Tomo assento junto à
imagem fracturada do meu dia.
O meu segredo permanece intacto
preparados os meus planos para o crime
digo umas palavras de cortesia sem sentido
porque o silêncio é um abismo espantoso
entre os dois latidos da pulsação
onde nos enredamos na nossa própria armadilha.
Quão difícil é suportar o seu olhar
sobre a minha consciência.
Disperso-me em milhares de sílabas
tartamudeio essas cortesias sem sentido
que se multiplicam em nada
desaparecem...
Ofereço a minha mão.
(versão minha a partir da tradução castelhana de Maria Krstevska reproduzida em 4 poetas macedonios, Norteysur, Benalmádena, 2006, p. 132).