Porto de Sines

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domingo, 9 de março de 2014

Centro BUDISTA Tibetano [4]

Em Fevereiro do corrente ano visitamos novamente o CENTRO BUDISTA TIBETANO [HUMKARA DZONG] que perpetua algumas memórias que por ali vagueiam, resistem e continuam a viver em nós, a inspirar-nos.

Logo à entrada permanece um cartaz de Boas-Vindas informativo e muito esclarecedor.


 Uma série de postes, colocados no cume da montanha, com bandeiras coloridas tremulando ao vento prenunciam a aproximação ao Santuário.

As cores amarelo, verde,vermelho, branco e azul representam a terra, a água , o fogo, o vento e o espaço, respectivamente.

Os devotos, durante as circumambulações recitam os mantras em surdina.


 O Stupa [Chorten no Tibete], recinto quadrangular, é conhecido como um Santuário, mas também como um local de peregrinação, um monumento envolto em mistcismo espiritual que ensina o caminho da libertação, está cheio de simbolismos complexos, mas representa antes de mais a sabedoria de Buda.

As decorações inicialmente previstas [4 correntes que sairão dos dos 4 vértices até ao cima do Stupa, com pequenas campaínhas, cujo som fará lembrar os quatro selos de Buda e ainda 4 portas, que virão da Índia] ainda não foi possível concretizá-las.

O Stupa, estrutura com cerca de 5 metros de altura, contem relíquias sagradas dos grandes mestres, situando-se  num local magnetizante ideal para concentrar energias positivas.

A arquitectura dos stupas budistas reveste-se de características muito próprias. O stupa consiste numa base quadrada encimada por uma cúpula coroada por um corochéu afunilado de treze anéis, uma forma de loto e um sol sustentado por uma lua crescente. Estas cinco figuras geométricas correspondem aos elementos terra,água, fogo, ar e espaço, os quais, na sua forma estilizada simbolizam o corpo e a mente de um Buda.

 Nesta mesinha são deixadas oferendas dos devotos e visitantes para serem mais tarde recolhidas.
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 Sinais  de misticismo religioso marcam presença.

 Nesta curiosa e singela casinha de apoio informativo, que tem como pano de fundo, uma esplendorosa e infinita paisagem rural de montes e vales até ao Oceano Atlântico, vendem-se também recordações que despertem a curiosididade e interesse de devotos e visitantes.

No seu interior verificamos a existência de llinhas de velas e lamparinas devocionais acesas como oferenda espiritual.


 O Moínho do Malhão [Torre Branca], um símbolo e uma marca de referência, alcandorado lá no cimo da Serra do Caldeirão.
Oferendas de maior vulto e responsabilidade poderão ser alí entregues.
A cultura budista, baseada na não violência, muda a nossa maneira de ser. Tornamo-nos mais reflexivos, menos emocionais.

As energias renováveis estão presentes e consubstanciadas neste painel solar.
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 Outros recursos naturais que neste Inverno são um valioso contributo para aquecimento do corpo e da alma.

O Snack - Bar MIRAMAR, situado no ângulo noroeste, é um ponto de referência, faz jus ao nome - dali pode avistar-se o próprio mar.


cajoco

Fonte: O BUDISMO TIBETANO - Don Farber [adaptação]
Fotos: cajoco

sábado, 21 de abril de 2012

Centro BUDISTA Tibetano [3]


Revisitamos o Centro Budista Tibetano [HUMKARA DZONG] em Março e tivemos ocasião de confirmar um  estádio de obras mais avançado na construção do Stupa em  relação ao da nossa visita no Verão de 2011 [ver post  [2] de 3 Fev 2012].


Um  painel de boas-vindas com  todos os esclarecimentos necessários. 


Postes alinhados com bandeiras de cores vivas ondulando ao vento encaminham-nos para o Stupa.

À direita está uma pequena e funcional edificação de apoio informativo e  venda de recordações que despertam  o interesse e curiosidade dos devotos e visitantes .


O recinto quadrado já está rodeado por um  gradeamento com espaço para  quatro portas.

O gradeamento simboliza a protecção dos espíritos contra as emoções negativas. Nos quatro cantos os pilares simbolizam os quatro sêlos do ensinamento do Buda.

A construção de um Stupa crê-se que protege a humanidade das forças negativas e traz riqueza, saúde, influência e realização espiritual.

Crê-se ainda que dá harmonia às comunidades circundantes e impede catástrofes naturais através da pacificação das forças ambientais nocivas.



O Stupa é um  relicário para guardar os restos mortais dos grandes mestres. A sua forma representa a iluminação de Buda.



Há sempre pequenas oferendas que os devotos e visitantes  depositam nesta mesinha.


Está previsto que desses quatro pilares até ao cimo do Stupa sairão correntes com  pequenas campaínhas cujo som  se destina a lembrar os 4 selos de Buda.

As quatro portas, segundo fomos informados, virão da India.



Mais além , ao fundo no ponto mais alto,  está a estrutura remanescente do moinho do Malhão [Torre Branca] e outras inslalações do  Centro Budista, onde poderão certamente ser entregues oferendas de maior vulto ou responsabilidade.
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A singularidade deste espaço e a vista privilegiada que dali se desfruta até ao Oceano Atlântico é avassaladora em toda a sua grandeza onde as montanhas se elevam e a terra é pura. 

cajoco




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Centro BUDISTA Tibetano [2]

No Verão passado, partindo de S. Bartolomeu de Messines, situada no Barrocal Algarvio, passando por Alte, rumo à Serra do Caldeirão, revisitamos o Centro Budista Tibetano [HUM KARA DZONG], o primeiro construido em Portugal, situado no ponto mais alto da serra, no sítio do antigo Moínho do Malhão, considerado ideal para concentrar energias positivas.


Logo à entrada, num painel de boas-vindas, constam os esclarecimentos necessários ao bom acolhimento dos visitantes e ao funcionamento do Centro.

Pode, no entanto, ser visitado por qualquer pessoa independentemente das crenças religiosas.



O Stupa é um relicário para guardar os restos mortais dos grandes mestres.

 


 Um mausoléu em forma de torre, com cerca de 6 metros de altura, construido em granito rosa, talhado e esculpido em Portugal, concluido em 14 de Outubro de 2008.



A sua forma representa a iluminação de Buda.


Nesta mesinha são depositadas as oferendas dos visitantes.

É tradicional e considerado positivo realizar circumambulações em torno do Stupa, no sentido dos ponteiros do relógio, recitando mantras ou formulando votos para a paz no mundo, o bem-estar dos nossos entes queridos e de todos os seres de um modo geral.
Crê-se que o poder das acções realizadas junto a um Stupa é enormemente aumentado, gerando grandes reservas de mérito e energia, mesmo que tais acções sejam acidentais, dando ainda prosperidade e harmonia às comunidades circundantes.
Ao fundo, na linha do horizonte, destacam-se: uma vista do Centro Budista Tibetano e do antigo Moínho do Malhão [Torre Branca].

Do alto do Malhão divisa-se uma calmante e inspiradora paisagem de 360 graus, de onde se pode avistar o Oceano Atlântico.
Saliente-se que o projecto do monumento ainda não está concluido, faltando, entre outros arranjos, o gradeamento e quatro portas. Tudo isto tem o seu significado.

As energias alternativas, amigas do ambiente, também estão presentes.

Também acha[mo]s outros recursos naturais para o lume.


  É um porto de abrigo, num mundo cada vêz mais difícil, onde nos sentimos mais próximos do Céu e de quem aqui fez um retiro e tomou refúgio com o nome de Tashi [Auspicious]  em 13.8.05.


[cajoco]

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

XACOBEO 2010

Ano Xacobeo, ano em que o 25 de Julho [dia da descoberta dos restos mortais de São Tiago] calha num Domingo. Isto sucede com uma cadência regular de 6-5-6-11 anos de maneira que em cada século se celebram 14 anos Xacobeo.

Santiago de Compostela é um dos mais importantes locais de culto do Mundo e actualmente Património da Humanidade.
Este ano estimam-se em 10 milhôes os peregrinos que visitarão Santiago.

São Tiago era um apóstolo, um seguidor, um amigo de Jesus Cristo. Veio  pregar as "boas novas" no Ocidente e na Galiza. Ao retornar à Palestina foi preso e decapitado no ano 44 D C.
A história conta que os seus restos mortais foram trazidos num navio para o Ocidente por dois dos seus seguidores, Teodoro e Anastácio.
Oito séculos depois  um ermitâo, de nome Pelágio, teve uma visão de uma chuva de estrêlas, que levou à descoberta do seu túmulo e os dos seus dois seguidores.


Visitei Santiago de Compostela em 1965 e 1972 aquando das minhas 1ª e 2ª licenças graciosas. Posteriormente em 1995 e a partir do ano 2000 todos os lustros - 6 vezes ao todo. Sempre senti tratar-se de uma cidade especial.


"Chuva e tormentas", foi o prognóstico metereológico para a caminhada do dia seguinte, que aguardávamos com certa expectativa. Previsão que desmobilizou parte dos "potenciais peregrinos", principalmente homens. As mulheres foram mais determinadas, poucas desistiram.

Peregrinar é um acto de Fé. É um caminho e como tal pressupõe um itinerário, mas não se esgotam nele, tem que se lhe associar uma intenção e um objectivo.


Estava uma manhã de céu cinzento, a prometer mais chuva que outra coisa [sol?..nem vê-lo].
A nossa caminhada prosseguia em ritmo apressado, o que não impedia que os peregrinos passassem por nós no seu passo cadenciado, apoiados na sua bengala e com a imprescindível mochila às costas.


[Um espigueiro(?) construido em 1893]


Tratou-se da reconstituição dum trecho da última etapa dos peregrinos até Compostela, pelo caminho original até ao Monte do Gozo [pouco mais de 7 Km, em cerca de 1h30].  Acabaram-se as tréguas e a chuva começou a cair com intensidade crescente.


[Capela de Santa Marta no Monte do Gozo]



À chegada ao ao Monte do Gozo os peregrinos perscrutam o horizonte à procura de avistar, pela primeira vez, Santiago e as torres da Catedral.

Conta a tradição que,  no Cabo Finisterra, os peregrinos queimavam as roupas e banhavam-se no Atlântico para nova descoberta pessoal, para uma nova vida, um novo caminho.


A entrada na Catedral, de estilo românico, onde se encontra o túmulo de São Tiago, é o objectivo final de quem percorre os "Caminhos de Santiago".

O mais importante é o Caminho Francês, com cerca de 900 Km, que os peregrinos percorrem em cerca de 20/25 dias, caminhando cerca de 9 horas por dia.


A Porta Santa  [ encimada pelas estátuas de São Tiago, ladeado pelos seus dois seguidores Teodoro e Anastácio]  está sempre fechada, excepto nos Anos Santos [sòmente abre no dia 31 de Dezembro] e nos  Anos Xacobeos [está aberta todos os dias].
A fila era longa e sinuosa, todos aguardavam a sua oportunidade para fazer o deambulatório [entrar, passar por detrás do Santo, abraçá-lo nas costas e passar pelo túmulo que contem as suas relíquias].


O Botafumeiro, famoso turíbulo, maior incensário do mundo, é puxado por oito tiraboleiros, vestidos de vermelho, que puxando as cordas o põem em movimento [á esquerda na imagem].

Antigamente o incenso do botafumeiro servia para disfarçar o mau cheiro dos peregrinos que pernoitavam dentro da Catedral.


[Partida para o regresso de malas aviadas]

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O BARDO DO SONHO

O bardo do sonho dura desde o momento de se começar a dormir até ao momento de se acordar e inclui o sonhar e o dormir sem sonhar. Adormecer é considerado semelhante ao processo de morrer, dado que a consciência gradualmente se vai esvaindo. O estado inconsciente que ocorre quando o sono nos toma é encarado como sendo a mente a descansar no seu estado natural. Para utilizar oportunidades que este bardo oferece, é necessário ver a vida acordada normal como insubstancial e ilusória, como o estado do sonho - prática do "corpo ilusório".
A prática do corpo ilusório procura inverter a nossa dependência da vida comum consciente através de práticas destinadas a controlar os sonhos, simples emanações da vida de sonho. Uma interpretação do bardo do sonho pode assim levar-nos a uma visão da natureza ilusória de todos os fenómenos, à medida que nos apercebemos que a nossa vida acordada não é diferente do estado de sonho.

in O Caminho Tibetano

domingo, 21 de março de 2010

A DEUSA E O MACACO


De acordo com uma antiga lenda budista tibetana, quando o mundo foi criado não havia seres humanos. O bodhisattava da compaixão, Avalokiteshvara, e a sua consorte, Tara, enviaram as suas encarnações para o Tibete. A incarnação de Avalokiteshvara tomou a forma de um macaco, enquanto Tara era uma ogra canibal Tagsen Mo. O macaco fez voto de celibato estrito e vivia em reclusão meditativa, Tagsen Mo estava muito solitária e chorava e cantava sobre a sua solidão.
O macaco ouviu os gritos desesperados da ogra e ficou cheio de compaixão. Tagsen Mo pediu-lhe que casasse de imediato com ela, mas ele inicialmente recusou por causa dos seus votos. No entanto, concordou depois de consultar Avalokiteshvara e o casal deu origem a seis filhos, de quem se diz serem os progenitores das seis classes que habitam o universo: deuses, semideuses, espíritos famintos, animais e habitantes do inferno. Por sua vez, a descendência dos seis filhos deu origem aos primeiros tibetanos.

in O caminho Tibetano

segunda-feira, 8 de março de 2010

O SINO E O VJARA




















Os dois símbolos mais comuns associados ao budismo tântrico são o sino e o "relâmpago de diamante" (vjara), utensílios usados em quase todos os rituais tântricos para representar a união da sabedoria com os meios eficazes. A vjara representa o caminho espiritual, que culmina na realização da sabedoria, enquanto o sino é o símbolo da verdade do vazio - o tocar do sino é a proclamação da verdade em todos os reinos.
O sino representa a sabedoria "feminina" de Buda e a vjara a sua compaixão e meios eficazes "masculinos", e juntos simbolizam a unidade indissolúvel dos polos masculinos e femininos da experiência. Também representam a unidade do samsara com o nirvana: o praticante que viaja através do samsara em direcção ao nirvana acaba por se aperceber que o caminho e o objectivo são inseparáveis.

in O Caminho Tibetano