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domingo, outubro 26, 2008

Fazer o "trabalhinho" II



Leio aqui que o BE apresentou na Assembleia Municipal de Lisboa uma moção equivalente à proposta que havia apresentado na Assembleia da República, sobre o casamento de cidadãos com o mesmo sexo. A proposta foi aprovada por PS, PCP, PEV, BE e de quatro deputados do PSD.
Pensar-se-ia que estamos perante mais uma frente crítica às directrizes de Sócrates, mas olhando-se para a bancada socialista encontramos deputados socialistas que, da noite para o dia, alteraram o seu sentido de voto - Miguel Coelho e Maria de Belém Roseira.
Ou as várias acumulações e trabalhos partidários a que estes deputados estão sujeitos, os fez não entender o que se votava, ou vêm a sua função de deputados (nacionais ou municipais), no mínimo, com alguma leviandade.

Presidentes de juntas sem salários

Orçamento de Estado não tem inscritas verbas para pagar os vencimentos de 330 autarcas de freguesia.

sábado, outubro 25, 2008

Movimentações Eleitorais

Paulo Pedroso publica um texto sobre o comportamento eleitoral dos portugueses e as suas mais recentes tendências.
Esquecendo os nomes dos "grupos", esquerda comunista e radical é (no mínimo) pouco rigoroso, parece-me que a questão fundamental destes gráficos são as fronteiras. Se é verdade que um PS, quando em oposição pode ser visto como Centro-Esquerda, quando está no Governo isso já não acontece - veja-se por exemplo as posições deste partido sobre o Código do Trabalho. Assim sendo, o gráfico terá de ser mais dinâmico e muito ténue no que concerne às fronteiras entre o único grupo, de acordo com Pedroso, que apenas tem um partido e os que estão, teoricamente, à sua direita.

Cantiga do Bandido

«O PS está aberto a uma coligação de Esquerda. É bom não esquecer que já a tentou na eleição intercalar e tem tentado desde aí», afirmou ao SOL o vice-presidente da autarquia, Marcos Perestrello, acrescentando que esta posição é independente do nome que os sociais-democratas apresentarem: «O PSD ainda não disse qual é o seu candidato».
Se falhar a coligação, a estratégia de Costa será a de se apresentar com vários nomes da Esquerda, como Helena Roseta (se desistir de concorrer pelo Movimento Cidadãos por Lisboa) e Sá Fernandes. E tentar até alargar à direita a sua equipa.
No Bloco, porém, não é ainda clara a estratégia que será seguida. Com uma Convenção marcada para Janeiro, os bloquistas são cautelosos a falar do futuro. Isto, apesar de ser cada vez mais evidente a aproximação do vereador José Sá Fernandes a Costa. E cada vez mais patente o desconforto do Bloco com essa aproximação.


Estas declarações são um clássico da política autárquica e da política sem princípios.
Durante os últimos dois anos de PS+BE e quatro anos de PSD+Carmona+CDS, não houve nenhuma força política que tanto se tivesse demarcado das opções de fundo do governo de Lisboa, como a CDU.
Desde a continuada cedência de espaços públicos para eventos comerciais e publicitários, à recorrente cedência a privados do planeamento das áreas mais rentáveis da cidade, à falta de transparência e "amiguismo" nos actos relacionados com a gestão urbana, à inexistente política de manutenção e recuperação das vias e ruas da cidade, à falta de apoio às colectividades locais, à tradicional preocupação em distribuir gestores e administradores de cartão partidário pelas empresas geridas pela CML ...

terça-feira, outubro 21, 2008

Fazer o "trabalhinho"

TAKE 1
Na eminência da perda de deputados, na eminência do deputado-do-fim-da-lista-que-foi para-a-AR-porque-os-que-estavam-à-frente-foram-para-o-governo não entrar, Jaime Gama adverte que é preciso fazer o "trabalhinho" porque pode não haver para todos:
"Jaime Gama avisa deputados do PS que se quiserem ser reeleitos têm de fazer o trabalho de casa"

TAKE 2
Os deputados do PS intranquilizam-se:
"Deputados do PS incomodados com discurso "paternalista" de Jaime Gama"

sábado, outubro 11, 2008

I. A “crise” na sociedade capitalista

Em tempos de incerteza, não me parece muito arriscado diagnosticar que quem, à esquerda, tem vindo a referir que os tempos que vivemos anunciam o fim do capitalismo, está enganado. A história ou a leitura de Marx, tornam clara a relação genética e cíclica dos momentos de crise com o desenvolver da sociedade capitalista.
Aliás, essa é um pouco a história do Séc. XX. Violentos momentos de crise e guerra em paralelo com ofensivas contra os direitos dos cidadãos.

II. É o capitalismo que vos fala

Temos antena aberta para todos os responsáveis.
Bush fala num “eles” que causaram a crise, McCain nos de “Wall Street”, Sócrates culpa os que defendiam “mais mercado”, Berardo critica as vinte “companies” que detêm 27% da riqueza no Mundo e Salgueiro culpa a imprudência dos portugueses.
Rapidamente o mais fervoroso adepto da economia de mercado de ontem, lança chavões esquerdistas, contra os “outros”. Na crise perde-se pudor e a última honestidade, culpando-se “o outro” abstracto.
Mas quando alguém diz, que estes “outros” sois vós, imediatamente se transfigura o discurso para o da inevitabilidade da sociedade capitalista.

III. Os Media e o capitalismo


Na próxima semana anuncia-se para a RTP1 do serviço público, um debate denominado “Prós e Contras”, para o qual estão convidados os presidentes dos quatro maiores bancos nacionais.
Na situação actual, o capitalismo ganha cegueira e silencia outras vozes, para a defesa do seu estado em todos os horários nobres.
A dúvida e a falta de confiança que temos em quem nos governa (nos bancos, nas empresas, e nos governos), sedimenta-se na rua mas é expulsa do debate. Por razões de força maior, o pluralismo segue dentro de momentos.

IV. Em quem confiar?

Sabemos que no contexto actual a informação é cada vez mais filtrada e oculta. Quem conhece alguém que trabalhe numa agência bancária ou quem tenha passado por um banco na última semana, sabe que existe um processo de levantamento de dinheiro compulsivo, que os telejornais ocultam. Para quê ter uma conta à ordem, sem juros, e com a instabilidade do dinheiro desaparecer?
Na hora de zelar pelas suas poupanças, os portugueses sabem, que Cavaco, Sócrates, Teixeira dos Santos ou Constâncio, têm outras agendas e que nunca demonstraram especial carinho pela palavra dada.
Alguém tem dúvidas que, Cavaco ou Sócrates não estão a fazer tudo para aguentar o BPN, dos amigos Dias Loureiro e Cadilhe, às nossas custas – ver a notícia do DN de hoje.

V. Quem ganha e perde com a crise?


A notícia que alguns quadros de topo da AIG, após a injecção de capital por parte do estado, foram passar uma semana a um “resort” turístico (leia-se a propósito o comunicado da empresa que não o desmente), ou os prémios e regalias com que os administradores de grandes empresas continuam a viver, ajuda a desenhar o retrato de uma crise que apenas atinge as classes médias e baixas do mundo inteiro.
Apesar de uma ou outra voz do regime anunciar “investigações” ou “multas”, não é difícil adivinhar que ninguém se aproximará de uma cela.

VI. A “crise” e o seu carácter revolucionário

Ainda que pense que estas “crises” são de carácter endémico, cíclico e necessárias à sobrevivência do capitalismo, também acredito que são estes os momentos em que mais se fragiliza.
Sinais como a manifestação de ontem em Londres “Make the fat cat pay” ou o processo de depósitos massivos no banco Inglês que no dia anterior tinha sido nacionalizado (o que levou o governo a bloquear os depósitos), revelam a necessidade de uma maior intervenção do Estado, pondo em causa as bases do neoliberalismo.
Aliás, parece que os defensores do mercado livre ou da diminuição do peso do Estado, embora continuem a discursar se afastam conjunturalmente do anteriormente defendido.

VII. A táctica de Sócrates

Sócrates não inova. O primeiro discurso é contra “os que defendiam menos Estado”, esquecendo por momentos a Esquerda Moderna que extingue hospitais e maternidades, que obriga as universidades públicas a dependerem de receitas privadas ou que despede e reforma compulsivamente os funcionários do Estado. Declara-se a favor de uma maior regulação e de um papel mais interventivo do Estado, contrariando a amálgama ideológica que consta no Programa do Governo do PS:

O actual estágio de desenvolvimento das Economias Ocidentais colocou, na ordem do dia, a necessidade de coexistência das três tipologias estruturantes da actividade económica: as formas de organização típicas da Economia de Mercado, cuja sua mais acabada expressão são as Empresas obedecendo naturalmente ao primado do lucro; o Estado que, nos seus
vários níveis, procura a geração dos bens públicos; e as Organizações de Cidadãos que buscam juntar critérios de eficiência com os objectivos sociais de produção de determinados bens públicos críticos (saúde, solidariedade social, educação, habitação, etc.), ou seja que traduzem a simbiose entre a economia de mercado e as preocupações sociais.
“ pp. 66

Desta forma o primeiro ministro procura ocultar o seu passado recente e coloca-se de fora.
Contudo, em paralelo e num esforço olímpico do triplo salto, ensaia o discurso que em Portugal não será assim tão mau porque “nós” (agora sim, “eles”) prepararam o país.
Nada que Salazar não tenha feito.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

O mundo anda preocupado com a "crise". Durante o fim de semana tenciono escrever um pouco sobre isso.
Contudo, hoje mesmo, o PS prepara-se para baixar a democracia ao grau zero. Os seus deputados demonstrando um "elevado" valor cívico e moral aceitarão, depois do reconhecimento do Kosovo, mais um ditame do Pai Sócrates ao votarem contra as propostas de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Se a questão fosse posta num dos partidos de esquerda, facilmente os jornais lhe chamariam um comportamento estalinista. Como é com o PS referem que é o respeito pela decisão maioritária.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Quando te sentires apertado, culpa quem está à volta...



"O presidente da Associação Portuguesa de Bancos justificou, esta quarta-feira, as constantes subidas da Euribor com a falta de confiança no mercado interbancário. À TSF, João Salgueiro culpou ainda os portugueses pelo excesso de endividamento."

Na opinião do homem os portugueses são estúpidos. Só é pena é que tenha sempre vivido à custa do dinheiro dos portugueses. De cabeça perdida, o ex-Ministro e banqueiro do regime, vem agora dizer que a culpa é dos portugueses.
É nos momentos de tensão que caiem as máscaras da "seriedade" e da "inteligência".

domingo, setembro 21, 2008

Tudo bons rapazes

"JS desiste de agendar proposta sobre casamento homossexual na actual legislatura"

A "palavra" dos jotas durou 1 mês. Gente de confiança.

Defendemos isto, até fazermos exactamente o contrário

[Somos por uma] "segurança social pública que garanta o futuro das pensões"
José Sócrates, 20 de Setembro de 2008

Com esta declaração de Sócrates pudemos ter a certeza de duas coisas:
1. Sócrates já pensou sobre a hipótese de privatizar as reformas;
2. Dentro de um ano o PS, em coro, poderá dizer exactamente o contrário.

sábado, agosto 23, 2008

Notícias pouco surpreendentes:

"Valentim admite apoiar Sócrates"
Valentim Loureiro nunca fará campanha pelo PS, mas simpatiza com Sócrates e admite apoiá-lo nas legislativas.
Suspenso do PSD, Valentim Loureiro poderá apoiar José Sócrates nas próximas legislativas. "Ele até já oferece computadores, como eu fiz há muitos anos", diz Valentim.

Ricardo Jorge Pinto
18:00 | Sexta-feira, 22 de Ago de 2008

sábado, agosto 16, 2008

"Sócrates reaproxima-se de Alegre"

Por Helena Pereira com Sónia Trigueirão no Sol
Sócrates reaproximou-se de Manuel Alegre, tendo almoçado com ele por duas vezes. Depois do distanciamento de Alegre em relação à direcção do PS, esta ‘reconciliação’ mostra que Sócrates não quer perder as pontes com a esquerda do partido, tendo certamente em vista as próximas legislativas e presidenciais

José Sócrates e Manuel Alegre foram de férias em clima de grande sintonia. A hipótese de Manuel Alegre voltar a candidatar-se às eleições presidenciais, mas desta vez com o apoio do PS, está a ganhar força. Seria uma nova forma de cooperação estratégica entre socialistas
Os dois almoçaram juntos num restaurante de Lisboa e fizeram as pazes depois do comício do Teatro da Trindade (organizado pelo Bloco de Esquerda no final de Maio e em que Alegre desferiu um duro ataque ao Governo do PS). Na altura, Alegre afirmou que a sua «lealdade é para com os portugueses e para os que votaram no PS e estão na pobreza» e quis mostrar, ao lado do BE, que é possível «quebrar o tabu e o preconceito segundo o qual as esquerdas não se podem unir».

quinta-feira, agosto 07, 2008

Época parva 02

Tribunal confirma condenação a Tavares Moreira

Afinal parece que o sempre respeitável ex-ministro (se a memória não me falha!), banqueiro, e governador do Banco de Portugal andou a dizer umas mentiras inocentes. No Bloco Central é tudo gente séria!

quarta-feira, julho 30, 2008

Deputados deram mais de 1.500 faltas, Carlos Gonçalves (PSD) e Manuel Alegre (PS) no "top"

Lisboa, 30 Jul (Lusa) - Os 230 deputados deram mais de 1.500 faltas nas 109 reuniões plenárias da terceira sessão legislativa, apenas 10 das quais injustificadas, e Carlos Gonçalves (PSD) e Manuel Alegre são os recordistas, com 39.
Numa consulta feita pela Agência Lusa ao registo de presença dos 230 deputados em funções até ao fim da sessão no "site" do Parlamento (www.parlamento.pt), a 18 de Julho, conclui-se que grande parte das faltas do socialista e ex-candidato presidencial Manuel Alegre (27) foram devidas a doença.
O social-democrata Carlos Gonçalves, eleito pelo círculo da emigração, deu duas faltas injustificadas e 37 justificadas, todas elas com o mesmo motivo: trabalho político.
A avaliar pelos dados da Assembleia, nenhum deputado perdeu o mandato - o que acontece a quem tiver mais do que quatro faltas injustificadas, segundo o regimento - embora ainda existam 103 faltas por justificar aos serviços da Assembleia.
Dos 230 deputados, seis tiveram que descontar uma parte do ordenado por terem faltas injustificadas - 1/10 na primeira falta, 1/20 na segunda e restantes.
Um deles foi o ex-líder parlamentar do PSD Luís Marques Guedes, que teve três faltas injustificadas, mais uma do que Maria Antónia Almeida Santos (PS) e do que ex-líder parlamentar Pedro Santana Lopes (PSD). O antigo autarca Luís Pita Ameixa (PS) e os dois ex-secretários de Estado Jorge Costa e Miguel Frasquilho (PSD) têm averbadas uma falta cada um.
Na lista dos mais faltosos, há 16 deputados com mais de 20 faltas justificadas.
Paula Cristina Duarte, do PS, é a terceira na lista, com 38 faltas, 22 das quais por doença, 12 por motivos de "força maior" e três por "motivo considerado relevante".
Mário David, do PSD, deu 30 faltas justificadas com trabalho político e uma estava ainda por justificar, enquanto com 27 faltas ficaram Jorge Pereira e José Freire Antunes (PSD), com este último a justificar todas as ausências por doença.
Alcídia Lopes (PS) e Virgílio Costa (PSD), "recordista" em 2006, tiveram 25 faltas justificadas cada, enquanto Jorge Neto e Sérgio Vieira, também do PSD, faltaram a 23 sessões.
Com 21 faltas cada estão o madeirense Guilherme Silva e Miguel Santos (PSD) e Maria Carrilho (PS). O deputado do PS e ex-presidente da câmara de Lisboa João Soares teve 20 faltas - 15 justificadas e cinco por justificar.
Trabalho político foi o motivo para explicar 959 faltas, seguindo-se 334 por doença. Da lista, 57 faltas foram justificadas por motivos de força maior, 19 por motivo considerado relevante. Oito por paternidade, mais oito por casamento, 14 por luto e uma por maternidade.
O regimento da Assembleia da República estabelece como um dos deveres dos deputados é "participar nas votações", mas o Estatuto dos Deputados considera "motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence".
Um deputado, ainda segundo o regimento, perde o mandato quando dá mais do que quatro faltas injustificadas a reuniões plenárias por cada sessão legislativa (de Setembro a Julho de cada ano).
A divulgação das faltas dos deputados, a par da sua declaração de rendimentos, na página da Internet do Parlamento foi uma das inovações no regimento da Assembleia que entrou em vigor em Setembro de 2007.
IEL/NS