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terça-feira, 12 de maio de 2009

Acupuntura no prato


Lembro bem do dia em que vi pela primeira vez, ao vivo e a cores, uma vaca sendo "assassinada" bem na minha frente. Eu estava numa cidadezinha chamada Portalegre, interiorzão do Rio Grande do Norte, participando de um projeto da universidade, e fiquei absolutamente chocada com a cena: o animal foi abatido com uma marretada no crânio, e agonizou por um tempo razoável. Depois de presenciar o horror, fiquei sem conseguir comer carne por algum tempo, remoendo o que tinha visto. Lembrava do estresse da vaquinha poucos segundos antes de morrer, tentando fugir, aflita com seu cruel desfecho, e passei a sentir um misto de culpa e revolta toda vez que via um bifão sangrento em um prato qualquer. Mas a verdade é que a fase vegan consciente durou pouco. Apesar de ter uma mãe vegetariana há mais de 25 anos, sou do time dos "carnívoros", no entanto confesso que admiro profundamente quem opta banir a carne de seu "menu pessoal". Isso porque acredito, sim, que todo o pânico do animal antes do abate fica em sua carne - e, consequentemente, vem para o nosso prato. Por este motivo, achei interessante a notícia de que uma empresa japonesa desenvolveu uma técnica de acupuntura para peixes que vão virar sushi e sashimi. A idéia é que eles fiquem "mais relaxadinhos" antes de morrerem... Não é demais? Agora a técnica podia ser utilizada também para outras carnes! Pelo menos, isso talvez fosse capaz de diminuir o remorso de vegetarianas frustradas como eu...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Alma de segunda!


Simplesmente inesgotável: este é o mundo de segunda. Muy rico! Ontem eu e minha parceira fuerte Rosita saímos com um monte de gente querida e de primeira para umas biritas no Filial. Chope vai, chope vem e é claro que a prosa acabou sendo o lado B da vida – até porque um amigo que estava na mesa se revelou uma absoluta enciclopédia de histórias de segunda. Vai virar consultor do Garotas, óbvio. Uma das pérolas da naite foi a história de um fulano que passou em todas as provas de um concurso público e acabou reprovado no exame de fezes. De fezes! Nunca ouvi nada semelhante, juro... Ficamos tentando elaborar várias teorias sobre o assunto. Afinal, o que será que havia de tão terrível no, hmm, digamos, material - por assim dizer - do rapaz? Não conseguimos chegar a nenhuma conclusão plausível, a não ser a de que o cara estava literalmente fadado à merda. Tempos depois, segundo esse amigo-enciclopédia, o moço "nota 0" no quesito fezes teve uma brilhante idéia: passar o reveillon no Paraguai! Agora me diz: é ou não é uma alma de segunda? Confesso: fiquei louca pra conhecê-lo e fazer o Quiz GS com esse cidadão... E você, também sente essa empatia gratuita e incontrolável por almas de segunda?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E... voilà!


"A única coisa necessária é o supérfluo". Oscar Wilde não tinha razão? Essa sala não seria a mesma se não fosse a parede cor de pitanga madura! 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

2009 transformações!


Quem nunca sonhou em ter pó de pirilimpimpim pra prolongar em uma semaninha o período de férias? É batata: se você teve 10 dias para descansar, é no 9º que começa a relaxar de verdade. Se teve a noite inteirinha pra dormir, é nos cinco minutos antes de o despertador tocar que o sono fica mais gostoso. Foi por este motivo que eu e minha parceira Rô resolvemos aumentar em uma semaninha o nosso recesso aqui do Garotas. Afinal, esse período de troca de anos é muito corrido, convenhamos! Mal termina um e já começa o outro; é festa pra cá, festa pra lá, tim tim aqui, tim tim ali, tim tim acolá... Muita informação! Sem contar que 2009 mal começou e já entrou de sola... Eu, por exemplo, já estou de mudança marcada. Pois é, na semana entre Natal e Ano Novo, encontrei uma casinha fofa em uma vila, e na primeira segunda-feira de 2009 comecei a me estapear (no sentido figurado, obviamente) na imobiliária com outros vários interessados no imóvel. Gente, foi um deus nos acuda! Fiquei dias e dias pendurada no telefone, discutindo com as moças da tal imobiliária, negociando, barganhando, etc e tal. Pudera: casa, em São Paulo, vale mais do que ouro puro - em uma vila, então, nem se fala. Então confesso que foi difícil - mas o meu primeiro desafio do ano foi vencido! Agora, tô na etapa da preguiça: tanta coisa pra encaixotar!... Mas sei que logo, logo vem a fase da ansiedade, depois a da euforia... De qualquer maneira, estou muito feliz com esta primeira mudança de 2009. Primeiro porque vou mudar de ares. Segundo porque serei praticamente vizinha da minha parceira Rô (que delícia!). Terceiro porque vou dividir a casa com uma amiga muito, muito especial. E por último, porque poderei cuidar do jardim, tomar banho de chuva no quintal, andar descalça pela casa, ter bichanos e ser muito, muito feliz...

E você, já tem novidades de primeira em 2009? Conte aqui pra gente!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Aprendendo com a diva

Sempre fui meio jaca mole. Semana passada, depois de assistir ao tombo da Madonna em pleno palco, fiz uma espécie de retrospectiva das vezes em que vi o chão bem de pertinho. Lama! Por que a gente se sente tão de segunda quando cai? Nossa, como é constrangedor! Rola aquela saia justa, todo mundo olhando sem saber se primeiro morre de rir ou estende a mão para ajudar o ser espatifado... Eu confesso que depois de protagonizar cenas hilárias de quedas inexplicáveis, desenvolvi a técnica do “socorro que o negócio foi sério, acho que quebrei o pé”, ou algo parecido. Porque isso pelo menos desperta algum tipo de solidariedade nos expectadores... Mas a verdade é que nem sempre adianta – sem contar que pode gerar falta de credibilidade futura numa queda mais séria. Nunca me esqueço da vez em que caí literalmente de boca na frente de uma oficina mecânica, depois de tentar alcançar o busão e tropeçar na minha própria saia. Foi tipo um ‘tibum’, sabe? Tanto é que os óculos de sol que eu estava usando racharam no meio... Mega vergonha! Depois, outra vez, me espatifei no meio do pátio da escola e fui motivo de chacota entre os amigos e não amigos por uma semana, ou mais. Ano passado tive a proeza de trincar um osso do pé no quintal da casa de uma amiga depois de encarar apenas alguns (!) copinhos de cerveja (mas eu estava sóbria, eu juro!). Resultado: um mês usando aquela botinha ortopédica suuuuper de quinta. Enfim, o fato é que depois de assistir ao vídeo da Madonna caindo de bunda e levantando como se nada tivesse acontecido, virei mais fã ainda dessa mega diva popstar. Porque cair faz parte da vida, e o negócio é fazer exatamente como ela fez: agir com naturalidade, sem perder a pose. Simplesmente levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima, sem choro nem vela. É ou num é?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ando com minha cabeça já pelas tabelas


Coisas estranhas vêm me acontecendo. Há algumas semanas, tranquei a porta do carro com a chave dentro. Terça-feira retrasada simplesmente esqueci de aparecer na terapia, e só fui me lembrar do compromisso perdido umas cinco horas depois (Freud explica?). Ontem, pasmem!, o feito do carro se repetiu. Travei a porta com a chave dentro, mais uma vez. Os moços que trabalham no estacionamento em frente ao meu prédio não acreditaram, bem como a atendente da companhia de seguros, que fez questão de perguntar “mas a senhora fez a mesma solicitação de chaveiro há algumas semanas, não é?”, e eu “sim, sim, querida, possuo uma esplêndida capacidade de reproduzir cagadas astronômicas”. Enfim, sabe aquelas fases em que todo dia parece uma segunda-feira de quinta? Pois bem, andei assim (vou usar o verbo no passado pra ver se ajuda a fechar o ciclo). Me senti exatamente como o personagem do Bill Murray naquele filme do dia da marmota, o Feitiço do Tempo (Groundhog day) – quem assistiu entenderá a foto que escolhi para ilustrar este post. Mas agora, aproveitando a carona desta segunda-feira que chega ao fim, me despeço sem nenhuma dor no coração do inferno astral insistente e pegajoso, que quase me deixou maluca. E aguardo, ansiosa, pelo merecido final feliz.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Aniversário de segunda, pegadinha de primeira


Imediatamente após tomar conhecimento de que este ano meu aniversário cairia numa segunda-feira, tratei de me preparar psicologicamente. Em vão, obviamente. Já afirmei aqui no Garotas que a segunda-feira é uma pegadinha de mal-gosto, então é evidente que pensamentos positivos e demais desejos esperançosos não têm efeito algum sobre este dia de quinta. A questão, porém, é que ainda guardo aquela idéia infantil de que aniversário é dia especial, dia feliz, etc. e tal, então confesso que caí do cavalo no último dia 4. Isso porque mesmo tendo conseguido folgar no trabalho e me refugiar na terrinha natal, Campinas, simplesmente tive uma segunda-feira daquelas bem típicas, que incluiu mofada básica de duas horas na sala de espera do consultório médico, ausência de almoço por causa da correria para ir ao consultório médico, saudade arretada do namorado que está a milhas de distância, empadinha no Frango Assado em substituição ao jantar de comemoração a mais um ano de vida e carro quebrando no retorno para São Paulo. Agora me diz: alguém merece um aniversário desses? Bom, mas o que me conforta é a certeza de que paguei grande parte dos meus pecados no dia em que completei 27 primaveras, e a relativa facilidade na hora de formatar a minha cachola (graças ao meu apurado auto-diagnóstico de DDA). Em outras palavras, deletei a minha última segunda-feira, sem culpa e com alegria, pois agora só serei vítima de outro aniversário de segunda quando completar 33 anos. Até lá, tenho tempo de sobra para pensar em uma preparação psicológica de primeira.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Eu também me vi na TV!


Tem gente que gosta de se ver no vídeo. Se auto-admirar, coisa e tal. Eu confesso que sinto algo meio esquisito quando me vejo na TV. Acho engraçado tentar associar a Paloma que sou à Paloma que está lá na imagem, falando, gesticulando. Louco, né? Falo isso porque ontem finalmente pude assistir ao comentado VT do Saia Justa gravado aqui em casa, que foi ao ar no dia 2 de julho. Recebi o CD com a cópia e fui direto pra frente da televisão, louca pra checar se eu realmente não tinha dito nenhuma besteira, se meu cabelo não estava em pé, se minha voz não estava estridente, se eu não tinha pago o maior mico - mesmo tendo recebido taaaaantos e-mails e recados de pessoas que disseram ter adorado a minha participação no programa! Mesmo tendo recebido relatórios completos de amigas de primeiríssima que sabiam que eu estava longe e que não poderia assistir ao vídeo naquele momento! Sim, afinal eu queria me ver com meus próprios olhos! Hoje, passada a sensação de “marido traído”, ou seja, o último a saber do acontecido, confesso que foi muito importante ter tido tantos feedbacks antes de assistir a mim mesma. Porque isso praticamente me obrigou a me olhar com menor rigidez e maior aceitação. Simplesmente me observar, sem me bombardear de críticas, como de costume (exercício de primeira pra essa garota de segunda absolutamente exigente consigo mesma). Por isso, faço questão de agradecer a cada um de vocês, leitores super de primeira, que me ajudaram a ser mais gentil e amorosa com a minha própria pessoa. Prometo levar o hábito adiante! Ah, e assim que conseguir, atendendo a pedidos, postarei o vídeo aqui no blog! Aguardem!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Traumas juninos


Sabe quando você passa batom e depois espalha o produto esfregando o lábio superior no inferior? Pois bem, quando dancei quadrilha pela primeira vez, tinha uns quatro anos de idade, e apesar de estudar numa escolinha chamada Cinderela, era uma perfeita gata borralheira. Como não devia estar acostumada a sentir aquela tinta na boca, saí em todas as fotografias esfregando os lábios. Todas. “Olha a cobraaaa”, “É mentiiiira”, e Paloma lá, nhec-nhec, esfregando o bico, provavelmente errando todos os passos e tumultuando a apresentação. Pra piorar, além da maquiagem caipira ter ficado comprometida devido aos meus óculos fundo-de-garrafa, minha mãe ainda resolveu comprar um chapéu de palha com tranças loiras, completamente ‘desconectadas’ de minhas madeixas negras-negríssimas (mas desta vez até que ela pegou leve, considerando que pouco tempo depois me matriculou no balé e resolveu comprar não roupinhas cor-de-rosa, iguais às das 29 coleguinhas da turma, mas azuis). Enfim, mesmo depois dessa experiência junina traumática, sempre fui louca por quadrilha. Adoro, acho o máximo, e desde a infância cultivo o desejo secreto de um dia ser a noiva do arraial. Esse ano, porém, não fui a nenhuma festa junina de primeira, então mais uma vez tive que adiar esse meu sonho caipira. Acho que vou aproveitar que hoje é Dia de São João e fazer uma simpatia pra ter um mês de junho mais bem servido de arraiais em 2009. E você, tomou bastante quentão? Conte aqui, pra me deixar morrendo de inveja!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Um hambúrguer e duas patadas, please!


Sempre me pergunto até onde vai nosso lado ‘urubulino’. Porque todos nós temos essa coisa ‘B’, né? Vai negar? Tudo o que é trash atrai - em maior ou menor grau, dependendo de cada um, obviamente. Dia desses li em um site qualquer que uma lanchonete nos Estados Unidos é famosa por seus garçons estúpidos, que maltratam os clientes. O slogan é super simpático: “Coma e caia fora”. O nome do local é Ed Debevic’s, fica em Chicago e vive lotado, lotado, é claro – cheio de seres ansiosos para comerem hambúrgueres e, de quebra, levarem uma bela e saborosa patada. Engraçado, não? Você paga para ser mal atendido! Onde já se viu? Fiquei pensando com meus botões: será que os proprietários orientam seus funcionários a fazerem cara feia na hora do atendimento? Tipos, “seja grosso quando te pedirem algo, senão você vai pro olho da rua”? Cruzes, tudo ao contrário! Pior que fiquei com vontade de ir. Ainda mais porque vi alguns vídeos no Youtube que mostram a equipe da lanchonete em cima do balcão, fazendo uma coreografia bem de segunda (eles dançam de tempos em tempos durante o expediente). Na hora, lembrei daquela mala da Deborah Secco, quando fazia aquela mala da Sol, que sonhava em ir pra América, aquela mala de novela. Bom, mas pelo menos quem vai ao Ed Debevic’s já sabe (e vai justamente por isso, imagino) que o atendimento é nota zero. Melhor do que ser pego de surpresa, concorda? Porque nada tira mais o apetite do que um garçom grosseiro e mal-humorado – e olhe que já cruzei com vários pelos bares da vida...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Segunda no sofá

Hoje minha noite vai ser no sofá. Sou noveleira assumida. Adoro jantar vendo novela. E andava com saudades de uma boa trama. "Duas Caras" nunca me pegou, nem de relance. Já "A Favorita", que estréia hoje, promete uma boa história de vingança. Depois quero conferir o programa de humor CQC (Custe o que Custar) da turma do Marcelo Tas e do Rafinha, na Bandeirantes. Dizem que é de rolar de rir. Achei esse vídeo, que dá uma palhinha. E você, o que vai fazer hoje à noite? Tem algum programa de primeira para indicar?


quinta-feira, 29 de maio de 2008

Miojo com marmelada


Eu adoro ler pingue-pongues, raios-x, essas entrevistinhas que algumas revistas publicam. Sempre gostei. E confesso que quando a revista Época, por exemplo, publica aquela seção “Palavra Final”, fico imaginando quais seriam as minhas respostas. Meio de segunda isso, né? Mas como sou uma garota de segunda de primeira, muito bem resolvida, por sinal, não tenho problema nenhum em admitir questões relacionadas ao meu lado B. Pois bem, ontem a Rô me convidou pra participar de um “quiz” que ela publica todas as quintas-feiras no seu blog Miojo. A-D-O-R-E-I. Tem gente que pode pensar que é marmelada... Um amigo, por exemplo, disse que estamos praticando nepotismo aqui no Garotas. Porque eu comento os posts da Rô, e vice-e-versa. Mas é que também somos leitoras uma da outra, entende? Ou seja, se a seção de comentários é para todos os leitores, por que não pode servir pra gente também? Não tem lógica, concorda? Bom, mas voltando à vaca fria, quem quiser participar dessa seção no Miojo pode escrever pra Rô. A única exigência é morar só. Só.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Paquera de segunda


Dia desses, tentando consolar um amigo muito querido que sofria de dor-de-cotovelo – essa coisa péssima e horrorosa que todo mundo já experimentou um dia -, diante da incapacidade de encontrar respostas para questões complexas e quase existenciais como “por que estou sozinho?”, “por que as mulheres são assim” e coisa e tal, resolvi apelar: “fulano, já que você está indo pra Europa, por que não aproveita e arruma uma moçoila bem maravilhosa por lá?” Afinal, usei como premissa a frase de segunda que vi certa vez na camiseta de alguém na rua, “Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a sofrer em Paris”. Pois bem, domingo ele voltou da chiquetérrima viagem, e eu fui logo perguntando se tinha arrumado algum amor internacional. “Bem, amor-amor não, mas rolou uma coisa meio platônica... Quando estava no Museu do Orsay, em Paris, e vi o quadro ‘O almoço sobre a erva’ (Le déjeuner sur l'herbe), de Édouard Manet (esse da foto acima), não conseguia tirar os olhos da moça pelada. Ela, por sua vez, também não parava de me olhar um segundo sequer. Mesmo percorrendo o museu, toda hora nossos olhares se cruzavam”. Depois de muitas gargalhadas, ele argumentou: “Paloma, essa coisa de trocar olhares e paquerar é tipicamente brasileira. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, isso não existe, não rola, não funciona”. Então caiu a ficha: meu conselho de procurar uma moçoila européia foi super de segunda, pois lá dá pra trocar olhares, no máximo, com as musas das obras de arte! Que mico pra essa psicóloga-de-botequim que vos fala, e que chato para as pessoas que estão solteiras, como meu amigo, né? Bom, mas olhemos o lado bom da coisa: pelo menos o flerte não foi com a Monalisa. Porque ela definitivamente não tem nada de sexy - ao contrário, no entanto, da peladona aí da imagem...
PS. Solteiras de plantão, esse recado é especialmente para vocês: meu amigo é de primeira - bonito, inteligente, sensível, educado e está solto, soltinho na praça... Depois não venham dizer que não avisei, hein?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Lost in translation (on the divan)


Que sou eu sem as palavras? Nada. Hoje acordei pensando sobre a importância da linguagem; de uma comunicação de primeira. Porque ontem vivi algo diferente: fui sozinha a um jantar com um casal extremamente simpático e amável, mas que não falava uma palavra sequer em português. Meu inglês ‘is getting better all the time’, visto que tenho praticado todos os dias, já há alguns meses, mas confesso que me sinto como uma criança pequena e desprotegida quando me pego incapaz de explicar ou expressar algo que estou sentindo, ou pensando. Perco o chão. Porque a realidade é uma só: é preciso tempo, e tempo considerável, pra se obter um vocabulário vasto, que permita conversas mais profundas. E para uma psicóloga-de-botequim de segunda como eu, por exemplo, é a morte não conseguir discutir sobre temas complexos e existenciais, ainda mais quando uma das partes envolvidas na conversa – no caso, o homem desse doce casal – é nada mais, nada menos do que um renomadíssimo psicanalista. Em diversos momentos, me senti ignorante, como se estivesse dizendo “nóis vai, nóis vorta”, assassinando o inglês – e justo eu, que tanto tenho carinho pelas palavras! Que tanto penso para escolher cada termo, cada expressão na hora de escrever ou mesmo de falar na minha língua materna! Depois dessa experiência, concluí que o orgulho definitivamente não cabe quando nos aventuramos por outros idiomas e culturas. É preciso muita humildade e – por que não? – uma boa dose de senso de humor. Porque gafes como “the guy was inside me”, quando você quer dizer que o cara estava do seu lado, ou seja, BESIDE YOU, são, no mínimo, hilárias. Anyway, ambos devem ter dado boas gargalhadas depois do jantar. Eu também dei, sozinha, na cama.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Procura-se psicanalistas que atendam aos domingos (período noturno)


Uma ótima dica do Adão Iturrusgarai para amenizar um dos sintomas mais brabos e desconcertantes dessa moléstia terrível, nojenta e cruel que é a TPS.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quem dança e canta, seus males espanta


Parece sina: todas as vezes em que temos um feriado prolongado pela frente, a semana que antecede os merecidos dias de descanso ganha ares de caos absoluto. Em outras palavras, se normalmente você trabalha “x”, certamente na semana pré-pausa você trabalhará “4x”. Lei de Murphy, basicamente. Pra deixar todo mundo bem cansado, bem esgotado ou, em bom português, bem podre mesmo. Porém, para a possível decepção dos chefes e demais manda-chuvas, nós, proletariados/peões, temos táticas infalíveis para “desestressar”, recarregar as baterias e curtir ao máximo nossos dias de ócio criativo – sobretudo quando envolvem uma segunda-feira. As minhas são basicamente duas: dançar e cantar. A primeira você pode fazer em casa mesmo, sozinho. Basta ligar o som, escolher um cd pra lá de animado e botar pra quebrar (dica da autora: experimente fazer isso enquanto presenteia seu espaço com uma faxina geral, afinal depois de uma semana de ralação, você certamente não teve tempo de sequer lavar a louça). A outra você pode fazer no chuveiro, para deleite dos vizinhos – ou, melhor ainda, indo a um karaokê. O bairro da Liberdade, em São Paulo, por exemplo, possui casas interessantes, onde você pode soltar seu lado Bill Murray (vide o maravilhoso e insuperável filme Lost in Translation – ou "Encontros e Desencontros", se preferir). Porque o microfone nas mãos faz toda a diferença, mesmo que o cantor seja bem de segunda (como eu). E você, o que faz para esquecer uma semana de quinta e se preparar para um feriado de primeira?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Libere o espírito de porco que há em você


Descobri hoje que conversa de botequim pode render muito mais do que boas risadas com pessoas queridas. Pode revelar um dom – que não é a técnica apurada do “levantamento de copo”, não senhor. Fabiana Brogliato, irmã de uma amiga do peito, aprendeu a fazer sua primeira dobradura numa mesa de bar, e hoje, cinco anos depois, é uma origamista de primeiríssima linha. Em entrevista do Garotas de Segunda, por e-mail (já que vive na cidade arretada de Salvador-BA), ela conta que o trabalho, a seu ver, é absolutamente terapêutico, já que “você vira suas mãos por um tempo, e se não houver uma boa comunicação entre elas e o papel, ele amassa, rasga...”, explica. Certa vez, a danada aprendeu a fazer gafanhotos com folhas de coqueiro, e criou o hábito de confeccioná-los durante seus trajetos de ônibus pela cidade. Como ficavam muito parecidos com o bichinho real, deixava-os na janela ou sobre o assento, para depois observar a reação do próximo passageiro que sentasse. Ainda bem que não era barata, senão seria uma brincadeira de quinta – quer dizer, sendo bem sincera, confesso que virei fã do trabalho tão lindo e primoroso da Fabi, mas o que me deixou excitada mesmo foi justamente essa possibilidade de poder explorar mais nosso lado “espírito de porco”. Sim, afinal o origami pode ser um ótimo aliado num momento de estresse profundo - tipo quando peguei aquela motorista de segunda, numa segunda (vide post TPS + TPM = PERIGO). Durante a viagem, eu poderia ter feito uma aranha bem real, ficando zen e tranqüila, para depois jogá-la no cabelo da louca. Mais terapêutico, impossível. Para conhecer mais o trabalho da super Fabiana e se encantar com tantas cores e formas, visite o blog Dobras e Desdobras. Ah, só mais uma coisa: a moça aceita encomendas, viu?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Segunda sem feira


Não sou uma dona-de-casa exemplar, admito. Talvez por isso nunca tenha prestado muita atenção que segunda-feira não é dia de comprar frutas, verduras e legumes fresquinhos. Isso porque nenhuma das 928 feiras-livres da Capital funcionam no primeiro dia útil (ou seria inútil?) da semana. Você sabia disso? Eu não. Quem me cantou a bola foi um amigo, a quem aproveito para agradecer pela idéia (nós, Garotas de Segunda, adoramos receber sugestões de primeira!). Pois bem, intrigada com essa nova informação, procurei alguém que pudesse me explicar o motivo que leva os feirantes da cidade a folgarem às segundas-feiras (sortudos! Não sofrem de TPS!). E a explicação, de acordo com Beto Graziano, supervisor geral de Abastecimento de São Paulo, é simples: a alface que compramos na feira perto de nossas casas na terça, por exemplo, é colhida na tarde de segunda. E tanto os atacadistas do Ceasa quanto os agricultores não trabalham aos domingos (afinal, também são filhos de Deus, né?). Resultado: a segunda fica sem feira. E isso não ocorre só aqui em São Paulo não, mas no Brasil inteiro. “Não é por acaso que, quando você vai ao supermercado na segunda pela manhã, geralmente só encontra verduras e legumes feios, judiados. Eles foram colhidos no sábado”, diz Beto. O negócio, então, é deixar as compras saudáveis pra outro dia da semana. E se contentar com o "osso-duro-de-roer", pepinos e abacaxis da segunda mesmo. Só cuidado para não engasgar!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O cúmulo da pressa

Não sou de ficar contando gracinhas da minha filha. Procuro ter semancol. Mas a última da Anita é irresistível. Deitada em berço esplêndido no sofá vermelho, assistindo ao Discovery Kids, ela grita:

- Mamãe, me traz um suco! Vou contar até 1!...

Adorei. Quando estou com pressa, agora, digo: "Anda logo, vou contar até 1, hein?"

Beijos, "pé na bunda, até segunda!"

sexta-feira, 4 de abril de 2008

No divã (de segunda)


“Conheci um cara de segunda e fui tratada como uma rainha de primeira”, confidenciou-me uma amiga no primeiro dia de vida do Garotas de Segunda. A partir de então, como psicóloga-de-botequim de primeira (sim, pois apesar da descrição sobre a minha pessoa aí ao lado, há controvérsias sobre a eficácia de minhas reflexões doidivanas), passei a ponderar sobre nossas idealizações quando a palavra-chave é essa coisa complicada – porém deliciosa – chamada relacionamento. Filosofia barata, admito, mas existencial. Tão rica que rende muito mais do que um ou dois posts. Rende um blog inteiro, ou mais. Sem viajar demais, que sou ótima nisso, vou apenas me pautar pela conversa com minha amiga: quis saber o porquê do tal carinha ter recebido esse rótulo “de segunda”. E ela, então, o descreveu fisicamente. “Baixinho, e nunca gostei de baixinhos. Além disso, não faz o estilo descolado, que é a minha praia”. Resumindo, o cara era "coxinha", certinho. E a menina é toda estilosa, poderosa. Porém, o rapaz a tratou como uma rainha – e não qualquer rainha, mas uma rainha "de primeira"! Apesar de estar feliz com isso, ela me pareceu desapontada por não ter encontrado alguém perfeito, “exatamente do jeito que ela gostaria que um homem fosse”. Na verdade, uso essa história apenas pra mostrar que vira-e-mexe, em diversas situações, somos assim mesmo, exigentes até o talo. Mas ouso arriscar um palpite: a vida seria monótona se todas as coisas fossem exatamente como queremos. Seria chata. No fim, esse papo todo me fez lembrar de uma das propostas deste blog: mostrar que pode haver muita coisa boa atrás de uma fachada sem sal. Em outras palavras, a essência é muito, muito mais valiosa do que qualquer embalagem. Afinal é ela, e só ela, que tem o real poder de nos presentear com a verdadeira felicidade.