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2007/10/19

É isto a Liberdade (2)



Liberdade sim, mas com juizinho, parcimónia, e na devida conta:

Free Speech Zone

Free speech zones (also known as First Amendment Zones, Free speech cages, and Protest zones) are areas set aside in public places for political activists to exercise their right of free speech in the United States. The First Amendment to the United States Constitution states that "Congress shall make no law... abridging... the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances." The existence of free speech zones is based on U.S. court decisions stipulating that the government may regulate the time, place, and manner—but not content—of expression.

[...]

The most prominent examples are those created by the United States Secret Service for President George W. Bush and other members of his administration. While free speech zones existed in limited forms prior to the Presidency of George W. Bush, it has been during Bush's presidency that their scope has been greatly expanded.

2007/07/25

Virgens Ofendidas


Reacção das famílias Líbias, cujos filhos foram infectados com o HIV no hospital de Benghazi

- As famílias líbias denunciam o perdão presidencial Búlgaro às enfermeiras acusadas
- insurgem-se contra o desprezo do presidente Búlgaro (Gueorgui Parvanov) pelo direito internacional, e o sangue das crianças
- reclamam a detenção das enfermeiras (e do médico) de modo a que estes cumpram o resto das suas penas.
- pedem oficialmente ao governo líbio para que este interpele a Interpol
- defendem um rompimento de relações diplomáticas com a Bulgária
- defendem a expulsão de cidadãos e empresas búlgaras da Líbia


Questões que se colocam:

1) Será que os jornais ocidentais (incluindo online) são proibidos na Líbia? É que o indulto presidencial já era conhecido há várias semanas. Para ser aplicado assim que as cidadãs búlgaras e o médico palestiniano tocassem solo nacional

2) Será que os pais das vítimas, na sua inocência, acreditavam que as enfermeiras iam purgar o resto da pena na prisão, ou estavam mais interessados em receber um milhão de dólares, independentemente do desfecho ?

3) Sendo que as enfermeiras já cumpriram 8 anos de prisão, e que a condenação é de prisão perpétua, o que entendem por "resto"?

4) Qual seria a reacção da Interpol perante tal solicitação de Líbia?

5) Qual a colaboração que o Kadhafi prestou à Interpol durante Investigação do voo da Pan Am 103 que se despenhou em Lockerby, após sabotagem Líbia?

2007/06/27

Sair do armário...

Com grande pena retirei o speakers corner da minha lista de feeds. Substituí por outro Blog de esquerda. O tempo é limitado e tento equilibrar a lista. O "Zero de conduta", no mesmo alinhamento ideológico, é mais interessante. Preferências...

Gosto de acompanhar Blogs de esquerda, mas prefiro seguir os mais coerentes e assumidos. Embora entenda alguns homossexuais que não se assumem por medo de consequências sociais e mesmo económicas, não entendo porque é que Socialistas não se assumem como tal. Só têm a ganhar tanto socialmente como economicamente...

2007/06/23

Como um Pragmata lida com uma Conclusão Indesejada


Estou aqui a responder ao repto do Hugo Garcia, que pediu expressamente que as questões filosóficas fossem remetidas para este espaço (ver caixa adiante). Achei muito útil voltar às afirmações do Hugo, e analisar o universo de hipóteses de uma determinada premissa que ele referiu. E de seguida tecer algumas considerações sobre o modo como o Hugo acha eticamente adequado lidar com as mesmas. O raciocínio do Hugo procede-se em três etapas:

  1. "assumir posições filosóficas não faz parte de um projecto de partido político."
  2. "(...)consigo imaginar alguém a morrer a fome e um "filósofo" a comentar: é necessário para bem da justiça social."
  3. "Deixemos essas questões para o BE e para o small brother."
Passo de seguida a analisar o universo de hipóteses face à referida premissa: "a morte por subnutrição é necessária".

Hipótese 1: a premissa é falsa. Logo a morte por subnutrição de um determinado indivíduo é desnecessária e despropositada. Mas de acordo com a ética do Hugo Garcia, não será necessário demonstrar a falsidade desta premissa. É assim de todo lógico que quando se está envolvido num projecto político, não existe utilidade nenhuma em demonstrar a hipótese errada de uma pessoa empenhada na morte por subnutrição de um ou vários indivíduos. Mais: apesar de se ter ferramentas adequadas para se demonstrar a falsidade dessa premissa, dever-se-á deixar um determinado número de pessoas empenhadas no erro de querer deixar morrer alguns pobres desgraçados por subnutrição. Isto porque a premissa está assente numa argumentação filosófica. E as argumentações filosóficas não devem ser retorquidas dentro do âmbito de um projecto político.

Hipótese 2: a premissa é verdadeira. Logo a morte por subnutrição de um determinado indivíduo é absolutamente necessária, e tal foi analiticamente demonstrado. Bem, então de acordo com a ética do Hugo Garcia, dever-se-á ignorar esta necessidade iminente, e continuar a agir como se não se tivesse tomado conhecimento desse facto. É assim útil e necessário para a sociedade propor aos cidadãos valores que contradizem os factos reais, como se os factos pudessem ser alterados pelo simples desejo, mesmo sabendo que nunca os poderemos alterar. Mas devemos propor às pessoas acções que sabemos ser impossíveis. Tal é o modo eticamente correcto de agir, devido ao postulado da não-resposta a questões filosóficas.

Deixo assim em aberto ao leitor a questão: em qual dos dois cenários será mais útil deixar a premissa por responder?

2007/04/30

Momento de doublespeak do dia

Por isso quando os fascistas reivindicam «justiça social e combate ao capitalismo selvagem e à luta de classes». (...)» o que pretendem é invocar a ideia de que é preciso criar estruturas que esmaguem e/ou disciplinem as classes trabalhadoras e os seus movimentos autónomos.

João Rodrigues, no Ladrão de Bicicletas.