
Ao dar um presente, de certa forma a gente interpreta quem o recebe e se revela um pouco também. Tem quem seja pão-duro ou só dê presente xoxo. E isso nem sempre tem a ver com o preço do
recuerdo. Já ganhei coisas mínimas, como uma caixinha de seda ou uma presilha de cabelo, mas num pacotinho cheio de charme e carinho. A gente nota logo quem economizou ou não se importou com o mimo. Pior ainda quem pode dar presente bom, mas só pensa em si, e se revela mesquinho na escolha. Uma coisa que acho de última, por exemplo, é comprar papel higiênico maciozinho para si mesma e papel-lixa para a empregada. Gente assim vai arder no fogo do inferno! Se não tem grana para papel bom, que todos usem do mesmo. Mas, escuta essa: uma amiga me contou que, há uns dez anos, numa reunião na casa dela, uma moça metida a chique, toda de roupa de seda, chegou trazendo um vinho
Chalise. Sim, aquele que não dá para usar nem em risotto! Que na quitanda perto de casa custa R$5.90, isso porque o preço é superfaturado. Bom, diz que a moça chegou abafando com o tal
Chalise. Tinto!!!(Argh) Minha amiga, que na época não conhecia nada de vinhos, achou o nome do vinho lindo (e não é que soa chique mesmo?), até provar do vinagre. E sacar a alma de quinta da amiga. Roupa de seda e
Chalise? Ninguém merece. E quem quiser que conte outra...