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sexta-feira, 25 de junho de 2010

* Pulsante veia poética *

arte : Curiosity
by : Mel Gama

não posso calar minha voz
minha veia poética
meus pássaros livres e meus nós
tudo em mim é poesia
ou quase
rima pulsante
óleo fresco sobre a cabeça pensante

preciso da poesia para bradar
o que eu aprendi a calar
o que o inconsciente insiste em não arejar
reivindico a poesia para vociferar
o que não me foi permitido falar

para silenciar ou reformular
o que foi dito sem pensar
e dar outro contorno
ao que feriu por dentro
tornou o cálido amor
um sentimento morno
calejou a alma e os ossos
mutilou sonhos meus
planos nossos

preciso da poesia
para não adoecer
faço dela meu canto
até morrer

Úrsula Avner

sábado, 24 de outubro de 2009

Hoje não quero o gerúndio *

No lugar do silêncio

em mim

som estrepitoso

escapa aos tímpanos

expõe instintos


Não chamei de meu

o que era sonho

porque sonho

não tem pertencimento

é ave noctívaga

sem ninho seguro

pouso instável

incerto futuro


Teço em versos

aquilo que já não é

ou ainda será

Que emoção há

em versejar o presente ?

É como observar

gotículas que evaporam

em água fervente


Teço em versos

o que borbulhou

na mente

o que ficou

silenciado

no inconsciente

o que será lembrado

em gesto silente


Úrsula Avner


* poema com registro de autoria

* imagem do Google- sem informação de autoria

terça-feira, 5 de maio de 2009

* Inconsciente *



Perceber minhas neuroses não me torna
mais propensa a mudanças, apenas ,
mais consciente, menos densa, menos envergada .
Posso andar ereta enquanto deposito minhas
mazelas nos becos do inconsciente.

Úrsula Avner

* imagem retirada do Google