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30 janeiro 2009

Kylie Minogue - agente com ordem para atirar !



Um anúncio para cinema da marca de lingerie Agente Provocateur, de 2001, foi considerado o melhor de sempre a passar nas salas britânicas, segundo um inquérito realizado pela agência de publicidade para cinema Digital Cinema Media (DCM).
Chama-se "Proof" e nele Kylie Minogue monta um touro mecânico de veludo vermelho vestindo apenas a lingerie da marca. Termina a desafiar a todos os homens na audiência para se levantarem.
O inquérito foi feito através da internet pela agência Digital Cinema Media. Pedia aos utilizadores para escolherem o seu anúncio preferido de uma lista de 10 escolhida por um conjunto de especialistas, revela o "Daily Telegraph". A lista inclui os anúncios à marca de TV Sony Bravia (2005), à Coca-Cola Diet "Pause" e ao Ford Puma - este fazendo uma citação de "Bullitt", o filme de 1968 com Steve McQueen; o anúncio substitui o Mustang de McQueen por um Puma.
"Proof" já tinha sido premiado em 2003: foi considerado o melhor anúncio nas salas britânicas pelos British TV Awards, informa o site da cantora (kylie.com)
Kylie Minogue iniciou a sua carreira como actriz durante os anos 80 e em 1988 lançou o seu primeiro álbum, "Kylie". Editou ao longo dos anos 90 mas o momento mais alto da sua carreira foi o Grammy, em 2004, por melhor álbum de dança, por "Come into my World".
Em 2007, lançou o álbum "X", depois de ter feito uma pausa na carreira para recuperar de um cancro. Em 2008 realizou uma tournée e este ano foi escolhida para apresentar a cerimónia do Brit Awards.

Lab.65. Colectivo Fotográfico em exposição

29 janeiro 2009

É jornalismo (estúpido) !!!



O pior ruído é o do mau jornalismo! Se os ficheiros áudio não forem mp3 mas pelo contrário wma, mp4, ogg... ou outra coisa qualquer o volume já não é problema. O excesso vai ao ponto de se produzir uma infografia sobre isso (só porque as infografias supostamente credibilizam as noticias).

28 janeiro 2009

Das pedras, das palavras e das palavras como pedras que são como pessoas...


"Sou uma pedra, sou uma pedra, dizia-se. E depois, para evitar até falar consigo mesmo: pedra, pedra, pedra. O que sentiria eu se fosse realmente uma pedra? Em primeiro lugar o movimento dos átomos que me compõe, ou seja o estável vibrar das posições que as partes das minhas partes das minhas partes mantêm entre si. Sentiria o zumbir do meu empedrecer. Mas não poderia dizer eu, porque para dizer eu é preciso que haja outros, algo de outro a que possa opor-me. Em princípio a pedra não pode saber que haja outro fora de si. Zumbe, pedra ela mesmo pedrante, e ignora o resto. É um mundo. Um mundo que mundula sozinho."

Humberto Eco, "A Ilha do Dia Antes"

O Amor no X Salón do Libro Infantil e Xuvenil de Pontevedra


O amor é o tema central deste ano no Salón do Libro Infantil e Xuvenil de Pontevedra, no qual Portugal será o país convidado.

Exposições, conferências, actividades concertadas, concertos e literatura, muita literatura enriquecem o programa desta X edição que terá a sua duração do 1 de Fevereiro até 15 de Março.

A escritora Fina Casalderrey será a autora homenageada este ano.

Mais infos no site oficial do evento.

27 janeiro 2009

Poesia in Progress - Poesia Grega


A próxima sessão de poesia terá como tema "A poesia grega" (antiga e moderna), e ocorrerá na próxima 5ª feira, dia 29/1, pelas 21,30, no Café Progresso.

"Não aspires, minha alma, à vida eterna:
Mas vai esgotando o campo do possível" - Píndaro, in Píticas III

26 janeiro 2009

25 janeiro 2009

Guess What ???


Quem adivinhar primeiro o que é esta imagem ganha um prémio !
Respostas nos comentários....
Ainda estão à espera ?

24 janeiro 2009

Hope !


Click here to sign the Open Letter to Obama and download the posters now.

Participem nesta campanha da Jewish Voice for Peace para pressionar a administração do Obama a tomar medidas sérias e concretas no conflito Israel / Palestina. A voz da promessa tem de passar a ser a voz da concretização.

23 janeiro 2009

UM ANO DE LUTA EM DEFESA DO BOLHÃO


(24.1.2008 – 24.1.2009)

Este sábado completa-se precisamente um ano de luta pela reabilitação do nosso Mercado do Bolhão.
Os cidadãos do Porto mobilizaram-se para impedir um dos maiores atentados ao Património humano e arquitectónico da cidade, conseguindo vitórias que muitos julgavam impossíveis.
Ao lado dos comerciantes do Bolhão vencemos a batalha contra a transformação do Mercado de frescos em mais um Centro Comercial, impedindo a sua alienação por uma multinacional holandesa.

ESTE SÁBADO APARECE NO BOLHÃO !

Numa acção de balanço, informação e solidariedade com os comerciantes.
Porque a luta vai continuar, até que o Bolhão seja reabilitado, com respeito pelos comerciantes e pelo património arquitectónico.

http://www.pic-porto.blogspot.com/

Just a rainning day

22 janeiro 2009


A nossa vida não é o que nos anunciaram: os empregos escasseiam e não duram, as qualificações escolares não garantem o acesso a um mercado de trabalho cada vez mais selvagem, os serviços são cada vez menos públicos, o futuro é incerto e o presente cheio de dúvidas.
Esta é a primeira geração condenada a viver pior do que os seus pais, desenquadrada de estruturas representativas dos seus interesses difusos e incertos, cada vez mais desconfiada das burocracias partidárias e nomenclaturas administrativas.
Dos protestos que a geração-precária está a protagonizar na Grécia, interessa-nos discutir as condições sociais que levaram à revolta e as suas formas de organização.

É para isso que nos juntamos na quinta feira, 22 de Janeiro, pelas 21.00 no bar do Teatro A Barraca.


Convidados:

* Carvalho da Silva - Secretário Geral da CGTP
* Rui Tavares - Historiador
* José Soeiro - Sociólogo
* João Romão - Economista e membro do PI

Aparece!

Teatro A Barraca :: Largo de Santos, 2 - Lisboa
Metro – Cais do Sodré (linha verde
CP – Estação de Santos
Carris – 6, 727, 60, 104, E15, E25, E28

21 janeiro 2009

20 janeiro 2009

A valsa do terror por José Goulão *


As mais genuínas representações da tragédia da guerra são proporcionadas por quem nela alguma vez esteve envolvido. Por isso, a Valsa com Bechir composta pelo realizador e ex-soldado israelita Ari Folman é um hino que alarma as nossas consciências perante a diplomacia do canhão eleita como um culto dos nossos dias.
O leitor terá encontrado nestas palavras de introdução uma sequência de contra-sensos que podem deixá-lo intrigado. Valsa não condiz com a guerra, é obra de músico romântico e não de realizador de cinema com passado militar; a diplomacia deve estar associada à arte de pelejar com a palavra; o hino é um género musical que não se dançava nos aristocráticos salões de Viena e que, além disso, é criado para empolgar, não para alarmar.
São contra-sensos aparentes; a guerra, ao invés, é um contra-senso real e Ari Folman, porque rodopiou nos seus turbilhões sangrentos e captou com sensibilidade crua a degeneração dos seres humanos que a cultivam e levam outros a envolver-se, está na situação ideal para a desmitificar.
Valsa com Bechir, porém, não é uma mensagem, um panfleto, uma arma política, um exercício demagógico. É tão-somente uma obra de arte colocada à mercê dos nossos sentimentos, juízos e sentido crítico, das nossas reflexões e elaborações. É um filme de uma honestidade à prova de bala.
Um dia, entre algumas cervejas num bar de Telavive, um antigo companheiro de armas confidenciou a Ari Folman a recorrência dos seus sonhos envolvendo exactamente 26 cães ferozes. Penetramos assim na invasão israelita do Líbano em 1982 e avançamos através dela, a caminho de Beirute, ao mesmo tempo que Folman vai reconstruindo o puzzle do seu envolvimento nessa guerra através de entrevistas com outros antigos militares – sete verdadeiros e dois de ficção. Nenhum deles, incluindo o cineasta, se lembrava desse episódio das suas existências: o guião é o encontro doloroso de cada um com a memória crua da guerra; e os 26 cães do sonho de Boaz, que naquele tempo alertavam os aldeões do Sul do Líbano para a chegada dos militares invasores, foram abatidos um a um pela arma certeira e sem oposição do soldado, transformando-se depois em assombrações para o resto da sua vida.
Ari Folman escolheu a animação para transmitir o ambiente onírico, em registo de pesadelo, em que se desenvolve todo o filme. A reconstrução dos cenários e ambientes de Beirute naquele escaldante Agosto é de um rigor quase compulsivo; as cores sombrias fazem-nos flutuar entre o sonho e a realidade; os retratos das personagens aproximam-se do realismo e da dureza tão reais e brutais como a guerra, explodindo por fim nas imagens verdadeiras que fecham a acção; a banda sonora é preciosa, desde o Enola Gay – «ontem devias ter ficado em casa» – com que os Orchestral Manoeuvres in the Dark nos instalam nos anos oitenta com as imagens revoltantes de Hiroxima, às baladas de fanfarronice desatoladas dos pântanos do Vietname para ritmar agora as andanças cruéis do Exército de Israel.
A Valsa com Bechir conduz-nos através do outro lado da propaganda oficial israelita perante a guerra. Para enquadrar o filme no tempo poderá recordar-se que Bechir, o nome associado ao título e cujo retrato afixado nas paredes de Beirute pontua a cena mais simbólica da acção, é Bechir Gemayel, então presidente eleito do Líbano numa votação em que o quórum parlamentar foi alcançado através de sequestros de deputados cometidos pelas milícias falangistas cristãs do Líbano, aliadas de Israel. Bechir tinha sólidos contactos com as mais altas instâncias israelitas e a sua «eleição» foi festejada com solene jantar pelos serviços secretos de Israel (Mossad) porque pela primeira vez «um dos seus» tinha chegado a tão elevada posição num país árabe. Projectava-se, a curto prazo, uma aliança entre o Líbano e Israel que iria alterar profundamente as relações de forças no Médio Oriente quando Bechir foi morto na sequência de um atentado bombista contra o quartel-general do seu partido. Responsabilizando os palestinianos pela operação, as milícias falangistas, apoiadas e protegidas pelo exército israelita, dedicaram-se então, durante três dias de Setembro, à chacina sistemática da população desprotegida dos campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos subúrbios de Beirute Ocidental. O massacre foi possível porque as forças armadas palestinianas – que tinham defendido Beirute Ocidental dos invasores juntamente com as resistências civis libanesa e palestiniana – já tinham abandonado o Líbano mercê de um acordo internacional alcançado por um negociador norte-americano, Philip Habib, segundo o qual a operação seria fiscalizada por forças internacionais de interposição. Estas saíram do terreno antes do prazo estipulado e logo que o último soldado palestiniano embarcou as tropas de Israel fizeram o que lhes estava vedado pelo acordo: entrar em Beirute Ocidental. É neste contexto que se realiza a chacina dos refugiados palestinianos de Sabra e Chatila. Ari Folman e os seus companheiros de armas estavam entre os soldados israelitas que montaram guarda, testemunharam e até iluminaram, porque nem a noite travou os carniceiros, o assassínio a sangue frio de centenas e centenas de seres humanos indefesos. A Mossad e a Central Intelligence Agency (CIA) sabiam, porém, que o atentado contra Bechir Gemayel fora cometido por sectores ligados aos serviços secretos sírios e não por palestinianos.
O filme A Valsa com Bechir incide sobre acontecimentos de 1982 mas tem uma actualidade gritante. Começou a nascer nos tempos do grande fracasso militar israelita de 2006, também no Líbano, exibe-se em Lisboa e corre mundo enquanto este assiste à tragédia de Gaza. É, afinal, um filme sobre 30 anos de guerra e que, olhado com a atenção que requer, transporta um conjunto de importantes certezas: não há uma solução militar para o conflito entre Israel e os palestinianos; as principais vítimas das operações militares israelitas são sempre os civis – em Gaza ou Jenine, como em Sabra e Chatila –; as instâncias mundiais com poder de decisão têm sido de uma ineficácia absoluta pelos sucessivos ciclos de violência e correspondentes tragédias humanitárias; e a geração israelita seguinte à de Ari Folman e seus companheiros de armas será igualmente afectada pelo stress pós-traumático e outros graves distúrbios de guerra.

* Jornalista
Via Le Monde Diplomatique Portugal

Bye Bye Mr. Bush


19 janeiro 2009

Até já...


O músico e compositor João Aguardela, do grupo “A Naifa”, faleceu domingo aos 39 anos de idade vítima de cancro, no Hospital da Luz, em Lisboa.
João Aguardela integrou no passado colectivos como “Sitiados”, “Linha da Frente” ou “Megafone”. O músico havia editado com “A Naifa” o álbum "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" no ano passado.
Os “Sitiados”, a primeira banda de João Aguardela, editaram em 1992 o seu álbum de estreia, sendo de 1999 a edição do seu último registo.
Posteriormente, o músico fundou os “Megafone”, que editaram quatro discos, o projecto “Linha da Frente”, que musicou textos de Ary dos Santos, Manuel Alegre e Alexandre ONeill, entre outros.
Em 2004, fundou “A Naifa” com Luís Varatojo, Maria Antónia Mendes e Paulo Martins. O grupo gravou temas com letras de escritores como José Luís Peixoto, Adília Lopes ou Pedro Sena-Lino.
João Aguardela foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores.

No plano politico foi camarada em muitas lutas, servem de exemplo o movimento "Tropa Não", algumas campanhas do PSR e as campanhas dos referendos sobre IVG. Uma voz atenta e participante.

18 janeiro 2009

Bye Bye Bush Party no Porto


Segunda, 19, pelas 18 horas, em frente à Câmara do Porto, na Av. dos Aliados
Parece um sonho, mas acabou o pesadelo! Vem festejar a reforma do W. Bush.
Reencaminha esta mensagem para os teus contactos e vem juntar-te a um evento á escala mundial.
Aparece e traz um amigo também...

17 janeiro 2009

Circus Cardiali Policarpi presents :


What about Gay Marriage, excelente sátira sobre os porquês feito à boa maneira americana da propagando do inicio do século XX.

16 janeiro 2009

15 janeiro 2009

200 Anos depois e a força das ideias resiste !


Comemoram-se hoje os 200 anos do nascimento de um homem revolucionário e ímpar, que pautou a sua vida por um objectivo altamente digno e meritório: tornar a humanidade mais justa e solidária.

Pierre-Joseph Proudhon, considerado o pai do anarquismo, ou pelo menos o primeiro a assumir-se literalmente como um anarquista convicto, nasceu a 15 de Janeiro de 1809, em Bensançon, França e morreu em 19 de Janeiro de 1865, em Paris. Filho de uma família muito pobre, foi pastor enquanto criança, tendo posteriormente trabalhado numa tipografia onde entrou em contacto com liberais e socialistas utópicos, correntes que marcavam a política da sua época. Foi ao tempo que conheceu Charles Fourrier que viria a influenciar decisivamente as suas ideias.
Em 1838, já depois de ter saído da faculdade, publicaria aquela que é considerada a sua obra mais emblemática: “O que é a propriedade?”. Nela Proudhon critica a propriedade privada, argumentando que a exploração da força de trabalho de um semelhante era um roubo e que cada pessoa deveria gerir os meios de produção de que se utilizasse.
Em 1842 lançou algumas teses em Avertissement aux propriétaires (Advertência aos proprietários) e foi processado. No entanto acabou por ser absolvido, pois os juízes declararam-se incompetentes para julgá-lo. Depois disso foi para Lyon, onde se empregou no comércio. Nesse período entrou em contato com uma sociedade secreta que defendia uma doutrina segundo a qual uma associação de trabalhadores da nascente indústria deveria administrar os meios de produção. Com isso esperavam transformar as estruturas sociais, não pela atracção económica mas pela revolução violenta.
Em Paris, Proudhon conheceu Karl Marx e outros revolucionários, como Mikhail Bakunin.
Em 1846 escreveu Système des contradictions économiques, ou philosophie de la misère (Sistemas de contradições económicas ou filosofia da miséria), onde criticou o autoritarismo comunista e defendeu um estado descentralizado. Marx, que admirava Proudhon, leu a obra, não gostou, e respondeu a Proudhon em 1847 com Misère de la philosophie (Miséria da filosofia), decretando o rompimento de relações entre ambos.
Proudhon participou na Revolução de 1848 em Paris. Entre 1849 e 1852 ficou preso por causa das suas críticas a Napoleão III. Em 1851 escreveu Idée générale de la révolution au XIX siècle (”Ideia geral de revolução no século XIX”), que colocava a visão de uma sociedade federalista de âmbito mundial, sem um governo central, mas baseada em comunas autogeridas.
Depois de publicar, em 1858, De la justice dans la révolution et dans l’église (”A justiça na revolução e na igreja”), obra totalmente anticlerical, passou a viver sob vigilância da polícia, o que o levou a exilar-se em Bruxelas. Em 1864 voltou a Paris e publicou Du Principe fédératif (”Do princípio federativo”), uma síntese das suas concepções políticas.
As ideias de Proudhon espalharam-se por toda a Europa, influenciando organizações de trabalhadores e os mais fortes movimentos sindicais que se manifestaram na Rússia, Itália, Espanha e França.

"O anarquista imagina uma sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por autoridades auto-impostas ou eleitas, mas por mútua concordância de todos os seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais - não mobilizados por leis, pela rotina ou por superstições - mas em contínuo desenvolvimento, sofrendo reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos inventos e pela evolução ininterrupta de ideias cada vez mais elevados. Não haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro homem." Proudhon