Na minha recente visita à Galiza, região dum meu trisavô que emigrou em finais do século XIX para o Brasil, tive a oportunidade de revisitar a Corunha [na forma oficial galega A Coruña].
É uma cidade fresca e alegre, virada para o Atlântico, considerada o motor da Galiza.
Os edifícios da zona ribeirinha possuem um encanto especial.
No centro da Corunha fica a Praça Maria Pita, erguida em 1860. É a mais importante da Corunha. É aí que se encontra o magnífico edifício da Câmara Municipal.
A praça de forma quadrada, toda circundada por arcadas, é o principal ponto de encontro entre cidadãos e visitantes.
É lá que está o monumento em memória de Maria Pita, uma heroína da defesa da Corunha em 1589.
As tropas inglesas da Armada comandadas pelo pirata Francis Drake cercaram a Corunha, abriram uma brecha na muralha e começaram o assalto à cidade velha, dirigido por um alferes com a bandeira da resistência na mão que conseguiu subir à parte mais alta da muralha. Maria Pita com a arma do seu defunto marido [foi casada três vezes] matou o inglês que transportava a bandeira, transmitindo assim força aos seus compatriotas e conseguindo parar o assalto.
A chama da LIBERDADE, sempre acesa dia e noite, mantem viva a memória da heroína galega - uma mulher de armas.