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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

SOLIDARIEDADE HUMANA E MIGRAÇÃO

Solidariedade humana e migração
(Publicado em O DIABO nº 2198 de 12-02-2019, pág 16)

Em todas as civilizações é defendida uma ética semelhante à que os cristãos resumem nos “mandamentos”, de respeitar os outros e tratá-los como se deseja ser tratado. Se cada um cumprir esses deveres, será assegurado o direito a não ser agredido e a não ser roubado por bandidos e por corruptos ou maus políticos que priorizam os seus próprios interesses para satisfação de vaidade e ambição, desprezando o dever de defender os interesses dos cidadãos e dar-lhes melhor qualidade de vida.

Estes conceitos estimulam a reflexão sobre diversos temas da vida real, muitas vezes ocultos e camuflados por uma comunicação social desvirtuada que, em vez de informação e divulgação de cultura edificante, é viciada pelo “politicamente correcto” que serve interesses inconfessados.

Um desses temas, actual, centra-se na movimentação de pessoas gerida ao sabor de interesses que procuram ficar ocultos, mas que dão lucro aos traficantes humanos tolerados por poderes internacionais sob a capa de “ajuda humanitária”.

Embora o assunto ganhe acutilância em cada dia que passa, recordo o texto “Refugiados, solidariedade e respeito pelos outros”, aqui publicado em 08-11-2016, e o mais recente “Refugiados: apoiar sem fuga ou depois dela”, publicado em 03-072018. Embora se tenha passado bastante tempo, as sugestões ali alvitradas não foram partilhadas por outros amigos da humanidade, com poder de decisão, embora alguns pensadores já tenham defendido pontos de vista semelhantes, a propósito de casos concretos. Um desses casos é a posição de “chefões” da União Europeia a propósito da recepção de migrantes ou refugiados.

As vantagens de investir no apoio à política social interna nos países de origem são notórias e podem sintetizar-se em poucas linhas: manter a comodidade de as pessoas continuarem a viver no seu meio familiar e ambiental, com as suas tradições, a mesma Língua, os mesmos hábitos; evitar as dificuldades da viagem, do pagamento aos traficantes, do risco de acidentes em que tantos têm perdido a vida, da adaptação a um ambiente diferente e, por vezes, hostil, com dificuldades de contacto e de solidariedade, nos diversos aspectos da vida em sociedade, da ocupação, da produtividade para sobrevivência, etc.

Por outro lado, os países de acolhimento, com o apoio no país de origem, não teriam mais despesa porque deixariam de sustentar pessoas improdutivas, com subsídios, alojamento, alimentação, apoio de saúde, segurança, etc. Não teriam de fazer face a conflitos de segurança e a contactos agressivos com polícias que algumas vezes levantam preconceitos racistas, porque não se convencem que a lei existe para todos e não tem obrigação de ser igual à que existia no país de origem. Mas nos casos de acolhimento, a criação de bairros para migrantes é um erro de autarquias e governo sendo preferível a inserção em bairros existentes para naturais onde a comunicação com vizinhos facilita a transição.

Uma das dificuldades da integração dos imigrantes é a sua falta de sensibilidade e do saber popular do ditado “na terra onde chegares faz como vires fazer para não aborrecer”. Essa noção será melhor absorvida se a morada for em urbanização normal e não em bairro isolado.

Outro aspecto negativo, além de cenas de violência perante polícias que têm por missão obrigar ao cumprimento de leis iguais para todos, pode provir de actos de terrorismo por elementos infiltrados ou que tenham sido usados por forças estranhas interessadas em convulsões.

Trata-se de um assunto extremamente sensível e complexo que necessita de profunda reflexão. Não é por acaso que muitos Estados se têm manifestado em oposição aos intuitos da ONU traduzidos no acordo de Marraquexe e de na UE existirem claras divergências quanto a isto e ter havido alteração quanto a posições tomadas há algum tempo, quer por países mediterrânicos quer pela própria direcção continental. ■

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

JUVENTUDE PROMISSORA

Jovem com respeito pelos idosos

Pelas 08h30 de hoje, 5 de Dezembro, abeirei-me do vidro da marquise e olhei para o exterior, como normalmente, para ver os macaquinhos mais madrugadores do Zoológico. Vi uma senhora de idade avançada agasalhada num casaco comprido preto, ligeiramente curvada, devagar e a usar a sua bengala passo a passo mas sem coxear. Como o passeio é estreito seguia pelo meio.

Atrás, seguindo no mesmo sentido aproximava-se um rapaz de pouco mais de 20 anos, a passo largo. Iria ultrapassar a idosa dentro do meu campo de visão e esperei para ver como iria passar pela senhora e que incómodo lhe iria dar. Cerca de 10 metros antes de a alcançar, passou pelo intervalo dos carros estacionados em longa fila contínua e continuou a sua progressão ao longo dessa fila pela faixa de rodagem, contra o sentido de trânsito, até que, cerca de 10 metros depois de passar pela senhora, aproveitou outro intervalo mais cómodo e reentrou no passeio para continuar a sua progressão.

A isto chama-se ética, civismo, respeito pelos outros. Senti-me feliz durante todo o dia com este caso que demonstra que a juventude não consta apenas de malandros, pois há casos como este que nos dão grande esperança de a sociedade estar a recuperar do estado de degradação em que se encontra pela mão da geração anterior à de este jovem. E, aproveito para referir que, há dias, no primeiro patamar da descida das escadas para o Metro escorreguei no piso molhado e caí, batendo com a anca esquerda, mas sem gravidade. Um casalinho jovem acorreu a perguntar como me sentia e se precisava de ajuda. Como não quis outro socorro, ajudaram-me a pôr de pé e ampararam-me nos degraus seguintes. HÁ SINAIS POSITIVOS QUE JUSTIFICAM ESPERANÇA NO FUTURO da Sociedade que desejamos harmoniosa, pacífica e solidária.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

REFUGIADOS, SOLIDARIEDADE E RESPEITO PELOS OUTROS

Refugiados, Solidariedade e Respeito pelos outros
(Publicado em O DIABO de 8-11-2016)

A degradação das sociedades modernas, com o avanço da globalização, tem originado, em grande quantidade de estados, pequenos ou por vezes grandes, conflitos internos ou com vizinhos, que originam a fuga de populações como emigrantes ou como refugiados. Para agravar as consequências e aumentar o sofrimento das pessoas e famílias, nessas condições, apareceram oportunistas a cobrar avultados pagamentos por transporte em condições arriscadas. Para aumentar a rentabilidade de tais negociatas, em vez de colaborarem na procura de soluções em áreas menos agitadas do país ou em países próximos, incitam-nos a viagens mais longas para países com idiomas, tradições e etnias muito diferentes, o que acarreta, além das confusões e perigos da viagem, dificuldades de adaptação e de convivência.

Impõe-se aos cidadãos dos países de acolhimento atitudes de solidariedade através do melhor apoio. Ma os imigrantes devem evidenciar vontade de adaptação aos hábitos locais em respeito bilateral, interactivo, com os outros. Há um ditado que diz «na terra onde chegares faz como vires fazer se não queres aborrecer». É uma questão de respeito pelos outros. Chegarem, quererem manter os seus hábitos sem o menor sinal de quererem adaptar-se e exigindo que os autóctones os aceitem, tolerem e se adaptem a eles, é uma forma de colonialismo, já fora de moda, que os acolhedores nem sempre estão dispostos a aceitar. Daí que raramente a presença de refugiados seja agradável e inspiradora de comportamentos de boa vontade.

Mas trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada e necessita de boa análise por parte dos poderes políticos e da ONU e outras instituições focadas na vida social e humanitária. E deve olhar-se, não apenas para as soluções de acolhimento mas, principalmente, para as medidas preventivas que devem consistir em evitar conflitos que possam ser geradores do fenómeno. A ONU e outros poderes devem exercer a diplomacia que, em vez de conflitos violentos, leve ao diálogo, a conversações e a negociações. Isso evita desgaste de meios necessários ao desenvolvimento dos países e as perdas de vida e outros inconvenientes para as pessoas que têm o direito de viver em paz, com segurança e com boa qualidade de vida. No aspecto preventivo, surgem palavras sensatas de pessoas não muito poderosas da engrenagem política internacional, como o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi que, em 24 de Outubro, disse que a eventual extradição de ruandeses requer exame cuidadoso.

Mais recentemente, em 29 de Outubro, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, apelou à chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, para que use "o poder político para pressionar" os "aliados locais dos terroristas", esperando com isso normalizar a vida no Médio Oriente, principalmente, na Síria, no Iraque e no Iémen e evitar o posterior alastramento ao Norte de África e à Europa.

Torna-se urgente reduzir drasticamente o uso da força e utilizar medidas como as sugeridas pelo Presidente iraniano ou outras afins para se viver pacificamente com qualidade de vida mais aceitável. A PAZ é um bem indispensável.

A João Soares
em 12 de Novembro de 2016

domingo, 25 de outubro de 2015

ANIMAIS AMIGOS E SOLIDÁRIOS



Esta imagem de cinco cães abandonados que, na rua, se aconchegam para melhor suportar o frio, além de mostrar que os humanos não dispensam a devida atenção e agradecimento aos seus fieis amigos e o respeito aos outros seres vivos e a todos os sectores da Natureza, dá-nos mais uma lição que muito aprecio e não me canso de divulgar.

O ser humano, na sua arrogância egocêntrica, dá demasiado valor de exclusividade à fala que considera um meio de comunicação único, e autodenominou-se «animal racional» e a todos os outros com quem não sabe comunicar-se pela fala, denominou-os arrogantemente de «irracionais». Foi uma grande irreverência de exclusão e desrespeito pela grande maioria dos seres vivos, também dotados de inteligência, sensibilidade e afectividade. Só porque o homem não compreende a sua intercomunicação.

Esta fotografia evidencia uma convivência solidária de respeito mútuo, de apoio e de entreajuda. Em situação de frio e incomodidade, cada um encontrou maneira de ajudar os outros a minorarem o seu incómodo e os três ficaram em melhores condições. Quem lhes aconselhou tal atitude, tal solução para melhorar a sua qualidade vida? Nenhum racional os domou para isso. É a sua inteligência e solidariedade, apesar de lhes chamarmos irracionais. E, como esta lição, há inúmeras outras difundidas pela Internet que deviam fazer pensar os seres humanos menos sensíveis, por vezes, posicionados em elevados cargos directivos. Os seres humanos têm muito que aprender com a vida quer singular, quer em família ou em grupo, dos animais que erradamente classificaram de irracionais.

Gosto de imagens como esta que vêm chegando até mim e aproveito-as sempre que posso para contribuir para a melhoria da vida dos humanos do ponto de vista ético e cívico, na família e nas sociedades. Com isto, certamente, se poderá concluir que não é a força do dinheiro nem das armas que construirá a PAZ, nem maior HARMONIA, nem bom ENTENDIMENTO entre os seres humanos e destes com os outros seres vivos, também filhos da NATUREZA.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SOLIDARIEDADE E AMIZADE

Transcrição de texto publicado por Manuel Duran Clemente no Facebook

Para todos os meus amigos, próximos ou de circunstância.
Este é um dos posts mais longos que eu irei publicar, e também um dos mais sérios.

Qualquer um de nós poderá passar por momentos difíceis nalguma área da vida em algum ponto. A vida não é fácil. Apenas algo para se pensar.
Sabias que as pessoas mais fortes são geralmente as mais sensíveis?
Sabias que as pessoas mais bondosas são as primeiras a precisarem de bons tratos?
Sabias que aqueles que tomam conta dos outros o tempo todo, são geralmente os que mais precisam?
Sabias que as três coisas mais difíceis de dizer na vida, são: Amo-te, Desculpa, Ajuda-me?

Às vezes, uma pessoa aparenta estar feliz, mas temos que olhar para além do seu sorriso, para ver quanta dor pode estar a sentir.

A todos os meus amigos que estão a passar por alguns problemas agora - vamos começar uma corrente de solidariedade, de intenção, agora.
Todos nós precisamos de intenções positivas. Agora, se eu não vir o teu nome, eu vou entender.
Posso pedir aos meus amigos onde quer que se encontrem,a amabilidade de copiar e colar esta intenção por uma hora?
É para apoiar todos aqueles que têm problemas familiares, lutas de saúde, problemas de trabalho, preocupações de qualquer tipo e só precisam de saber que alguém se importa. Fazê-lo por todos nós, pois ninguém está livre disso.

Espero ver este post nas páginas de todos os meus amigos, só para dar apoio moral. Eu sei que alguns o farão !!! Eu fiz isso por alguém especial e tu também podes. Deverás copiar e colar este post, e não partilhar!!

terça-feira, 16 de junho de 2015

IDOSOS PRECISAM DE SOLIDARIEDADE



Tenho ido visitar pessoa amiga internada numa Casa de Repouso em CASCAIS e saio sempre preocupado, com as condições do fim da vida de muita gente que, embora se encontre num lar com pessoal carinhoso e eficiente, vive abandonada pelos familiares e amigos que o esqueceram. Há pessoas muito deficientes e afastadas do mundo real, que precisam de receber visitas frequentes de familiares e de amigos.

Por seu lado, as comunicações dos residentes entre si raramente são animadoras, dado o seu estado de saúde mental e desgaste psíquico agravado pelas saudades dos seus anteriores «amigos» conhecidos e familiares que deixaram de lhes dar o indispensável afecto e carinho.

Muitas pessoas que conhecem um destes idosos a quem dirigiam palavras amáveis, de ocasião, provam agora que não sentiam por eles um mínimo de afecto, de amizade. Por vezes, perguntam por eles no café ou no restaurante onde os encontravam, mas não dão um passo para fazer um gesto, um carinho, um afago que anime e melhore a qualidade de vida psíquica da pessoa de quem era suposto serem amigas. Não interessa levar uma guloseima, mas é importante dizer uma palavra amiga, fazer uma carícia na mão ou na face, o que não custa dinheiro. Mesmo quem trabalha o dia inteiro, pode fazer isso, ocasionalmente, depois do trabalho ou no fim-de-semana.

A SOCIEDADE É POUCO SOLIDÁRIA E OS IDOSOS SÃO OS MAIS PENALIZADOS POR ISSO. PENSEMOS NAQUILO QUE GOSTAREMOS DE SENTIR QUANDO ESTIVERMOS EM SITUAÇÃO SEMELHANTE.

Não custa muito, num momento mais livre, comunicar com um conhecido que esteja solitário em casa ou internado num lar e transmitir-lhe uma palavra de conforto, de amizade, de afecto que o ajude a enfrentar com mais ânimo as suas dificuldades. E, numa visita a uma casa de repouso ou lar, procurar transmitir afecto também a outros residentes.

É preciso alertar na Internet as pessoas para tal necessidade de solidariedade. Devemos procurar melhorar a afectividade da humanidade.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Eu e os Outros. Nós e a Natureza

Nesta quadra natalícia, e obedecendo à tradicional frase de que «o espírito de Natal deve estar presente todo o ano», convém fazer uma análise do ano findo, rever comportamentos e aperfeiçoar a conduta a fim de o próximo ano ser melhor e iniciarmos um futuro construtivo seguindo os melhores valores de convivência com os outros e com a Natureza.

Não é preciso inventar nada. Desde há séculos que se recita a ideia de que deveis «amar os outros como a vós mesmos» ou de que «não devemos fazer aos outros o que não desejamos que nos façam». Neste conceito, os outros são todos os que estiverem para além da nossa pele, sejam familiares ou amigos, do nosso clube ou de outros, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, das convicções, etc.

É nosso dever não hostilizar os outros e respeitar seriamente os seus legítimos direitos. Nos anos mais recentes instalou-se o fanatismo dos direitos, toda a gente fala nos seus variados direitos, mas ao pronunciar a palavra esquecem que deve haver deveres para que os dois pratos da balança – direitos e deveres - estejam em equilíbrio. E o principal dever é respeitar os outros, não os prejudicar no exercício dos seus legítimos direitos.

Este dever de respeitar os direitos dos outros é muitas vezes esquecido e muitas autoridades esmagam, sem a mínima consideração, os que dependem de si e que, por isso, ficam mais desprotegidos. É dever também desempenhar as suas tarefas honestamente com permanente vontade de ser eficiente, excelente. Os que têm o dever de zelar pelo bem-estar da população, devem ser escrupulosos e não viver acima das possibilidades dos contribuintes, isto é, devem fazer escrupulosa utilização do dinheiro público. Para isso, a estrutura deve ter apenas o peso e o volume indispensável à finalidade de governar bem o país, sem burocracias excessivas, sem instituições desnecessárias, sem mordomias desproporcionais às possibilidades dos contribuintes. As tarefas de cada órgão devem ser claramente definidas, com rigorosa atenção ao interesse dos cidadãos. O controlo das actuações deve ser isento e imparcial e a aplicação da Justiça deve ser geral sem criar excepções de imunidades e impunidades injustificáveis.

Mas além do nosso respeito pelos outros, há um outro dever que costuma ser esquecido é aquele que se refere à casa de todos nós, à Natureza. A nossa vida depende do ambiente, não apenas daquele que fica ao alcance da nossa mão, da nossa visão, mas de todo o planeta. Cada gesto nosso tem influência na saúde ambiental: a água que consumimos, o lixo que produzimos, os gases e vapores que enviamos para a atmosfera, o excesso de consumo e, principalmente, o desperdício, empobrece o património colectivo, os recursos que escasseiam e nos farão falta e aos vindouros.

E além da Natureza como nosso habitáculo, devemos respeitar os seus habitantes, animais e vegetais. Quanto aos animais, não posso deixar de sublinhar o egocentrismo e a arrogância que levou os humanos a considerarem-se «racionais» em oposição aos restantes habitantes da terra que qualificou de «irracionais». Tal classificação foi devida a ignorância e presunção dos humanos, pois, os animais não humanos raciocinam de forma mais coerente e pragmática do que muitos humanos e, frequentemente, dão lições de convivência, de afecto entre os familiares, os do mesmo bando e, o que é impressionante, em relação a tipos de outras espécies e raças. Nisto aparecem exemplos que devem envergonhar os humanos racistas, xenófobos, com aversão aos que seguem religião diferente ou são adeptos de outros clubes ou de outros partidos.

O espírito de Natal deve ser aproveitado para reflectir nestes problemas, de forma simples e sem preconceitos e, depois, procurar rever os comportamentos habituais de maneira a contribuir para maior harmonia e paz em relação aos outros e à Natureza em todas as suas facetas. «Amai os outros como a vós mesmos».

Imagem de arquivo

sábado, 6 de outubro de 2012

Reestruturar as despesas do Estado

Transcrição de notícia seguida de Nota:

CCP considera essencial “verdadeira reforma” para cortar despesa do Estado
Público. 06.10.2012 - 16:29 Por Lusa

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) disse hoje ser “essencial” reduzir a despesa pública de Portugal “através de uma verdadeira reforma do Estado”, questionando a “receita” da troika e do Governo para o equilíbrio orçamental.

“A receita aplicada, não só é errada, na perspectiva da retoma do crescimento económico, como é ineficaz na perspectiva do próprio objectivo de correcção do défice orçamental”, diz esta entidade no relatório sobre a conjuntura económica portuguesa referente ao segundo trimestre deste ano.

Para a CCP, a “convicção” de que a recessão é o “incontornável preço a pagar” para se corrigir o défice “deixa de fazer sentido a partir do momento em que o resultado da aplicação do pacote de medidas de austeridade” apresentadas “não se traduz sequer numa diminuição do défice, como os números da execução orçamental de 2012 comprovam”.

A confederação apela ainda ao “repensar” da “própria lógica das medidas aplicadas", para se conseguir, ao mesmo tempo, "o reequilíbrio das contas públicas e o crescimento da economia”. O que “parece certo”, aponta a CCP, “é que a fixação apenas num destes objectivos não consegue solucionar qualquer deles”.

O órgão presidido por João Vieira Lopes acusa ainda o Governo de gerar uma “economia mais fragilizada, com menor valor acrescentado criado” e reitera a importância de se saber quando é que Portugal voltará a financiar-se a longo prazo nos mercados.

NOTA:
Esta notícia vem mostrar que os seguintes artigos, de entre outros,não eram utópicos:


- Dinheiro público é mal gerido
- Governo não pensa em orçamento. Só pensa em receitas
- Vítor Melícias condena “assédio à dignidade do pobre”
- Freitas do Amaral sugere imposto acrescido sobre os melhores salários
- Alberto João Jardim diz que a “paciência das pessoas tem limites”

Imagem do PÚBLICO

domingo, 27 de maio de 2012

Como reagiram ao desemprego

Sem dúvida que «a necessidade aguça o engenho», isto é, numa situação desconfortável, como o desemprego, é preciso procurar soluções, aproveitar oportunidades. Eis um caso exemplar que merece ser divulgado e seguido.

«Isabel Moreira e Tânia Dias decidiram montar, durante três meses, um projecto de voluntariado em que oferecem à comunidade os seus serviços, como a medição de tensão arterial, diabetes, acompanhamento a consultas, apoio na medicação ou na execução de pensos, por exemplo. Findo o prazo, esperam um contrato.
Os sonhos de trabalhar num hospital ou centro de saúde, foram-se desvanecendo à medida que os dias em casa se iam transformando em desespero. Isabel Moreira, de 39 anos, natural da Mêda, na Guarda, trocou uma carreira como gerente hoteleira pelo sonho de tratar dos outros. Um dia, desafiou a colega de curso Tânia Dias, de 22 anos, de Seia, também no distrito da Guarda, e com o mesmo sonho, a embrenharem-se no Planalto Mirandês e darem a conhecer o Laços, um projecto de apoio à comunidade em regime de voluntariado, para já, com a esperança de lançar a semente que no Verão lhes possa trazer o ordenado.»


Leia mais na notícia

Há duas enfermeiras que trabalham a troco de casa, comida e roupa lavada

Imagem do PÚBLICO

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Milionários acordam para a solidariedade

Há cerca de dois anos, Bill Gates e Warren Buffett conseguiram a adesão de mais milionários americanos para a justiça social, a solidariedade, segundo a notícia Quarenta milionários americanos vão doar parte da sua fortuna.

Outros artigos surgiram como "Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett, Super-ricos franceses querem pagar mais impostos, França prestes a pôr os ricos a ajudarem a pagar a crise.

Recentemente surgiu cá o artigo Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza. Ele não estava só e o movimento de solidariedade parece ter pernas para andar, apesar da opinião de Ângelo Correia que recusa imposto especial para mais ricos.

Surgiu agora mais uma notícia que reforça a opinião de Miguel Cadilhe segundo a qual Multimilionários aceitam doar pelo menos metade das fortunas.

Há motivos para não sermos exageradamente pessimistas pois surgem sinais vindos dos financeiramente mais poderosos de que estão a pensar na justiça social e na mais correcta distribuição da riqueza. Para os ajudar a tornar esse gesto efectivo e benéfico para a sociedade em geral, convém haver reconhecimento dos mais carentes, através de mostrar pressa em ver resultados palpáveis e de pressionar os Governos a explorar essa generosidade para combater activamente as injustiças sociais, por mais que isso custe a Ângelo Correia e outros milionários portugueses que apenas olham para o próprio umbigo e ambicionam sempre mais e mais sem olhar à forma como o conseguirão.

Imagem do Google

quarta-feira, 21 de março de 2012

Valores mais importantes que o dinheiro

"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"
"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar:
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

Agradeço à Amiga Celle o envio destes preciosos elementos.

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sábado, 17 de março de 2012

Solidariedade nas sociedades ditas «evoluídas»

Costumo responder a todos os comentários que surgem nos meus blogues, desde que sejam expressos de forma educada, e, em resposta ao da já conhecida comentadora Rosélia, no post Desta forma a humanidade melhorará depois de alguma argumentação «prometi fazer um post sobre a conversa entre Mister Smith e Mister Brown em que se vê a diferença entre o comportamento das pessoas nas grandes cidades e na pequenas aldeias do interior. Trata-se de um texto que li algures em data e local já esquecidos, mas cuja ideia tenho fresca na memória e, já que tenho de recriar, mudo os nomes e o local da conversa, eis o caso :

Em plena primavera o velho senhor Sousa, numa sexta-feira, ao sair da galeria do Chiado Terrasse, em Lisboa, deparou com o seu velho amigo Freitas e, depois dos cumprimentos habituais, aprendidos e praticados durante muitas dezenas de anos, surgiu o seguinte diálogo:

- Amigo Freitas, ainda bem que o encontro porque não queria deixar de me despedir de si porque na próxima segunda-feira, partirei de comboio com destino à minha terra Natal, Poiares perto de Freixo de Espada à Cinta.

- Mas o Amigo Sousa vai lá passar uma semana ou um mês? Certamente, nesse interior muito atrasado irá sentir muita saudade da vida cultural de Lisboa a que está, muito habituado.

- Caro Freitas, não se trata de uma semana nem de um mês ,mas do resto da minha vida. Vou passar lá os meus últimos das.

- Nem quero acreditar, que o amigo Sousa tenha decidido prescindir dos prazeres culturais e artísticos de que tanto gosta: as conferências na Sociedade de Geografia, na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, as visitas às exposições de pintura e escultura, ao bom teatro, à Ópera do S. Carlos, as horas passadas em museus e bibliotecas, ou nas boas livrarias, além dos convívios e cavaqueiras com velhos amigos de gostos semelhantes aos seus. Por outro lado, na nossa idade, precisamos de ter perto um bom apoio de saúde, que lá, de certeza, não irá ter.

- O Freitas tem muita razão em estranhar esta decisão, mas foi tomada depois de longa reflexão que, como o amigo sabe, sempre costumo fazer antes de tomar decisões importantes. Realmente, lá não tenho nenhum dos benefícios que o desenvolvimento aqui me proporciona. Mas repare que, se aqui me der um colapso e cair no passeio, as pessoas, com os hábitos actuais, passam ao lado e, quando muito, dizem «o raio do velho apanhou uma bebedeira e está aqui a corti-la». Havendo condições de apoio de saúde não as accionam, não chamam o INEM, nem gritam pela Polícia para vir socorrer. E morro anonimamente como qualquer mendigo ou sem-abrigo. Mas na minha terra, quando isso me acontecer, não há hipóteses de chamar qualquer apoio porque a sua chegada, devido à distância, já não seria oportuna nem eficaz mas, antes de fechar definitivamente os olhos, ouço palavras como «O sr Sousa teve este problema, o Sr Sousa vai-nos deixar». Portanto inicio a nova viagem tendo a companhia de gente conhecida e amiga até à partida.

Imagem de arquivo

domingo, 1 de janeiro de 2012

Mensagem Presidencial de Ano Novo

Mensagem de Ano Novo do Presidente da República
Palácio de Belém, 1 de Janeiro de 2012

Boa noite,

A todos os Portugueses desejo um Bom Ano Novo, feito de paz e de esperança.
O ano que terminou ficou marcado pelo acordo de assistência financeira celebrado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, acordo tornado inevitável pela necessidade urgente de assegurar o financiamento do Estado e da nossa economia.
No plano social, o ano de 2011 marcou profundamente a vida de muitos Portugueses e deixou, um pouco por todo o lado, a marca dolorosa do desemprego, das dificuldades económicas e da angústia perante o futuro. No ano que agora começa, as dificuldades não irão ser menores. Esta é uma realidade que não pode ser iludida.
As previsões oficiais apontam para uma queda acentuada da produção nacional e para o aumento do desemprego.
É crescente a convicção de que neste ano de 2012 se irão exigir grandes sacrifícios ao comum dos Portugueses e que as dificuldades se farão sentir de forma mais acentuada no dia-a-dia das nossas famílias.
Penso em particular nos desempregados, nos mais idosos e nos reformados, nos pequenos empresários que não resistem à crise, nas crianças cujos pais sofrem uma redução brusca dos seus rendimentos.
Conheço a ansiedade de milhares de jovens para quem tardam os caminhos com que sonharam, muitos dos quais procuram a sua sorte longe da família e do seu País, quando tanto precisamos deles.
Em 2012, o Presidente da República estará onde deve estar: ao lado daqueles que necessitam de apoio, levando-lhes uma palavra de solidariedade e de esperança.
Portugal não pode deixar de cumprir os objectivos fixados no Programa de Assistência Financeira que subscreveu com as instituições internacionais que nos emprestaram os fundos de que necessitávamos com urgência.
Temos que reduzir o desequilíbrio das contas públicas, controlar o endividamento externo e realizar as reformas necessárias à melhoria da competitividade da nossa economia.
Além de cumprir as obrigações internacionais que assumimos, temos todos de empenhar o melhor do nosso esforço para que a coesão nacional seja preservada e para garantir um futuro em que os Portugueses reconheçam que os sacrifícios valeram a pena. Este é o desafio crucial com que estamos confrontados.
Recentemente, a Comissão Europeia reconheceu que não era possível construir uma união económica só na base da disciplina orçamental e das sanções; era necessário também crescimento económico e criação de emprego.
No mesmo sentido, podemos dizer que a resolução dos desafios que Portugal enfrenta exige, além do rigor orçamental, uma agenda orientada para o crescimento da economia e para o emprego.
Sem isso, a situação social poderá tornar-se insustentável e não será possível recuperar a confiança e a credibilidade externa do País.
Temos de mobilizar empresários e trabalhadores para o aproveitamento das oportunidades de investimento e para o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira, a principal alavanca do crescimento de que o País dispõe neste momento.
Temos de saber tirar partido do dinamismo e do talento das comunidades portuguesas dispersas pelo mundo, a quem dirijo uma saudação muito especial.
A coesão social é da maior importância para o crescimento económico, para a contenção do desemprego e para atenuar os custos da resolução dos graves desequilíbrios que se verificam na economia portuguesa.
Daí a insistência com que tenho sublinhado a importância da repartição equitativa dos sacrifícios exigidos aos Portugueses, do combate às desigualdades, do apoio aos mais carenciados e desprotegidos, do diálogo construtivo entre o Governo e a oposição e do aprofundamento da concertação social.
Um diálogo frutuoso com os parceiros sociais, sobre as medidas dirigidas à melhoria da competitividade das empresas, será certamente um contributo positivo para reduzir a conflitualidade e as tensões e criar um clima social mais favorável ao aumento da riqueza nacional, ao investimento e ao combate ao desemprego.
De todos os participantes no processo de concertação social espera-se uma abertura genuína ao compromisso, de modo a alcançarem os consensos de que o País tanto necessita para mitigar a dureza dos tempos que correm.
A coesão constrói-se também a partir da solidariedade. Estou certo de que, neste ano de 2012, iremos manter e aprofundar o espírito de solidariedade que nos caracteriza como povo.
Sou testemunha do trabalho notável desenvolvido pelas inúmeras instituições de solidariedade social, civis e religiosas, e por milhares de voluntários que, pelo País fora, se dedicam a ajudar os que pouco ou nada têm. A todos eles dirijo uma saudação calorosa.
A União Europeia vive um tempo de grande incerteza que afecta negativamente a nossa economia. Não devemos esperar que seja a Europa a resolver problemas cuja solução é da nossa responsabilidade.
Mas a situação difícil em que o País se encontra não nos deve impedir de ter uma voz activa na defesa de uma resposta à crise da zona euro que inclua uma estratégia europeia de promoção do crescimento económico e do emprego, visando em particular os jovens desempregados.
A crise que Portugal atravessa é uma oportunidade para nos repensarmos como País. Orgulhamo-nos da nossa história e queremos continuar a viver de cabeça erguida.
Durante muito tempo vivemos a ilusão do consumo fácil, o Estado gastou e desperdiçou demasiados recursos, endividámo-nos muito para lá do que era razoável e chegámos a uma “situação explosiva”, como lhe chamei há precisamente dois anos, quando adverti os Portugueses para os riscos que estávamos a correr.
Agora temos de seguir um rumo diferente, temos de mudar de vida e construir uma economia saudável.
Somos todos responsáveis. Esta é a hora em que todos os portugueses são chamados a dar o seu melhor para ajudar Portugal a vencer as dificuldades. Trabalhando mais e apostando na qualidade, combatendo os desperdícios, preferindo os produtos nacionais. Deixando de lado os egoísmos, a ideia do lucro fácil e o desrespeito pelos outros.
Nenhum Português está dispensado deste combate pelo futuro do seu País.
Este é um tempo de união de esforços. De nada adianta dividirmo-nos em lutas e conflitos sem sentido. Não devemos desviar as energias daquilo que é essencial para enfrentar os desafios do presente.
Não é combatendo-nos uns aos outros que conseguiremos combater a crise.
Realizaram-se eleições há pouco tempo, o Governo dispõe de apoio parlamentar maioritário, a oposição exerce legitimamente a acção que lhe cabe numa democracia consolidada.
Aos agentes políticos exige-se que expliquem aos Portugueses o fundamento da suas decisões e que sejam os primeiros a acarinhar as sementes de uma nova esperança, agindo com justiça, com ponderação e com sensibilidade social.
2012 será um ano de sacrifícios para muitos Portugueses. Mas será igualmente um ano em que a fibra do nosso povo virá ao de cima.
Não nos resignamos. Somos um povo que se agiganta quando as adversidades são maiores e mais difíceis de superar.
É nestas alturas que os Portugueses conseguem ultrapassar-se a si próprios e surpreender tudo e todos.
Eu acredito nos Portugueses. O civismo, a coragem e a serenidade com que têm enfrentado estes tempos difíceis são dignos de todo o respeito e de enorme admiração.
Portugal é maior do que a crise que vivemos.
Espero, do fundo do coração, que o ano de 2012 possa trazer a todas as famílias e a todos os Portugueses, onde quer que se encontrem, sinais de esperança de um futuro melhor.
A todos renovo os meus votos de um Ano Novo de Paz, Saúde e Felicidade.

Boa noite.

NOTA: Dada a posição do mais alto representante da Nação este discurso é a confissão do PR acerca do estado da crise, que devia ter sido atacada desde há alguns anos e evitar que se tivesse agravado com todas as suas graves consequências.
O discurso não passa de água destilada, sem fazer bem nem mal, mas concordo que não podia dizer muito mais.
Será bom que os governantes, a oposição e os maiores capitalistas, meditem positivamente, com patriotismo e sentido de Estado, sobre estas palavras e procurem cumprir os conselhos que nelas deixados.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Embalagens para melhorar habitabilidade de barracas


Não basta falar das desigualdades, fosso entre ricos e pobres, injustiça social. Alem da reestruturação da vida económica, é preciso, já, imaginar soluções práticas para fazer face às piores carências.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fosso entre ricos e pobres na mira da OCDE


Transcrição de artigo:

OCDE pede aos governos para atacarem a desigualdade
Público. 05.12.2011 - 17:07 Por Paulo Miguel Madeira

Resultados contrariam doutrina dominante.

Os governos dos países da OCDE devem combater o crescente fosso entre ricos e pobres, que atingiu níveis históricos, disse a organização num relatório divulgado hoje. Portugal continua a ter uma das sociedades com maior desigualdade neste grupo.

“O rendimento médio dos 10% mais ricos” dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que agrupa as economias de mercado mais desenvolvidas, “é agora [em 2008] cerca de nove vezes o dos 10% mais pobres”, tendo atingido o seu “nível mais elevado em mais de 30 anos”, lê-se num comunicado de imprensa.

“O contrato social está a começar a deslaçar em muitos países. Este estudo desfaz as assunções de que os benefícios do crescimento económico se transmitem automaticamente aos mais desfavorecidos e que maior desigualdade favorece uma maior mobilidade social”, disse o secretário-geral da OCDE, o mexicano Angel Gurria, no lançamento em Paris deste relatório, intitulado “Divided We Stand: Why Inequality Keeps Rising”.

O relatório compara a desigualdade em 1985 com a desigualdade em 2008, e conclui que ela aumentou “mesmo em países tradicionalmente igualitários, como a Alemanha, a Dinamarca e a Suécia”, onde a diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres passou de 5 para 1 na década de 1980 para 6 para 1 no final da década passada.

“Sem uma estratégia abrangente para um crescimento inclusivo, a desigualdade vai continuar a aumentar”, disse ainda Gurria, para quem “o crescimento das desigualdades não tem nada de inevitável”. A qualificação da força de trabalho “é de longe o instrumento mais poderoso para contraria o aumento da desigualdade”.

As maiores desigualdades, considerando esta medida, registam-se no Chile e no México, onde os 10% mais ricos tinham rendimentos superiores a 25 vezes os dos 10% mais pobres, seguidos da Turquia e dos EUA, onde a diferença era superior a 14 para 1, e de Israel, Grã-Bretanha e Portugal, com 13,4, 11,7 e 10,3.

Portugal entre os mais desiguais

A desigualdade em Portugal mantém-se assim entre as mais elevadas deste grupo, na sexta posição quando considerada a diferença entre os rendimentos dos 20% mais ricos e os dos 20% mais pobres, que é de 6,1 vezes – face a 5,4 vezes para o conjunto dos seus 34 membros.

Portugal é no entanto uma das poucas excepções a um crescimento dos rendimentos mais elevados maior do que o crescimento dos rendimentos mais baixos.

Os rendimentos dos 10% mais ricos cresceram a uma média anual de 1,1% entre meados da década de 1980 e finais da década passada, enquanto no caso dos 10% mais pobres cresceu 3,6%. Para o total da população, o crescimento médio anual foi de 2%.

No conjunto da OCDE, o crescimento do rendimento dos 10% mais ricos foi de 1,9% ao ano, face a 1,3% para os 10% mais pobres. O relatório nota que a desigualdade, medida pelo coeficiente de Gini, diminuiu na Turquia e na Grécia, manteve-se na França, Bélgica e Hungria e aumentou nos restantes países para que há dados para este período.

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

História de Natal



Belo vídeo. Com uma lição muito simples e significativa que todos os humanos deviam aprender. Os animais têm afectos, sentimentos profundos, que suscitam as melhores qualidades de quem com eles trata de perto.

Esta é uma boa mensagem de Natal. Tenham todos um Feliz Natal, com meditações profundas sobre a melhor forma de viver a vida em sociedade, com paz e amor aos outros.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Código Moral no Japão


Transcrição de texto recebido por e-mail, seguida de NOTA:


Enquanto o Japão conta os mortos (quase 17 mil, segundo as últimas estimativas oficiais) e eleva de quatro para cinco o nível de alerta nuclear, já a dois níveis do que se atingiu em Chernobyl, um jornalista da CNN, Jack Cafferty, não esconde a surpresa e faz uma pergunta:

«Tendo em conta a escassez de comida e a incrível destruição, incluindo em Tóquio, por que razão não estão a ocorrer episódios de pilhagens e vandalismo no Japão?»

Cafferty estabelece um paralelo com o que sucedeu no seu próprio país depois da passagem devastadora do furacão Katrina e cita um colega, Ed West, do Telegraph.

West escreveu uma crónica na qual se confessava «estupefacto» pela reacção ordeira do povo japonês ao terramoto e ao tsunami, e do sentimento de solidariedade que encontrou um pouco por todo o lado.

«As cadeias de supermercado baixaram drasticamente os preços dos produtos assim que ficou clara a dimensão da catástrofe», conta Ed West. «Vendedores de bebidas começaram a distribui-las gratuitamente, com a justificação de que todos trabalhavam para assegurar a sobrevivência de todos».

Cafferty adianta uma explicação: os japoneses possuem um código moral tão elevado que se mantém intacto mesmo nas horas mais sombrias, mesmo quando só existe destruição em redor.

Esta atitude não é por caridade. É SOLIDARIEDADE


NOTA: O valor numa sociedade assenta mais nos valores morais do que no volume da conta bancária, no tamanho do carro ou nas marcas da roupa ou do telemóvel. Por cá, apesar de muita gente já viver da esmola e da caridade, os «boys» da política continuam a lutar pelos tachos, pelas chafaricas inúteis mas que pagam abusivamente, pelas mordomias, pelos carros de Estado de alta qualidade, etc. etc.

Não nos podemos comparar com a dignidade dos japoneses, até porque os exemplos dados pelos políticos, carentes de formação cívica, infecta toda a sociedade, desumanizando-a. Desta forma, nos iremos afastando dos melhores, na escala de valores, agudizando a injustiça social e aumentado o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. Longo caminho há a percorrer na educação dos mais novos e na reciclagem dos mais idosos, no respeito pelos outros, segundo o princípio «não faças aos outros o que não desejas que te façam».

Imagem do Google

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Carinho, solidão, solidariedade

Um post publicado no Sempre Jovens trouxe-me à memória uma história passada em Londres.

Dois ilustres idosos que eram amigos e participaram em muitas actividades profissionais, culturais e recreativas em conjunto, depois de estarem sem se ver vários meses encontraram-se numa das ruas chiques da capital.

- Bom dia Mr Browm, ainda bem que o vejo para me despedir de si, porque segunda-feira parto para Ballater, a Oeste de Aberdeen, na Escócia.

- Oh Mr. Simpson, vai lá passar umas férias? Desejo-lhe uma boa estada.

- Não, Mr Brown, não são férias, decidi lá passar o resto da vida no sossego do campo.

- Oh Mr. Simpson, não quero acreditar. O Sr. gosta de ópera, de concertos, do melhor teatro, de visitar os bons museus e lá não terá nada disso.

- É certo, Mr Brown, e até os apoios de saúde são incomparavelmente inferiores aos de Londres, mas pensei que na minha idade poderia aqui sentir-me mal e cair na rua e as pessoas passariam ao lado e pensariam, lá está mais um ébrio que não se segura em pé e, apesar dos bons hospitais que há, morreria ali sem qualquer socorro oportuno, sem ouvir uma palavra de compreensão e conforto. Mas em Ballater, pelo contrário, quando isso vier a acontecer, não haverá apoios eficientes de saúde, acabarei por morrer sem apoio médico mas, antes de morrer ouvirei palavras amáveis, do género, pobre Mr Simpson, chegou a sua hora, era boa pessoa e deixa-nos… Ouvir o nome em tal situação é reconfortante, coisa que não aconteceria aqui.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Para um 2010 mais solidário e seguro

A amiga Ná «sugeriu-me» que fizesse o primeiro post do ano, o que me deixou em dificuldade, com vontade de lhe devolver a ideia, o que seria uma boa solução devido aos dotes da nossa amiga sempre movidos por grande simpatia, graciosidade e sensibilidade para os problemas humanos.

Mas não é do meu feitio recusar desafios, o que me leva a, sempre que o tempo me permite, responder aos comentários, principalmente quando são mais controversos e desafiantes.

Mas nada vou dizer de novo, nem fazer sermões próprios do DIA MUNDIAL DA PAZ que hoje se celebra. Vou transcrever algumas palavras da homilia do cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo e de dois posts colocados esta manhã no Do Miradouro, por terem pontos de reflexão sobre alguns aspectos importantes das previsões, esperanças e receios, para 2010. Passado o momento das palavras optimistas e de esperança, devemos cair na realidade e planear o nosso esforço para contribuir na construção de um mundo melhor.

O patriarca, entre outras apalavras, falou da necessidade de «uma profunda revolução cultural e civilizacional” para que a humanidade volte a encontrar a justiça e a paz».
“A humanidade está, como nunca, perante o desafio de renovação de civilização”.
Os “grandes problemas”, numa época de globalização, “ comuns a toda a família humana, são, por exemplo, a salvaguarda do planeta Terra, a casa onde habitamos, a construção da paz, a vitória contra a violência, a promoção da justiça, de modo particular nos sistemas económico-financeiros e sociais”.
A opinião pública portuguesa tem sido mobilizada na atenção a problemas específicos como “a crise económica, a violência crescente, a eficácia do sistema judicial, a corrupção, a luta contra a degradação do ambiente”.
“Administrar a justiça numa sociedade em que as pessoas e as instituições não procuram ser justas é tarefa árdua e complexa”.
A necessária «profunda revolução cultural e civilizacional”, devendo colocar a tónica na «educação, na família, na comunicação social, nas estruturas culturais, na formação para a liberdade».

Vejamos algo dos posts no Do Miradouro referidos atrás:

Num artigo de opinião, a advogada Paula Teixeira da Cruz tece algumas considerações à situação nacional actual referindo que
São criados factos políticos em cascata, feitos da espuma dos dias e que não resolvem problema algum aos Portugueses, para além de os desesperar.
Segundo ela, a dita ‘instabilidade’ é afinal, entre outras questões, a incapacidade governamental para gerar consensos e não afectou o lazer dos governantes na quadra de Natal e final de ano.
Neste ano que passou, de escândalos a todos os níveis e de descrenças, recheado de eleições não muito concorridas, nenhum dos partidos do espectro político partidário apresentou um desígnio integrado para o País, que é afinal o que importa.
Precisamos que o Governo, ele próprio, estabilize. Sossegue e governe.

Mas, a par destes alertas para a necessidade de criar eficácia e bom governo para felicidade das pessoas que devem se a maior motivação dos governantes, surgem notícias do mundo cada vez menos pacífico e mais sofisticado na capacidade de matar e destruir. Está criada e testada ferramenta ultra sofisticada que permite a um Estado causar inúmeros mortos e graves destruições do outro lado do Planeta, usando especialistas comodamente instalados em gabinetes nas proximidades da capital que através da Internet controlam rigorosamente aviões não tripulados para fazerem os ataques sem colocarem em risco pessoas do país atacante. As vítimas não podem prever, nem evitar, nem se defender de tais ataques. Mas, paralelamente, os terroristas usam de tecnologias evoluídas e também estão preparados para actuar sem dar hipótese de prevenção e defesa. Onde irá o Mundo por este caminho?

Enfim, tudo isto vem demonstrar que as directrizes que têm orientado este blogue estão em consonância com as maiores preocupações de quem medita a fundo na vida das pessoas . Proponho que continuemos no bom sentido porque «água mole em pedra dura tanto bate até que fura», «devagar se vai ao longe» e devemos ajudar os dorminhocos a acordar e pensar pela própria cabeça na ajuda a dar para que o mundo se torne mais seguro e solidário e melhorem as condições de convivência entre as pessoas.

Foi publicado no blogue Sempre Jovens