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segunda-feira, 28 de março de 2016

MAIS UMA PORTUGUESA QUE ELEVA PORTUGAL



Susana Sargento é premiada e projecta Portugal no mundo

Susana Sargento, docente do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI) e investigadora do Instituto de Telecomunicações (IT) da Universidade de Aveiro (UA) recebeu um prémio de 100 mil euros por ter sido a primeira classificada no prémio Mulheres Inovadoras da União Europeia.

Coloco aqui esta chamada para a notícia, porque acho que a Comunicação Social não costuma dar o relvo adequado a estes casos de valor que devem ser apresentados como exemplos a todos os leitores, perdendo, em contrapartida, demasiado espaço com notícias deprimentes ou sem um justificado valor social social que eleve o civismo, o sentido de responsabilidade e o culto pelo trabalho e pela excelência dos resultados das tarefas.

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Irene Fonseca de parabéns

Irene Fonseca, nascida em Lisboa, a 10 de Julho de 1956, licenciou-se em matemática na Faculdade de Ciências da Universidade desta cidade e doutorou-se em 1985 na Universidade do Minnesota (EUA). Fez o pós-doutoramento em Paris e em 1997 e 1998 trabalhou no Instituto Max Planck em Leipzig, na Alemanha.

É provavelmente a mais conhecida matemática portuguesa e uma das mais citadas internacionalmente. Irene Fonseca trabalha desde 1987 na Carnegie Mellon, Pittsburg, EUA, onde actualmente dirige o Center for Nonlinear Analysis.

Esta portuguesa, que muito prestigia o País, foi eleita presidente da Sociedade de Matemática Aplicada e Industrial (SIAM - Society for Industrial and Applied Mathematics), sedeada em Filadélfia, sendo a primeira vez que um português preside à instituição fundada em 1952. A SIAM é a maior sociedade científica dedicada à Matemática Aplicada, constituída por cerca de 13 mil membros individuais e 500 institucionais de todo o mundo.

O ministro da Educação e Cultura enviou à cientista uma mensagem, em seu nome e do Ministério felicitando-a pela sua eleição como presidente da SIAM que considera mais um reconhecimento de uma exemplar dedicação à ciência e à investigação que a conduziu a uma brilhante carreira de nível internacional.

Neste espaço, é já tradição destacar compatriotas que se distinguem na ciência e noutras actividades que contribuem para a boa imagem de Portugal e para o se desenvolvimento em benefício geral da população. Por isso não se podia deixar perder esta oportunidade de citar Irene Fonseca e de lhe enviar parabéns e votos de continuação dos maiores êxitos.

Imagem do Google

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Portugueses muito válidos

Em reforço da ideia do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon de que a deve investir-se na preparação da juventude para realizar com o máximo de competência a gestão do mundo de amanhã, seguem-se exemplos nacionais, dignos de realce de jovens e «menos jovens» que se têm destacado internacionalmente, como pessoas muito superiores à média da «geração à rasca». Para evitar demasiada extensão deste post indicam-se os links e faz-se uma pequena referência à notícia.

Predadores da Antárctida “dão” prémio internacional a cientista português
O biólogo José Xavier, investigador do Instituto do Mar da Universidade de Coimbra, depois de 12 anos a estudar albatrozes, focas, pinguins e outros predadores na Antárctida, e de ter ajudado a divulgar as regiões polares, acaba de ser nomeado o vencedor do Prémio Internacional Martha T. Muse 2011 para a Ciência e Política na Antárctida.

Dupla do Porto ganha prémio internacional em Medicina de Reprodução
Os investigadores da Faculdade de Medicina do Porto e do Centro de Estudos e Tratamento da Infertilidade (CETI) Henrique Almeida e João Luís Silva Carvalho tornaram-se hoje os primeiros portugueses a receberem o galardão “Grant For Fertility Innovation”, que distingue com um milhão de euros projectos inovadores sobre medicina da reprodução. Foram distinguidos por um projecto que desvenda novos mecanismos para aumentar taxas de reprodução em casais inférteis.

Físico Nuno Peres vence prémio Ciência
O físico português Nuno Peres, da Universidade do Minho foi distinguido com o Prémio Ciência 2011, segundo anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian. Nuno Peres é professor na Universidade do Minho e colabora com os investigadores da Universidade de Manchester, em Inglaterra, que receberam o Nobel da Física de 2010.

Ricardo Bak Gordon vence Prémio Ibérico de Arquitectura 2011
O arquitecto português Ricardo Bak Gordon (n. 1967, Lisboa) venceu, ex-aqueo com a dupla espanhola Luis Mansilla e Tuñón, o Prémio FAD 2011, na categoria Arquitectura, com o projecto “2 Casas em Santa Isabel”, construídas em Campo de Ourique, em Lisboa.

Nove licenciados e uma missão: inventar futuro para Querença
Para inverter a tendência para o despovoamento do interior do Algarve, um grupo de nove finalistas universitários seleccionados pela Universidade do Algarve apresentou-se na aldeia de Querença, concelho de Loulé. Ali vão viver e trabalhar nos próximos nove meses, cada um com a sua missão, com o objectivo global de dar nova vida a uma terra que está a definhar.

Matemática dá ouro a Portugal
Miguel Santos, 16 anos, estudante do 10º ano da Escola Secundária de Alcanena, conquistou uma medalha de ouro, em Amesterdão, Holanda, um feito inédito para a selecção nacional por ter sido o melhor resultado individual de sempre nas Olimpíadas Internacionais de Matemática.
Dos seis elementos que compunham a selecção portuguesa a estas Olimpíadas, apenas dois não receberam qualquer distinção individual.
Na competição conquistaram medalhas de bronze os estudantes do 12.º ano Raul Penaguião, da Escola Secundária Santa Maria, de Sintra, e João Santos, da Escola Secundária da Maia, com 17 e 18 anos, respectivamente.
Luís Duarte, estudante do 10.º ano na Escola Secundária de Alcains, ainda com 15 anos, arrebatou uma menção honrosa.

Olímpiadas da Física: "Não esperava ganhar"
Simão Meneses João, aluno do 11º ano da Escola Secundária Jaime Moniz do Funchal (Madeira), no evento, organizado pela Sociedade Portuguesa de Física, recebeu o primeiro prémio, no escalão B, das XXVII Olimpíadas Nacionais da Física, ficando assim pré-seleccionado para uma formação específica na Escola Quark (Coimbra).
Além de Simão, ficaram ainda apurados para esta formação de preparação para as Olimpíadas Internacionais de 2012, na Estónia, mais 19 alunos do 11º ano, de todo o País.

Prémio IBM para físico de 27 anos
Aos 27, Samuel Martins, investigador do Instituto Superior Técnico, recebeu o Prémio Científico IBM, no valor de 15 mil euros, pelo trabalho sobre aceleração de partículas com recurso a plasma (gás de partículas carregadas electricamente). Aos 16 anos "queria ser médico", mas o interesse pela Ciência acabou por conduzi-lo à Física.

Português 'inventa' escudo magnético para naves
O jovem investigador Luís Gargaté, do Instituto Superior Técnico, testou a hipótese de utilizar um campo magnético e um plasma para produzir um escudo protector para naves espaciais. Em laboratório já é possível fazê-lo
Juntamente com colegas do Rutherford Appleton Laboratory, em Inglaterra, Luís Gargaté já conseguiu mostrar a viabilidade do conceito. Em Rutherford foram feitas experiências à escala laboratorial, coroadas de sucesso. A equipa chama-lhes mini-magnestosferas, e funcionam. A descoberta foi publicada na Plasma Physics and Controled Fusion.

NOTA: Para mais casos merecedores de realce sugere-se a visita do blog Do Miradouro e faça-se uma pesquisa de «jovens», «valor».
Felizmente, haverá mais casos de reconhecido mérito, mas muitos mais convém surgirem em todos os sectores: na economia, na gestão pública, na Justiça, no Ensino, etc. 

Este espaço está ao dispor da colaboração dos visitantes que enviem por e-mail os seus textos com a indicação do URL da origem.

Imagem do Google

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Portugueses premiados pela sua capacidade

Sempre que há conhecimento de portugueses jovens que se distinguem pela sua capacidade e são premiados é aqui dado realce ao facto, por serem um indício da perenidade de Portugal e uma esperança de melhores tempos.

Agora, o físico Nuno Peres, professor na Universidade do Minho, que colabora com os investigadores da Universidade de Manchester, em Inglaterra, que receberam o Nobel da Física de 2010, foi distinguido com o Prémio Ciência 2011, segundo anunciou ontem a Fundação Calouste Gulbenkian .

O físico Nuno Peres estuda a interacção do grafeno, sólido constituído por átomos de carbono, com a corrente eléctrica e investiga como é que a luz é absorvida através do grafeno.

Também o arquitecto português Ricardo Bak Gordon, nascido em Lisboa há 44 anos, venceu, ex-aqueo com a dupla espanhola Luis Mansilla e Tuñón, o Prémio FAD 2011, na categoria Arquitectura (prémio ibérico de maior prestígio) com o projecto “2 Casas em Santa Isabel”, construídas em Campo de Ourique, em Lisboa.

Trata-se de dois prémios baseados na competência demonstrada por trabalhos realizados em áreas específicas e de reconhecido valor. Estes prémios têm um significado diferente daqueles que são atribuídos, por normas protocolares, a cidadãos que desempenham um cargo, ou que se evidenciam por actividades partidárias, ou por amizade.

Portugal precisa de valores pessoais e profissionais em áreas que prestigiam o país perante os júris internacionais e geram confiança e esperança num futuro mais prometedor.

Parabéns aos premiados e votos de que muitos jovens procurem seguir os seus exemplos..

Imagem do Público.

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mais um jovem em destaque

O jovem português Pedro Silva foi um dos 104 eleitos entre uma dezena de milhar de candidatos de 70 países para integrar a Orquestra do YouTube, um agrupamento sinfónico que reúne jovens executantes musicais de todo o Mundo.

No ano passado, coube ao violinista Tiago Santos a sorte de ter integrado as fileiras da "primeira orquestra colaborativa do Mundo". Este ano, na lista de 336 finalistas, além do Pedro Silva, estiveram outros músicos nacionais: a flautista Ana Carina Sousa, o violinista Nuno Vasconcelos, o trompetista Luís Duarte Moreira e o oboísta Samuel Bastos.

Portugal tem razões de esperança no futuro, pois há jovens que se distinguem em vários sectores, como neste espaço tem sido referido.

Para melhor conhecimento deste caso, sugere-se a leitura da notícia «Músico português na Orquestra do Youtube».

Imagem do JN

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sábado, 8 de janeiro de 2011

O essencial merece as nossas energias

Transcrição de texto recebido em imagem +pps da amiga e colega Celle, a quem agradeço as palavras simpáticas.

Tempo Mágico

Contei os meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabarolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalómanos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo".
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena

Imagem do Google

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Jovem flautista com futuro prometedor

É com muito prazer que aqui se realça o êxito de mais uma jovem que se evidenciou no estrangeiro.

Adriana Ferreira, jovem de 19 anos, natural de Cabeceiras de Basto, venceu concurso para executantes de flauta, o Carl Nielsen Flute Competition, um conceituado concurso organizado na Dinamarca de quatro em quatro anos, mostrando que tem fôlego para sonhar.

"Aos seis pedi aos meus pais que me encontrassem professores de música porque queria mesmo aprender", recorda.

Começou pelo órgão e, aos 12 anos, com o sonho da música a fervilhar nos pensamentos, decidiu sair de Cabeceiras de Basto, e rumar a Santo Tirso, onde se inscreveu na Escola Profissional de Música e lá esteve até acabar o 12.º ano.

"Fui atrás do sonho. Já não sou de nenhuma terra, sou do Mundo, mas venho a Cabeceiras pelo menos uma vez por mês", afirma. O facto de ter nascido numa pequena terra obrigou-a a um esforço maior para atingir o patamar em que já está. "Sendo de uma terra pequena obriga a outros sacrifícios".

Vive em França desde 2008, onde frequenta o Conservatório Nacional de Música e o curso superior de Musicologia na Universidade de Sorbonne, Paris. "Tem sido excelente. O nível dos alunos e dos professores é muito bom e estou sempre a crescer com essa exigência".

A notoriedade de ter ganho todos os prémios a concurso não ofuscou Adriana, que dá um excelente exemplo de humildade, reconhecendo o caminho que ainda há que trilhar e o trabalho a desenvolver para sustentar uma carreira. "Tenho de continuar a trabalhar, estudar e aproveitar todos os concertos e contactos para desenvolver as minhas capacidades".

Parabéns Adriana. Desejamos-te um sucesso total, em cada momento, como agora ocorreu na Dinamarca .

Imagem da Net

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

O homem é como um livro

O Universo é uma imensa livraria. A Terra é apenas uma de suas estantes. Somos os livros colocados nela.

Da mesma maneira que as pessoas compram livros, apenas pela beleza da capa, sem pesquisarem o índice e conteúdo do mesmo, muitas pessoas avaliam os outros pela aparência externa, pela capa física, sem considerarem a parte interna. Outras procuram livros com títulos bombásticos, sensacionalistas histórias de terror ou romances profundos.

Também é assim com as pessoas: há aquelas que buscam sensacionalismos baratos, dramas alheios ou apenas um romance. Somos homens-livros lendo uns aos outros. Podemos ficar só na capa ou aprofundarmos nossa leitura até as páginas vivas do coração.

A capa pode ser interessante, mas é no conteúdo que brilha a essência do texto. O corpo pode ter uma bela plástica mas é o espírito que dá brilho aos olhos.

Também podemos ler nas páginas experientes da vida muitos textos de sabedoria. Depende do que estamos buscando na estante. Podemos ver em cada homem-livro um texto-espírito impresso nas linhas do corpo.

É importante o conjunto do psíquico, emotividades, sentimentos e afeições, mas só quem lê o interior o descobre. Só quem vence a ilusão da capa e mergulha nas páginas da vida íntima de alguém, descobre seu real valor, humano e espiritual. Será bom que todos nós possamos ser bons leitores conscientes. Que nas páginas de nossos corações, possamos ler uma história de amor profundo. Que em nossos espíritos possamos ler uma história imortal.

E que, sendo homens-livros, nós possamos ser leitura interessante e criativa nas várias estantes da livraria-universo.

A capa amassa e as folhas podem rasgar.Mas, ninguém amassa ou rasga as idéias e sentimentos de uma consciência imortal. Até ao fim da vida devemos aperfeiçoar o livro que será publicado pela editora da vida, na estante terrestre...

Texto retirado de anexo de e-mail em Power Point

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domingo, 17 de maio de 2009

Jovens que recuperarão Portugal

Ao pesquisar neste blog a palavra «jovens», encontram-se muitas referências a casos de jovens promissores que suscitam esperanças num Portugal renovado, mais próspero, com mais justiça social e bem-estar para a generalidade dos portugueses.

São as gerações mais jovens e as vindouras que terão sobre os ombros a pesada responsabilidade da recuperação de Portugal que tão danificado tem sido com más governações, servidas por políticos que pensam mais em si próprios do que no País que os elegeu. É vulgar ler-se e ouvir-se que «isto» tem que levar uma grande volta. Ela tem que ser conduzida pelos que ainda não estão viciados pelas actuais rotinas da sociedade, pelos que pensam pela própria cabeça e concluem que é preciso romper com procedimentos e hábitos nocivos, para reconstruir uma sociedade mais justa onde todos tenham direito à sua quota-parte de felicidade e não vejam outros a viver lautamente à custa da exploração dos desprotegidos pelo sistema.

Transcrevo na íntegra o artigo seguinte que merece ser lido atentamente até ao fim:

Alunos com vocação para a excelência

JN. 090517. 00h50m. Por HELENA NORTE

Distinguem-se pelas notas, mas não é isso que os faz estudar. Gostam de aprender, têm sede de conhecimento e são automotivados. Não correspondem ao estereótipo do "rato de biblioteca" e têm vida para além dos estudos, envolvendo-se em diversas actividades. Os métodos de estudo variam muito e não parecem ser determinantes para o sucesso. O prazer de saber mais é que os diferencia.

Método de estudo: "O método não é o mais importante. Estudar com prazer é que faz toda a diferença. Tenho uma paixão por aprender. Não estudo para tirar boas notas, isso é a consequência de saber."

Nos corredores da Faculdade de Medicina do Porto, já consta que não aparecia um aluno tão brilhante desde o tempo de Sobrinho Simões (eminente investigador na área do cancro). Ana Catarina Gomes está no 3.º ano com uma média invejável, destacando-se claramente como a melhor aluna da faculdade.

Ainda não tinha dez anos quando leu "Contos exemplares", de Sophia Mello Breyner, e a mensagem marcou-a inolvidavelmente: é preciso apreciar o que nos é oferecido, no momento, e não deixar para depois, porque quando voltamos atrás, já nada é igual. Para Ana Catarina, isso significa não desperdiçar qualquer oportunidade de aprendizagem.

Quando entrou em Medicina, com uma média de 20 valores do Secundário, tinha esperança de passar despercebida entre tantos bons alunos. Mas, rapidamente, deu nas vistas. Logo no 1.º ano, teve nota máxima no "cadeirão" de Anatomia. Desde então, colecciona prémios e mantém a média perto dos 19 valores. Quem a não conhece, julga que ela só vive para os estudos, mas Ana Catarina considera-se uma jovem normal, que gosta de sair e fazer amigos.

Os excelentes resultados que obtém nos exames não são o objectivo, mas a consequência. "Estudo pelo prazer de saber e discordo deste sistema de ensino centrado nos exames. Afinal, o objectivo é aprender ou fazer exames?"

Não faz noitadas a estudar em cima dos exames. Prefere estudar regularmente três horas por dia. Mas os seus dias não se resumem ao estudo. Nada diariamente uma hora, colabora num laboratório de investigação, estuda Inglês e Canto (já fez o curso completo de Piano), anda a aprender danças de salão e ainda tem tempo para fazer voluntariado no Instituto Português de Oncologia do Porto. Televisão não vê e com a Net não perde muito tempo.

Ana Catarina nunca precisou de estímulos para estudar. O perfeccionismo e o empenho exacerbados que dedica a tudo - "Quando faço alguma coisa, seja cortar uma unha ou dissecar um cadáver, gosto que fique perfeito" - são as bases da auto-motivação desta aluna que gostaria de fazer investigação na área do cancro da mama.

Método de estudo: "Estar atento às aulas e nunca sair da sala com dúvidas. E resolver muitos problemas, é assim que gosto de estudar"

Herdou os genes da Matemática do avô materno que, desde pequeno, o desafiava a resolver problemas. Nas viagens de carro, a mãe costumava fazer perguntas ao irmão mais velho e era Pedro quem respondia. Resultado: no Secundário, somou vintes e já ganhou três medalhas de ouro nas Olimpíadas de Matemática e outras distinções internacionais.

"É mesmo paixão. O que mais me fascina é resolver problemas novos, em que é preciso ser criativo, e não tanto fazer exercícios que consistam em aplicar a matéria dada", sublinha Pedro. Essa é, aliás, o método de estudo que prefere. Talvez por isso, Português seja a disciplina que menos gosta e a que tem a classificação mais baixa (19).

Pedro atribui as notas brilhantes ao facto de ter sedimentado bem os conhecimentos, de ano para ano. "Nunca deixei lacunas no meu percurso. Sempre consolidei bem os conhecimentos a todas as disciplinas."

Além de inteligência e estudo q.b., este estudante de 18 anos soma outros ingredientes fundamentais ao sucesso: ambiente familiar estável e estimulante e equilíbrio emocional, alcançado com uma diversidade de actividades - joga ténis, futebol, estuda piano e canto e gosta de sair e divertir-se.

"Gosto de estudar pelo prazer do conhecimento. Para entrar no curso que quero - Matemática aplicada à Computação -, não precisava de ter uma média tão alta."

Método de estudo: "Faço uma boa preparação para encarar os exames com confiança. À partida, acho sempre que vai correr tudo bem. E coloco-me na veste do professor e tento imaginar o que ele valoriza mais"

Direito na Universidade de Coimbra foi a escolha de Marta depois de ponderar vários cursos da área das Humanidades. "Foi a opção mais racional", explica, "porque é um curso que permite uma formação bastante alargada". Não quis trilhar o caminho dos pais e da irmã que são médicos e não se arrepende. Gosta muito do que estuda e é a melhor aluna de Direito e está entre os melhores de Coimbra.

Equilíbrio entre estudo e prazer e autoconfiança, construída com uma boa preparação, são os factores determinantes para enfrentar os exames, na visão de Marta.

"Não vou às aulas todas. Se fosse, não teria vida", realça. Para esta estudante do 4.º ano, com média superior a 18, é fundamental continuar a jogar ténis, ir ver a Académica ao fim-de-semana, conviver com a família, namorar e divertir-se com os amigos.

Planos para o futuro? "Ainda está tudo em aberto. Vou fazer mestrado, mas ainda não sei em que área, e não decidi se, a seguir, faço doutoramento ou começo a trabalhar."

Método de estudo: "Não tenho um método de estudo especial. Não gosto muito de ler teoria, prefiro fazer exercícios que me desafiem e mantenham-me desperto. E não deixo acumular as matérias".

Tiago é um jovem normal, que gosta de cinema, de jogos de computador e de sair com os amigos. Não corresponde ao estereótipo do "rato de laboratório" e, no entanto, é o melhor aluno da Universidade de Aveiro.

Embora sempre tenha tirado boas notas - ingressou no ensino superior com 18.35 valores -. só quando chegou a Aveiro, oriundo de uma pequena aldeia de Pombal, é que percebeu que poderia ser um aluno de excelência.

Mecânica é uma paixão antiga. Ainda era miúdo e já o fascinava perceber os mecanismos dos brinquedos. Era habitual, ele e o irmão desmontarem os carros e pegar nas peças e transformá-las veículo com novas funcionalidades. Quando chegou ao 9.º ano, e porque não tinha a certeza se poderia prosseguir os estudos na universidade, optou por um curso profissional de Mecânica.

A exigência do Ensino Superior aguçou-lhe o empenho e os resultados não tardaram a aparecer - detém a média de 18,28.

"Se não tiver trabalhos para fazer e se não for fim de semestre, não preciso de estudar todos os dias. Saio das aulas e estou com os meus amigos. Mas, quando é preciso, dedico-me totalmente ao estudo", frisa este futuro engenheiro para quem "há sempre tempo para tudo. Até para decidir o futuro, embora já esteja a trabalhar em projectos na área da simulação de processos de estampagem.

Tiago Jordão Grilo, 20 anos
3.º ano do curso de engenharia mecânica da Universidade de Aveiro
Prémios: Doutor Vale Guimarães (melhor aluno da UA); bolsa de mérito (aproveitamento escolar excepcional); bolsas de estudo (melhor caloiro e aluno do 1.º ano)

Ana Catarina Gomes, 20 anos
3.º ano de medicina na Faculdade de Medicina do Porto.
Prémios: diversos prémios por ter sido a melhor aluna a anatomia, fisiologia, biologia celular e molecular, genética, história da medicina, etc, melhor aluna do secundário.

Marta Nunes Vicente, 21 anos
4.º ano do curso de direito da Universidade de Coimbra
Prémios: prémio "Marnoco e Sousa" e prémio"Guilherme Moreira", atribuídos pela faculdade direito da Universidade de Coimbra

Pedro Sousa Vieira, 18 anos
12.º ano na área das ciências exactas. Pretende seguir matemática aplicada à computação, na Universidade Técnica de Lisboa.
Prémios: 3 medalhas de ouro nas olimpíadas portuguesas de matemática; diversas medalhas em competições internacionais.

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Português distingue-se no estrangeiro

Nem tudo é mau entre os portugueses. Existe um bom fermento para Portugal renascer, como já aqui foi salientado em vários posts. Agora trata-se de um investigador que identificou um mecanismo molecular de formação de tumores no útero.

Nuno Raimundo de 32 anos, licenciado em bioquímica perla Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2000 e foi para a Finlândia em 2003 como estudante de doutoramento no Helsinki Biomedical Graduate School, onde defende a sua tese este mês. Entretanto, já trabalha como cientista na Universidade de Yale, nos EUA.

O resultado da sua investigação sobre os tumores benignos do útero, conhecidos por miomas, permite definir um noivo alvo para tratamentos que poderão evitar cirurgias e complexas consequências pós-operatórias.

Este avanço científico consta de um estudo de uma equipa internacional de que o Raimundo é o primeiro autor e que foi divulgado na edição online da Oncogene, revista especializada em cancro. O estudo foi realizado em Helsínquia num laboratório que trabalha com doenças mitocondriais, isto é, causadas por defeitos nos mitocôndrios e que resultam em deficiente produção de energia metabólica.

Estamos perante mais um caso de um jovem português com valor acima da média e é de lamentar que não tenha no País condições para utilizar e aumentar o seu saber.

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sábado, 27 de setembro de 2008

Mais um português premiado no estrangeiro

O concorrente açoriano Bruno Medeiros conquistou a medalha de ouro na sua área de actividade, no Campeonato Europeu das Profissões (Euroskills), que decorreu na semana passada em Roterdão (Holanda). É o melhor carpinteiro da Europa, tendo sido consagrado como um jovem talento ao construir a porta de uma casa com uma janela basculante.

A mãe, quando via o miúdo, um dos seus quatro filhos, martelo e pregos na mão, a brincar com os restos de madeiras que ele próprio ia buscar a uma carpintaria perto de casa e lhe dizia "um dia vais ser carpinteiro", não imaginava que o filho viesse um dia a ganhar a medalha de ouro europeia na área da carpintaria.

Parabéns ao Bruno, com votos de que tenha um futuro prometedor e que o seu exemplo seja seguido por muitos jovens que canalizem as suas capacidades para projectos válidos para a sua vida e o País. Portugal precisa de gente válida e criativa e não de indolentes viciados no ócio inútil.

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Jovens excepcionais

Segundo o jornal gratuito «Global Notícias» de hoje, um grupo de quatro alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), obteve o primeiro lugar, por unanimidade, no concurso Nacional de Software «Imagine Cup», patrocinado pela Microsoft.

O concurso subordinava-se ao tema o Ambiente e incitava os alunos a «imaginar um mundo onde a tecnologia possibilite o desenvolvimento de um ambiente sustentável».

Os quatro alunos, André Souza, José Faria e Marco Barbosa da licenciatura de informática, e Martinha Rocha de Engenharia Ambiental e de Recursos Naturais apresentaram um trabalho inovador para a recolha de óleos alimentares, um projecto intitulado «Smart Containers» que consiste em sensibilizar para o problema da recolha de óleos domésticos usados e a ajudar a resolvê-lo.

Para isso, os quatro universitários criaram um recipiente inteligente de baixo custo que permite á empresa de recolha saber quando o recipiente está pronto a ser recolhido. Esse desiderato é conseguido pela possibilidade de o software de gestão central fazer automaticamente a monitorização dos recipientes e elaborar as rotas de recolha, com a representação automática dos recipientes no mapa, devido a sensores, à ligação em rede online ao processamento dos dados e à representação num mapa da área de responsabilidade.

Tal como, outros casos já aqui referidos noutros artigos, este evidencia que nas gerações mais jovens existem pessoas altamente capacitadas para inovar e tratar de problemas complexos. O futuro de Portugal depende de serem dadas aos jovens mais capazes condições de estudo e trabalho adequadas aos seus projectos e serem aproveitados na economia do País em funções que contribuam para resolver os temas essências da vida das populações. Isto exige dos detentores do Poder a selecção do que é substancial para o País a definição de prioridades por forma a não perder tempo com coisas de menos significado para o desenvolvimento das condições de vida da população.

Há razões para ter esperança no futuro, assim tenhamos governantes à altura das competências que estão surgindo.

Ver o post Jovens válidos são esperança para o País e a lista de links que contém.

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domingo, 25 de maio de 2008

Jovens válidos são esperança para o País

Segundo o PR afirmou no discurso de 25 de Abril, os jovens não evidenciam apetência pela política, o que, como diz Marta Vieira no Diário de Notícias de hoje isso é compreensível porque «para a maior parte dos potenciais eleitores, entre os 18 e os 30 anos (com excepção de um ou outro carreirista), os políticos já deram todas as provas de incompetência e de falta de seriedade, provas essas que se acumulam de cada vez que vêem um primeiro-ministro, com um ar festivo e vaidoso, a desrespeitar promessas sobre o emprego, a consolidação orçamental, a retoma do investimento, a segurança dos cidadãos, a inflação, a estabilidade laboral, a educação, as novas oportunidades, etc., etc., etc., tudo aquilo, enfim, que serviu para enganar, mais uma vez, os portugueses».

Torna-se necessário, segundo a autora, valorizar «o que ainda resta dos tradicionais valores nacionais: o trabalho, a honra, a solidariedade». Porém como neste blog tem sido várias vezes escrito, existem jovens válidos que merecem ser apoiados porque constituem uma esperança para o País poder ressurgir do atraso e da letargia em que se tem afundado.

Passo a citar casos positivos em abono dos jovens. Pelo Jornal de Notícias de hoje ficámos a saber que «o eco-veículo da Universidade de Coimbra (UC) manteve ontem o título ibérico no European Shell Eco-marathon, realizado em Nogaro, França, ao conquistar o 11.º lugar, conseguindo percorrer 1445 quilómetros com um litro de gasolina». Trata-se de um veículo desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Mecânica da UC que já em 2007 conseguiu uma melhor prestação tendo alcançado o 7.º posto na geral dos protótipos a gasolina, ao percorrer 1902 quilómetros com um litro de gasolina.

Na mesma competição, uma equipa da Universidade do Minho ficou no 16.º posto da classificação geral, com um veículo que percorreu 1192 quilómetros com um litro de gasolina. E esteve presente uma terceira equipa portuguesa, da Escola Secundária Alcaides de Faria, de Barcelos, que se classificou no 30.º posto, com 789 quilómetros com um litro de gasolina.

Na variante Urban Concept, da mesma competição, a equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto classificou-se em segundo lugar, ao percorrer 291 quilómetros com um litro de gasolina, uma prova que teve cerca de metade dos inscritos da variante de protótipos.

Isto evidencia capacidade científica e de aplicação da teoria à prática, desenvolvendo tecnologias extraordinariamente evoluídas e inovadoras.

Também, o DN refere a actividade efectuada no edifício do auditório do Taguspark, em Oeiras, em que 90 jovens vindos de várias escolas do concelho de Oeiras, com idades entre os 15 e 16 anos, discutiam os últimos pormenores das estratégias empresariais que desenharam em apenas 24 horas, para serem avaliados por um júri de cinco elementos. Embora jovens adolescentes, mostraram-se empreendedores, inventaram ideias para fazer negócios, delinearam planos de investimento, de marketing, de publicidade e de financiamento dos seus projectos. Cada equipa tinha entre quatro e cinco elementos e era coordenado por um monitor, ele aluno do Instituto Superior Técnico. Os prémios são bilhetes para o Rock in Rio

A iniciativa "Taguspark Empreendedor Júnior" foi organizada pelo Taguspark em parceria com a associação Aprender a Empreender, uma organização internacional sem fins lucrativos que está presente em Portugal desde 2005 e que tem como objectivo incentivar os jovens desde o ensino básico até à universidade a tornarem-se empreendedores.

Os jovens estão a aderir com entusiasmo às iniciativas desta associação. A equipa que ganhou os três dias de Rock In Rio foi a que apresentou um projecto para a criação de um chip de reconhecimento de imagem para telefone. Os sectores preferidos pelos jovens empreendedores foram o ambiente, as energias renováveis, o apoio aos donos de animais, a genética e até as tecnologias que permitem poupar tempo e divertir-se mesmo em trabalho. Em apenas 24 horas, saíram da cabeça dos jovens boas ideias de negócio, desde o aproveitamento de óleos alimentares para a produção de biodiesel, até relógios com GPS e roteiros turísticos.

É com agrado que se verifica haver no País matéria cinzenta de muita qualidade que merece ser apoiada com condições de investigação e trabalho para produzir as «ferramentas» úteis ao desenvolvimento da nossa economia e incrementar as exportações de equipamentos com inovações, de tecnologia avançada, e boas perspectivas de venda.

Indicam-se em a seguir links de posts que abordam aspectos animadores das capacidades de jovens:

- A política como trampolim
- A política não é atractiva
- Cavaco, Jovens e a democracia
- Duas etapas sensíveis na vida
- Investigador português recebe prémio no Canadá
- Francisco Veloso recebe prémio internacional
- Filipe Valeriano, Português que sobressai
- Cientistas portugueses em destaque internacional
- Jovens cientistas portugueses
- Jovens com prémios científicos internacionais
- Portugal vai ressurgir!!!
- Mensagem de Ano Novo do PR
- Excesso de assessores e má gestão não resultam bem
- Políticos não dão lições de liberdade
- Três estudantes portugueses premiados nos USA
- Tenhamos esperança nas novas gerações
- Jovens hoje, Líderes amanhã

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Investigador português recebe prémio no Canadá

Na sequência de outros posts em que são referidos casos exemplares de compatriotas que são distinguidos no estrangeiro pelo valor demonstrado, deixo aqui o nome de José Carlos Teixeira, objecto do artigo transcrito do «Portugal Diário».

Professor foi galardoado com um dos mais prestigiados prémios

O professor e investigador português José Carlos Teixeira, radicado no Canadá, foi galardoado com um dos mais prestigiados prémios universitários daquele país, em reconhecimento da «excelência» do trabalho que tem desenvolvido na área da geografia social.
O «Prémio de Investigação da Universidade da Colúmbia-Britânica-Okanagan» será entregue numa cerimónia dia 12 deste mês, a ter lugar no pólo universitário de Kelowna, onde José Carlos Teixeira é professor associado.
Esta é uma das duas maiores distinções conferidas pela universidade, a par do prémio de docência.
Em declarações à Lusa, José Carlos Teixeira, que nasceu nos Açores há 49 anos, confessou ter ficado inicialmente surpreso ao saber do prémio.

«Devo este prémio à comunidade portuguesa no Canadá»
«É que geralmente dá-se este prémio a pessoas em final de carreira», desabafou, manifestando-se orgulhoso por tratar-se de um louvor ambicionado por muitos académicos, mas alcançado apenas por alguns.
«Devo este prémio à comunidade portuguesa aqui no Canadá, porque ela foi sempre o centro dos meus estudos, o meu laboratório principal», indicou o docente, que elaborou outras análises na área da geografia social sobre as comunidades polaca, jamaicana, moçambicana e angolana no país.
«Com este prémio gostaria de transmitir uma mensagem aos jovens portugueses e luso-descendentes: a de que é possível atingir-se um nível de excelência, mesmo sendo originário de regiões pequenas e mais pobres», salientou à Lusa.
Para o investigador, o prémio demonstra o mérito do impacto das pesquisas que fez, dentro e fora do meio académico.
As grandes temáticas focadas pela sua investigação são três:
- A estrutura e evolução das comunidades,
- a mobilidade para os subúrbios a partir das primeiras cidades onde as comunidades se instalaram e
- o papel do comércio étnico português.
Hoje-em-dia é já visível uma base de empresários, assim como de industriais, de origem portuguesa a terem êxito e a evidenciarem-se no Canadá, especificou acerca daquele último ponto.
Natural da freguesia da Ribeira Grande, em S. Miguel, Açores, José Carlos Teixeira viajou para o Canadá em 1978 para fazer um mestrado, findo o qual planeava regressar aos Açores.
Mas, acabou por emigrar em definitivo, constituiu família e concluiu um doutoramento em Toronto.
Iniciou a seguir uma carreira docente nas universidades de York, Toronto, Okanagan e Colúmbia Britânica, tendo ingressado nesta última em Julho de 2006.
O professor português do Departamento de Geografia da UBCO é autor de mais setenta publicações, de entre livros, monografias, dissertações, artigos, relatórios e pesquisas.
«Os Portugueses no Canadá», que será reeditado em breve pela Universidade de Toronto, e «Os Portugueses no Canadá: do mar para a cidade», em co-autoria como professor Victor da Rosa, são algumas das obras mais conhecidas.
José Carlos Teixeira assumiu recentemente funções de coordenação - «Priority Leader» - no projecto Metropolis, rede internacional de instituições de pesquisa e outras organizações, que procede a análises comparativas nas áreas da migração e integração de imigrantes, podendo servir para apoiar políticas imigratórias.

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domingo, 30 de março de 2008

Francisco Veloso recebe prémio internacional

À semelhança de vários posts anteriores, trago aqui a notícia de mais um português, Francisco Veloso, que recebeu um prémio internacional de prestígio. Casos como este e os anteriormente citados demonstram que Portugal tem, felizmente, cabeças para conseguir o desejado desenvolvimento. O que faltam são dirigentes políticos patriotas, competentes, dedicados aos interesses do País, isto é, dos seus cidadãos.

Todos os anos, a corrida às bolsas da Fundação Sloan trava-se num clima de forte concorrência, devido à visibilidade académica e ao reconhecimento público que lhe estão associados: 36 antigos bolseiros chegaram a Prémio Nobel. Alfred Sloan foi um dos primeiros presidentes da GM e um dos grandes impulsionadores do que veio a ser o maior construtor automóvel do mundo. Com parte da fortuna que fez, lançou a Fundação Sloan, a qual está por detrás de uma das mais prestigiadas escolas de Gestão, a Sloan School of Management, e criou bolsas para jovens investigadores. O apoio começou por ser para a área da ciência, mas há quatro anos foi alargado à investigação ligada à indústria real: indústria automóvel, tecnologias da informação, software e serviços financeiros.

Francisco Veloso é um dos cinco premiados este ano pela Fundação Albert Sloan pelo seu trabalho académico ligado à indústria automóvel, sendo também o primeiro português a receber esta distinção da conceituada entidade norte-americana atribuída a jovens investigadores com carreira nos EUA ou no Canadá, nas áreas da ciência, tecnologia e competitividade económica.

Francisco Veloso, de 38 anos, actualmente a repartir o tempo como professor nas universidades Carnegie Mellon e Católica, reconhece, satisfeito, que este é um "bom prémio" pelo trabalho que tem desenvolvido tanto nos EUA como em Portugal, cruzando cada vez mais a mudança tecnológica com o empreendedorismo e a engenharia com a economia. A forma como as empresas devem organizar, com sucesso, as suas capacidades tecnológicas em cadeias de valor, como a indústria automóvel, é o seu ponto de partida. Considera-a também a sua "área genérica de trabalho".

Tem seguido duas linhas de investigação.
- Uma tem por referência o Clean Air Act, a lei do ar limpo que começou com Richard Nixon na Presidência dos EUA, e as medidas ambientais tomadas desde então para o sector. "De cada vez que é aprovada legislação ambiental mais restritiva, aumenta o número de patentes", revela Francisco Veloso, o que significa que "as empresas, nessas alturas, são mais inovadoras. Investem e mexem-se".
- A segunda área de estudo refere-se ao que chama a "coerência tecnológica das empresas automóveis", provando que "as empresas devem manter coerência tecnológica para que o seu desempenho não baixe", que é o que acontece quando "diversificam para áreas não relacionadas", nomeadamente para as que adoptaram os padrões de qualidade da norma Iso 9000.

Para melhor conhecimento do tema desta notícia, sugere-se a leitura dos seguintes artigos do Público de 30 de Março:
- «Primeiro português distinguido pela Fundação Sloan»,
- «O peso da Sloan»,
- «Centro de Engenharia da Maia».

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segunda-feira, 17 de março de 2008

Maria de Medeiros nomeada «artista UNESCO para a paz»

A actriz e cantora Maria de Medeiros é hoje nomeada oficialmente "Artista UNESCO para a paz" em cerimónia a realizar em Paris e a que assistirá o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

No final da cerimónia, que contará com a presença do director-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, Maria de Medeiros cantará acompanhada do seu trio de jazz, com o qual editou em 2007 o álbum "A little more blue".

Em declarações à Lusa, a artista indicou que, a partir de agora, associará a sua agenda à daquela agência da ONU e, neste contexto, uma das suas primeiras iniciativas consistirá num concerto que dará em finais de Abril em Moçambique.

"Vou aproveitar - disse - para dar visibilidade à educação artística, juntamente com Malangatana, que é também artista da UNESCO para a paz".

De acordo com o governo português, a actriz, a primeira portuguesa a receber esta nomeação, foi escolhida pela "visibilidade, carisma, qualidade artística, polivalência, sensibilidade e empenho nas grandes causas do mundo contemporâneo".

Maria de Medeiros, 42 anos, tem-se distinguido sobretudo como actriz de cinema em Portugal e no estrangeiro.
Lusa / AO Online

NOTA: esta transcrição é feita para homenagear uma portuguesa que é distinguida com um galardão internacional, o que deve constituir orgulho para todos nós. Honra ao valor e ao mérito!

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quarta-feira, 12 de março de 2008

Premio honroso para António Coutinho

Para contrariar a tendência miserabilista de cultivar o desânimo, o pessimismo, o derrotismo, pretendo contribuir, com a minha modesta influência, para que dar a volta e criar e desenvolver uma mentalidade mais positiva, enfatizando os casos que possam ser apresentados como exemplos atractivos de comportamentos que contribuam para se «levantar hoje de novo o esplendor de Portugal». Por isso trago aqui esta notícia do Público de hoje:

António Coutinho ganha Prémio Universidade de Lisboa
Ana Machado

António Coutinho, director do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), já sabia ontem que tinha ganho o Prémio Universidade de Lisboa. Mas não sabia porquê. Com a deliberação do júri pela primeira vez na mão, confessa que se sente orgulhoso: "De facto, reconhecerem o meu contributo para a criação de uma escola de investigadores na área das ciências biomédicas, com prestígio internacional, satisfaz-me muito", diz, enquanto lê uma das razões pela qual o prémio, no valor de 25 mil euros, lhe foi atribuído. O prémio, esse, já está destinado: vou ver com os meus filhos o Euro 2008".

Médico de formação, o investigador especializado em Imunologia confessa que tem saudades da bancada de laboratório: "Foi como deixar de existir. Desisti de muita coisa". Deixar a investigação é, para António Coutinho, de 63 anos, a parte má de coordenar há 10 anos um dos institutos científicos portugueses com mais projecção internacional. Só esta semana, cientistas do IGC conseguiram assinar dois artigos em duas revistas científicas internacionais de renome.

"Agora é o nome deles. Tenho tido muitas alegrias. Ver esta nova gente ter sucesso, ver o país científico a crescer, ver tudo mais moderno e mais aberto é o lado positivo", adianta sobre o que faz com que não lamente ter deixado uma carreira científica internacional para trás, depois de ter passado pelo Instituto Karolinska, na Suécia, ou pelo Instituto Pasteur, em Paris, França. E lembra que o IGC já contribuiu para a formação de quase 500 doutores.

Questionado sobre o que torna esta escola de cientistas especial, António Coutinho responde invocando as palavras de dois investigadores estrangeiros que há minutos tinha conduzido numa visita ao instituto: "A primeira coisa que me disseram foi que aqui o ambiente era muito agradável, acolhedor e que as pessoas pareciam muito felizes. Temos prazer na discussão intelectual, na argumentação. Acho que é isto que nos torna especiais".

E diz que aquilo que torna o IGC especial obriga a que não possa crescer mais: "É por tudo isto que o IGC não pode crescer mais. Não queremos sacrificar este ambiente. Enquanto eu cá estiver não vamos crescer mais", diz.

Sobre a ciência que hoje se faz em Portugal, Coutinho reconhece que cresceu muito nos últimos tempos: "Houve um grande acréscimo em qualidade e quantidade da produção científica".

Mas, como em tudo o que cresce, chega uma altura em que é preciso cortar: "Chegámos a uma altura em que é preciso podar, como as plantas na Primavera. Não se pode cortar à toa. Tem de se cortar só onde se deve e, à boa maneira japonesa, orientar o crescimento dos ramos para onde se quer".

O médico e investigador já sabe o que fazer ao dinheiro do prémio: "Vou ver com os meus filhos o Euro 2008".

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Jovens cientistas portugueses

Quando a generalidade das pessoas se confina a dizer mal de todos os aspectos do País, considero de suma importância alargar o foco de visão por forma a observar o que existe de positivo, mesmo que seja pouco. Temos que fazer um esforço para notar e valorizar os sinais positivos que possam contribuir para alimentar a nossa auto-estima. Seria interessante que S. Exa o Presidente da República nas sessões em que homenageia alguns portugueses inserisse na lista gente nova que se destaca no aproveitamento escolar, nas pesquisas científicas e nos negócios, enfim, naquilo que se oriente para fazer maior este País de «heróis do mar».

Há poucos dias, no post intitulado Jovens com prémios científicos internacionais, referi Henrique V. Fernandes, investigador do Instituto de Medicina Molecular que é o único investigador português a receber uma bolsa no valor de 1,9 milhões de euros do European Research Council, ao mesmo tempo que também salientava o prémio concedido pela UNESCO, relativo às celebrações do Ano Internacional do Planeta Terra, que se comemora em 2008, a Diana Carvalho de apenas 20 anos, aluna finalista do curso de Comunicação e Multimédia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.

Hoje, com o título «Porto organiza encontro de ciência jovem», o jornal «Público», pela prosa de Sandra Silva Costa, diz-nos que cerca de 300 estudantes, vindos dos diferentes continentes, tomarão parte, terça e quarta-feira, no Porto no primeiro encontro de Investigação Jovem. Ao longo desta "maratona de ciência", que vai decorrer na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (UP) e é exclusivamente dirigida a alunos dos 1.º e 2.º ciclos (licenciaturas, pós-graduações e mestrados), os estudantes vão debater e apresentar mais de 180 projectos de investigação gerados em contexto académico em vários pontos do globo.

O mesmo jornal, em artigo de Teresa Firmino, diz-nos que a equipa de Helena Santos, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica, em Oeiras, encontrou a resposta a como se protegem os microrganismos capazes de resistir a temperaturas elevadas, graças à descoberta de dois compostos químicos nunca antes observados. Este trabalho é distinguido hoje com o Prémio Câmara Pestana, no valor de 2500 euros, atribuído pelo Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, de Lisboa. As duas moléculas descobertas estão patenteadas e as aplicações de uma delas foram vendidas a uma empresa de biotecnologia alemã.

E assim se aumenta o prestígio de Portugal, mais do que com os autódromos, ou os jogos olímpicos, ou os mundiais de futebol, ou a maior árvore de Natal.

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