Mostrando postagens com marcador de quinta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador de quinta. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de abril de 2009

Já comeu a sua Paloma Pascal hoje?


Quando recebi uma mensagem de um amigo "astro do rock" dizendo que ganhou uma colomba na Páscoa e se lembrou de mim, no mesmo instante imaginei: a colomba só podia se chamar Paloma. Claro! Óbvio! Bastou apenas um clique e logo confirmei a minha terrível suspeita: sim, uma rede paulistana de confeitarias resolveu mesmo batizar as colombas pascais de "Palomas Pascais". Olha que ótimo! Pra piorar, estão sendo comercializadas três versões do bolinho-xará: a Zero, a Light e a Tradicional! É Paloma pra tudo que é gosto! Pior que isso, só ter que aturar os coleguinhas da escola tirando sarro porque a mãe comprou os papéis higiênicos "Paloma". Alguém já viu este absurdo? Laaaaaama! Nunca vou me esquecer de um pentelho que chegou a levar um pedaço da embalagem e tirou no meio da aula, só pra sacanear... Traumas da infância! Agora, fica o mistério: primeiro, foi papel higiênico - um produto de quinta, convenhamos; agora essa coisa de colomba pascal - que na minha opinião é de segunda, já que não suporto frutas cristalizadas (e sem contar que paloma, em espanhol, quer dizer "pomba", e que eu saiba, o símbolo da Páscoa é o coelho). Será que o próximo produto com meu nome vai ser de primeira?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um nome pra lá de quinta!

Estive ontem em Osasco para gravar uma pauta e me deparei com essa "loja de oportunidades" chamada Galinha Morta. Fiquei perplexa com o nome! Onde já se viu? Que péssimo gosto! Que morbidez! Não é nem de segunda, é de quinta! Na hora em que dei de cara com a fachada, estava acompanhada de duas amigas, e ambas já conheciam o tal estabelecimento - assim, "de ouvir falar", sabe? Pois bem, foi aí que descobri que a tal rede Galinha Morta é um clássico, só eu não conhecia! Vende bolsas, cintos e sapatos, tudo bem baratinho. Fiquei lamentando horrores por não ter tido tempo para entrar e questionar os funcionários sobre a escolha do nome mega esquisito. Queria teorias! Afinal, o que uma galinha tem a ver com produtos como sapatos e cintos? Deve haver alguma explicação! O pior é que a galinha estampada na fachada é toda "faceira" (como diz minha amiga Elisa); tem cílios enormes e uma super cara de safada. Não parece nem um pouquinho morta - muito pelo contrário... O resultado de tudo isso é que fui dormir ontem tentando formular alguma teoria. Alguém poderia me ajudar?
PS: Faço absoluta questã (!) de pedir desculpas pelo silêncio deste blog nos últimos dias. Eu e Rosita sentamos ontem à noite e reafirmamos o compromisso de sermos mais "de primeira" no quesito "atualizações". Caso contrário, vamos ter que abandonar nosso título de "Garotas de Segunda" e nos inspirar no nome da lojinha acima... e isso nós definitivamente não queremos! De jeito nenhum!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cheque bom para... me irritar!


Eu já tinha "alertado", aqui, sobre o recheio do chiclete Babaloo, que diminuiu sensivelmente -basta mordê-lo para comprovar. Mas tem outra coisa, dessas que caem para a segunda divisão, me irritando: os cheques de maquininha do Bradesco. Primeiro, que banco já me cansa, por tabela. Sou uma garota à moda antiga, ainda apegada a folhas de cheques. Me sinto segura com um talão na bolsa. Se tudo falhar, o cartão, o visaelectron, tenho aquela folhinha que me salva. E adoro um chequinho pré-datado... Gosto de anotar as compras no canhoto. Minha ruína. Então, vez ou outra recorro ao caixa eletrônico para pegar um talão express. E já faz tempo que o talão se transformou naquela folha imensa e picotada, que eu mesma tenho que destacar, e sem ter depois como prendê-las. Isso vira uma zona dentro da minha bolsa, que já é o triângulo das bermudas. Os canhotos se perdem, as folhas amassam, fica tudo de quinta. Daí leio que o Bradesco foi o banco que mais faturou em 2008. E me sinto de segunda, porque contribuí bastante para o lucro --deles. Quando eu ficar rica, não quero ser Prime. Mudo de banco, mas será que adianta? Pelo tanto que eles ganham em cima da grana dos clientes, deveriam nos receber nas agências com champanhe e massagem. E os talões de cheques tinham de voltar a sair da maquininha lindos e montados. Alguém pode me dizer porque as taxas só aumentam, enquanto o serviço é cada vez mais de quinta?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Seu vizinho também é de segunda?


Sou uma boa vizinha. Não fico dando piti à toa (até porque moro sozinha), não escuto funk carioca no último volume (até porque não suporto funk carioca) e não organizo mais baladinhas semanais até altas horas (até porque tô ficando velha e não consigo mais dormir tarde e acordar cedo). Ou seja, o que quero dizer aqui é que acho muito difícil que qualquer vizinho do meu prédio tenha algum tipo de reclamação a fazer sobre a minha pessoa. Tudo bem, não sou do time dos que têm tolerância zero com os barulhos alheios, mas acho que quando você resolve morar em um apartamento, deve ter em mente que nunca mais vai poder se expressar sem bom senso. Explico: morando numa casa, brigar com o namorado bem na porta de entrada, por exemplo, não irrita ninguém (a não ser o coitado do namorado), mas em um prédio é algo absolutamente ABOMINÁVEL e DESELEGANTE para os outros moradores, concorda? Pois bem, acho que minha vizinha nunca se deu conta de que todas as vezes em que ela despacha o namorado aos berros, estou bem pertinho, atrás da minha porta, espumando de raiva por causa do tropé de quinta. Afinal, nem as paredes grossas de um predinho antigo, como o meu, são capazes de barrar o som ardido e desagradável do escândalo de um casal. No caso da música, mesma coisa: quem disse que todos os moradores querem ouvir a mesma trashice que você está ouvindo? Aliás, eis uma ótima pergunta: por que as pessoas que adoram escutar músicas no último volume (seja em casa, seja no carro) SEMPRE são fãs de músicas da pior qualidade possível?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Tan tan tan tan

Sabe o que é mais legal de época de eleição? Que a gente tem assunto de sobra. Pudera, afinal nós, 'cidadões' - como disse o super-dotado Kid Bengala, outro candidato hilário, num vídeo que vi no site do Estadão - somos obrigados a ver todos os dias, por quase dois meses, figuras e campanhas de segunda pra baixo... Por exemplo, vocês já viram o filho falso do Enéas? Gente, dá só um look... Barba, óculos, bordão, cara-de-pau, tudo igual. O único detalhe é que o pai não é o Enéas Carneiro, é outro. Fala sério, é ou não é o fim de tudo o que acabou?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mallandro é malandro e mané é mané


Segunda passada, antes de encarar a cerveja sem álcool, sem graça e sem gelo do Filial, eu e Rô vimos esta super celebridade da foto na pré-estréia do filme Os Desafinados, em São Paulo, que foi realizada no Unibanco ArtePlex e estava absolutamente abarrotada de globais e ex-globais de todos os tipos (de primeira, de segunda e de quinta). Ontem li na coluna da Mônica Bérgamo da Folha que o malandro (digo, Mallandro), ao invés de ficar fazendo caras e bocas para os trocentos fotógrafos presentes no evento, aproveitou para fazer campanha (já que pleiteia uma boquinha na Câmara Municipal) e distribuir santinhos com o slogan "São Paulo + justo é São Paulo + alegre". Pena que não peguei um, senão faria questão de postá-lo aqui para dividir esta relíquia mega de segunda com vocês...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Movimento "geladeira própria para as cervejas caretas"


Na última segunda-feira, eu e minha parceira comemoramos quando nos demos conta de que estávamos mais uma vez encarando juntas o árduo desafio de encontrar um bar aberto à uma da manhã, numa segunda-feira (ok, já era terça), na Vila Madalena. Depois de algumas tentativas frustradas, fomos praticamente obrigadas a apelar para o bom e velho Filial – pois no dia em que este estiver fechado, aí sim é sinal de que o mundo da boemia está realmente perdido. Encontramos uma mesa com facilidade, o que antes da lei seca era impossível de acontecer, mesmo numa segunda (ou terça, que seja!), e sentamos à espera do garçom. Quando ele chegou para anotar nossos pedidos, a Rô perguntou se a cerveja sem álcool do bar estava gelada, e o senhor muito honestamente respondeu “mais ou menos”. Minutos depois, voltou com uma garrafa de Liber ABSOLUTAMENTE QUENTE (tipo fora da geladeira mesmo), justificando que as “cervejas caretas” ficam na mesma geladeira abarrotada dos refrigerantes, e por este motivo não gelam muito. Agora me diz, além de termos que engolir o sapo de não poder beber sequer um choppinho quando estamos ao volante, somos obrigados também a engolir cervejas sem álcool a 23ºC? É isso?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Vergonha alheia


Minha televisão costuma ficar no mute. É mania; eu chego em casa, coloco uma música bem bacana e puf, ligo a TV. Como tenho o pacote mais pobrezinho da NET, realmente há pouquíssimas opções interessantes pra assistir (pra não dizer nenhuma). Ontem, porém, resolvi sentar no sofá e zapear em busca de alguma coisa que prestasse, bem no pique 'a esperança é a última que morre'. Estava com as pernas absolutamente moídas graças a uma aula empolgada de spinning 'bye-bye-culpa-pós-férias-regadas-a-vinhos-e-massas' que havia encarado no dia anterior, então de fato não havia mais nada a fazer senão repousar e coçar depois de passar o dia andando pra lá e pra cá feito uma pata e aguentando diversas piadinhas no trabalho. Sendo assim, cheguei ao meu lar, doce lar e comecei a dura jornada com o controle remoto: Donatela comendo o pão que o diabo amassou na prisão e Flora mordendo a boca de Dódi (ai, que lama!!!); Luciana Gimenez cantando e dançando com o Double You (lembra dessa banda de quinta? Os caras cantavam aquela música Please don’t go e eram famosos quando eu tinha uns 12 anos de idade); mulher de pernas escancaradas, parindo e gritando para a câmera do Discovery Home&Health... Por último, aqueles diálogos patéticos e artificiais da novela da Record, cheia de ex-globais e atuais mutantes... Juro, depois dessa zapeada de quinta, minha vontade era a de enfiar a cabeça num saco, num buraco, sei lá. Porque sinto muita vergonha alheia quando assisto TV. Chego a fazer caretas sozinha e a mudar de canal rapidinho quando a coisa fica feia demais. Você também é assim? Me conte, o que te faz sentir esse negócio de segunda chamado vergonha alheia?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Como se comportar numa boca livre



"Você é uma pessoa de privilégios, até que comece a usá-los..."
Alguém me disse essa frase uma vez e eu nunca esqueci. Não sei de quem é. Será Oscar Wilde? Alguém sabe? Mas sempre me lembro dela quando recebo um convite interessante que envolve um privilégio, uma cortesia. Dependendo de quem me oferece, aceito, ou agradeço, ou aceito com certa reserva. Semana passada, durante a Flip, era eu quem estava do outro lado: recebendo pessoas durante um evento no Che Bar. Uma editora ofereceu a cerveja a alguns escolhidos, com direito a uma pulseira vip que liberava a bebida. Aí, se revela a alma de algumas pessoas. Enquanto alguns curtiam o momento, tomavam uma ou duas, para marcar presença, outros aproveitavam a situação para exercer o que se chama de "pequeno poder". Gente que dava apenas um golinho e dizia que a cerveja --geladíssima! -- estava quente, e pedia ao garçom para trocar. Quanto desperdício! E gente que aproveitava o privilégio da pulseira para ir além do consumo pessoal, pegando duas cervejas em cada mão e levando para os amigos que estavam fora do bar. De quinta. Talvez essas pessoas não tenham a "boquinha" numa próxima... "Você é uma pessoa de privilégios, até que comece a usá-los...". Ou ao menos saiba usá-los com elegância. É ou não é? O que você considera uma atitude de quinta numa boca livre?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Malandragem tem limite!


Hoje, no caminho para o trabalho, descobri algo esdrúxulo. Um senhor de cabelos brancos, famoso por mancar e pedir esmolas em um cruzamento da rua Maria Paula, no centrão caótico de São Paulo, estava todo bem-vestido tomando um café e fumando um cigarrinho em uma padoca próxima ao seu “local de trabalho”. Numa relax, numa tranqüila, numa boa. E a pessoa que estava comigo no carro apontou para um Gol daqueles antigos, mas bem conservado, azul cintilante, estacionado do outro lado da rua, e disse “Tá vendo esse carro? É do safado, que anda normalmente quando não está 'trabalhando'. Já vi essa cena diversas vezes”. Ou seja, o tal senhor que pede moedinhas logo ali na esquina e se faz de deficiente físico, antes de “encarar o batente”, estaciona seu “possante”, tira a roupa limpinha, veste uns trapos e segue rumo ao semáforo para enganar os trouxas. Todo santo dia. Não é muito de quinta? Fiquei abismada. Casos como esse são comuns, eu sei, mas o que me impressiona mesmo é a cara-de-pau do cidadão, que sequer se dá o trabalho de estacionar seu veículo em uma rua mais escondidinha. Patético. Na hora, me deu vontade de descer, entrar na padaria e interromper seu café-da-manhã com perguntas indigestas. Não seria ótimo? Pois bem, talvez faça isso numa próxima, pois hoje estava atrasada. Mas uma coisa é fato: esse ator-de-meia-tigela não perde por esperar.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Chega de ser fiel


Chacota matinal. Foi o que fui obrigada a encarar hoje, quando entrei em minha sala e me deparei com o símbolo do Corinthians colado em tudo, absolutamente tudo: computador, televisão, cadeira, paredes. Nem sou uma corinthiana de primeira, nem sei qual é nome do técnico ou do goleiro. Mesmo assim fui vítima de algum palmeirense ou são-paulino fanático e bem engraçadinho. Mas o fato é que realmente estou revendo minha preferência pelo timão de outrora. Ontem deixei a televisão no ‘mute’, como sempre, pois não preciso assistir ao jogo para saber o desempenho desse meu (ex)time de segunda - afinal, geralmente o escarcéu promovido pelos vizinhos a cada gol ou lance importante já é suficiente para me manter informada. Mas desta vez rolou um silêncio sepulcral. Todo mundo de luto – exceto os torcedores de TODOS OS OUTROS TIMES BRASILEIROS, que comemoraram em grande estilo, com rojões inclusive, mais uma derrota do Corinthians. Mais uma decepção. Por isso, venho a público declarar que aderi ao movimento “Cansei”. Cansei de sofrer. Então, de agora em diante, me considero órfã, futebolisticamente falando. Decidi arranjar algum time de primeira pra torcer. Alguma sugestão? Só não encaro o Palmeiras, pois seria realmente demais para essa pobre ex-corinthiana...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Primeira-dama de segunda


Eu até gosto da Carla Bruni cantora. Achei estranho quando ela começou a circular com o Sarkozy. Tudo bem, mulheres se apaixonam por presidentes da França. Agora, escrever um livro contando detalhes do romance, meses depois do casório, me parece over. O livro "Carla e Nicolas - A história real", lançado pela primeira-dama francesa na semana passada, traz pérolas como "Me apaixonei porque ele tem cinco cérebros, todos irrigados...". Pensei que Carla Bruni era mais cool. Não li o livro, mas achei a idéia de quinta. Esse casalzinho não me inspira. Quando uma mulher se apaixona para valer, quer mais é curtir seu amor bem quietinha. Nada mais gostoso do que aquelas coisas de casal, que só o casal sabe, e mais ninguém precisa saber. A troco de quê uma modelo-cantora-linda-primeira-dama-da-França contaria a história de amor com seu marido para todo mundo? Qual é o seu palpite?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Palhaçada sem nenhuma graça (parte 2)


Uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo aponta que 87% dos brasileiros admite que há discriminação racial no País, no entanto apenas 4% da população se considera racista. A questão é: como pode haver ainda, em pleno século XXI, tanto racismo no Brasil, se quase ninguém se considera racista? Como? Para existir, um precisa do outro, é óbvio. Mas o discurso do “politicamente correto” parece tentar encobrir esse grande absurdo (tão arraigado e incrustado quanto atrasado e hostil) que é o preconceito racial AINDA PRESENTE NA CULTURA DA SOCIEDADE BRASILEIRA – em outras palavras, em todos nós. Por que falo tudo isso aqui, agora? Simplesmente porque a minha amiga do post aí embaixo é negra. Eu, teoricamente “branquinha”, não passei pelo constrangimento de ter que abrir a bolsa e provar que não havia furtado nada. Eu não – e olhe que nem o comprovante fiscal tinha, pois pedi pra própria moça do caixa jogar o papel fora (tenho esse péssimo hábito). Mas ela, minha amiga negra, teve que mostrar seu cupom e suas coisas. Provar sua dignidade depois de ser injustamente acusada e veladamente humilhada. Talvez por isso tenha sido tão firme e decidida em levar o caso adiante, procurando o departamento da Polícia Civil que cuida desse tipo de constrangimento, sem medo da burocracia e da demora que ela sabia que enfrentaria – ou melhor, enfrentaríamos, já que estávamos juntas, nas compras e na indignação. Resultado: tomamos um amargo chá de cadeira de quatro, QUATRO horas para prestar queixa. Por pouco não deixamos para “amanhã”, ou quem sabe nunca, mas fomos até o fim, unidas. Saímos exaustas, e logo cada uma seguiu para sua casa: eu, dolorida por tudo o que presenciei; ela, dolorida por tudo o que sentiu – e certamente ainda sente.

Palhaçada sem nenhuma graça (parte 1)


20 de maio de 2008, duas e pouco da tarde. Eu e uma amiga de primeira, depois de um almoço de segunda no centrão de São Paulo, decidimos fazer um pit-stop – como de costume – numa loja de cosméticos para comprar coisas de mulherzinha, como cremes e fivelas. Pagamos, saímos e de repente, já na rua, fomos surpreendidas por um dos seguranças do local literalmente puxando a bolsa de minha amiga, dizendo que queria ver a sacola com os produtos e o comprovante do pagamento da compra. Indignadas, perguntamos o que estava acontecendo, e ele simplesmente repetiu que gostaria de conferir a bolsa dela (vale ressaltar: estávamos no meio da rua, às vistas de todas as pessoas que passavam – e eram muitas, afinal era centrão de São Paulo, como já disse). Depois de uma rápida discussão, e sem atender ao pedido grosseiro e descabido do tal funcionário, voltamos à loja e exigimos falar com a gerente da loja. Nisso, outros dois seguranças também se juntaram ao "circo dos horrores", e todos passaram a insinuar que, sim, algum produto havia sido furtado por minha amiga. Ela, muito nervosa, disse que poderia mostrar suas compras, mas sairia dali direto pra Polícia, prestar queixa contra o estabelecimento. Ninguém se importou, ela tirou a sacola com os cremes e mostrou o cupom fiscal. NÃO SATISFEITOS COM ISSO, os seguranças continuaram a insinuar que havia OUTRO produto, solto na bolsa. OUTRO. A essa altura, senti meu rosto esquentar de raiva, e percebi que a expressão de minha amiga era de um misto de ódio, tristeza e revolta. Suas mãos tremiam. Sua dor doeu em mim. Ela, então, abriu toda a bolsa, e o maravilhoso funcionário apontou: “É isso, é isso”. A pergunta é: o que era o tal “isso”, que o cidadão grosseiro apontava? Bem, o “isso” era a caixinha de óculos de sol que ela guardou depois de dispensar o acessório, visto que não seria de grande utilidade dentro de um espaço fechado. Isso era “o isso”. Palmas pra ele, segurança perspicaz!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

A pergunta que não quer calar


Por que raios a segunda-feira está associada à Lei de Murphy? Por que, meu Deus, por que?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Hoje, só amanhã


Essa é boa: em Aquiraz, cidade de 60 mil habitantes no interior do Ceará, toda segunda-feira é feriado. Poderia ser uma notícia de primeira, se o ponto facultativo não valesse apenas para os funcionários públicos. A coisa começou há dois anos, quando a prefeita Ritelza Cabral lançou o feriado, por decreto. Assim, a prefeitura e as secretarias municipais funcionam apenas de terça a sexta. O Ministério Público alega que só pode entrar com uma ação contra o decreto se houver uma reclamação formal da população. Mas o pessoal de Aquiraz ainda não se manifestou em massa. A medida só não vale para as escolas, hospitais, segurança e... arrecadação. Sei. Arretada essa Ritelza! Quer dizer que todo mundo dá duro de segunda a sexta enquanto o pessoal da prefeitura fica no bem-bom? Assim não vale!

terça-feira, 1 de abril de 2008

TPS + TPM = PERIGO


Às vezes a segunda-feira é tão cruel que a gente acorda no dia seguinte ainda remoendo os acontecimentos de quinta. A sensação azeda é tão latente que você nem se dá conta de que a segunda, esse maldito dia, terminou, e de que você sobreviveu, sim, a mais essa pegadinha! Tudo bem, hoje é terça, mas o fato é que acordei com aquela mulher na cabeça. Deixe-me explicar: ontem pela manhã estava na rodoviária de Campinas, tentando voltar para São Paulo, depois de ter pulado da cama às 7 da matina psicologicamente despreparada (como de costume) para encarar o trânsito lastimável da Marginal Tietê. Comprei o bilhete na Viação Cometa – que, por sinal, só faz enriquecer com minhas viagens constantes à terra natal – e desci para a plataforma com a esperança de já entrar no ônibus e me aboletar em alguma poltrona para um revigorante cochilo. Doce ilusão! Esperei 10, 15, 20 minutos... e nada do veículo das 9h30 aparecer. Quando vi o das 10h estacionar, resolvi pedir a um funcionário da companhia para trocar minha passagem – afinal, estava terrivelmente atrasada. Ele, muito simpático, disse um sonoro “sem problemas”, e eu logo me dirigi ao carro das 10, que estava prestes a partir. Eis então que me surpreendo com a novidade: o ônibus não tinha um, mas UMA motorista, sentada ao volante (fato inédito em minhas viagens no super-Halley). Antes de subir as escadinhas, estendi a mão com a passagem, explicando a troca. Ela rapidamente disse “Não, você não pode ir neste carro. Está lotado!”. Em seguida, olhei com cara de “ué” para o funcionário que tinha me concedido o maravilhoso direito de viajar no ônibus em questão. Ele se aproximou e pediu à donzela de rabo-de-cavalo que me levasse, oras, afinal diversas poltronas estavam desocupadas. Foi aí que a motorista se mostrou de segunda – ou melhor, de quinta! Arregalou os olhos e gritou “Eu não tenho a obrigação de te levar! Se o seu carro está atrasado, isso não é problema meu! Estou no meu horário”. Assim, do nada, sem motivo algum! Estarrecida, senti meu rosto esquentar ao perceber que todos os passageiros me olhavam. Quando recuperei o fôlego e resolvi sair da inércia para “partir pro pau”, falando o bom português, me dei conta de que estava num mato sem cachorro: já eram 10h15 e eu precisava, droga!, viajar o quanto antes. O funcionário intercedeu mais uma vez e pediu para que a égua – digo, a moça do rabo-de-cavalo - liberasse, de uma vez por todas, meu embarque. “Vou fazer essa gentileza, mas quero que fique claro que não tenho nenhuma obrigação de levá-la”, foi o que tive que ouvir. Minhas pernas ficaram bambas de raiva, mas permaneci calada. E finalmente entrei no ônibus – com o pé direito, morrendo de medo dessa viagem de segunda. Durante o percurso, anotei o número do veículo e pensei em fazer uma escandalosa reclamação no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Viação Cometa. Depois, desisti, mas tomei uma decisão machista, confesso: de agora em diante, só entro em cometas que forem conduzidos pelo sexo oposto. Porque senti na pele que a combinação TPS-TPM pode ser fatal.