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sábado, 31 de dezembro de 2016

E 2016 termina (finalmente!) na tradicional Corrida Sargento Gonzaguinha

Apedrejar 2016 está na moda na última semana, então vamos fazê-lo nas corridas também, afinal, nem na nossa diversão predileta as coisas foram fáceis no ano que passou. Antes de fazer uma retrospectiva, vou contar um pouquinho sobre a já conhecida Corrida Sargento Gonzaguinha no último dia 11/12, que tem a chancela da Polícia Militar do Estado de São Paulo e é organizada pela Parreiras Sports, mantendo sua tradição de prova boa para correr, percurso plano, inscrição acessível e kit com somente o que interessa (e nem por isso menos bem preparado).

Kit entregue na véspera no próprio local de largada na área do guarda-volumes, simples, composto somente por uma boa camiseta e número de peito, mas com muita agilidade do staff, membros da
própria PM e alunos da escola. Enquanto isso, uma corrida mirim acontecia na pista de atletismo, com baterias divididas por faixa etária, botando os pequeninos para suar as camisetas. E de quebra, ver de perto equipamentos da Polícia Militar, como o helicóptero Águia e até um veículo de transporte do Batalhão de Choque. Marmanjos também não desgrudavam destas atrações.


Largando da Escola de Educação Física da PM, o percurso não sofreu grandes alterações nos últimos anos, acontecendo nas ruas da Zona Norte da cidade e passando pelas pistas laterais da Marginal Tietê, para desespero dos motoristas que logo cedo buscavam chegar à região central para as compras de final de ano. Gancho para a postagem sobre a Maratona de Curitiba: em nenhum momento eu considero o paulistano melhor que o curitibano ou vice-versa, mas sejamos justos, não vi ninguém estressado no trânsito aqui como estava lá durante a corrida, e olha que o transtorno causado pela lentidão nas marginais é sufocante para qualquer um.


Após um ano muito duro nas corridas, por motivos que nem interessam aqui (e que talvez eu te conte algum dia), larguei bem posicionado e coloquei um pouco de ritmo forte para os meus padrões, é claro, como havia sido nas últimas provas de curta distância. Dos 15 Km do percurso, resolvi testar uma tática que havia lido recentemente em uma matéria referente ao ritmo de provas longas, afinal, estava ali apenas para curtir a última corrida do ano: fui em um ritmo acima do meu normal nos primeiros 10 Km e depois diminui nos últimos 5 Km, propositalmente para simular o desgaste
de um trecho mais longo, e para aproveitar que o dia começava a ficar abafado.

Terminei o percurso com um novo recorde pessoal nesta prova, 01:24:01, e nem esperava por isso, pois como disse, era só para testar a estratégia (do Francês “stratégie”, entende?). O kit pós-prova é sempre recheado com 2 lanches, suco, água e um bolinho doce, nada mal para uma corrida muito bem organizada e que custou abaixo dos valores atuais das inscrições, R$ 70,00. Ainda aproveitei um incentivo dado pela Federação Paulista de Atletismo, que patrocinou 50% do valor para os associados ao programa Sócio Corredor.


E assim termina 2016, não vou fazer “melhores momentos” do ano, apesar de terem existido. Também não vai ter “to be continued...” mas sim “to be finished”, mas esta, como já falei, é outra estória.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Onze anos correndo e só agora eu fui em uma prova Track & Field!

Tem coisas que realmente não tem explicação. E a “explicação” aí do título é uma delas, ou seja, como é que uma pessoa que já está na casa das 230 medalhas de corrida (sim, eu conto) nunca cruzou com uma prova do maior circuito que temos no país, em diversas cidades? E com certeza seria mais um ano sem participar, não fosse pela cortesia cedida pela Federação Paulista de Atletismo através do Programa Sócio Corredor, que lá atrás em um evento de pista (veja aqui) nos presenteou com uma inscrição para duas etapas então disponíveis, Villa Lobos e Center Norte. Por morar mais perto do segundo, não tive dúvida, porém somente após algumas semanas após ter feito a inscrição, percebi que teria outro evento inadiável no mesmo dia, assistir ao vivo a Maratona das Olimpíadas Rio 2016. Como resolver?

Aí vem a diferença de ter uma prova com um excelente organizador, algo que muita gente não liga mas que nestas horas é fundamental. Entrei em contato com a Latin Sports e expliquei meu problema, sugerindo a transferência da minha inscrição para outro corredor. Gentilmente me explicaram que não seria possível por estar no regulamento, mas que poderiam cancelar a minha inscrição e oferecer para a 3ª. etapa da TFRS Cidade Center Norte que aconteceria em 27/11. Mesmo sabendo que seria apenas uma semana após a Maratona de Curitiba, não tive dúvida, aceitei prontamente. Em questão de minutos, recebi e-mail de cancelamento e um novo código promocional para
inscrever na outra prova. Alô Pipocas: entenderam agora por que se paga inscrição de prova? A rua está lá, mas não é qualquer um que tem uma organização destas para te atender!

Procedimento padrão, retirei o kit na loja Track & Field do Shopping Center Norte na véspera e fui para a largada por volta de 06:00 da manhã de um domingo nublado e de céu carrancudo. O único ponto negativo vem por parte da própria organização do shopping, que não soube direcionar direito o trânsito dos que chegavam pelos diversos acessos, causando bastante lentidão na região. Mesmo assim, largada pontual após a entrega de chip e parti para duas voltas de 5 Km no complexo Center Norte, formado por 2 shoppings, lojas grandes como Decathlon e Leroy Merlin e pavilhão de exposições. Sempre utilizando as vias que cercam o complexo e os estacionamentos, o percurso era totalmente plano e devido às
boas condições climáticas foi possível fechar em o trajeto em um tempo, digamos, absurdo de bom para os meus padrões: 53:47... pode isso?

Boa estrutura de guarda-volumes, retirada de medalha e staff muito bem treinado, que impedia os “espertinhos” de pegar kits e outras traquinagens como “dizer que correu sem chip porque estava atrasada”. A isenção do estacionamento é outro item que favorece a prova, pois conta com a segurança do shopping.

E eu, que vi este centro comercial da região
nascer lá na minha infância, tive a oportunidade de correr pelos seus arredores e finalmente participar de uma prova do circuito!

Agradecimento especial à Federação Paulista de Atletismo e ao profissionalismo da Latin Sports no atendimento ao corredor.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Corrida dos Eucaliptos: (quase) tudo errado

O compromisso deste blog, que apesar de tudo reflete única e exclusivamente a percepção do autor, continua sendo fornecer informação útil ao leitor que gosta de corridas de rua e afins. Sendo assim, eu procuro ser o mais justo possível e trazer sempre o relato mais fiel das provas, apesar de muitas vezes um pouco atrasado como no caso desta postagem. Quando tudo corre bem (opa, desculpe o trocadilho) eu falo bem e com muita satisfação, mas quando as coisas saem dos eixos o jeito é abrir os fatos e deixar o leitor chegar às devidas conclusões, mesmo que o organizador não goste.

Em busca de um desafio diferente e que não custasse os olhos da cara, optei por uma corrida de montanha, tendo duas opções na segunda metade de setembro. Acabei escolhendo a Corrida dos Eucaliptos, que é organizada pela mesma equipe da Igaratá 23K, prova esta que já participei duas vezes e que considero sensacional. O local para tal empreitada seria uma propriedade particular na região de Santa Branca, pequena e simpática cidade a menos de uma hora de viagem a partir de São Paulo, perfeito para passar o final de semana descansando e correndo. Processo de inscrição simples e valor pouco acima das principais provas metropolitanas, mas dada a logística de uma corrida rústica, totalmente aceitável. Três distâncias foram oferecidas aos corredores, 7, 14 e 20 Km, sendo que este aqui não resiste e vai direto no maior percurso que supõe-se que as pernas aguentem.

Tudo pronto, estadia arranjada na vizinha Salesópolis, vizinha de Santa Branca e tão sossegada quanto, e bem na semana da prova recebemos a informação de que o local da corrida havia sido alterado. Nada mais que 11 Km de estrada para chegar à largada, o que digamos, é complicado para quem não está familiarizado com a região. Nem discuti, simplesmente ajustei-me ao fato e prossegui com os planos de viagem, fazendo uma parada em uma hípica da região para retirar o kit. Poucas explicações do que havia ocorrido realmente para causar uma mudança tão grande, fomos informados apenas que o proprietário do local resolveu que não iria mais ceder sua área para o evento. Em minha ignorância, acredito que a melhor saída teria sido reembolsar os corredores, aguentar as reclamações e cancelar o evento, porém foi encontrada a saída de realizar neste novo local.

O excelente Hotel Soares Camargo em Salesópolis havia até mesmo providenciado uma van que nos levaria ao local da largada com preço já definido, porém este precisou ser ajustado devido à maior distância. Ao longo da estrada, corredores uniformizados no dia da prova faziam gesto de carona, pois estavam no lugar errado para a largada, sem noção de distância entre o ponto original de largada e o novo. Este, por sinal, não possuía nenhuma estrutura para o trânsito de carros, vans e ônibus que se formou, virando um verdadeiro caos.
Estrutura de guarda-volumes e retirada de kits totalmente amontoada com as barracas de assessorias, e para completar, uma largada no mínimo esquisita. No sistema de som o locutor avisava que os todos havíamos “ganhado” mais 2 Km em cada percurso! Sabemos que as maratonas foram inventadas na Grécia antiga, e isto sim era um verdadeiro presente de grego.

O pessoal dos 14 Km largou, depois o dos 20 Km, e neste bolo estava eu, que não percebi que o pessoal dos 7 Km havia invadido o curral de largada e tumultuado nossa partida. Saí desembestado pedindo licença e gritando “Largou! Largou!” para abrir caminho. Não é só o organizador quem erra, eu saí com a mochila de hidratação toda solta, e logo de cara uma subida fez com que eu tivesse que caminhar e ajustar a tralha nas costas, o que me levou a não ligar o GPS de pulso. Como o celular estava com um daqueles programinhas de corrida, começou a marcar o ritmo, porém com muitos erros. Parei o programa e tentei depender só do GPS, que parecia mais preciso, apesar de ter sido acionado uns 500 metros além do ponto de largada.

O percurso começou bem, altimetria difícil, desafiadora, porém sem nenhuma marcação de quilometragem. Hidratação em garrafões de água para encher squeezes e bolsas de hidratação, o que é comum nestas provas para evitar gerar lixo com copinhos. O problema maior ainda estava por vir, os tais Kms a mais eram trilhas do estilo fila única, impossíveis de correr e até mesmo com troncos de árvores atravessados em alguns pontos. Este é o ponto alto dos problemas: em pontos fechados da trilha, com muita subida e perfil escorregadio, nenhum staff presente, para um corredor se acidentar e jamais conseguir ser socorrido não precisava muito. Graças a Deus não aconteceu nada, inclusive com tempo nublado mas sem chuva.

E este aqui, com mais problemas. Não bastassem as dores do percurso, que no dia seguinte me deixaram mais quebrado do que as de muitas maratonas, ainda teve um vazamento da bolsa de hidratação dentro da mochila. Como diz o Zé Colmeia, eu sou mais esperto que a maioria dos ursos, e sempre coloco a bolsa dentro de um saco plástico pensando nestas ocasiões. Foi que me salvou de ter um pouco de água até o posto de hidratação. Cena ridícula, correndo com a mochila, mangueira no peito e levando um saquinho que mais parecia ter um peixinho dentro do que meu reservatório de líquidos!


Enfim, uma prova complicada. De tudo o que me deixou mais preocupado foi a quantidade de corredores despreparados para trilhas (eu inclusive) que foram lançados em meio à mata densa e sem apoio do staff, um convite para o desastre. Nem sei a distância final, mas foram quase 22 Km que fiz em 02:48:16, tempo altíssimo, explicável apenas pela variação altimétrica.

Fiquei um pouco chateado, como disse no início, outra prova do mesmo organizador é uma de minhas prediletas, mas não posso dar voto de confiança após esta edição da Corrida das Eucaliptos.

Deixo para o leitor formular suas próprias conclusões, só posso atestar que o visual é realmente muito bonito, como vendido no processo de inscrição.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Circuito O2 Primavera em nova distância: tudo certo!

Ah como eu gostaria de viver de blog de corrida! Bom, isto explica porque só consigo colocar um post no ar depois de duas semanas da prova, afinal de contas, meu trabalho é muito menos divertido que corridas de rua e afins. É como diz o ditado “adoraria cria um blog, mas não sei o que ele come...”, ou coisa do tipo. O fato é que tempo para treinar e até melhorar as marcas eu arranjo, mas colocar um texto no ar, já é outra estória. E olha só, distância nova no já consagrado Circuito O2, etapa Primavera São Paulo, com os deliciosos 21 Km, a minha medida preferida.

Há quem defenda que “circuitos” devem manter sua característica a cada ano, pois assim o corredor tem um parâmetro de comparação de uma edição para outra. Quem corre sabe que não funciona bem assim, tem dias que a coisa não rende, então simplesmente achar que você correu aquele percurso na primavera passada e vai conseguir fazer melhor nesta, às vezes é ilusão. Sem contar, é claro, a evolução que alguns buscam na distância, seus sofridos 10 Km de hoje podem ser um treininho básico daqui um ano. Desde a edição anterior, a Etapa Inverno que já contei aqui, as distâncias novas foram oferecidas aos corredores, primeiro 16 Km e agora 21 Km. Sem cortesia desta vez, mas sabendo que estaria pagando
por um evento bem organizado, lá fui eu enfrentar mais uma meia maratona (deve ser a de número 32, não atualizei o quadro de medalhas ainda).

Tudo muito bem organizado como da outra vez: inscrição pelo site, pequena mordida de pouco mais de R$ 100,00 no valor promocional, mas um kit descente e sem frescura, com uma daquelas camisetas que não dá coragem de colocar para correr, e sim somente para sair, pois é de tecido e acabamento superiores às demais. Largada cedo, 07:00 para os 5 Km e 07:30 para 10 e 21 Km, tudo muito ágil e com amplo espaço para atletas e acompanhantes em frente ao Estádio do Pacaembu. Divisão por baias de largada, baseadas em tempos anteriores para quem já correu as provas do organizador O2, mais uma vez destaco a inteligência deste tipo de divisão, muito fácil de ser feita em qualquer sistema de inscrição. E o frio, apesar da etapa ser da
Primavera, presenteou os corredores com temperaturas excelentes para a performance.

Parte do percurso já é manjada pela maioria, saída pela Av. Pacaembu e falando especificamente dos 21 Km, tomamos o rumo da Av. Rio Branco para depois chegar até o centro da cidade, região da Praça da República. Muitas curvas, algumas fechadas, mas com excelente sinalização e sem muvuca. Hidratação perfeita, algumas subidas e o trajeto do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, também tradicional do circuito.


E mais alguns segundinhos ganhos nesta jornada, fechando com 02:02:21, uau, melhor tempo na distância até hoje! Não é lá grande coisa, mas evolução sempre é bom. Os
organizadores (de novo, não ganhei cortesia, paguei do bolso), estão de parabéns, pela iniciativa de incluir a meia maratona no circuito e por executar tudo de forma eficiente e com respeito pelo corredor.

Agora, por que o título do post é “tudo certo”? Bom, como você leu, aqui tudo certo, mas no próximo já vou adiantar que as coisas não foram tão bem assim...

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A Histórica Corrida do Centro Histórico

Da série “corridas que não cansamos de correr”, meu melhor exemplo é a tradicional Corrida do Centro Histórico, que teve sua edição de número 21 neste último dia 14 de agosto na gelada região central da metrópole paulistana. Apesar do carinho que tenho por esta prova, neste ano não iria correr por estar aproveitando um período de “descanso” após duas maratonas quase seguidas, mas fui sorteado em um concurso da Federação Paulista de Atletismo através do programa Sócio Corredor, e como dizer não a um presentão desses? Na tradicional distância de 9 Km, fácil acesso e ótimo horário de largada, aceitei prontamente o convite e lá fui eu relembrar outras edições.

Um pouco da prova primeiro: organizada pela Corpore, a Corrida do Centro Histórico tem como ponto principal passar pelos principais marcos da região central da cidade de São Paulo, como Viadutos do Chá e Santa Ifigênia, Praça da Sé, Av. Ipiranga, Teatro Municipal e várias ruas clássicas para o paulistano. E quem conhece a região sabe, nada ali é plano, subidas e descidas estraçalham a musculatura de quem corre, e a emoção de usar as mesmas vias que durante a semana estão entupidas de carros, ônibus, táxis e pessoas para praticar esporte, é uma sensação deliciosa. O acesso é o melhor de todas as provas da cidade, a saída do Metrô São Bento
coloca o corredor praticamente na arena no evento, facilitando chegar e ir embora sem maiores dificuldades.

Retirada de kit muito rápida e organizada na loja Decathlon do Shopping Center Norte, também de fácil acesso pela Marginal Tietê ou até mesmo Metrô na estação Tietê, camiseta de manga longa já tradicional do evento muito bonita e de boa qualidade, além de número de peito e sacola do evento. Largada pontual às 07:00 da manhã, porém é de se estranhar a total ausência de controle no acesso às supostas
baias de largada, além da falta de educação de alguns corredores que simplesmente rasgaram as fitas que separavam cada pelotão para avançar à frente. Mesmo assim, a largada aconteceu sem atropelos, que é o grande prejuízo quando as pessoas não respeitam seus limites de tempo. E mais um resultado esperado para minhas capacidades, 50:36, e como eu disse, percurso com altimetria bem variada.


Esta prova tem um sabor especial para mim, dez anos atrás, quando comecei a correr, ganhei de brinde uma lesão na tíbia nos primeiros meses, uma fissura por stress. O médico mandou não correr por um tempo, e quando voltei, esta foi a primeira corrida que fiz. A sensação de vitória foi tremenda, outras lesões viriam, uma inclusive que eu carrego neste exato momento, mas a batalha continua. Em outras edições, lembro que foi o dia da Maratona das Olimpíadas de 2012 em Londres, e outra lembro que
tive uma noite de sono péssima, mas que mesmo assim corri numa boa na hora da prova. Em outra, lembro que a empresa que trabalhava patrocinava o evento, e “dominamos” com nosso uniforme pelo trajeto todo, uma festa e tanto. Por falar em empresa, o percurso passa por vários locais onde trabalhei, estudei, prestei serviços, enfim, parte de minha estória está ali no centro de São Paulo, local que se tivesse um pouco menos de descaso das últimas administrações municipais, seria nosso maior cartão postal. Para completar, esta edição de 2016 também aconteceu em um dia de Maratona Olímpica, na modalidade feminina no Rio de Janeiro.

Como você pode ver, motivos para correr não faltavam.

Agradecimentos à Federação Paulista de Atletismo pela cortesia!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Inverno com novidade no excelente Circuito das Estações 2016

E aí novamente aquela estória “já corri este circuito, não vou só para baixar o tempo” e coisas do tipo. Mas, pensando na inovação, os organizadores do Circuito das Estações Caixa 2016 presentearam os paulistanos com uma nova distância, 16 Km, para melhorar ainda mais o que já era bom. Pela maturidade do circuito, que sempre preservou o local de largada como a Praça Charles Miller em frente ao Estádio do Pacaembu, as provas só melhoram a cada ano, trazendo corredores novatos e experientes para as ruas da região central uma vez a cada estação do ano.

A retirada de kits foi novamente em um shopping center da região da prova, bem organizada e eficiente, onde o atleta ganhava uma ótima camiseta oficial, sacola, bandana e número de peito. O software de smartphone do organizador Ativo.com permitia a leitura do código de barras da inscrição direto na tela do celular, dispensando a papelada que geralmente temos que levar para retirar kit, outra ótima sacada.


Largada cedo e pontual, 07:00 da manhã, com 13 mil inscritos entre as distâncias de 16, 10 e 5 Km, esta última largando um pouco mais tarde. Como a região é de fácil acesso, resolvi ir de transporte público, porém um pouco de atraso da minha parte gerou um pequeno stress pré-prova no momento de arrumar a sacola do guarda-volumes e ir para o setor de largada. Vi diversos atletas e já pensei “vou ficar no fundão mesmo, tá bom que vou conseguir entrar no meu setor tão próximo do horário de largada, já deve estar um bagunça”. Total engano da minha parte, a entrada para cada funil era meticulosamente controlada pelo staff da prova, que só deixava passar quem estava destinado ao setor.
Fiquei impressionado, por ter feito um tempo razoável na edição do ano passado nos 10 Km, fui classificado para um setor bem à frente do fundão, o que gerou mais confiança no início da prova. Nota 10 para a organização, este tipo de classificação e controle de entrada deveria existir em toda prova, independentemente do tamanho.

Partimos então para experimentar a distância de 16 Km (aproximadamente 10 milhas), com excelente marcação de quilometragem, hidratação e sinalização do percurso. O trecho novo lembrou um pouco a prova que acontece no último dia do ano, passamos pelo Viaduto Pacaembu e fomos em direção à Av. Rio
Branco, percorremos a Al. Barão de Limeira e voltamos para a região do Elevado Costa e Silva, para o tradicional trecho do Minhocão. Ao final desta etapa os corredores de 16 Km encontravam os de 5 Km na Av. Pacaembu, o que tornava a festa ainda maior, pois terminavam todos juntos.

Vai saber o que deu neste aqui que escreve o texto, mas resolvi disparar numa velocidade que não é a minha, muito menos para uma distância de médio percurso como este, e terminei com 01:31:33, pace de 05:43 min/Km, algo inédito e para o qual eu não vinha treinando! Acho que a empolgação da novidade, aliada a um evento bem organizado foi a motivação que eu precisava para apertar um pouco mais que o normal.


Mais novidade vem aí, o Circuito das Estações Caixa 2016 – Primavera – São Paulo terá também a distância de 21 Km, ou seja, mais uma meia maratona no calendário paulistano! E é claro, não vou resistir, quem sabe recorde na minha distância predileta...


Agradecimentos à Multiplus e ao pessoal da CDN pelo convite para participar da prova!

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Que tal uma corrida em pista?

Em pleno ano de Olimpíadas, nada melhor do que entrar no clima dos jogos e que experimentar a sensação de uma competição em pista de atletismo. Diferente de correr em provas de rua, a pista tem suas próprias regras, e o que parece fácil pela ausência de altimetria muitas vezes exige um esforço muito maior da parte mental do atleta em distâncias já dominadas. Mas vamos falar da prova, na verdade o 2º Torneio de Clubes Fundadores, Imprensa e Convidados, promovido pela Federação Paulista de Atletismo no último dia 25 e que reuniu corredores na pista de Atletismo do Ibirapuera para as distâncias de 5, 10 Km e revezamento, sempre em voltas de 400 metros.

Pode parecer fácil, mas para o atleta acostumado a correr 10 Km em ruas com altimetria variada, girar 25 voltas planas mantendo o ritmo não é uma tarefa simples. A competição, que teve clima de festa entre os clubes e convidados, foi levada a sério e com as regras das provas de atletismo dos 5.000 e 10.000 metros. Andar nem pensar, uma das características da competição era não caminhar no percurso, sempre mantendo um ritmo de corrida, sob pena de desclassificação, largadas com “tiros”,
marcação oficial de voltas pela arbitragem e até o clássico sino de última volta fizeram parte do evento, motivando ainda mais a busca de melhores marcas pessoais.

Para não tumultuar a pista, mesmo para distâncias já divididas entre masculino e feminino foi necessário criar baterias extras, afinal, o objetivo era que o evento fosse rigorosamente supervisionado pela arbitragem oficial. E todos saíram-se excepcionalmente bem, seja pelo clima descontraído dos clubes ou pela performance dos atletas, que demonstraram seriedade no momento da corrida. Devido às premiações por faixas etárias, este aqui, que dificilmente consegue subir ao pódio,
conseguiu até mesmo descolar um modesto 5º. Lugar na categoria Masters 3 nos 10.000 metros rasos, com tempo de 00:54:21, putz, meu recorde em tal distância! Porém o mais importante foi a participação e ter trocado o asfalto pela pista, algo que recomendo o leitor a fazer para sentir a diferença entre os ambientes.

Mas, a que clube pertenço? Na verdade, fui convidado por ser membro do Programa Sócio Corredor da Federação Paulista de Atletismo. Entre os principais atrativos da filiação estão a possibilidade de vantagens exclusivas para os corredores e tornar-se um atleta federado. Maiores informações sobre o programa você encontrará neste link: http://fpanarua.org.br/


Agradecimento especial à Federação Paulista de Atletismo pelo convite ao evento e que venham os próximos!



quarta-feira, 30 de março de 2016

Beleza e dureza na Igaratá 23K

Sair do asfalto já é, por si só, motivo de alegria para muitos corredores. Mesmo que não é ligado nas provas de trilhas, um percurso um pouco mais acidentado e com visual desenhado pela natureza já ajuda a quebrar um pouco da rotina da corrida. Próximo à capital paulistana, distante menos de 100 Km, a prova Igaratá 23K traz para a cidade que dá nome à corrida e à represa próxima uma legião de corredores da região que buscam um desafio mais intenso que simplesmente as ruas. Prova bonita, ambiente agradável, e pela segunda vez participei do terrível percurso pouco maior que uma meia maratona, especialmente no que se refere a subidas e descidas. Seria nota 10, se não tivesse alguns pontos a melhorar no quesito organização, que foi eficiente, mas que poderia ter caprichado em alguns pontos.

Vamos começar pela entrega do kit. Por ser uma prova que essencialmente irá atrair pessoas de outras cidades, uma pequena estrutura de distribuição no próprio dia já resolveria o problema. Para os paulistanos, como este aqui, era obrigatório retirar uma das 2 opções de kit (completo ou simples, uma boa ideia) em duas opções de data na própria semana em uma loja de esportes na região de Moema. Até aí tudo bem, a questão era o horário até 18:00, em uma área sujeita a trânsito pesado. Mesmo trabalhando a menos de 5 Km do local, levei quase 1 hora entre ida e volta, sem contar o tempo de fila, pois não tinha como retirar no final do dia. Enquanto aguardava em pé pela minha vez, a palavra “incoerência” não saia da minha cabeça.


Com horário de largada um pouco mais tarde, aí sim pensando nos corredores de outros locais, a simpática cidade de Igaratá recebeu uma quantidade considerável de veículos, tumultuando o trânsito, mas foi fácil estacionar nos arredores da largada. Uma falha que deve ter causado alguns transtornos foi quanto aos horários diferenciados para os corredores de 10 e 23 Km, pois estes largavam 15 minutos mais cedo. Sistema de som pouco eficiente no momento da largada e na divisão de percurso percebi que alguns haviam saído
antes dos demais, o que naturalmente gera resultados incorretos. E é claro, vamos acrescentar o fato “não leio o regulamento nunca”, que é comum aos corredores de rua, portanto a desinformação quanto aos procedimentos.

Mas o percurso compensa tudo isso. Estradas de terra batida, um pouco de trilhas, por assim dizer e muito sobe e desce em montanha. É divertido ver o pessoal lá na frente, no alto, e você sabendo que ainda tem aquela pirambeira toda para alcança-los. Como estamos falando de uma área rural, é comum cruzar com vaqueiros, gado e muito, muito verde. A hidratação, também no regulamento que alguns não leram, era feita através de garrafões de água para abastecimento de squeezes e mochilas, portanto não havia copinhos para quem não prestou atenção aos detalhes. Bem organizado, mas no Km 13 faltou água, e olha que ainda vinha muita gente depois de mim.

fonte: Xcountry series

Não vamos ficar falando só do que o organizador acertou ou errou, no geral a prova foi muito boa, dado que a estrutura é fora dos centros urbanos. A grande crítica vai para alguns corredores, desprovidos de educação e senso de responsabilidade, que emporcalharam a trilha com embalagens de gel de carboidrato, entre outros lixos que não faziam parte da paisagem. Ao longo do percurso fiquei horrorizado, não pelo volume, mas por ver que alguns realmente não tem qualquer noção de conservação do meio ambiente.

E após 02:49:18 cruzei o pórtico de chegada, carregando nossa linda e majestosa bandeira neste período tão difícil que vivemos. O fotógrafo Marcos Viana "Pinguim"
estava lá e registrou o momento nesta bela foto. O que justifica uma diferença tão grande para a última maratona há exatamente um mês atrás, quando fiz 21 Km em 02:13:08 é a dureza do percurso. Subidas de até 4 Km de extensão e inclinações que variam até 28 graus, é de se imaginar que não dá para fazer a proporção de “apenas mais 2 Km”.

É claro que eu volto, prova deliciosa e bonita, apenas fica a crítica aos pontos relatados, que não tiram de maneira alguma o brilho do evento.


terça-feira, 15 de março de 2016

Reflexões, resoluções e a Meia Maratona Internacional de São Paulo

Aí você vai dizer: este blog parece abandonado, nunca tem nada de novo! Concordo, o blogueiro estava um pouco afastado, e acredite, vai continuar afastado mais um tempo e com poucas oportunidades para contribuir com algo novo em termos de corridas e esportes similares. Deixou de correr? De jeito nenhum, comparativamente eu estou correndo mais que nos anos anteriores, apenas participando de bem menos eventos. Tanto pela forma seletiva de encontrar provas que se enquadrem nos meus objetivos, quanto pelos fatores preço/repetição/organização, ou tudo junto.

Mas como é extremamente chato viver só de treinos, o jeito é colocar uma prova aqui ou ali, pois estas competições servem para testar o quanto se está evoluindo em direção ao objetivo final. E uma que não poderia faltar no meu calendário e plano de voo é a Meia Maratona Internacional de São Paulo, que ocorreu no último dia 21/02. Prova já tradicional para os corredores, especialmente aqueles que já começam o ano procurando um evento de duração maior que as provas de 10 K que recheiam os finais de semana da maioria das cidades, mais uma vez seguiu os moldes já definidos de entrega de kits, regulamento, local e outros detalhes que os leitores já viram aqui e em outros textos diversas vezes. Então vamos falar do que realmente importou nesta prova. Em resumo:
- organização eficiente e muito boa
- percurso alterado mais uma vez, e para pior, mais uma vez

Realmente não tenho reclamações do organizador Yescom, no que diz respeito ao evento eu não percebi falhas graves que possam “condenar” a organização por qualquer motivo, mas é claro, tem sempre aquele corredor que viu este ou aquele problema. Cada um, cada um. Minha ressalva é quanto ao percurso, que a cada ano passa mais longe da região dos bairros Luz e Bom Retiro, trechos já consagrados que nas edições anteriores permitiam aos corredores passar pela R. José Paulino e na frente Estação da Luz, dando todo um charme ao roteiro. Ao invés disso, o trecho foi substituído por uma enfadonha sequência de quarteirões e curvas noventa graus nas proximidades da Av. Rio Branco. O motivo: a ineficiência da gestão pública (ou falta de interesse) em extinguir a famosa Cracolândia, reduto de viciados e traficantes que assola o outro lado da Av. Rio Branco. Pensando obviamente na segurança dos corredores, o trajeto deixou de contemplar pontos históricos da cidade, meramente para evitar cruzar grupos tão distintos.


Ridículo? Sim, mas não vou discutir políticas públicas aqui. Fui lá, aproveitei meus objetivos nos 21 Km e até baixei meu tempo com relação ao ano anterior, terminando o duro e abafado percurso em 02:13:04, em uma prova considerada de bom nível técnico. Inscrição feita no lote promocional há mais de 6 meses, paguei o valor justo de R$ 50,00, afinal, eu já sabia que iria participar e valeu a pena adiantar o investimento. Sugiro aos corredores planejar suas provas com antecedência e aproveitar os lotes promocionais, pois em tempos de crise, gastar dinheiro com inscrições altas pode não ser uma boa ideia.

E o ano começou. Não fuja, o blog ainda está aqui, o blogueiro também. Se eu já achava difícil conciliar um trabalho normal e as corridas, fazer tudo isso e ainda colocar treinos específicos está mais complicado ainda.

Então fica a dúvida: o que o Rinaldo realmente está aprontando?

Em breve.