre o pais que teime em guardar uma, mesmo que muito pouco potente. Há muita coisa a fazer e é importante que a ONU e a NATO usem o seu PODER e obtenham AUTORIDADE, PRESTÍGIO E RESPEITO. E não tenham receio nem hesitação para manter a Humanidade numa nova era histórica de Paz, Saúde e uma Natureza respeitada e propícia à felicidade consciente e ética das pessoas.
A João Soares. 20-08-2014
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
FUTURO COM PAZ E SAÚDE NUM AMBIENTE RESPEITADO
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
«IRÃO ESTÁ PRONTO PARA O DIÁLOGO»
Transcrição de notícia seguida de NOTA:
Presidente do Irão garante estar pronto para o diálogo
Expresso. 22:52 Terça feira, 6 de agosto de 2013 Liliana Coelho
Hassan Rouhani diz esperar um diálogo construtivo com os EUA sobre o programa nuclear.
O presidente do Irão, Hassan Rouhani, garantiu hoje que o país está disposto a iniciar conversações "sérias e substantivas" com o Ocidente sobre o programa nuclear.
"Como presidente do Irão, eu anuncio que a república islâmica está determinada a resolver este assunto e a pôr fim às preocupações do outro lado, desde que os direitos do povo iraniano sejam preservados", afirmou Hassan Rouhani, citado pela CNN, na primeira conferência de imprensa no palácio presidencial do Teerão.
"Estamos determinados e prontos para iniciar sérias e substantivas negociações com o outro lado, se estiverem preparados como nós. Estou confiante de que as preocupações de ambos os lados acabarão durante as negociações, num período não muito longo", acrescentou.
Segundo o governante iraniano, se os Estados Unidos demonstrarem "boa-vontade" e "respeito" pelo Irão estão criadas todas as condições para o diálogo. Hassan Rouhani defendeu, contudo, que as sanções internacionais são desnecessárias e contraproducentes.
"As sanções e as ameaças são sempre uma sombra sobre as negociações e nós poderíamos resolver as velhas queixas num ambiente de paz e calma", afirmou.
A eleição de Hassan Rouhani, um clérigo moderado, de 64 anos, veio reforçar a ideia de que o Irão parece querer finalmente resolver este impasse.
NOTA: Esta afirmação demonstra que não é utópico nem despropositado o tema desenvolvido em
NEGOCIAÇÃO E DIÁLOGO EM VEZ DE GUERRA e nos diversos posts nele linkados
O Irão pode iniciar uma era de recuperação da sua grandeza histórica da antiguidade, do Império Persa, de Ciro o Grande, no século VI aC.
Alguns eventos:
- Nabucodonosor II da Babilônia conquistou o Reino de Judá
- Os persas derrotaram os medos sob o comando de Ciro II
- Os persas conquistaram a Babilônia e libertaram os hebreus
- Os persas derrotaram os egípcios na Batalha de Pelusa
- Revolta depôs o último rei etrusco de Roma.
- Pérsia tomou controle da Fenícia.
- Abecásia é colonizada pelos gregos antigos.
- Surgimento da Filosofia Ociental.
Curiosamente, esta notícia vem num momento importante devido a posição parecida do Papa Francisco acerca da «revolução social global».
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Inoportuno e Insensato ?
O ministro da Economia admite que a energia nuclear «é uma possibilidade» para Portugal. Realmente, no campo das hipóteses que devem ser estudadas, pois nenhuma deve ser colocada liminarmente de lado, antes de devidamente estudada nas suas vantagens e inconvenientes, e depois todas comparadas entre si para ser escolhida a mais aconselhável no universo dos factores considerados na sua avaliação.
Mas de momento, parece inoportuno e pouco sensato admitir tal hipóteses, depois das recentes manifestações contra a central espanhola de Almaraz em que estiveram presentes ecologistas portugueses, depois das imagens que circulam sobre os efeitos biológicos das fugas radioactivas provocadas pelo Tsunami no Japão e dos não esquecidos dramas decorrentes em muitas famílias devidos ao acidente na central de Chernobil.
Também não se pode deixar de atender aos alertas da professora doutora Maria da Conceição Tavares aos jovens economistas e políticos para o cuidado de não se deixarem dominar pela obsessão da matemática mas, pelo contrário, colocarem os interesses das pessoas em primeiro lugar.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Perigo Nuclear
Num mundo de ambições e de falta de senso, é difícil compreender a existência de grandes arsenais de armas nucleares e a apetência de outros países para as possuírem, embora para isso tenham de desviar recursos que fazem falta à população. Mas como se tornou moda, embora haja a intenção de evitar a sua disseminação ou proliferação, cada País tem o direito de ter a sua, pois são todos iguais em direitos.
Por outro lado, a estratégia nuclear, numa época em que o domínio do mundo se faz pela economia e desde há mais de 65 anos não foi utilizada nenhuma AN em conflito, tornou-se carente de lógica que a sustente. A dissuasão, só por si não a justifica, principalmente quando se teme o seu emprego indevido por grupos menos idóneos e incapazes de serenidade reflectida. Os poderosos com milhares de armas em stock carecem de autoridade moral e democrática para impedir a proliferação, para evitar que outros de as possuírem, como o Irão ou a Coreia do Norte.
Como se pode acabar com tal perigo para a humanidade? Não é pelas limitações à proliferação porque não pode ser apenas meia dúzia de Estados a possuir tais «venenos», quando outros os quererão ter. Só resta uma solução: os que as possuem devem decidir-se a destruir o seu arsenal até ao mínimo exemplar porque, só depois, têm autoridade para decretar sanções a qualquer prevaricador. E, para não haver malandrice contra os mais ingénuos, a eliminação das armas deve ser feita de forma controlada por uma agência da ONU, cujos relatórios devem servir de base para sanções económicas ou de outro tipo.
Estas reflexões vêm na sequência da notícia de que os «EUA perderam contacto com 50 mísseis nucleares». Parece que os 50 mísseis, d e entre os 450 do mesmo tipo, que estavam incontactáveis se encontravam obedientemente estacionados nos seus silos, mas uma avaria informática, não permitia a ligação entre a central de controlo e eles. Mas até podia ter-se dado a hipótese de terem ido dar uma volta e serem utilizados contra alvos do tipo Torres Gémeas. Trata-se de um caso estranho que mesmo as autoridades americanas ficaram perplexas, dadas as medidas de segurança sobrepostas. Mas pelos vistos nada é infalível, mesmo na América em relação aos seus milhares de armas nucleares. Daí ser mais racional os detentores de AN concordarem em eliminar tal tipo de armas.
Este tema já aqui foi abordado nos posts
Falta coragem para eliminar o perigo nuclear
Nuclear. Insanidade globalizada
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sábado, 7 de agosto de 2010
Falta coragem para eliminar o perigo nuclear
Completaram-se ontem 65 anos sobre a destruição de Hiroshima e de 200 mil vidas humanas assim como a interdição de vasta área. Felizmente, tem havido o bom senso de não repetir tal barbaridade, mas o perigo não desapareceu e os acidentes têm sido repetidos. Recordo o post Nuclear. Insanidade globalizada que evidencia a falta de verdadeira vontade e de coragem para eliminar o perigo nuclear.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon apela ao fim da "sombra nuclear" no mundo. Mas os seus poderes são praticamente nulos e e as suas palavras não influenciarão os detentores de tão perigosas armas que, sendo disseminadas, como é natural que aconteça, porque todos os Estados têm direito a possuí-las, constituirão uma ameaça terrível, quer sejam usadas como arma ou sofram acidente.
Nesta data, em que a Rússia está em acesa luta contra os fogos florestais, Chernobyl volta a pairar sobre regiões da Rússia, pois se não forem controlados os fogos na região de Bryansk, podem libertar-se para a atmosfera partículas radioactivas altamente nocivas para a saúde, existentes no solo desde o acidente na central nuclear de Chernobil.
«Desde a catástrofe nuclear de Chernobyl, há mais de 20 anos, que zonas de Bryansk permanecem contaminadas. No terreno, já não podem actuar pessoas. Os fogos estão a ser combatidos por robôs. Ninguém pode aproximar-se da área.
Cerca de 400 mil pessoas vivem na região, situada a 300 quilómetros de Chernobyl. Na Internet, já circulam relatos de pessoas aterrorizadas, que partilham o seu medo em blogues pessoais.
Segundo as agências internacionais, mil funcionários do centro de investigação nuclear de Zarov, o mais importante do país, a Este de Moscovo, estão a retirar todo o material radioactivo e explosivo em cerca de cem camiões.»
Portanto, não faltam vozes de pessoas sensatas a alertar contra o perigo das armas e da energia nuclear. Resta esperar que os governantes de todos os Estados tomem consciência dessa ameaça latente e se mostrem sensatos e determinados a tomar medidas adequadas.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Eliminação das armas nucleares
As ambições nucleares do Irão tal como o foram da Líbia e da Coreia do Norte e tal como aconteceu no Paquistão, inserem-se numa afirmação de Poder a nível regional e contra as intromissões das grandes potências. O Irão quer restabelecer o nome do antigo Império Persa.
Mas, como as armas nucleares se mostraram, nas duas utilizações práticas, demasiado destruidoras e com efeitos residuais nas áreas afectadas com duração de muitos anos, é lógico que se deseje a desnuclearização do Planeta. No entanto, não está a ser seguido pelas grandes potências um procedimento convincente, por falta de lógica e de coerência. erecem ser meditadas as notícias «EUA e França defendem novas sanções ao Irão» e «Ocidente acolhe com desapontamento oferta iraniana no nuclear».
Que autoridade moral têm países detentores de armas nucleares de proibir que outros as tenham? Há que começar por destruir todas as existentes. O exemplo deve vir das potências nucleares, destruindo todas que têm e depois, com a autoridade do exemplo, exigir que ninguém mais as possua. Não parece que elas só sejam perigosas em potências menores. É certo que regimes instáveis com problemas internos e golpes frequentes, ou com ambições desmedidas, podem cair na tentação de as utilizar. Mas esse argumento não é legitimamente convincente, porque nenhum Estado, defensor da democracia, pode impor o seu ponto de vista aos outros, quando o seu comportamento é o oposto.
Portanto, para acabar com o perigo nuclear, devem os poderosos acordar em destruir as suas próprias armas e, depois, criar mecanismos de fiscalização e de sanções para as tentativas de alguém as adquirir ou construir. Antes disso não há moral para impedir o Irão ou outro de enveredar por essa via.
As realidades mostram que as relações internacionais não são democráticas, antes ditatoriais sob o domínio de um pequeno grupo, como se vê no Conselho de Segurança, no Grupo dos sete, no Grupo dos 20, etc. Em boa verdade, cada grupo desses devia ter representantes de alguns países de entre os mais pequenos e mais pobres para que fossem ouvidas as opiniões de todo o mundo e não apenas dos mais poderosos.
Sugere-se a leitura do post «Relações internacionais mais pacíficas?» onde constam links para outros textos com interesse.
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Etiquetas: Nuclear
domingo, 20 de janeiro de 2008
A hipótese de guerra nuclear não desapareceu
O general Iúri Baluevski, chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Rússia, declarou ontem que Moscovo poderá recorrer a armas nucleares em caso de necessidade, nomeadamente como estratégia preventiva. Disse que "não tencionamos atacar ninguém, mas consideramos necessário que todos os nossos parceiros compreendam claramente e ninguém tenha alguma dúvida de que, para defender a soberania e a integridade territorial da Federação da Rússia e dos seus aliados, serão empregues as Forças Armadas, nomeadamente de forma preventiva e com o uso de armas nucleares", declarou o general numa conferência científica realizada em Moscovo.
"A força militar pode e deve ser empregue como demonstração da decisão da mais alta direcção do país de defender os seus interesses, bem como medida extrema, mesmo em massa, quando mostrarem ser ineficazes todos os restantes meios", frisou.
Esta linguagem leva-nos aos esconsos da memória, recordar os tempos da guerra fria. Que não deve ser posta de lado a eventual utilização de tais armas de destruição maciça, é lógico. Se assim não fosse, deixariam de ter sentido os elevados custos da sua criação e manutenção em conveniente grau de operacionalidade.
Curiosamente, no tempo da guerra fria, havia uma significativa diferença de estratégia entre as duas potências rivais: enquanto a URSS sempre declarou, como agora, estar disposta a ser a primeira a disparar, os EUA reafirmaram a cada passo que nunca seriam os primeiros e apenas atacariam em resposta, em retaliação gradual que, só em último grau, poderia chegar aos ataques contra cidades. Agora vemos, pela boca do mais alto responsável das forças armadas, que a Federação Russa, não receia tomar a iniciativa de atacar «preventivamente», iniciando uma guerra nuclear que, como é do conhecimento geral, pode destruir toda a humanidade.
O general Iúri Baluevski, evidencia que o perigo de uma guerra nuclear não terminou com o fim da guerra fria, no início da década de 90, mantendo-se bem aceso com esta disposição russa de ser a primeira a apertar o gatilho, perante uma ameaça que considere forte, mesmo sem armas de destruição maciça.
O general russo lembrou que "hoje, a transição da Rússia para novas relações económicas colocou perante as Forças Armadas, outras tropas e forças que fazem parte da organização militar do Estado, as mais complexas tarefas, não só de carácter militar, mas também económico", o que leva a pensar que as tais ameaças que podem levar a uma acção de força desmedida, podem até nem ser de carácter militar mas apenas de aspecto económico. Será que se pretende voltar ao «terror de Estado» dos tempos da guerra fria?
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
O mundo estará doente?
O assassinato de Benazir Bhutto é um indicador do estado de doença do Mundo actual, suscitando reflexões atentas de vários pontos de vista, sem preconceitos nem paixões.
Não me refiro propriamente à violência da morte, porque este não é o primeiro caso nem, infelizmente, será o último. Ela era uma rival do Poder actual, mas John Kennedy, Indira Ghandi e Anuar Sadat eram o próprio Poder e foram abatidos. No Iraque e em Israel e Palestina tem havido atentados com violência semelhante.
Também não é por se tratar de uma mulher bonita que o facto é chocante, porque tal predicado, dada a forma como ostentava a beleza e o baton, constituía uma provocação numa região em que as mulheres vivem embiocadas ou, no mínimo, discretas.
Mas há outros aspectos mais relacionados com a comunidade internacional que exigem reflexão. O Paquistão dispõe de armas nucleares, para o que dispõe da amizade e compreensão da super-potência EUA. Estas armas constituem um grande risco para a paz mundial por se tratar de um Estado muito instável em que o poder tem mudado de mãos na sequência de atentados e golpes de Estado. Perante este facto e o consentimento dos EUA, ficamos sem saber qual a razão de a super-potência ter receio de tais armas nas mãos do Irão, um Estado com muito longa história de que se orgulha e com uma apreciável estabilidade governativa. De entre os dois vizinhos, tais armas representariam menos perigo no Irão.
E quanto a estes apetrechos de guerra, ainda está na nossa memória a recente ameaça de confrontação com a Índia, com deslocações recíprocas de mísseis para a proximidade da fronteira, devido a atritos surgidos na Caxemira. Dois países vizinhos, que foram irmãos, como colónias da Grã-Bretanha, ambos com tais armas, mas em que a Índia merece mais confiança pela sua serenidade e estabilidade política e estratégica.
E, ao referir a Caxemira, ressalta o referendo prometido pela ONU em 1947 (há 60 anos!) e ainda não efectuado. Fica a dúvida. Qual o real poder da ONU? Para que serve a ONU além do circo diplomático de vaidades todos os anos em Setembro? E a Al-Qaeda? Parece que em 2001 (há seis anos!) os EUA queriam acabar com ela e, com esse pretexto, têm feito grandes gastos no Afeganistão e convencido outros países a colaborar nos custos – um dos quais Portugal – causando muitas destruições, baixas humanas e prejuízos na qualidade de vida das populações sobreviventes. E, além destes custos e inconvenientes, qual o benefício de tais acções a não ser os dos fabricantes de armamentos?
De todas as reflexões que possam ser desenvolvidas, qual o aspecto positivo para a esperança de paz e harmonia no futuro daquela região e do mundo? Que réstia de optimismo poderá romper através das trevas que envolvem as relações internacionais e as capacidades dos seus agentes? Que palavra tranquilizante pode ser dita a um ser pensante ávido de serenidade e bem-estar que queira confiar no bom senso dos políticos mundiais?