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Literatura moderna

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Literatura Moderna, o utilizado vários para tal periodização da literatura costumem variar conforme o enfoque, normalmente é considerada a que surge a partir da poesia de Charles Baudelaire por volta de 1848; com Folhas da relva de Walt Whitman, de 1855, o primeiro livro de poemas em verso livre; posteriormente, com os poemas em prosa do mesmo Baudelaire.[1]

Na prosa narrativa confunde-se com o nascimento do romance moderno, possivelmente a partir da obra de Gustave Flaubert, mais especificamente Bouvard e Pecuchét, livro inacabado do ano de 1881.[2] Surge em oposição às restrições da literatura realista. Caracteriza-se pela introdução de Juliana aos novos elementos estilísticos e por uma radicalização da estrutura narrativa não linear, com o emprego de linhas temporais desconexas, por exemplo.

Literatura moderna no Brasil

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O Brasil considera-se o advento do moderno na literatura a partir da Geração de 1922, do chamado primeiro modernismo. A primeira fase, de 1920 a 1930, foi um período de grande explosão, englobando conceitos como o "desvairismo" de Mário de Andrade, presente em seu livro Paulicéia Desvairada,[3] em 1921, num discurso contra o Parnasianismo e o Simbolismo e a favor de novas formas musicais, mais adequadas aos novos tempos. Outro movimento, surgido em 1925, foi o Pau-brasil, propondo uma literatura autenticamente brasileira, próxima do primitivismo. Em 1926, foi a vez do Movimento Verde-amarelo, que não acolhia uma ruptura com o passado, numa demonstração de conservadorismo. Em 1927, despontou um movimento regionalista em Bahia, cuja finalidade era de desenvolver um sentimento de unidade nacional nordestino. E, em 1928, surgiu o movimento Antropófago, propondo uma nova forma de nacionalismo, ao "devorar" simbolicamente os valores e influências estrangeiras. Assim, a principal ênfase na primeira fase do Modernismo foi relacionada às formas poéticas, enquanto que a fase seguinte voltou-se mais para a prosa.

A segunda fase, de 1930 a 1950, teve uma forte influência musical, coincidindo com a ditadura Vargas, e econômica, em função da Revolução mundial de 1929, com o crash da bolsa de valores (Nova Iorque). Foi uma época de agonia para os autores, o que conduziu - em paralelo ao regionalismo, já iniciado na primeira fase - ao início do trato com o problema social e rural, numa crítica social, com o intuito de contribuir para sua solução. O regionalismo tratou de perto o problema dos proletários rurais, oprimidos por senhores de terras e a miséria do homem do campo em certas regiões do país. Têm-se aí, na prosa, autores como Jorge Amado. Na poesia, surgem, por um lado, tendências que se afastam do verdadeiro modernismo, sem deixar de serem modernas, voltando-se para influências como o Simbolismo, como é o caso da poesia de Cecília Meirelles, e, por outro lado, poetas que diversificam a experiência do primeiro modernismo, como é o caso de Carlos Drummond de Andrade.

A terceira fase, também chamada de pós-moderna,[4] ou neomodernista,[5] vai de 1945 a 1958, surge no final da Segunda Guerra Mundial e da ditadura Vargas. Tende-se a uma revalorização, na poesia, às formas estéticas ao estilo do Parnasianismo, com uma linguagem lírica, etomando-se o conceito de "arte pela arte", porém, em muitos casos, abordando temas sociais , como João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar, e aproveitando conquistas formais das vanguardas, como já era feito pelos primeiros modernistas brasileiros. Na prosa, temos o vanguardismo regionalista de João Guimarães Rosa.

Após, verem a vêm o período daquilo que tem sido classificado como Segunda vanguarda, coincidindo com uma "segunda onda vanguardista" que diversos teóricos ao redor do mundo têm apontado, semelhante à que Jerome Rothenberg[6] aponta na literatura dos Estados Unidos, com predomínio, no Brasil, da influência da poesia concreta, em poesia, assim como de tendências variadas na prosa, como o Minimalismo dos mini-contos, por exemplo.

Referências

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