terça-feira, 11 de novembro de 2025

E NÃO ACONTECE NADA?

 Ontem referi aqui a situação do Ruben, um adolescente de 16 anos com uma Perturbação do Espectro do Autismo, com o 9.º ano terminado e que a escola e família consideram não ser adequado o prosseguimento numa escola regular tem uma vaga para frequentar o Estabelecimento de Educação Especial da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo – APPDA de Lisboa.

Acontece que a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (Dgest) não tem autorizado a matrícula porque não estaria garantida a questão do transporte. A família desesperava porque o aluno sempre beneficiou de transporte do Município e para continuar precisa de um comprovativo de matrícula que  … a Dgest não autorizava. A mãe informou estar disponível para assegurar o transporte, mas desde o início do ano que o Ruben está em casa.

Entretanto, um dia após a peça do Público (saiu no Domingo), o Ministério informou que a matrícula estava autorizada, notícia de hoje

Assim, o Ruben iniciará as aulas a partir de amanhã. É bom para ele e para a família.

É também positivo que a situação que se arrastava desde Outubro esteja resolvida. No entanto permanece a questão, porquê tanto tempo de espera com implicações para o aluno e família?

A voz de uma peça no Público é mais elevada que os pedidos da família? Acelera processos e decisões?

E os alunos e famílias com a voz muito baixa e com problemas que não chegam à imprensa?

E não acontece nada?

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