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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012, Uma Jornada Inesperada!

Acabo de voltar de uma corrida. Não é o que você está pensando. Foram 15 Km com uma baita ladeira no começo, bom trecho plano e uma subidona ao final. Definitivamente, não é o que você está pensando. Só porque hoje é dia 31 de Dezembro e eu estou em São Paulo não quer dizer que sou obrigado a participar de prova alguma só para poder correr. As ruas são livres, pago meus impostos municipais, então tenho todo direito de calçar o tênis e sair para correr. Enfim, a última escapada do ano aqui na região mesmo! Qualquer semelhança com eventos reais ou fictícios, é mera coincidência. Vamos ao que interessa...

Retrospectiva 2012

O que eu esperava de 2012? Nem eu sei, mas logo no dia 1º. de janeiro eu já comecei a guardar dinheiro em uma conta separada para fazer uma maluquice no segundo semestre. Oras, é o ano que eu completo 4 décadas de existência, antes que o médico fique com graça de providenciar exames mais intrusivos, eu quero fazer alguma coisa diferente! Daqui a pouco eu chego lá (nas provas, não dos exames).

O ano começou bem, treinando (treino?) nas areias das praias cearenses durante as férias e com algumas provas básicas. Logo de cara uma Corrida Vertical, no prédio da Editora Abril em São Paulo, 24 andares para cima. Curiosidade: hoje trabalho próximo ao tal prédio, vejo-o todos os dias indo para o metrô e às vezes eu penso “onde é que eu estava com a cabeça????”

E logo no início do ano encarei um Simulado de Triathlon. A ideia era reproduzir parte do stress que é trocar de modalidade e continuar cobrar alto do seu corpo. Foi ótimo, apesar da multa que levei por ter estacionado em um local proibido (há controvérsias), valeu a pena mas infelizmente não consegui voltar em mais nenhum durante o ano pelo conflito de agenda.


Começam as primeiras corridas do ano pra valer em Março, e mais uma maluquice: uma Travessia na Represa de Guarapiranga. Da água doce para a salgada: em meio às corridas, arranjei tempo para fazer um Aquathlon e uma Travessia de 1.500 metros no mar. Outra coisa que não tinha tentado, por incrível que pareça, era correr uma prova noturna. A incrível Energizer Night Race, apesar de um percurso bobinho, foi muito bem organizada e com visual muito legal devido às lanternas na cabeça dos corredores.

Neste ano eu inventei uma definição para a Maratona de São Paulo: é um teste de paciência, não uma prova. O percurso é chato em sua maior parte e o horário de largada, após 08:30, é um desrespeito aos corredores. Mesmo assim, enfrentei os 25 Km neste evento. E provavelmente no ano que vem eu faça 42 Km de novo, só para treinar, pois minha opinião sobre a prova continuará a mesma.

Julho foi um dos meses inesquecíveis. Primeiro a Maratona do Rio com chuva do início ao fim, meu melhor tempo, com 04:59:08, uma novidade para mim e para meu relógio. Depois veio um evento duplo e gratuito em um final de semana, a Virada Esportiva, onde pude experimentar uma Ultramaratona em pista e mais uma Corrida Vertical, desta vez na Câmara dos Deputados. Sobre ultras... bom, nunca se sabe, talvez eu ache alguma no calendário que me interesse....


Duas provas imperdíveis da Corpore em Agosto: Centro Histórico e Meia Maratona de São Bernardo. E chegou a hora: para evitar muito burburinho e manter minha concentração, não divulguei abertamente que iria participar do Ironman 70.3 em Penha, SC. Ah esquece, eu não consigo resumir aquela prova em poucas linhas, você está convidado a ler ou reler o relato completo. Só posso dizer: insanidade total, mas faria tudo de novo!

Na sequência vieram provas de 10 Km muito boas, como a Troféu Independência, Mexa-se e o Circuito SESI. Também resolvi enfrentar a Maratona de Curitiba, mas devido à problemas com trabalho nas semanas que antecederam a prova, o resultado foi péssimo, digno de revanche da minha parte.


Final do ano com as sempre incríveis Ayrton Senna Racing Day e a Volkswagen Run, e a já tradicional Sargento Gonzaguinha. Neste ponto encerrei meu calendário, até vi uma prova ou outra que aconteceria em locais alternativos, mas achei melhor deixar os tênis de molho por algum tempo, pelo menos no que se refere a provas.

Linha de chegada de mais um ano

O que eu posso então dizer de 2012 no que se refere à prática esportiva? Maravilhoso, difícil imaginar que seria tão bom. Eu não corro atrás de resultados, de vez em quando até me cobro uma performance melhor, mas meu objetivo é concluir dentro do esperado e previsto no regulamento dos eventos. Resumindo, para mim, foi uma jornada concluída com êxito.

Meu único arrependimento: não consegui ler os blogs dos amigos como deveria, muitas vezes as semanas de trabalho foram bem complicadas, e perdi muita coisa legal. Quando as coisas estiverem nos eixos, vou colocar isso em dia.

Mensagem de final de ano

Eu não sei escrever nada bonitinho nesta época. Todo mundo começa com “Que o próximo ano...”, “Que você tenha...”, “Que o mundo...”. “Que”, o quê? Então aí vai:

Corra, nade, pedale, jogue bola, ande de patins... e esteja sempre com bolhas, assaduras, dores pelo corpo mas sem lesões. Se você estiver com tudo isto, certamente estará com saúde e feliz por alcançar suas metas. Veja minha lógica:

Você moído = Você com saúde = Você feliz = O que eu desejo
c.q.d. (como queríamos demonstrar)

Deu vontade de fazer alguma maluquice além das corridas? Tá esperando o quê? Vai lá e faz, você não vai viver para sempre! Lembre-se:

“A mente que se abre a uma ideia nova
jamais volta ao seu tamanho original”

Einstein

Promessas de Ano Novo

Todo mundo fala que vai emagrecer. No caso de corredores, a meta é sempre baixar o tempo ou correr uma prova mais longa, tipo uma Maratona. Bom, emagrecer e baixar o tempo só com muito esforço e maratona eu já corri, então que tal uma promessa diferente:

“Se cruzar a linha de chegada da Maratona de São Paulo com menos de 04:59:00, vou passar pelo tapete dançando Gangnam Style!”


Câmeras à postos, o PSY que se cuide. É melhor eu começar a treinar (e ensaiar).

Tenha um excelente 2013!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Corrida Sargento Gonzaguinha: pra acabar!

Pode até ser uma frase copiada daquelas trilogias cinematográficas (que nunca vem em somente 3 filmes, é claro), mas toda jornada chega ao fim. O ano de 2012 foi uma total caixinha de surpresas no que se refere a corridas e afins, e eu vou deixar para fazer uma “retrospectiva” mais para o final do ano. Por enquanto, vai o relato da última corrida do ano, pelo menos para mim, uma vez que não pretendo participar de nenhuma prova até confirmarem que o mundo realmente não vai acabar no próximo dia 21.

A já tradicional Corrida Sargento Gonzaguinha em sua 46ª. edição aconteceu neste último domingo, como sempre saindo e chegando na Escola de Educação Física da Polícia Militar de São Paulo, Zona Norte da capital. Depois de passar o ano inteiro madrugando, atravessando a cidade para correr em locais distantes, dirigindo e tendo que arranjar e pagar estacionamento, é hora de sair de casa faltando apenas 1 hora para a largada, pegar o Metrô e correr na região aonde mora. E o melhor de tudo, com um clima totalmente favorável, em plena metade do mês de dezembro!

É simples: fez sol, todo mundo sofre, o percurso de 15 Km não tem quase nada de sombra, sem contar o primeiro posto de hidratação, todo ano no Km 4 para desespero dos corredores sedentos. A largada neste ano aconteceu às 07:45, sem chuva, mas com céu nublado e tempo ameno devido ao aguaceiro dos dias anteriores. Ruim para quem foi para a praia, ótimo para nós que vamos correr com tempo agradável.

A prova não mudou em nada o percurso dos últimos anos, percorrendo a Marginal Tietê em seus dois sentidos e deixando o povo que vai de carro para a região da R. 25 de Março “p da vida”
com os corredores, uma vez que as saídas da via local são bloqueadas. Um bom trecho na frente do pavilhão do Anhembi, local que meus tênis de corrida conhecem bem, afinal não tem lugar melhor na Zona Norte do que o entorno do Campo de Marte para treinar. Para completar, passamos perto de uma concentração de torcedores de um certo time que estava jogando no momento.

Por ser uma prova da Polícia Militar, muito policiamento ao longo do percurso, extremamente importante para impor respeito no trânsito, pois muito motorista ainda é pego de surpresa pelo evento todos os anos. A organização é da Yescom, e alguns pontos, como todo ano, precisam ser melhorados: kit “pobre”, tanto pré quanto pós-prova, hidratação inicial muito longe da largada, água sem gelo, falta de banheiros químicos em um percurso longo e dispersão ao final (ah, aquela fila danada de todo ano!).

Não te contaram?

É sempre divertido ver o pessoal novato na prova nos últimos metros antes da chegada, pisando literalmente “em ovos” para não detonar o tênis naquela terra preta da pista de atletismo. Já sabendo disso, fui com um exemplar mais velho, que acaba de se aposentar com a marca de 998 Km rodados, portanto mais do que surrado para enfrentar o lamaçal. Quem foi com o “pisante” novinho, dançou...

Já esperando um desempenho não muito diferente dos últimos, tracei uma meta mais realista: tentar fechar com menos de 01:40:00, o que daria um ritmo próximo dos meus tradicionais 06:30 nos 10 Km. O tempo colaborou, e apesar da sinalização estar muito boa com placas altas, perdi a do Km 14 e desci a bota para tentar chegar perto do planejamento. Isto até lembrou um pouco a Maratona do Rio,
quando eu quase arremessei o relógio na Praia do Flamengo para não ver o tempo. Deu certo, passei a chegada com 01:39:42 e para fechar o ano de corridas no melhor estilo urso Ted (aquele do deputado)... Flash Jump logo depois do tapete!

10% da minha vida está neste blog...

Nesta semana o blog completa 4 anos. Nasceu de uma ideia de compartilhar com os corredores as experiências de corrida e obviamente ninguém lia no começo. Não dava para imaginar que em 4 anos tantas coisas aconteceriam através destas páginas na Internet. São mais de 300 posts, quase 200 seguidores (muitos eu tive a satisfação de conhecer pessoalmente!), muitos cutucões em organizadores de provas, brindes de patrocinadores, e inúmeras coisas relatadas aqui.

“Blog” é um apelido para “Web log” ou “diário na Internet”. Como ter “diário” é coisa de menina ou do Capitão Kirk, eu não escrevo apenas para registrar, gosto de compartilhar os momentos das corridas com os leitores. Resumindo, você que lê as bobagens que eu escrevo é o motivo de toda semana ter alguma novidade aqui. “Muito obrigado” é pouco para dizer, vou pensar em alguma coisa mais apropriada, mas a mensagem está dada.

E acabou!

Pelo menos no que se refere a provas, 2012 acabou. Neste final de semana tem o Treino de Natal organizado pelo Antonio Colucci, se eu não for para correr, vou lá pedalando, só para estar na companhia dos corredores. Provas, só em 2013.

Só que tenho mais alguns posts importantes para publicar neste ano, então não vá embora.

Claro, se o mundo não acabar...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Volkswagen Run 2012: Der Lauf!

Meu conhecimento do idioma alemão é tão bom quanto a minha performance na pista, então se a minha tentativa de fazer alusão ao slogan da montadora (“Das Auto” – “O Carro”) para dizer “A Corrida” estiver errado, por favor me corrija. Ou se não souber alemão, explique como eu consigo terminar este ano sem mais um resultado horrível e jogar todos os tênis fora, partindo para esportes mais moderados, tipo bocha ou pebolim. Na Volkswagen Run deste último final de semana, mais um resultado que não me agradou, ainda tentando voltar ao ritmo enquanto aguento o stress do final de ano.

Eu nem me preocupei em parar o relógio, ou se parei nem olhei, mas parte da boa organização da Latin Sports é enviar um torpedo para o seu celular informando seu tempo de prova. No total dos 10 Km pelas ruas, alamedas e até linha de montagem da fábrica da montadora em São Bernardo do Campo, SP, levei 01:05:08 (e 6 décimos de segundo, aí sim eu me irritei de verdade!). Mas para quem acompanha este blog, sabe que nesta distância é um número até que normal para mim. Por que o desapontamento com o resultado, então? Simples, nesta prova sempre dá para apertar um pouco mais e fazer tempos melhores, tendo inclusive já conseguido fazer abaixo de 1 hora. Só que continuando a novela Comer-Trabalhar-Dormir, mais uma semana às avessas levou a um resultado abaixo (ou acima em termos de tempo) do esperado.

A prova é ótima. Para quem gosta de dizer “eu não pago R$ 80,00 em uma inscrição”, mas paga um pouco menos em provinhas mixurucas, só posso dizer que está perdendo uma oportunidade e tanto. O kit vem em uma excelente sacola com o logo da prova, contendo número de peito em formato de placa de automóvel, cadarço elástico, camiseta Fila e meias de tecido tecnológico da Track & Field. Por
menos que eu goste de badulaques em kits, estes são úteis, além da toalha (de banho) pós-prova e da bela medalha. O estacionamento da fábrica é liberado e bem sinalizado, e se você parar nos mais distantes, ônibus de fretamento te levam até a arena. E ainda tem a possibilidade de ganhar um carro 0 Km, que todo ano é sorteado e que eu como sempre não ganhei. Então, vale ou não o preço? Tem gente que pagou mais que isso e vai receber em breve no kit de um prova apenas uma camisetinha vagabunda e um pacote de café.

Apesar da forte onda de calor em São Paulo nos últimos dias, o sol deu uma trégua e até um chuvisco fraco caiu pouco antes da largada. Infelizmente a umidade do ar continuava alta, e quem transpira muito, como é o meu caso, sofre nestas condições. O percurso é o de todo ano, sobe e desce rampas e mais rampas pela planta da fábrica, sendo o ponto alto (em todos os sentidos) a passagem pela linha de montagem do Gol no Km 7. Depois disso é só descida e dá para
compensar um pouco os tempos, sem estourar os joelhos, é claro. Hidratação farta, marcadores de ritmo, boa sinalização e estrutura geral.

Esta foi a 6ª. edição da prova, e só não participei da 4ª. devido à outra prova no mesmo dia. Percebi que continua bem agitada, mas senti falta de algo pelo percurso: nos outros anos diversas fileiras de carros eram colocadas em alguns pontos, o que dava uma sensação legal de estar dentro “da casa” do fabricante. Acho que o cenário ficou um pouco mais chato neste ano, fica de sugestão voltar à decoração automobilística das outras edições.

Guarde seus pertences... na chapelaria?

Derrapada 1: Pouco antes de entrar no ônibus do fretamento, um corredor perguntou se havia algum lugar para deixar a mochila. A garota que organizava a fila perguntou a outra pessoa se havia “chapelaria” na área do evento, e na indecisão, acabou dizendo ao atleta para deixar os pertences no carro. No próximo kit, onde tiver um tíquete escrito “Guarda-Volumes”, leia-se “Chapelaria”, igual a da balada, ok? O máximo que uma corrida vai ter será uma “Bonélaria”...

Derrapada 2: na hora de retirar a minha bagagem, eu disse várias vezes para garota da Chapelaria, quer dizer, do Guarda-Volumes, que era uma “mochila preta”. Ela pegou todas mochilas de todas as cores existentes na paleta Pantone, menos “preto”. Acho que imaginou que a mochila ia trocar de cor enquanto eu corria. Ou talvez ela só enxergasse em 50 tons de cinza.

Mais pérolas para o folclore das corridas...

O ano e o mundo estão acabando

Lá vem a última do ano, a famigerada Sargento Gonzaguinha, ou se fizer sol, “prova do corredor bem passado ou ao ponto”. Em pleno mês de dezembro, sem sobra em quase todo o percurso de 15 Km largando às 07:45 da manhã, não é fácil. Pelo menos é totalmente plana, de fácil acesso para mim, perto de estação do Metrô e correndo pela Zona Norte da cidade. Depois disso, correr só em 2013, se o mundo não acabar.

Afinal, não tem nada mais no calendário deste ano que mereça minha atenção.

Auf Wiedersehen!

E eu sei tanto assim de alemão para abusar no post? Na verdade, eu usei o “Gugou” e aprendi mais umas palavrinhas. “Gugou é meu buscador, nada me faltará!”, como já dizia o ditado. E se você quiser saber aonde é a Alemanha, sede da Volkswagen, use o “Gugou Êrrf”.

Blog de corrida também é cultura!

P.S.: agradecimentos à corredora Raquel que é fluente em alemão e ajudou a corrigir o título do post. Valeu Raquel!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ayrton Senna Racing Day: com pneus slick

Oito ou oitenta, tudo ou nada. Todo ano é assim na Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day no que se refere ao clima: ou você tem a raríssima sorte de pegar um dia nublado e até com vento (muito rara mesmo) ou o mais provável, calor e sol na cabeça. E sem nenhuma sombra ao longo do seu percurso de 5, 10 ou 21 Km pelo Autódromo de Interlagos em São Paulo. Neste ano, só para variar um pouco, sol e muito calor, estraçalhando corredores e fazendo até a sola do tênis derreter nas curvas e retas que na semana anterior receberam o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

Apesar de não ser uma prova das mais baratas, R$ 95,00 neste ano, é bem organizada pela Latin Sports e leva a chancela do Instituto Ayrton Senna, entidade assistencial séria criada pelo saudoso piloto e que desenvolve diversos projetos nas áreas de educação e esportes. Vale naturalmente pela satisfação de correr com a marca do ídolo na camiseta e boné e aproveitar para lembrar quantas emoções boas ele deixou para o sofrido povo brasileiro, órfão de grandes campeões na F-1 desde o final de sua era. Não é a única prova no autódromo, porém é a mais badalada e concorrida, inclusive com lista de espera nos últimos dias.

As equipes de 2, 4 ou 8 integrantes percorrem o total da distância de uma maratona, 42.195 metros, sendo que cada volta possui a parte correspondente em número de voltas na pista do autódromo. Como o circuito, mesmo com uma “puxadinha” não chega aos 5 Km, o jeito é fazer um vai-e-vem do Km 4 para o 5, um pouco cansativo para quem já estava assando ao sol no restante do trajeto. Este também é um trecho difícil pela inclinação da pista, pois os veículos compensam com a velocidade,
mas não há “turbo” que consiga deslocar o centro de gravidade do corpo humano e deixa-lo paralelo ao solo. Ou seja, você acaba correndo torto, quer queira ou não, em qualquer ritmo. Sem contar, é claro, do sobe e desce natural da pista, coisa que muita gente só entende quando pega as longas subidas dos Km 2 e 3.

A passagem da pulseira entre os membros das equipes ocorre na área dos boxes, onde só um atleta por vez possui acesso. Bem organizada, a troca conta com o pessoal do staff empurrando os mais afoitos para trás de uma determinada linha, de forma a não atrapalhar
os demais que estão correndo. A hidratação é farta de água e com um posto de Gatorade no Km 2,5, uma pena que o copo que eu peguei estava bem quente e não ajudou em nada na sede. A medalha desta prova geralmente é diferenciada, e mais uma vez veio confeccionada em acrílico. O kit pós-prova foi decepcionante, com uma maçã e duas bananas, nada doce ou salgado para repor os nutrientes. Apesar de no geral ter valido a pena, alguns pontos deveriam ser melhor observados pela organização:

- Retirada do kit em um shopping elitista e distante: o patrocinador da prova é um shopping que faz questão em manter sua imagem de centro de compras apenas para os mais “abastados”. Além do mais, fica em uma região de difícil acesso para quem trabalha em outras regiões da cidade, exigindo um deslocamento desnecessário.

- Horário de largada: por ser uma prova de 42 Km e que conta com corredores muitas vezes sem preparo algum (ou despreparados como no meu caso), poderia iniciar as 7 da manhã. É sacrificante correr no sol das 13:00 em pleno mês de dezembro.

- Saída do autódromo: daí não é culpa da organização, mas esta poderia fazer com que o gênio que administra o local usasse um mísero neurônio a mais e liberasse outras saídas para os veículos. Foram quase 45 minutos para conseguir tirar o carro de dentro da área da prova, consequência de um único portão aberto para saída.


Com um corpo cansado, mal dormido e estressado, consegui fechar meus 10,5 Km em 01:15:25, nada bom, mas dado o nível de despreparo, é o que deu para fazer debaixo de 35 graus de temperatura.

Sobre o campeão

Em um país onde algumas personalidades insistem em dizer que não sabiam de nada, Senna sabia tudo sobre direção em alta velocidade e mostrava todo seu talento nas pistas. Sua equipe era formada por todos os brasileiros, que acordavam cedo aos domingos, ou até de madrugada, só para ver o show de direção que ele exibia para o mundo. Não contente, sacava a bandeirinha ao final das peripécias e mostrava para o resto do planeta de onde vinha e homenageava quem estava aqui torcendo por ele.

Neste nosso país, os que pisam em nossas cabeças todos os dias e saem livres pela porta dos fundos, alguns nunca terão um pingo da sua dignidade, do carisma ou da saudade que ele deixou.

E agora, diversão total: Volkwagen Run, correr 10 Km dentro de uma fábrica de automóveis e por dentro da linha de montagem dos veículos!

domingo, 25 de novembro de 2012

Corrida Mexa-se Para Vencer: copiar e colar

Ah como é fácil correr 10K depois de uma Maratona, não é? Vai nessa. Apesar das dores dos dias seguintes já terem passado, uma semana depois do estrago de 42 Km voltei ao asfalto na Corrida e Caminhada Mexa-se Para Vencer 2012, organizada pela Corpore e com patrocínio da Coop, uma cooperativa de consumo com forte presença na região do ABC e em diversas cidades do interior paulista. De um lado, organização impecável das provas da Corpore e do outro um kit recheado de brindes de diversas marcas (e não apenas um pacote de café como alguns insistem em entregar).

Corrida nos percursos de 5K e 10K, além de uma caminhada de 5K largaram do Paço Municipal de Santo André, e eu tive a nítida impressão de terem
“copiado e colado” parte da altimetria do percurso da Maratona de Curitiba. Um sobe e desce danado, em dias mais descansado seria muito legal para uma prova desafiadora, mas a última coisa que as pernas queriam era aquela sensação de subir em marcha reduzida e descer com freio de mão puxado para não estourar os joelhos. Outra coisa que foi “copiada e colada” diz respeito à minha semana: igual as demais, pico de trabalho, pouco sono e nem precisa dizer que aqueles treinos regenerativos ficaram totalmente longe da agenda. Ainda bem que inventaram a piscina e eu pude fazer um pouco de atividade física sem destruir as partes esmigalhadas pela maratona.

O kit pré-prova já estava recheado de produtos das empresas patrocinadoras, alguns em amostras grátis, outros em embalagem normalmente comercializada. Camiseta de poliamida discreta, boné e uma prática garrafinha de água dobrável. A entrega foi rápida, mas
deveria ser feita no próprio local da prova, sendo que tiveram o bom senso de disponibilizar a retirada no dia da corrida. No kit pós-prova, mais alguns brindes e uma bela medalha. Estas duas iniciativas parecem simples, mas fazem toda a diferença: produtos em amostras grátis muitas vezes mudam o hábito de consumo das pessoas, e retirar o kit no própria dia incentiva pessoas de outras cidades a participar.

A largada dos 10K foi pontual, com rápida dispersão e logo de cara saindo do alto de um viaduto e pegando algumas subidas não muito íngremes. A maioria dos caminhantes (não todos, é claro) largou desta vez no momento correto, ou seja, às 08:30 com o pessoal dos 5K, enfrentando parte do nosso percurso e voltando à ampla arena do evento. Como a proposta desta prova é botar as pessoas para fazerem atividades físicas, observei que muita gente nos 10K não aguentou o tranco da corrida e já nos trechos iniciais transformou a corrida em trote e este em
caminhada. Esta distância é ótima, muita gente se empolga com os dois dígitos, mas a altimetria não era das mais amigáveis.

De um modo geral achei o percurso muito bom, separado do trânsito, bem sinalizado e com ótima hidratação. Mesmo com o desconforto nas pernas nos quilômetros iniciais foi possível fechar em 01:05:40, mais o menos o meu ritmo de sempre. Enfim, valeu a “viagem” a Santo André, compensada pela inscrição justa de R$ 30,00. Única observação, no sentido de sugestão: foi indicado um estacionamento minúsculo para os aproximadamente 6.700 inscritos. Existiam outros na região, porém fechados no dia, acredito que não seria muito difícil explicar para os donos a vantagem de abrir na manhã de domingo e faturar um dinheiro certo e honesto.

Resumindo, ótima prova, já “copiei e colei” no calendário do próximo ano.

E a próxima é a Ayrton Senna Racing Day, que já começou com a bobagem de retirar o kit em um shopping distante, fora de mão e completamente elitizado. Ainda aguardo explicações da organização sobre a escolha.

domingo, 11 de novembro de 2012

Circuito Correr e Caminhar: mega treino de subidas!

O site da prova dizia: “Dificuldade dos percursos das corridas: de moderado a difícil, com aclives e declives. Percurso 10k misto asfalto e terrada.” Muita gente não leu. Eu li, mas fazer o que, já estava inscrito, aliás, inscrição gratuita e não tinha nada a perder. Do pouco que eu conhecia o Jardim Botânico de São Paulo, nem imaginava que poderia ter tanta subida e descida como no percurso do Circuito Correr e Caminhar para Viver Bem que aconteceu neste domingo. Treinar subidas é ótimo, especialmente quando você tem pela frente uma prova deste tipo, como é o caso do percurso irregular da Maratona de Curitiba na próxima semana. Como meu tempo de 01:08:25 não foi nenhum exemplar digno de figurar me livros de recordes, serviu para ensinar as pernas que quem manda aqui sou eu, e quando eu digo que é para subir, suba. Tipo, I say ‘jump’, you say ‘how high, sir?’

Horários meio estranhos, mas compreensíveis: caminhada e corrida 5K largavam às 08:00 e a corrida 10K às 09:00. Pelo menos o circuito ficou mais tranquilo, pois a dispersão dos corredores e caminhantes foi muito rápida, apenas um pouco de atraso na largada devido à lenta entrega de chips. A prova inteira aconteceu nas dependências
do Jardim Botânico, por alamedas e trilhas para cima, para baixo, para os lados e em ritmo insano. Tudo bem sinalizado, mas a chuva do dia anterior deixou alguns pontos com bastante lama, cuidado redobrado para os desastrados como eu, que nem podem imaginar uma lesão neste momento. Seguíamos em fila dupla pela mata adentro, parecendo um bando de Hobbits fugindo dos Orcs da Terra Média. Minha semelhança com o Frodo termina aí, eu não tinha intenção nenhuma de queimar o anel ao final da jornada (sem trocadilhos, por favor, este blog é sério).

Árvores cercavam o percurso em todos os pontos, provendo uma sombra deliciosa para correr. Lá pelo Km 5 um fato inédito: um grupo de patos (ou seriam marrecos?) resolveu “migrar” de um lago para outro, atravessando o circuito. Patos folgados,
embicaram na pista e cruzaram em grupo! Mas você não vai quere arranjar briga com um pato, muito menos com um grupinho deles, certo? Consegui até acelerar antes deles passarem, senão ia voar pena (dos patos, é claro). Daí para a frente o percurso se repetia em mais uma volta, ou seja, todas as pirambeiras que ficaram para trás voltaram ainda mais íngremes.

Mas a pior de todas foi a do Km 6, o negócio só terminava na placa de Km 7 e parecia não ter fim. Dentro da trilha pela mata meu MP3 player tocava Chris Rea, “Road To Hell”, e eu só consegui pensar em uma palavra para descrever a música: apropriada! Percebi também que vestir uma camiseta diferente te transforma em um alvo, e como eu estava com a laranja da Maratona do Rio, parece que muitos me “adotaram” como coelho em diversos pontos. E como bom coelho, fugi de muitos deles.

Prova legal, bem organizada, bonita medalha, estacionamento no local. O percurso foi um dos mais incríveis e difíceis que eu já encarei, minhas pernas estão doendo como se tivesse sido uma meia maratona. Mas esta aqui comemora a medalha de número 150, então tinha que ser suada mesmo. E para completar, conheci blogueiros que já eram famosos nos comentários e nas nossas leituras, como sempre gente muito legal: Leonardo do Pisando Por Aí, Rafael Marrone e o Corretor Corredor.


Diabetes

O evento contava com o patrocínio de uma grande empresa do ramo farmacêutico, e o tema foi a conscientização para um dos piores males da vida moderna, o Diabetes. Por falar nisso, seus exames estão em dia? Mesmo correndo e praticando atividade física, não brinque com doenças silenciosas, que só dão o alerta quando é tarde demais. Para esta específica, visite o site Diabetes Nós Cuidamos do patrocinador da prova

Tudo perfeito, se não fosse a Legião da Má Vontade (LMV)

No momento da retirada do kit, percebi que a camiseta tamanho G viraria um “top” para mim, não devido à barriga, mas à minha altura. Pedi para trocar, e o mau humorado que me atendia disse que não poderia mais, pois “estava aberta”. Bom, não lembro da camiseta ter sido entregue lacrada, mas talvez meu DNA tenha contaminado o material. Bom, camiseta entregue e já direcionada para a sacolinha de doações, alguém com certeza vai precisar. Ah, e se você é da organização da prova, eu não gosto de usar palavreado pesado nos posts, então me manda um e-mail e eu te explico o que pode ser feito com as camisetas que sobraram.

E lá vem outra Maratona

Longa estória, se eu sobreviver na próxima semana, quem sabe consiga relatar os fatos. Não estava nos planos e treinar sem planejamento, com pouco tempo, além de trabalhar mais do que deveria, não é uma boa ideia no caso dos 42 Km.

Mas como dizem, missão dada...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Corrida da Longevidade: entre trotes e tiros

Era para ser um dia de triathlon, a penúltima maluquice do ano. Mas, na hora de fazer a inscrição, descobri que a prova havia sido transferida de São Vicente para Bertioga, mudando totalmente a logística de viagem. Apesar do argumento apresentado pelo organizador em contato por e-mail, decidi não participar. Outra opção era o Circuito Athenas, como sempre sensacional, o qual eu havia sido convidado pelo pessoal da Iguana Sports, mas devido ao tal triathlon já estar nos planos, não pude aceitar. O jeito, ao final, foi fazer uma inscrição tardia para a Corrida da Longevidade Etapa São Paulo, que eu já conhecia por ter participado das duas edições anteriores.

Este circuito de corridas já é tradicional em diversas cidades do Brasil e mantém não apenas a qualidade de um ano para outro, como também conquista novos adeptos de corridas e caminhadas. Em São Paulo a prova acontece na região do Ipiranga, palco de muitas corridas do nosso calendário (e daquela estória pra boi dormir, o tal “grito”) com percurso de 6 Km de corrida com altimetria bem dura nas subidas e caminhada de 3 Km. Percebe-se pelo público que muita gente é nova no esporte ou que é o primeiro evento, o que torna a prova bem agradável. Ah, e nós sabemos que este povo vai ser mordido pelo “bichinho da corrida” e no dia seguinte já vai sair procurando novos desafios!

Por esta característica, mais o relevo, buscar tempos melhores não é uma boa opção. O trânsito de gente que insiste em largar na frente e não aguenta o tranco, anda em grupo, e para variar, sai caminhando entre os corredores, acaba com o ritmo de qualquer um. Resumindo, é um ótimo treino: de prova cheia, com diversos perfis de corredores, de relevo e um excelente exemplo de organização. Por ter subsídios da Lei de Incentivo ao Esporte, mais o patrocínio de uma instituição financeira forte, as inscrições no valor de R$ 20,00 terminam rápido. E o melhor, a renda da prova é destinada a projetos de corrida de entidades sérias, uma ótima iniciativa. Camiseta muito bonita e boa, chip descartável, (mais um) squeeze, medalha bem acabada e farta mesa de frutas ao final.

Além destes pontos, gostei de duas coisas sutis, mas que fazem a diferença: no sistema de som, o narrador deu o recado várias vezes para que as pessoas não sujassem a área do Parque da Independência, utilizando as lixeiras. O outro ponto positivo era a presença de um bicicletário de verdade. Quem acompanhou o post da outra corrida sabe do que eu estou falando. Uma pena que desta vez não pude ir de bicicleta, pela distância e outros fatores.

A única coisa que não gostei foi a minha performance, fechando a prova em 38:45 (pequena diferença do tempo oficial do meu relógio, não sei porque). Noite mal dormida ou dores nas pernas no Km 1, apenas não consegui sair no ritmo que queria. Por isto aproveitei para “trotar” quando o trânsito de corredores apertava e forçar o ritmo nos retões da Av. D. Pedro I. Neste ano não entrei na caminhada que acontece logo em seguida como fiz nos anos anteriores, contentei-me apenas com a corrida, já estava de bom tamanho.

Bom, era para ser um triathlon, poderia ter sido uma meia maratona, tive que me contentar com os 6 Km. Neste momento, tudo é treino para a Maratona de Curitiba, daqui a 2 semanas (oops, acho que esqueci de contar, esta sim será a última maluquice do ano...)

P.S.: caros colegas corredores-blogueiros, fico chateado em não ter lido seus blogs nas últimas semanas, mudanças de trabalho limitaram meus acessos à web, mas vou fazer o possível para botar a leitura em dia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Corrida SESI: os 10K que viraram um duathlon

Correr e pedalar tem um nome: duathlon, só que a prova é composta de uma primeira etapa de corrida, ciclismo e corrida novamente. Resolvi inverter os fatores para a Corrida do SESI Etapa São Paulo que aconteceu neste último domingo na região do Pacaembu: como a distância de casa até a largada é de aproximadamente 11 Km, fui de bicicleta, estacionei, corri os 10 Km e voltei de bicicleta mais 11 Km. Tudo bem, nenhum feito heroico, foi só para matar a saudade do Ironman 70.3 (e matar minhas pernas também, diga-se).

Sobre a “estrutura” para guardar a bicicleta, conto mais abaixo, não deixe de ler. Neste ano, a inscrição de R$ 30,00 dava direito a uma ótima camiseta, chip descartável e número de peito. Horário de largada muito bom, 07:30, numa época de clima imprevisível onde o sol pode sair rasgando logo cedo, mesmo com a troca do horário de verão. Largada pontual, percurso muito parecido com outras provas que acontecem na região, pequenos desvios em alguns pontos mas o essencial: correr pela Av. Pacaembu, subir para o Elevado Costa e Silva (Minhocão) e voltar ao estádio.

Primeiro, os elogios (é isto mesmo, “alisa” e depois “bate”, nesta ordem): boa hidratação pelo percurso, caminhantes largando após o bloco de corredores (finalmente!), fácil acesso, filas e mais filas bem rápidas para retirar kit e para o guarda-volumes. Kit pós-prova
composto de 2 lanches salgados (finalmente!) e mais algumas guloseimas, bonita medalha de participação, bem original comparada às que tenho recebido ultimamente. O staff da prova encontrava-se animado pelo caminho e bem atenciosos na largada e chegada.

Reclamação da prova em si tenho apenas uma: a confusão das placas de quilometragem. Acho que queriam fazer uma contagem regressiva, mas não deu muito certo. Ou simplesmente não espalharam direito pelo percurso. Comecei marcando o primeiro quilômetro, desisti de marcar os parciais e só no tapete do Km 5 que consegui avaliar o ritmo. Que aliás, foi bem constante, dos mais ou menos 31 minutos do primeiro trecho para fechar a prova com 01:02:32 (pelo meu relógio).

Mas...

Quando recebi o kit fiquei animado com a possibilidade de ir de bicicleta, uma vez que havia um tíquete dizendo “bicicletário” no número de peito. Este é um percurso que faço às vezes, então já sei quanto tempo demora e como é a altimetria do trajeto. Sem problemas, vai ser um duathlon às avessas, não estou preocupado em chegar lá descansado para fazer tempo na corrida. Saí de madrugada, com tudo escuro graças ao horário de verão, piscando igual a uma árvore de Natal com tanta luz na bicicleta e cheguei ao local por volta de 07:00. Vi que outro atleta chegava de bicicleta e fomos procurar o tal bicicletário. Ao perguntar para uma pessoa do staff, veio a resposta:

- Então, houve um problema...

Problema o raio que o parta, não havia bicicletário algum! Voltei ao guarda-volumes, onde outros atletas de capacete já batiam boca com o pessoal da organização. Fomos informados que ao lado do guarda-volumes não era área de bicicletas e que o bicicletário do Pacaembu é que havia sido disponibilizado para o evento. Fui então até o local, só que algém da organização não sabe que “bicicletário” é uma coisa e “paraciclo” é outra.

Matéria completa no site Ciclocidade explica o que é cada coisa, vou apenas resumir aqui:

- Bicicletário adequado é um local de estacionamento exclusivo de bicicletas, que oferece segurança e conforto ao ciclista.
- Paraciclo é o suporte físico onde a bicicleta é presa, podendo ser instalado como parte do mobiliário urbano ou dentro de uma área delimitada, chamada de bicicletário. (o do estádio é no meio da calçada
)

Ou seja, PARACICLO NÃO TEM SEGURANÇA ALGUMA! Para dizer que não havia segurança, conversei com um guarda que informou ser o vigia contratado para o evento naquele local. Contudo, fui induzido a encontrar um BICICLETÁRIO no local, e não um “U” invertido no chão para amarrar minha bicicleta com correntes! Outros atletas simplesmente deram meia volta e perderam a prova, pois não dispunham de dispositivos para a amarração.

Informação errada, ou induzir o corredor a este tipo de erro, é sinal de desorganização. Ponto negativo para esta prova. Um erro, provavelmente cometido por uma pessoa sem noção alguma de transporte em duas rodas, que sujou o bom trabalho do restante da equipe. Irritado, desmontei uma série de itens removíveis, utilizei duas correntes para amarar quadro e rodas e fui correr, já transtornado pelo fato. Ainda encontrei o colega Ismael do Um Blog para Corredores que também estava na mesma situação que eu, prestes a acorrentar sua magrela ao suporte no chão.

Resumindo, prova boa, mas que teve um stress desnecessário dada a irresponsabilidade de quem criou o tíquete no número de peito ou que cancelou a montagem de um bicicletário adequado. E para total sorte da organização, nada de errado aconteceu com a bicicleta, senão o bicho ia pegar.

sábado, 13 de outubro de 2012

Corrida Santos Dumont: boa, mas já foi melhor

Participar de provas tradicionais, mesmo percurso a cada ano, mesma organização e em alguns casos sempre no mesmo dia do calendário, tem vantagens e desvantagens, tanto para a organização quanto para quem participa. O corredor fica tranquilo por já conhecer o percurso ou já ter informações de outros corredores e logística de acesso. Estratégias de prova podem ser otimizadas, marcas podem ser melhoradas. Para a organização, basta fazer tudo certinho ou melhor do que das últimas edições e todos saem felizes. Porém na edição deste ano da Corrida Santos Dumont, que ocorre sempre no dia 12 de Outubro e é organizada pela JJS Eventos, alguns pontos poderiam ter sido melhor observados para manter o nível da prova.

Um ponto muito positivo que vem sendo adotado pela organizadora é a entrega de kits no próprio dia, o que facilita muito a vida do corredor. Muita empresa de organização de corridas acha interessante colocar a entrega do kit na véspera em locais no mínimo absurdos para os participantes, como shopping centers de difícil acesso e lojas esportivas que só interessam aos patrocinadores. A entrega no próprio dia é no mínimo uma questão de respeito aos atletas e todos conseguem retirar seus kits com calma e sem tumulto. Também merece elogio a área dos guarda-volumes, que estava organizada em baias com a numeração de cada atleta, agilizando entrega e retirada de pertences.

Esta corrida acontece nas redondezas do Aeroporto Campo de Marte e Parque Anhembi em São Paulo, inclusive utilizando boa parte do percurso da etapa brasileira da Fórmula Indy. Resultado, asfalto sempre bem tratado e nivelado na maior parte do trecho. Porém a largada neste ano foi uma verdadeira bagunça, devido ao fato da área militar do aeroporto estar em reforma, gerando um funil logo
após o tapete de saída e com muito barro devido à chuva do dia anterior. Como estava no meio do pelotão geral, passei pelo tapete e dois passos depois estava caminhando. Pelo meu relógio gastei 2 minutos entre a passagem do tapete e o portão, onde era possível iniciar a corrida. Se eu fosse atrás de marcar tempo, planejamento perdido. E de novo, que tal deixar os caminhantes largarem após os corredores? Pronto, falei de novo, até que alguém leia e tome alguma providência.

Daí para a frente é tudo plano, elevações quase imperceptíveis na Av. Brás Leme que não chegam a quebrar o ritmo. Boa hidratação a cada 2 Km com água gelada, apesar do dia com clima fresco, céu nublado e sem chuva que todos puderam desfrutar. Vale dizer que é um percurso sem sombra, se tivesse feito o sol dos últimos dias, seria bem difícil não superaquecer em alguns trechos. Outro ponto que chamou a atenção foi falta de staff em alguns pontos do percurso. A hidratação conta com a ajuda dos militares na distribuição de água, porém isto não deveria diminuir a quantidade de pessoas da organização que cuidam de outros detalhes da prova, como por exemplo algumas placas de quilometragem e cavaletes derrubados
pelo vento. Além de perigosos para os corredores, tiravam a noção de distância em alguns casos.

Naturalmente, a chegada foi no mesmo ponto cheio de barro e buracos, onde novamente precisava-se diminuir a velocidade para não levar um escorregão. Pergunta: qual a dificuldade em deslocar o tapete de passagem uns 50 metros e evitar este transtorno? Estes metros poderiam ser compensados pelo posicionamento de alguns retornos do percurso sem alterar a aferição do trajeto. Também seria possível deslocar lateralmente o pórtico, pois a área de dispersão era bem grande. Enfim perguntas e sugestões para que os erros não se repitam nas próximas edições.

Bonita medalha, camiseta sem muito diferencial das demais e kit pós prova bem simples. Neste último, um pouquinho mais de “recheio” para o corredor seria interessante para compensar os 10 Km.
A prova no geral foi boa, mas como ressaltado na crítica, quem vai atrás de marcas sai frustrado, pois minutos preciosos foram perdidos de bobeira. Dizem que o tal Trem de Alta Velocidade ou Trem Bala vai ter uma estação no Campo de Marte e que a área toda será transformada, inclusive com a desativação da base aérea e do aeroporto. Resumindo, acho que esta prova vai “desaparecer” em alguns anos.

Participarei das próximas? Com certeza, acredito que os erros foram pontuais na etapa deste ano, é uma corrida muito legal e bem próxima de casa.

sábado, 8 de setembro de 2012

Troféu Independência: corrida de um povo heroico!

O formoso céu, risonho e límpido, da manhã do feriado de 7 de Setembro foi um presente para os corredores que participaram do XI Troféu Independência do Brasil no Ipiranga, prova tradicional e muito bem organizada pela JJS Eventos, com percursos de 5 e 10 Km, além da caminhada. Voltando à minha vida “normal” de corredor, já que não tenho pretensão alguma de virar triatleta, nada melhor que a distância predileta de 10 Km para acostumar a largar e chegar no asfalto.

A largada foi pontual às 08:00 da manhã, mas o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da Pátria nesse instante e as temperaturas do dia já estavam previstas a chegar na casa dos 30 graus. O jeito é correr o mais rápido possível, antes que os bonés fritem, mesmo com o trecho inicial de quase 1 Km de subida saindo do Parque da Independência e entrando na Av. Nazaré. Um ponto muito positivo da prova foi a entrega do kit no próprio dia do evento, de forma organizada e rápida. Alguns corredores reclamaram que queriam usar a camiseta do evento na corrida e a que a mesma deveria ter sido entregue antes, mas eu não entendo qual a dificuldade de trocar a vestimenta que vieram à prova pelo verde-louro do evento e guardar a outra na mochila. Tem gente que reclama de tudo.

Depois da longa subida, o corredor à terra desce e aponta em direção ao trecho plano da prova, quase chegando até a Av. do Estado e voltando para o trecho de vai-e-vem da Av. D. Pedro I. Percebi que a placa de Km 6 estava posicionada de maneira incorreta, pois como controlava minhas passadas pelo contador de voltas (lap) do relógio, o trecho anterior marcou 8 min/Km e o próximo 5 min/Km, algo absurdo para quem não corre nem tão lento e nem tão rápido assim. Depois disso voltou ao normal, sem maiores prejuízos.

E aí vem a subida da Av. Nazaré novamente, desafiando o nosso peito a própria morte e que você conseguirá conquistar somente com pernas fortes. Da base até a entrada do parque novamente pela terra mais garrida, o corredor está nos momentos finais, e muita gente ignorou para que servem os joelhos e largou o freio de mão na descida (ok, eu também...). Finalmente, a terra adorada, idolatrada, o tapete de chegada!

Entrega de um kit muito legal bem organizada e eficiente, dispersão muito boa e quem queria esperar os demais corredores podia assistir a chegada sem tumulto. Os pontos de sempre a considerar: faltou algo salgado no kit pós-prova e (de novo, já indiquei isto aqui milhões de vezes) caminhantes precisam largar depois dos corredores e não pelo meio do pelotão. Linda medalha, com as cores da nossa bandeira, adequada ao evento. E ponto positivo para o staff da prova, que se negou na minha frente a entregar o kit e medalha para duas mocinhas “pipocas”. No geral, uma prova muito boa.

Pernas X Cabeça

Na véspera da prova tive um problema profissional (se é que podemos chamar algumas pessoas que trabalham comigo de “profissionais”) e não estava nem um pouco a fim de correr no dia. Inscrição paga, apesar de preço acessível, e pessoas dependendo do meu “GPS interno” para achar o estacionamento na região, acabei indo mesmo assim. Dormi mal, a última coisa que queria era correr, e a sorte foi ter deixado tudo arrumado no dia anterior. Mas a corrida tem este dom de endorfina, e após a 01:05:28, mesmo sem treinar nada nas últimas duas semanas, me senti bem melhor, pelo menos fisicamente. Corre-se com a cabeça também, ainda bem que a minha desligou um pouco durante a prova. Mas segunda-feira está chegando, e estas pessoas vão ver perceber logo cedo algo que não entenderam:

Um filho teu não foge à luta!

(P.S.: se você não entendeu a linguagem mais rebuscada deste post, está na hora de aprender a cantar nosso Hino Nacional... ou vai ficar mexendo a boca igual a jogador de futebol antes de partida da Seleção?)

domingo, 12 de agosto de 2012

Corrida Centro Histórico: valendo ouro

Por algum motivo, e eu talvez até adivinhe qual, as inscrições da Corpore Corrida Centro Histórico esgoatavam-se rapidamente, mas neste ano foi possível inscrever-se no evento bem próximo da data da prova. Meu palpite pela redução na procura é composto por diversos fatores: preços das inscrições, percursos já manjados e diversos eventos em um único dia ou nas próximas semanas. Mesmo assim esta prova continua sendo única no calendário, passando por diversos pontos (supostamente) turísticos do centro de São Paulo, apesar de outras já percorrerem parte do circuito.

Kit simples, a tradicional camiseta preta de manga comprida e o essencial da corrida, apesar de não ter chip descartável, inclusive com retirada no próprio dia. O acesso era muito fácil, apesar de terem sido disponibilizadas algumas vagas próximas à arena, a maioria dos corredores chegou de Metrô, pois toda a estrutura estava montada entre as estações São Bento e Anhangabaú. Próximo do momento da largada era difícil dizer se além dos atletas existiam mais moradores de rua tentando entender o que acontecia ou “pipocas”, corredores sem inscrição, que já se preparava para entrar nas baias de largada.
Apesar de pontual no horário de início, consegui passar pelo pórtico com mais de 8 minutos de prova, de tanta gente no evento (aproximadamente 7.000 pelos dados da Corpore). Esta é uma daquelas provas onde é altamente aconselhável virar o mostrador do relógio no pulso, pois os encontrões e esbarrões são inevitáveis, e não precisa muito para alguém parar o seu cronômetro acidentalmente.

Sem variações no percurso, um verdadeiro “rolê”, na linguagem paulistana, pelo centro da cidade, passando pelo Viaduto do Chá (no início e no fim), Av. Ipiranga, Av. São João, Praça da República, Viaduto Santa Ifigênia, Pátio do Colégio, Praça da Sé e naturalmente as proximidades da Faculdade de Direito, uma vez que um dos patrocinadores era a OAB.
Um sobe e desce danado, geografia difícil e desafiadora para um prova, mas as quebras de ritmo ocorriam mais pela quantidade de pessoas andando pelo percurso do que pelas subidas propriamente ditas. No total, apertando o passo aonde tinha brechas, consegui fechar os 9 Km em 57:04. O clima favorecia, com sol esquentando lentamente a manhã, mas além dos desvios dos outros corredores, o ar em São Paulo está “irrespirável”, pois não chove há alguns dias e a poluição só aumenta.

Como sempre a organização da Corpore foi bem ativa e não há do que reclamar. Kit com lanche ao final e copo de Gatorade, também patrocinador. Eu não corria esta prova há uns 2 anos, especialmente pelo fato de não conseguir inscrição quando chegava próximo da data, mas valeu a pena voltar ao circuito. Geralmente, quando não tenho coisa melhor para fazer, gosto de passear pelo centro da cidade, pois lá encontra-se quase tudo que consumo normalmente, algumas bugigangas e o melhor são os preços, menos abusivos que nos shoppings.

Bom, neste caso, vamos sugerir para o organizador incluir no próximo ano uma passadinha pela R. 25 de Março...

Um filho teu não foge à luta!

Minha humilde (porém muito bonita) medalha de latão é dedicada aos 3 brasileiros “raçudos” que completaram a Maratona Olímpica no dia de hoje lá em Londres:


5º Marílson Gomes dos Santos – 2h11min10
8º Paulo Roberto de Almeida Paula – 2h12min17
13º Franck Caldeira – 2h13min35

Só quem já correu uma maratona sabe o que se passa na cabeça do corredor naqueles 42.195 metros. Imagine então o que passa quando vale medalha olímpica! Não abandonaram, não ficaram por último, chegaram entre os 15 primeiros e devem ter dado até a última gota de suor para estar ali na frente. Isto merece respeito, do Oiapoque ao Chuí. Para quem gosta de criticar resultado olímpico, aí vai o lema da semana:

VAI LÁ E FAZ MELHOR,
NÃO VI VOCÊ NA TELA DA RECORD!

Parabéns aos heróis, sem medalha, mas com toda a admiração que merecem do nosso povo e em especial dos nossos corredores!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Meia de São Bernardo do Campo: só os fortes sobrevivem!

Sabe aqueles dias em que nada dá certo? Bem, não foi este o caso, apenas algumas coisas não saíram como planejado, e isto faz parte de um percurso de 21 Km, especialmente cheio de altos e baixos como o da 10a. Meia Maratona de São Bernardo do Campo deste último domingo. Percurso que eu já conheço e adoro, repleto de subidas, descidas, trecho correndo ao lado dos carros e caminhões na rodovia, e o melhor de tudo, organizada pela Corpore. Preço módico, R$ 50,00, dificilmente você encontra um evento desta distância neste valor.

Como São Bernardo do Campo é município vizinho de São Paulo, porém do outro lado da cidade, o jeito foi sair muito cedo para dar tempo de retirar o kit. Este ponto é essencial para quem não mora na região, eu mesmo não atravessaria esta distância toda na véspera só para retirar camiseta, número e chip (convencional, não descartável) e voltar no dia seguinte para correr. Em uma pesquisa de satisfação da Corpore, enviada por e-mail nesta segunda, destaquei que este item poderia se estender a outras provas, pois é irritante ter que se deslocar só para retirar o básico para corrida. Sem contar quando alguns organizadores mudam o local de entrega...

A concentração ocorreu no Ginásio Municipal, onde tive a oportunidade de encontrar os colegas Alessandro (Correndo Que Me Entendo), Ivana (No Mundo das Lulus) e Claudio Dundes (Cia. Ex-Sedentario) entre outros antes da largada. Outros pontos de excelente organização: estacionamento, guarda-volumes, entrega de kits e principalmente a largada em ondas, separadas por intervalos de 5 minutos a partir de 08:15. Sim, um horário um pouco tarde para uma meia maratona, mas o clima ajudou e até um ventinho frio bateu em alguns pontos, colaborando com a performance. Corredores de 5 Km e caminhantes largavam depois, mas eu continuo defendendo que caminhantes devem largar depois de TODOS os corredores.

O percurso é composto de grandes retas por avenidas e algumas ruas estreitas, onde o pessoal da região sai para prestigiar os atletas. Que bom, pois no caso dos trechos com trânsito interditado, muita cara feia nos aguardava. Acompanhei a colega Ivana até o Km 13, e vou lançar aqui a campanha: vamos elegê-la vereadora, ela conhece todo mundo pelo caminho! Ivana, eu voto em você se liberar mais verba para corridas de rua!

Mas apesar da divertida companhia até este ponto, em um ritmo muito bom de 06:30 por Km, o pneu furou. Não foi tênis não, e sim uma dor chata que vai e vem no meu pé. O problema que atacou de uma hora para outra e eu nem tive tempo de avisá-la que ia diminuir o ritmo, simplesmente cortei a velocidade e trotei por algum tempo, o suficiente para perdê-la de vista. Para ter uma ideia, no dia anterior sai para pedalar, coisa básica, 90 Km e a dor aconteceu com sapatilha também. Lá vou eu para o médico de novo, mas não agora.

No Km 15, já recomposto, acelerei e descobri outro problema: de novo, mais uma vez, novamente... mamilos sangrando! Caramba, eu coloquei Band Aid e esparadrapo antes de sair e o negócio não aguentou o suor. E com o atrito, lá se vai a mesma camiseta toda manchada de sangue. Ao final parecia que eu havia amamentado um vampiro... Estas coisas te desestabilizam mentalmente, mas eu não paro em prova, só se a situação estiver feia. Mais ritmo perdido e mais um pouco de dor no pé mais a frente.

Cruzei o pórtico com 02:25:07 (líquido), meu normal nesta distância, não o melhor nem o pior tempo, apenas o de sempre. E lá vem o terceiro problema: um resfriado que não deu sossego nos dias anteriores virou uma crise de tosse logo após a chegada. Contundido, sangrando, resfriado e massacrado pelo exercício do dia anterior. Mas completei mais uma meia maratona, quero ver quem se mete a besta de dizer que foi pouco!

A medalha não é das mais bonitas contudo a crítica maior é a mesma do ano anterior: igual para todo mundo, não desmerecendo que fez as outras modalidades, mas poderia ter uma indicação de distância.

Agora, utilidade pública: divulgue aos seus amigos que pretendem correr esta prova no próximo ano o fato do estacionamento do ginásio ser gratuito e ter muitas vagas. A foto ao lado, por exemplo, é oficial do trânsito do local, ou seja, só não chega quem não quer. Vi gente deixando carro na rua e sendo extorquido por flanelinhas e estacionamentos clandestinos que chegavam ao absurdo de cobrar R$ 30,00 por veículo. Informação é a melhor forma de deixar esta gente sem “emprego” nestes dias.

Mais uma missão cumprida, minha distância predileta mais uma vez completada!