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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Assim foi 2014...

Mais um final de ano e você fica olhando para os tênis de corrida e pensando “caramba, quantos Kms percorridos!”. Para não ficar te amolando com as minhas memórias, que nem sempre são assim tão interessantes, aí vai um modelo de reflexão do ano que passou, caso você ainda esteja pensando no seu.

É Kilo ou Quilo?

Vamos começar com um pouco de evolução. Claro que eu não chego nem perto de alguns que passam por aqui em termos de velocidade, mas neste último ano foram várias ocasiões aonde as distâncias ficaram levemente mais rápidas para mim, o que digamos, é um incentivo e tanto. Mas eu vou explicar o que “impulsionou” este organismo um pouco mais
rápido nos últimos tempos: deixei alguns quilos em 2013, ou se preferir, emagreci bastante no primeiro semestre do ano. É claro que um treino mais elaborado aqui e ali ajuda, mas carregar menos peso é essencial neste nosso esporte. Daí vem a consequência, relógio triste tendo que mostrar marcas mais rápidas. Não interessa como se escreve, o que importa é que os quilos perdidos não sejam encontrados de novo. (aliás, o recorde da foto já caiu também)

Meias

Não, eu não me referi aos pares que vão entre o seu pé e o tênis. Mas sim às meias maratonas, aquela distância não tão rápida quanto os 10 Km e nem tão desgastante quanto os 42 Km da maratona.
Correr 21 Km é o maior barato, é um exercício de velocidade e logística do seu organismo, e este ano no meu calendário foram 6, só não foram mais por falta de tempo e calendários apertados no segundo semestre. E já estou inscrito na primeira prova de 2015, adivinhe em que distância.

Inteira e mais um pouco

Como se não bastasse participar da Maratona de São Paulo, clima desértico e com problemas de abastecimento de água no percurso, ainda resolvi emendar uma ultra em pista pouco tempo depois. Haja tênis!

Poucas corridas, pelo menos no meu calendário

Não é por falta de opção, mas sim por falta de vergonha na cara de alguns organizadores. Veja bem, eu sei que algumas provas de 5 Km trazem kits recheados, alguns
mimos e até estrutura diferenciada como estacionamentos ou outros serviços. Mas muita corrida no calendário deste ano não apresentava nada de especial, exceto pelos preços, sempre beirando os 3 dígitos. Correção absurda de inflação, totalmente incompatível com nossos salários.

Aquathlons, Duathlons, Travessias e Triathlons

Já que é para gastar, então fui fazer coisas diferentes, como travessias aquáticas, duathlons e aquathlons. Também participei do Triathlon Internacional de Santos, uma prova séria, onde não é aconselhável se aventurar se não estiver disposto a pisar fundo. Apesar de todas as dificuldades, tudo isso era treino para o que viria no final de maio...

226 Km nadando, pedalando e correndo em um único dia

Sonho, desafio, superação, motivação, insanidade, chame do que você quiser, eu coloquei tudo isso dentro de um liquidificador e bebi até a última gota deste suco. Se preferir, uma imagem mais simples:
quando eu ponho alguma coisa na cabeça, ninguém tira. Não sei se algum dia vou ter oportunidade de participar de outro Meio Ironman ou Ironman, mas as experiências de 2012 e 2014 na competição do triathlon que embala o sono de uns e tira o de outros foram simplesmente incríveis. Chega de falar da minha experiência, não precisa ser um Ironman ou qualquer coisa relacionada ao esporte, mas se em algum momento alguma coisa te desafiar, vá em frente.
Eu recomendo.

Pra acabar, a frase do ano

No dia 31/12, saindo para meu último trotinho nas ruas da região onde deixei muita sola de tênis no ano que passou, cruzo com o porteiro do prédio logo cedo e ele pergunta:

- Tá indo pra maratona?

Pensei “Ué, tem maratona hoje?”. Vi a pequena TV ligada na portaria e somei 2+2.

Gentilmente expliquei para o rapaz a diferença entre corrida, maratona e muvuca.

E 2015?

Nada grandioso planejado. Mas quem sabe em 2016...

Deixa pra lá, você já sabe que eu não falo antes da hora.

Um excelente 2015 para você, muitos Kms de ruas, estradas, terra, mar, piscina, pedal, subidas insanas, descidas apocalípticas, sol de rachar, frio de congelar, chuva de molhar os ossos e que tudo o mais que o esporte ao ar livre possa te trazer de bom cruze o seu caminho!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Corrida do Klabin: desce, sobe e repete...

Das surpresas das corridas, esta prova bateu todos os recordes. Mesmo assim não deixou de ser muito bem organizada, competitiva e é claro, divertida, que é o que toda prova deve ser pra quem não vive do esporte. A Corrida Natalina do Klabin, evento gratuito promovido por algumas entidades da região do bairro Chácara Klabin em conjunto com a Prefeitura de São Paulo aconteceu no último final de semana com a participação de aproximadamente 300 atletas e que contou com um percurso, digamos, diferente.

As inscrições para o evento traziam um pequeno regulamento de praxe, porém sem muitos detalhes de como seria o trajeto da prova, o que digamos, nem todo mundo
presta atenção. Com o kit entregue no próprio dia, o jeito foi esperar para ver o que iria acontecer. Deixei a mochila no guarda-volumes e aproveitei a quase meia hora de antecedência para um pequeno aquecimento descendo a Av. Pref. Fabio Prado e subindo no sentido contrário, uma vez que estava totalmente interditada na região próxima da largada.

Com um pequeno atraso, após o alongamento comandado por um profissional de Educação Física, os corredores largaram ao comando do narrador. Vou explicar: numa região cercada de edifícios de alto padrão e por ser uma região residencial, o jeito foi improvisar a buzina de largada, onde o narrador da prova contou “5...4...3...2...1...Largou!”. Os corredores riram mas partiram no percurso em descida até uma rotatória, onde voltavam no sentido contrário, como eu havia feito no aquecimento. No final do trecho da
avenida, viravam no outro sentido e desciam... Logo percebi como seria o formato do evento: 10 Km divididos em doses homeopáticas de aproximadamente 800 metros segundo o meu GPS, o que dava um total de 12 voltas. Descendo e subindo, descendo e subindo.

Muita gente pode achar que a prova foi chata, mas eu achei bem legal este formato, pois era possível saber com que intensidade se correria cada trecho, apesar da repetição. Não vi ninguém reclamar, mas acho que alguns terminaram “cedo demais”, ou seja, talvez tenham saído antes das 12 voltas. Confesso que se não fosse o GPS, teria perdido a conta também, pois o cérebro desliga depois de um tempo no trajeto.

Terminei com aproximadamente 01:00:00 de prova, ritmo normal e sem grandes pretensões de recorde hoje, como disse antes, já estou vendo a pista de aterrissagem mais à frente, preciso descansar um pouco depois deste ano totalmente
irregular de corridas e outros compromissos. E que barato, até Papai Noel compareceu e correu todas as voltas! Como dá para ver na foto, o bom velhinho está em forma, provavelmente graças à corrida.

Uma linda medalha ao final, pódio para os mais rápidos e a curiosidade de que tudo parecia uma estrutura de corrida em miniatura, mas com a eficiência de um grande evento. Pena a camiseta ser de algodão, apesar de bonita, não serve para correr. Não há do que reclamar, espero que as próximas edições aconteçam, pois pretendo ir.


Ir e voltar, quantas vezes for necessário!

sábado, 13 de dezembro de 2014

A Medalha Inesperada

Quem me conhece diz que eu me inscrevo em tudo, de corridas de saco de batata à maratonas, toda semana eu coloco uma fotinho no Facebook ou um post novo no blog contando alguma peripécia... e é claro, a imagem da medalha que comprova o fato!

Mas na outra semana, mesmo sem ter sido prometida qualquer gratificação, bonificação, prêmio em dinheiro, fama, glória ou veículo 0 Km, resolvi me inscrever em um evento de corrida em esteira da academia Smart Fit, a qual passei a frequentar neste ano. Seriam 20 minutinhos, onde o instrutor iria ao final anotar a “distância” percorrida pelos hamsters, oops, corredores, e venceria quem corresse mais “longe”. Sem pretensões, e por ser um dia de esteira mesmo, troquei os tradicionais 15 minutos
de transport + 30 minutos no equipamento de corrida pelo desafio, apenas pela brincadeira de participar de alguma coisa na academia.

Totalmente sem noção, acelerei para velocidades insanas para o meu preparo, como 12,5 no painel, o que correspondia a uns 04:45 min/Km. Após os 20 minutos programados pelo instrutor, o aparelho exibiu a mensagem de sempre, “Moderar”, sendo que neste caso deveria ter sido “Moderar! Moderar! Moderar, caramba!”. E a conta fechou em 3,76 Km, algo meio impensável para os meus padrões de rua.

Eis que recebo um e-mail na semana seguinte dizendo que fiquei em 20º. lugar na competição (devia ter uns 20 pessoas inscritas mesmo), 3,76 Km, parabéns e que deveria passar na unidade para retirar uma medalha. O Universo é cruel mesmo, esta foi a única semana do ano que por falta de tempo fiquei totalmente afastado da academia, mas teria que passar lá para retirar meu prêmio!

Debaixo de uma chuva de molhar até os ossos, saí do trabalho e fui lá buscar mais uma medalha para a coleção.

E eu resisto?

Medalha! Medalha! Medalha!

(agradecimentos à Smart Fit pelo "presente")

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Meia Maratona SESC de Revezamento, de ponta a ponta

Pra falar a verdade, eu já estava com o trem de pouso baixado e travado neste final de ano. Afinal, foram diversos eventos longos e o corpo merecia um descanso. Por este motivo, escolhi provas de 10 Km ou pouco mais só para não enferrujar. Nesta edição da Meia Maratona SESC de Revezamento, promovida pelo SESC Ipiranga, eu estava inscrito em dupla, ou seja, correria 10,5 Km e outra corredora faria o restante. Mas, dado o clima desértico que vivemos, uma série crise respiratória fez com que o revezamento fosse para o espaço, pois ela não estava em condições de correr no dia. É triste ver um número de peito jogado no lixo, uma medalha que não foi retirada, um kit que sobrou... ah, recolher trem de pouso, manete de potência no máximo, nariz pra cima e arremeter! Resumindo, lá vou eu para mais uma meia maratona, mesmo sem estar treinando para a distância recentemente.

Tem também o custo altíssimo desta prova, R$ 16,00 (dezesseis reais) para os que são inscritos como comerciários no SESC, mais um motivo para não jogar a inscrição fora. Sim, estou sendo irônico. Eu já conhecia esta prova e
sabia que valia a pena, pois em geral as provas do SESC são simples e com organização impecável, então valia o esforço de se deslocar até a região do Ipiranga em São Paulo para correr mais esta edição. Kit retirado na véspera, depois de um trânsito infernal causado pelos paulistanos e turistas compradores que estavam torrando os tubos nas lojas logo cedo, composto por número de peito, camiseta, sacolinha e um bastão, o qual continha os chips de cronometragem nas pontas.

No dia da corrida, o sol já prometia muito calor logo cedo, e aí vem o problema do horário da largada: 08:30 da manhã, bem tarde para esta época do ano. Já manifestei várias vezes aqui a minha predileção por provas com horário bem cedo, afinal, sou da opinião de quem gosta de dormir até mais tarde no dia da corrida não gosta de correr, e sim de fazer social com os coleguinhas apenas. Largada pontual, os portadores do final “1” no número partiram para o primeiro trecho de 5.250 metros, em equipes de 2 ou 4 atletas.
Passado o pórtico, resta saber onde enfiar o bastão, e antes que alguém seja grosseiro e dê uma resposta imprópria, eu utilizei a braçadeira do celular para encaixar o treco. Eu sei, sou mais esperto que a maioria dos ursos, como diria o Zé Colmeia.

Saída em primeira marcha, pois estávamos paralelos à temida Av. Nazaré, que assusta os corredores nas provas que acontecem na região. Logo de cara uma pirambeira e o percurso ao redor do Museu do Ipiranga passa em frente ao SESC Ipiranga e desce em direção à Av. Dom Pedro I e volta para a região do Parque da Independência. E aí repete, mais 3 vezes no meu caso, que iria para os 21 Km. Apesar de totalmente irregular de acordo com o regulamento, não fui lá atrás de grandes marcas ou pódio, fui apenas para me divertir. E ambas inscrições foram pagas, diga-se.

Ar seco, muito calor, mas excelente hidratação pelo caminho, com água e até Gatorade ao final. Terminei em 02:24:53, dentro dos meus padrões. Prova muito bem organizada, o SESC novamente está de parabéns pela realização do circuito, uma pena que não tenha mais todas as etapas como há alguns anos atrás. A única ressalva é quanto ao site de inscrições, muito ruim e que não permitia trocar o meio de pagamento, obrigando a cancelar e fazer nova inscrição, além de não oferecer informações sobre retirada de kit, percurso ou resultados.


Mesmo assim, corrida totalmente recomendada, em quantas voltas você estiver disposto a encarar.

Deixo aqui para você esta imagem do Museu do Ipiranga, com destaque para o semáforo: em alguns pontos simbólicos de São Paulo, os semáforos de pedestres recebem um desenho diferente do tradicional bonequinho. Pouca gente percebe, é um pequeno detalhe bem bacana.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Ayrton Senna Racing Day 2014: faça chuva, faça sol

Da série “provas imperdíveis”, mais uma que dificilmente deve faltar no calendário do corredor: Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day, que chegou à sua 11ª. edição no último dia 16/11 no Autódromo de Interlagos. E lá fui eu mais uma vez, equipe de quatro corredores dispostos a dividir a distância de uma maratona, 42 Km, em doses homeopáticas de 10,5 Km para cada um, em um percurso desafiador no sobe e desce da pista que na semana anterior recebeu as máquinas da Fórmula 1.

Promovida pelo Instituto Ayrton Senna e organizada pela Latin Sports, a já tradicional competição ocorre sempre nesta época do ano, onde o calor será um candidato bem provável, restando apenas o fator sol/chuva, com predominância do primeiro caso. Apesar do tema deste ano ser “O rei da chuva, sempre!”, alusivo ao fato do campeão ser indomável debaixo de qualquer aguaceiro, infelizmente a estiagem que atinge a capital paulistana continuou, e mais uma vez os corredores enfrentaram o sol forte desde cedo. Um pouco de vento gelado colaborou no início, mas ao longo do dia a temperatura aumentou bastante, ainda mais pelo horário de largada que passou a ser 08:00 da manhã, uma hora mais tarde que nas edições anteriores. Este é um ponto que
até mesmo sugeri na pesquisa de satisfação enviada após a prova, a volta ao horário das 07:00, uma vantagem para os grupos de atletas mais lentos, dando oportunidade a todos.

Bem pontual, a largada contou com o personagem Senninha disparando a corneta e liberando a pista para os corredores da primeira etapa, que revezariam em 2, 4 ou 8 na distância. Novamente o acesso às áreas do autódromo reservada às equipes de corrida de carros deu lugar à grupos entusiasmados,
assessorias esportivas e muitos acompanhantes que puderam curtir um pouco da emoção de estar no palco de tantas disputas automotivas. Para completar a festa, Food Trucks, aqueles veículos preparados para vender guloseimas apetitosas estiveram próximos, matando a fome dos presentes. O acesso aos boxes, porém, era exclusivo dos atletas, sendo que cada equipe poderia manter somente 1 corredor por vez na sequência de largada.


Excelente hidratação ao longo do percurso, água e um posto de Gatorade, staff muito bem posicionado e muito espaço para correr. A inscrição não é das mais baratas (total de R$ 135,00 por participante), mas o kit de excelente qualidade com camiseta, boné e squeeze, possibilidade de
correr no autódromo e o fato de reverter o valor para o Instituto Ayrton Senna, já compensa. Infelizmente preciso novamente destacar a bagunça causada pela organização do autódromo, pois somente um dos portões foi aberto para os veículos entrarem e saírem, causando longas filas, muito atraso na entrada e muita demora na saída. Eu já estive no autódromo para assistir campeonatos de velocidade em outras ocasiões, há outros portões que também podem ser utilizados, mas todo ano temos este problema no acesso ao evento. Uma pena, de resto a prova é perfeita.

Nossa equipe mais uma vez concluiu o desafio, apesar das adversidades. A homenagem que criamos para este ano foi a MacLaren MP4, máquina que o campeão pilotou em seus dias de glória e que estampamos com muito carinho em nossas camisetas.


Quanto a este mortal aqui, repeti o gesto de alguns meses atrás, quando terminei o Ironman carregando uma bandeira com a frase estampada junto à foto do piloto: “Quando penso que cheguei ao meu limite, encontro forças para ir além”.

Pois é, Ayrton, cruzamos a linha de chegada juntos, de novo!

domingo, 23 de novembro de 2014

Night Run Júpiter: partiufoguete!

Fazia tempo que eu não ia a uma prova noturna! Mais tempo ainda que eu não enfrentava 5 Km! Tudo bem, na semana anterior, ali pertinho desta prova, eu participava de uma ultramaratona com 10 vezes esta distância, mas corrida é corrida, não importa a quilometragem. Então, se no que conta em uma ultra é a resistência, aqui o que manda é a velocidade. Mais uma edição da Night Run, prova tradicional no calendário, que encerra seu circuito em São Paulo partindo de dentro do sambódromo e usando a pista que já foi da Fórmula Indy na Av. Olavo Fontoura, em ritmo de balada e com muita gente disposta a queimar o asfalto.

O kit foi retirado na loja Decathlon do Morumbi, entrega muito rápida e eficiente, composto na sua edição básica por sacola grande, copo térmico, pulseira led e camiseta de manga comprida, tudo de excelente qualidade. Chegar ao Anhembi em São Paulo é bem fácil para quem mora na Zona Norte como é o meu caso, sendo que optei por deixar o carro um pouco distante, mas como a prova era curta, uma caminhada não faz mal a ninguém e serve como aquecimento.

Largada pontual, 19:30 para os 5 Km, os 10 Km largariam às 20:30 e todos convidados para o agito dos DJs na sequência. Devido ao grande público e ruas um pouco estreitas em alguns pontos, o jeito é usar a sua “manobrabilidade” para conseguir apertar um pouco mais o ritmo sem atropelar ninguém. O pessoal realmente estava a fim de correr, o que deixou a prova mais divertida ainda. Apesar de ter no dia seguinte os 10,5 Km da Ayrton Senna Racing Day, com todo o sobe e desce do autódromo, resolvi soltar as amarras e deixar os tênis livres para voar na pista. E surpresa, um novo recorde nos meus 5 Km, 27:30! Nada digno de pódio, mas sabe como é, nosso relógio é nosso maior adversário.

Após passar pela dispersão, recebi medalha, isotônico, água e frutas, e para quem gosta ainda iria rolar bastante agitação na arena do evento. O frio de uma noite de
novembro (vai entender...) fez com que eu me retirasse sem encontrar os colegas que sabia que estariam lá, mas valeu a pena participar de um prova nestes moldes. Um detalhe interessante foi a possibilidade dos participantes do programa de fidelidade Multiplus trocarem seus pontos pela inscrição, uma ideia muito boa e que seria muito bem vinda para os próximos eventos.

Agradecimentos à Multiplus pela inscrição cedida e ao pessoal da CDN pelo convite, fiquei muito contente por ter participado de um evento grandioso e divertido como esta corrida.

E a bela medalha, com este foguete em relevo, é dedicada aos brilhantes cientistas que na semana anterior pousaram a sonda Philae em um cometa, entrando para a história da exploração espacial humana. Assim como os corredores, eles audaciosamente foram onde ninguém jamais esteve! (lema de Star Trek, bem apropriado para o contexto)



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Circuito Athenas SP III 2014: 21 é o novo 10!

Muita gente, e com certeza você deve passar por isto também, arregala os olhos quando dizemos que corremos 10 Km. Afinal, correr já é uma atividade que nem todo mundo se arrisca por mais de uns poucos metros, o que dizer então de uma distância com 2 dígitos em quilômetros! Mas quando você vai um pouco mais longe e diz que já correu uma meia maratona, 21 Km, muita gente se assusta de verdade. E nesta segunda-feira, com certeza teve muito escritório, loja, sala de aula com alguns exemplares de orgulhosos corredores que completaram a 3ª. e última etapa de São Paulo do Circuito Athenas, nas distâncias de 5, 10 e 21 Km. Mas o que realmente chamou a atenção foi a quantidade de corredores que foram para o desafio da meia maratona, o que demonstra que o brasileiro está tomando cada vez mais gosto pela distância.

A prova não sofreu alterações com relação às edições anteriores desta etapa, com percurso predominante plano, restando somente as danadas subidas da Ponte Estaiada na região sul da cidade. Com tempo agradável, apesar de um pouco abafado, muitos corredores
que há 2 semanas estavam naquele mesmo trecho sofrendo pela falta de água na Maratona de São Paulo, desta vez puderam aproveitar para apertar um pouco mais o passo. A largada muuuuito cedo, 07:00 da manhã, já espanta aqueles corredores preguiçosos que só querem provas da moda com largada tarde. Quem está aqui é ponta firme, dorme depois, o que interessa é correr sem fritar no sol. Como o percurso é vai-e-vem, você encontra diversos colegas corredores, nem vou citar os guerreiros que encontrei pelo caminho para não correr o risco de esquecer nenhum nome.

A largada nas imediações da Ponte Transamérica aconteceu no horário, apesar de muitos corredores ainda estarem dispersos na área das barracas montada no estacionamento do evento. Aliás, uma pequena reclamação: fiz a inscrição com um pouco de antecedência, pagando R$ 79,00, um preço justo pela distância, qualidade do kit e evento, porém cada veículo desembolsava R$ 38,00 (R$ 40,00 no estacionamento ao lado) para ficar estacionado pelo curto período da prova. Será que os organizadores não conseguem um desconto para quem vai participar da corrida? Praticamente metade do valor da inscrição pago para estacionar
o carro. Vale lembrar que há uma estação de trem muito perto, porém pessoas como eu, que moram a quase 30 Km de distância da largada dependem do carro para chegar no horário (no ano passado eu bem que tentei...).

Kit muito bom, camiseta de ótima qualidade, meia com gravação do nome da prova e data, retirada muito fácil e organizada em uma loja de esportes. Excelente hidratação durante todo o percurso, com água a cada 2 Km e Gatorade em 2 pontos do trecho final. Aqui não tem miséria, não faltou nada e todos beberam o quanto quiseram. No final uma situação bem interessante: cada uma das distâncias possui uma fila diferente para pegar a medalha, a qual indicava o quanto o atleta havia corrido. Um espertinho que estava com o número de 10 Km tentou pegar uma medalha de 21 Km, mas foi devidamente “direcionado” para a fila correta. Este não vai chegar no escritório contando vantagem no dia seguinte!


Uma outra coisa que deixou a desejar foi a quase ausência de kit pós-prova, sendo disponibilizada apenas uma bandeja com água, outra com maçãs e uma tenda de Gatorade. Nada de salgado ou doce. Um pequeno ponto a ser melhorado, se serve de crítica construtiva ao evento. Detalhe: por uma falha de comunicação não corria prova com cortesia do organizador, como disse, paguei do bolso, portanto os elogios e críticas são sinceros, aqui eu não vendo minha opinião em troca de presentinhos como fazem alguns.

Novamente a colega Ivana do blog Status: Na Correria teve a paciência de me aguentar pelo percurso todo, e em “modo econômico” fizemos os 21 Km em 02:31:00, afinal duas semanas atrás eu enfrentava os 42 Km e na próxima semana... bom deixa pra lá, depois eu conto, afinal este foi apenas o primeiro evento do NOVEMBRO INSANO!!!

Aguarde!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Corrida Vertical: chama o síndico!

Muita gente não acredita que existe, mas eu posso te garantir: esta é a 4ª. vez que participo de uma Corrida Vertical, ou seja, subir correndo, de preferência desembestado, até um determinado andar de um arranha-céus. Quem não é do mundo das corridas logo pensa “que é isso, coisa de doido!”, mas os demais simplesmente fazem aquela cara de babão e dizem “eu quero! onde encontro isso?”.

Na verdade há um circuito mundial de corridas deste tipo, geralmente nos grandes edifícios do planeta em uma meia dúzia de países. O Brasil está timidamente entrando neste circuito, tanto em número de provas quanto em altura (ou quantidade de escadas, se preferir), mas com algumas boas participações. Você pode saber um pouco mais sobre estes eventos no site Corrida Vertical. Mas vamos ao que interessa.

O mais legal é que tanto esta quanto as outras 3 participações foram gratuitas, e muito bem organizadas com a parceria entre empresas/órgãos que sediam as competições, prefeitura e patrocinadores. As inscrições esgotaram-se rapidamente, como em qualquer evento sem custo da atualidade, e por uma sorte danada eu estava na hora e momento exato fuçando aonde não deveria, ou seja, no Facebook e vi alguns colegas comentando sobre a edição deste ano. Só havia um
problema: no dia seguinte eu correria a Maratona de São Paulo, 42 Km, e teria que na véspera subir 21 andares de escada correndo. Prudentemente ponderei os fatos por uns 4,5 segundos e resolvi fazer a inscrição.

No sábado, 18/10, fui para o prédio da Editora Abril na Av. Marginal Pinheiros em São Paulo e cheguei para retirar o kit. Eu e mais uma fila gigantesca que dava voltas na área reservada à estrutura do evento. Foram uns 45 minutos de espera, mas tudo bem, estava com tempo de sobra. Um guarda-volumes e uma farta mesa de comes e bebes à disposição dos corredores, além de uma área de massagem para o final da prova. Aliás, comes e bebes muito interessantes, acho que me empolguei com a
variedade, sem maiores consequências estomacais. Ainda encontrei diversos colegas, entre eles o Fábio Namiuti e o Corretor Corredor, que estavam animados com o desafio.

Divididos em baterias, os corredores eram liberados de 5 em 5, com instruções bem descontraídas do staff, que indica que deveríamos passar um por vez na entrada da escadaria, já que a porta era estreita. E lá vamos nós de novo, 30 metros da largada até a porta, e cada um no seu ritmo. O mais legal foi ouvir de diversas partes “amanhã tem 42K!”, ou seja, todo mundo num ritmo conservador. Curiosamente cada andar possuía uma placa dizendo “não corra nas escadas”, mas acho que isto só valia para os funcionários que usam o prédio no dia a dia. Aqui não tem ninguém normal.

Após 05:03 cheguei ao 21º. andar, 504 degraus, sendo que não corri necessariamente em todos. Muitas vezes subindo de 2 em 2 degraus, ou mesmo “na boa”, sem preocupação com o tempo final. O que importa é que não parei para respirar em lugar algum do trajeto, um
bom indicador para o desafio do dia seguinte. Muita gente se pergunta o que há de diferente nestas corridas em termos de esforço, sendo que além dos grupos musculares serem um pouco diferentes, também há a questão do espaço confinado, que é muito diferente de correr na rua ou até mesmo esteira. Mas não deixa de ser divertido, e se o síndico do seu prédio deixar você treinar, com certeza vai conseguir fazer uma boa prova.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Meia Maratona de Santo André: treino para os 42K

Teimosia tem limite. Para o resto da população do planeta pode ser, mas no meu caso isto não se aplica. Se eu tivesse um treinador ele teria me matado, ou talvez até “se despedisse” diante da insanidade de correr uma meia maratona uma semana antes de uma completa. Mas, como eu não tenho treinador por falta de tempo, me preocupo apenas se o tempo final está dentro do regulamento e o pior de tudo, não aguento ver uma meia maratona no calendário e não me inscrever, o jeito foi seguir meus instintos e fazer a inscrição para a XIII Meia Maratona de Santo André, que aconteceu no Dia das Crianças (bem apropriado para esta aqui).

Mas não foram só instintos, pois eu já havia pensando em fazer esta prova desde o primeiro semestre. Diz a lenda que foram mais de 3 alterações de datas, eu contei somente 2, e isto empurrou a prova para a véspera da temida Maratona de São Paulo na semana seguinte. Já havia desistido da ideia, mas um colega de empresa que mora na cidade bombardeando meu e-mail, uma série de propagandas e alguns incentivos
extras fizeram com que eu arriscasse a parada. Na verdade o principal incentivo veio da colega Ivana do blog Status: Na Correria, que mandou um recado (os juristas chamam de “intimação”) solicitando a minha presença na prova, apenas para treinar para o desafio da semana seguinte. Combinado que não íamos bater recordes e deixar os quenianos vencerem desta vez, aceitei a proposta.

A retirada de kit aconteceu em uma academia em um shopping da região, que naturalmente patrocinava o evento. Um pouco de fila, mas um belo kit de participação. Vale a pena dizer que a prova, com distâncias de 5, 10 e 21 Km tinha o custo honesto de R$ 70,00, difícil de encontrar nos dias atuais em São Paulo. Uma onda de calor
insuportável resolveu pousar na capital paulista na última semana, e os corredores já estavam agitados trocando mensagens nas redes sociais sobre como seria o caldeirão de domingo. O relógio aí ao lado dá uma ideia: 25 graus de temperatura às 04:54 da manhã.

Pequena viagem até a cidade vizinha no mesmo local onde acontecem outras provas como a Mexa-se e demais corridas locais, o Paço Municipal, uma região muito bonita, com avenidas largas e bastante estrutura. Encontrei a amiga Ivana conforme combinado e confirmei que ninguém ia entrar para o Guiness, pelo menos hoje, íamos manter um ritmo de 06:30 a 06:45 por minuto, só para acrescentar milhagem no programa de fidelidade do tênis, e quem sabe trocar por uma performance melhor na maratona.


Tudo muito bem organizado na área de largada, e a corneta soou no horário, 07:30, um pouco tarde para uma prova nesta distância.
Tomamos as ruas da região, um exército de corredores nas 3 distâncias e para nossa surpresa, um grande percentual nos 21 Km. Sim, dá gosto ver que o pessoal é casca grossa e enfrenta um perrengue desses com sol e tudo! Hidratação sensacional, com muitos postos de água gelada e até Gatorade no Km 14. Antes disso, no 13, esponjas ensopadas de água gelada, que proporcionaram um delicioso “banho de gato” debaixo daquele sol de deserto. Se você tiver a curiosidade de ver a altimetria no gráfico acima, vai entender que não é uma prova das mais fáceis, mas muito boa em termos de percurso.
O trânsito fluía normalmente nas demais faixas de uma das avenidas, e os corredores ocupavam apenas a pista da esquerda, sem nenhum stress com os motoristas.

E como já era de se esperar, após 21 Km de muito blá-blá-blá (não falamos mal de ninguém, ok?) e bastante raios ultravioleta, cruzamos o pórtico com 02:30:00, um pouquinho acima dos 06:45 por minuto mas terminamos super bem, prontos para a encrenca daqui a 7 dias. Missão cumprida, rodagem feita, agora é esperar pela maratona.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ibihorto, um treino diferente

Sabe aquelas coisas que você todo ano fica embaçando para fazer ou participar e de repente dá certo? Aí você pensa “deveria ter feito isto antes”. Pois bem, não vou falar de alguma corrida perdida no calendário, mas de um treino que acontece todo ano e que sempre aparecia alguma coisa, nem que fosse uma desculpa e no final eu não ia: correr de um parque a outro em São Paulo, no caso, do Parque do Ibirapuera na região Central até o Horto Florestal na Zona Norte. Sim, para quem sabe o quanto isto rende, são 20 e poucos Kms de ruas e algumas subidas danadas no finalzinho. Mas valeu a pena.

Este treino de confraternização é chamado Ibihorto e organizado anualmente pelo pessoal da Turma do Horto. Não tem quem corra aqui na Zona Norte e nunca tenha cruzado com algum deles, mesmo fora do Parque Alberto Löfgren (Horto Florestal). Abaixo do
logotipo vem o principal objetivo do animado grupo: Qualidade de Vida, um recurso raro mas que eles administram muito bem. Por ser cadastrado no site da equipe, sempre recebo os e-mails com viagens, passeios e esta doideira de cruzar metade da cidade correndo, numa distância que chega bem próximo da marca da meia maratona. Tudo muito bem organizado, o participante escolhia se queria a inscrição com transporte (R$ 75,00) ou se encontraria diretamente na largada no Ibirapuera (R$ 60,00), com simbólico desconto de R$ 10,00 para as meninas. Camiseta entregue na véspera e de uso obrigatório, uma vez que estaríamos correndo pelas ruas com apoio móvel.

No domingo, próximo de 06:00 da manhã, o grupo já se reunia no Horto Florestal, e daí partia para o Ibirapuera em 2 ônibus escolares, onde uma turma faria o percurso total e outra somente parte. O trajeto foi bem animado, muitas conversas sobre eleições, economia, crise mundial... ah, nada disso, o papo era corrida o tempo todo, para variar. Na famosa Praça do Porquinho (sim, descobri onde fica!) uma sessão de alongamentos, mais um pouco de animação e uma buzina improvisada na garganta de um dos organizadores para dar início à saga. Quase 1 Km dentro do parque
e saímos para a travessia rumo ao Horto.

O grupo dispersou um pouco, cada um no seu ritmo e pequenos outros grupos se formaram com passadas semelhantes. Nosso suporte era composto por carros dos organizadores que nos acompanhavam em alguns trechos, motos e até uma bike, sem contar os diversos membros da equipe espalhados pelo caminho para dar direcionamento e hidratação. Aliás, hidratação melhor que muita corrida por aí.


Na figura acima um pouco do percurso, pelas avenidas Brasil, Sumaré, ponte do Limão, Engenheiro Caetano Álvares e a chegada na região da Serra da Cantareira.

Muita animação dos que já estavam lá, felizes por completar o trajeto. Fui para fazer uma rodagem, e 20 Km foram percorridos em 02:15:00, o ritmo que eu queria para este treino. Bela medalha, mais hidratação, sorteio de alguns brindes e uma excelente mesa de frutas. (na foto a lado, uma Melancia-Sin City...)

Em resumo, foi ótimo conhecer a turma, estão de parabéns pela união, amizade e especialmente pela incrível organização do evento.

Ah, nem precisa dizer, o Ibihorto já está no meu calendário do próximo ano.

Conhece o Horto Florestal?

É um pedacinho da Mata Atlântica na Serra da Cantareira, um parque excelente e bem disputado nos finais de semana. Vale a pena chegar cedo para poder aproveitar as atrações, mais ainda se o objetivo for a corrida. Neste site há um breve resumo do local, vale a pena conferir:

http://www.vidabuena.com.br/passeios-no-parque/249-conheca-o-horto-florestal-de-sao-paulo.html