Sabemos que quem anda no futebol, de carácter tem muito pouco. O lirismo de que gostamos tanto e que nos remete para os gloriosos anos do amor à camisola vão-se desvanecendo à medida que o vil metal toma o lugar às emoções, à história e aos valores que cada clube gosta de apregoar e de se fazer valer.
Tudo isto para ter em conta o comportamento que Jorge Jesus tem tido nos últimos tempos, apoiado por um Presidente lunático que a todo o custo quer vencer, mas sobretudo, enfraquecer o seu maior rival.
Começou pela equipa técnica, e o treinador de guarda-redes do Benfica (curiosamente, o único em Portugal com o curso mais elevado da UEFA) decidiu ficar onde se sentia bem: no Seixal, a melhorar um dos melhores guarda-redes que já passou por Portugal e a dar a respectiva evolução a jovens como Bruno Varela, Miguel Santos e Thierry Graça.
Depois, e como Jorge Jesus não pode com Augusto Inácio, pensou num director desportivo para o apoiar em Alvalade. Tentou o amigo José Luís, que está no Belenenses e que esteve com JJ na Amadora, mas levou nega. Segundo as últimas informações, tentou levar Lourenço Coelho a fazer o mesmo percurso do Seixal para Alcochete, mas também não teve sorte.
A todo o custo, JJ e a pandilha que leva para Alvalade e que o "menino da claque" recebe de braços abertos, quer enfraquecer quem lhe deu de comer nestes últimos tempos. Depois de falhados os directores desportivos, quis ir ao scouting e ao Benfica Lab. Levou nega também. No meio de tanto convite, há-de haver alguém que lhe seguirá as pisadas, mostrando ao que vai.
Espero que de futuro, as pessoas do Benfica tenham a memória bem preservada e que saibam ver quem lhe fez mal e quem se portou indignamente com o clube.