Metereologia 24 h

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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Limpando a Casa

 
Hoje deu-me para as limpezas. O cheiro desagradável que consegui sentir pelas narinas a dentro estava a incomodar-me. Não sabia o que se tratava. Por isso decidi ir até ao caixote do lixo, onde na véspera a M. tinha-se queixado, mais uma vez, que havia mau cheiro. 

Mas ela tinha despejado o saco. Quando abri o cesto, vi que estava quase cheio até cima. E o cheiro vinha de lá. Além disso, faz quase duas semanas que temos a cozinha infestada de mosquitos. Até deixei um papel humorístico colado no frigorífico, à semelhança de outros que lá coloquei, mas a respeito da situação dos mosquitos.

Queria livrar-me de tudo: a sujidade, o cheiro, os mosquitos. Apeteceu-me.

Então lá fui eu, a inquilina com um ombro partido, pegar no cesto de 50L. Levei-o lá para fora, coloquei detergente da louça para o interior e, como gosto de fazer, despejei-lhe água a ferver. Usei a esfregona para lavar por dentro, visto que o cesto é fundo e eu não tenho grande mobilidade de movimentos tendo o ombro partido. 

Resultou muito bem. Esteve um pouco de sol e ali o deixei a secar. Mas depois não gostei... parecia-me que ainda conseguia cheirar ao de leve um odor desagradável. Trata de despejar lixívia e esfregar de novo. Gostei mais. 

Lavei as bancadas, varri o chão e lavei-o com lixivia. Aproveitei e tirei as dedadas e sujidade que estavam à semanas na porta do frigorífico. Aguardava que alguém "se tocasse". Ou seja: que alguém percebesse que deixa marcas porque abre as portas com as maos sujas e sentisse que tinha de limpar atrás de si. Mas como ninguém o fez, decidi aproveitar que estava numa onda de satisfação com as limpezas e limpei isso também. Abri as portas do congelador para poder aceder à mancha castanha no chão e também essa esfreguei. 

Infelizmente acredito que não vão passar nem 24h até eu notar um sinal de descuido por parte de alguém. Tudo o que mencionei: o mau cheiro, as dedadas, a sujidade... é mais da responsabilidade da M. 

Ontem ela queixou-se a mim que "alguém na casa" deixava mau cheiro no caixote. É para aí a quinta vez que mo diz.  "Não és tu. Eu sei que não és tu" - diz-me com sinceridade. Quando ela cisma, eu sei que não se cala com um assunto. Todos os dias vai "notar" aquilo, mesmo que não haja nada para notar. 

Estive para fazer um post disto. Porque não me agrada que ela esteja sempre a implicar com "os outros". Até me fez pensar que o Karma existe! Eu, vítima que fui na outra casa deste tipo de comportamento, aqui ninguém implica comigo. Pelo contrário: sou aquela que todos acham, ou aparentam achar, que deixa tudo limpo e arrumado atrás de si. 

É mesmo o Karma a funcionar. A dar-me o oposto daquilo que vivi e aquilo que me é devido. Amén.

Agora quando a M. regressou a casa, disse-lhe o que tinha feito. A reacção dela não foi de surpresa. "Cheirava a peixe" - disse-me. Respondi-lhe que não sabia. Mas ela estava naquele instante a fazer uma refeição de peixe. E percebi que era o mesmo cheiro. 

Foi ela!!

Claro que foi ela. É sempre ela. Diz que é os outros, mas é ela. Bagunçada, suja... Acho até que fez de propósito.

Ontem ela passou o dia inteiro em casa. E foi chato. Era outra coisa que ia para mencionar quando fizesse um post sobre isto. 

Ela começou a lavar roupa na máquina eram umas nove da manhã. De tardinha, lá para as 17h, a máquina ainda estava a funcionar. Foi máquinas e máquinas de roupas seguidas, sem parar. E os outros? Quero dizer: ela fez duas máquinas ou quatro na terça-feira. Tudo bem, pode fazer outras na quinta. Mas ela passou o dia inteiro nisso. Acho demasiado. E penso que é uma demonstração de egoísmo. Porque por mais necessidade que se tenha, há que pensar que outro alguém também poderá querer lavar algo naquele dia. 

Roupa que a M. 
Deixou cinco dias em cima das cadeiras.
Um dos casacos ainda o tem la.


Mas o que me aborrece mais na M. e sem dúvida que ontem ela fez isso, é que ela também vai para a cozinha e de lá não sai. Faz lembrar demasiado as experiências que passei com a Gordzilla. Não porque cozinha, atenção, mas porque o que faz deixa sempre um cheiro pestilento pela casa que não desaparece nem quando já chegamos à madrugada!

Neste instante, o mesmo cheiro de ontem, o mesmo cheiro de hoje pela casa inteira, é o que se faz sentir novamente: cheiro a peixe.

APOSTO que ela despejou' sem grandes cuidados' os restos pestilentos para dentro do caixote que eu passei a manha a lavar e nem quer saber.

Ontem, quando ela fez uma pausa, desci ao primeiro piso e tive de espalhar ambientador. O cheiro era horrível. Já o conseguia sentir no piso de cima, com a porta fechada. Mas pensei que era provisório, porque cada vez  que se cozinha algo, obviamente que tem de existir cheiro. Mas este depressa vai embora. Só que não. Com ela, tal como com a Gordzilla, o cheiro é incomodativo e parece que fica entranhado nas paredes. Acho que nenhuma das duas gosta de usar o exaustor ou abrir uma janela. Têm esse hábito somente se o seu nariz sentir-se incomodado com a cozinha dos outros.

Eram 18h o cheiro persistia. Não me sentia bem, decidi sair de casa para arejar. Ir ao supermercado. Regressei passava das 20h. Para minha supresa absoluta, a máquina de lavar roupa estava a funcionar. Consigo perceber que dentro dela giram as toalhas que a M. deixa sempre penduradas no toalheiro aquecido do banheiro. 

Mas quem é que usa uma máquina de lavar roupa de manhã até de noite??
Não acho normal.

Até me enoja um bocadinho. Porquê? Porque a renda da casa inclui todas as contas. E isso, para pessoas como a M., significa que pode usar à descrição, paga sempre o mesmo. Eu acho que abuso é abuso, exagero é exagero e que se devem manter hábitos normais. Não é porque não lhe faz diferença no bolso que deve ligar o aquecimento ao máximo 24h por dia. Tudo se paga. Se não for hoje, será quando a situação melhorar. E depois, face aos gastos, ou aumentam a renda, ou decidem parar de arrendar a casa porque dá muita despesa e pouco lucro.


Disse que me enjoava um bocadinho porque são exatamente pessoas como a M. que, se um dia tiverem a própria casa e tiverem de pagar cada grama e consumo de água, luz, gaz, vão mudar radicalmente de hábitos, passando a apagar todas as luzes onde não estão, a juntar roupa para lavar de uma vez só, a deixar de ligar o aquecimento a toda a hora. Não sou muito poupada, mas também não sou exagerada Façam-se 2 ou 10 máquinas de roupa por semana, pode-se não pagar mais por isso. Mas em termos ambientais não é nada bom para o ambiente. 

Há que ter bom senso.


 

sábado, 16 de maio de 2020

Imaginar um momento

Quando sentada no banco do jardim olhei para o relvado reparei que um pedaço de um ramo com uma flor já seca tinha sido enfiado na anilha de uma lata de refrigerante.

E enterneceu-me o coração.


Imaginei que estava a olhar para o que tinha sido um gesto de intimidade entre um homem e uma mulher.

O local estava cheio de vestigios de presença humana: cheio de detritos como latas de cerveja vazias, guardanapos de papel, cascas de pevides por todo o chão e porcaria no geral.

As pessoas que avistei
Junto ao banco na vespera


Mas entre esta porca realidade que espelha muito bem o tipo de habitante inglês presente em maior numero nesta cidade, existiu quiçá um belo momento de romance.

Em que um cavalheiro arrancou uma flor de um arbusto, prendeu-o numa anilha e colocou-o nos cabelos da sua amada.

Ou é apenas lixo.
Pelo menos foi assim que imaginei ter acontecido ao reparar na ramada enfiada na argola da anilha.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Por inglaterra - Há lixo nas ruas?


A resposta:


SIM.
Desde detritos recentes...
















Aos que já têm meses













E ao que parece tb se estaciona em cima dos passeios
(não deu para borrar a matricula mas tb quem vai saber?)



sábado, 29 de dezembro de 2018

Blue for tidy



Ontem pelas 11h estavam completamente vazios.
E assim os deixaram pelas 20h desse mesmo dia.








quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Inglaterra: Desfazendo Mitos - p2

LIMPINHOS

É mito que os ingleses são todos limpinhos. É verdade que as ruas estão livres de resíduos considerados "lixo"- aquele que em Portugal costumamos facilmente encontrar. Mas isso tão somente significa que os governantes cumprem o pelouro da limpeza e higiene urbana. Fazem o seu trabalho, ponto. Em privado acho que muitos ingleses são um tanto para o desleixado, revelando que não gostam de sujar as mãos. Nos quintais de algumas casas - poucas, consegue-se ver entulho de anos e lixo recente. Nos restaurantes mais comuns deixam as mesas sujas de tudo um pouco, besuntam cada centímetro com aqueles molhos que todas as comidas inglesas levam e ainda por cima, se trazerem lixo com eles (embalagens de comida rápida, garrafas de refrigerantes, embalagens de perfumes, cigarros, embalagens de aparelhos eletrónicos diversos, de pasta de dentes, fruta a apodrecer, embalagens de sapatos novos, etc) deixam tudo na mesa onde foram almoçar/jantar. Claramente, julgam que quem as limpa, não se aborrece com o entulho extra. 

E para contrariar esta tendência, quando na caixa de supermercado, o empregado/a nunca atende o cliente atrás de ti até te ires embora com as tuas compras. Se ainda tens de as ensacar, eles param de atender. Têm essa cerimónia. Vai-se lá entender esta gente! Cheios de cerimónias numa simples fila de supermercado, mas sem nenhuma quando se trata de abandonar porcaria e lixo desde que seja para outros limpar. 



quinta-feira, 17 de abril de 2014

Nem toda a gente que anda aos caixotes procura o que comer

Há umas semanas passava eu pela ciclovia paralela a uns prédios quando reparo num homem a levantar o tampo de um dos dois caixotes de lixo que estava a vasculhar. Nisto caem ao chão uma série de bobines. Sim, bobines de filmes de 35mm ou 8mm (ainda se lembram delas?), nas suas caixas redondas.


Colocadas no lixo como se nada fossem... eu fiquei imensamente curiosa por descobrir o conteúdo daqueles filmes. Seriam os filmes caseiros de alguma família? Seriam filmes outrora comercializados? Uma coisa achei porém poder concluir: aquele homem conhecia o conteúdo daqueles contentores e apressou-se a se apossar dele.
O homem  removeu também dois peluches do interior do outro contentor - uma Minie e um Mickey.


Gostava de ter visto mais mas foi o que percebi de passagem. O lixo, meus caros, não é só um lugar onde os esfomeados se dirigem para tentar tirar a barriga de misérias. Também são lugares muito concorridos para pessoas que procuram um ganho fácil. 

Durante anos habituei-me a ver nas paredes do corredor de casa uns quadros reproduzindo as quatro estações do ano. Achava-os bonitos mas não sabia do que se tratava. Eram espelhados e tinham o desenho de damas em vestidos esvoaçantes, numa paisagem ora de Primavera, ora de Verão, de Outono ou Inverno. Agora sei que se tratava de reproduções de gravuras da altura da arte nova*, da obra do ilustrador Alphonse Mucha. Naturalmente conhecia aqueles quadros de trás para a frente. Cada marca da moldura, cada mancha ou minúsculo risco. E quando estes quadros passaram a decorar outra casa, conheci-lhes também as novas marcas. Mas um dia o conteúdo dessa casa foi na sua grande maioria para os contentores de lixo - o que agora mais do que antes considero pouco correto. 


Um ano ou nem tanto depois dos quadros terem sido deixados junto aos caixotes para serem levados (por quem quisesse ou pelos apanhadores de lixo) reconheci um na montra de um antiquário. A «lady Primavera» estava a olhar de novo para mim. E não existia qualquer dúvida que era o mesmo. Conhecia-os demasiado bem. Sempre olhei para eles. A moldura, particular e idêntica, tinha uma pequena mossa no preciso lugar. Não faço ideia do preço pedido mas ali estava a prova: lixo para uns, riqueza para outros.


* movimento artístico desenvolvido nas últimas décadas do século XIX, um cruzamento entre a arte clássica e a arte industrial, a passagem da pintura para a arte gráfica

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Natal vai trazer baratas?

Ouvi dizer que os trabalhadores da recolha do lixo estarão em greve até dia 5 de JANEIRO!!

Espanta-me que o governo aparentemente pareça estar indiferente aos efeitos de 15 dias sem recolha de lixo das ruas. E não são 15 dias normais não: Apanha o Natal e o Ano Novo. Apanha quilos de papel amarrotado de presentes desembrulhados, toneladas de restos não comestíveis ou parecíveis de refeições e muita, mas muita embalagem de tudo e mais alguma coisa, a maioria de plástico.

Procuro todos os anos conseguir arrumar o maior número de coisas possíveis a fim de colocar o que descobrir que é para o lixo o quanto antes no respectivo contentor. Primeiro começou como uma forma de não "entupir" em excesso os contentores nesta época Natalícia. Mas logo depois começou pela necessidade de sentir que a casa está toda limpa e organizada até o Natal. Claro que, nunca consigo cumprir este último objectivo. Os restantes afazeres e as situações "empata" não o permitem. Mas tudo o que sentir que está a encher e irá para o lixo, tento colocar lá antes do Natal.

O governo aparentemente não vai fazer nada, não vai garantir serviços mínimos e vai deixar os grevistas ter direito à greve. Dia 6 voltam ao trabalho e terão de colectar tantas toneladas de lixo fedorento com mais de uma semana de idade que o melhor será repensar se os antigos métodos de queima no quintal e enterrar lixo num buraco não devem ressuscitar.