Ontem referi aqui a situação do Ruben, um adolescente de 16 anos com uma Perturbação do Espectro do Autismo, com o 9.º ano terminado e que a escola e família consideram não ser adequado o prosseguimento numa escola regular tem uma vaga para frequentar o Estabelecimento de Educação Especial da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo – APPDA de Lisboa.
Acontece que a Direcção-Geral dos
Estabelecimentos Escolares (Dgest) não tem autorizado a matrícula porque não
estaria garantida a questão do transporte. A família desesperava porque o aluno
sempre beneficiou de transporte do Município e para continuar precisa de um
comprovativo de matrícula que … a Dgest
não autorizava. A mãe informou estar disponível para assegurar o transporte,
mas desde o início do ano que o Ruben está em casa.
Entretanto, um dia após a peça do Público (saiu no Domingo), o Ministério informou que a matrícula estava
autorizada, notícia de hoje.
Assim, o Ruben iniciará as aulas
a partir de amanhã. É bom para ele e para a família.
É também positivo que a situação
que se arrastava desde Outubro esteja resolvida. No entanto permanece a
questão, porquê tanto tempo de espera com implicações para o aluno e família?
A voz de uma peça no Público é
mais elevada que os pedidos da família? Acelera processos e decisões?
E os alunos e famílias com a voz muito baixa e com problemas que não chegam à imprensa?
E não acontece nada?
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