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sexta-feira, junho 22, 2007

Cavaco Silva tem razão

Respondendo às queixas dos emigrantes portugueses que se manifestavam descontentes com a actual situação do ensino do português no estrangeiro e o encerramento dos postos consulares, o Presidente da República apelou aos emigrantes para que não percam o contacto com a língua e a cultura portuguesas.
Cavaco Silva tem toda a razão. Se perdem o contacto com a nossa língua e a nossa cultura, como é que depois vão poder chamar “filhos da puta” aos nossos (des)governantes?

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:: enviado por JAM :: 6/22/2007 10:10:00 a.m. :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, junho 19, 2007

Eu obedeci a Cavaco e assisti às condecorações do 10 de Junho

Que me desculpem os leitores: desta vez vou transcrever aqui uma crónica na íntegra. Título e tudo. Normalmente deveria fazer um resumo e deixar-vos o link para o texto original. Mas este, de tão genial, é irredutível. Leiam-no aqui por inteiro e depois... voltem a lê-lo no Diário de Notícias:

A Presidência da República disse que era importante. O Conselho de Administração da RTP admitiu que era importante. E eu sou uma pessoa que respeita muito as instituições nacionais. Por isso, no domingo, à hora de almoço, sentei-me em frente ao televisor para assistir às cenas que a RTP1 miseravelmente cortou durante a cerimónia do 10 de Junho. Durante 30 minutos, pude enfim apreciar a arte de Cavaco Silva a colocar fitinhas, a pendurar colares e a pregar medalhas. E tive de admitir: realmente, como é possível que uma estação de televisão prefira colocar no ar o Jornal da Tarde à hora marcada, em vez de mostrar em directo a atribuição da Ordem do Infante D. Henrique ao professor doutor Arsélio Pato de Carvalho? Não se percebe.

É que aquilo foi giro que se fartou. Sobretudo o pot-pourri de imagens que antecedeu a tão aguardada "cerimónia de investidura das entidades condecoradas": lanchas a navegar bravamente em alto-mar, marinheiros de fatinho branco engomado como nos filmes de Jean Genet, e finalmente o presidente Cavaco, de olho fito no horizonte, a andar pelas águas (salvo seja) numa embarcação modernaça. Tudo isto, sublinhe-se, acompanhado por uma bela música de boda matrimonial. Supimpa. Depois, já com um coro heróico a cavalgar o hino nacional, desembocámos nas condecorações, filmadas num elegante contraluz, certamente para não se ver a cara dos presentes. Tudo somado foram 37 os condecorados: 28 homens (militares, professores doutores, ex-ministros de Cavaco e o Rão Kyao), cinco mulheres (duas delas especialistas em línguas, como a esposa do Presidente) e quatro associações. Fui buscar a máquina de calcular: 76% de medalhinhas para homens, 11% para mulheres. Cavaco tinha razão: é importante transmitir estas cerimónias em directo, para que se veja o País que temos.

Mas há um problemito na exibição forçada da coisa, com uma semana de atraso. É que, no discurso do 10 de Junho, Cavaco garantiu ao povo, pela 16.ª vez, que “não se resigna”. Não se resigna a isto, não se resigna àquilo, não se resigna “à passividade perante os indicadores persistentes do nosso atraso”. Mas quando a RTP decide cortar as emissões, ao fim de três horas de desfiles, ele emite uma nota onde afirma ser “incompreensível que a transmissão das cerimónias haja sido interrompida, contrariando uma prática há muito estabelecida”. Ou seja, o homem que não se resigna aos velhos males portugueses exige que a RTP se resigne às suas velhas tradições, sustentando horas de transmissão de chachada pública. O senhor Presidente que me desculpe: não tem nada de melhor com que se entreter?

João Miguel Tavares

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:: enviado por JAM :: 6/19/2007 10:10:00 a.m. :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, junho 18, 2007

Rezemos para que Cavaco Silva continue “certinho”

A imprensa francesa não fala do assunto. Considera ser matéria de tablóides anglo-saxões e os franceses estão acima dessas coisas. Também nunca falou da filha extraconjugal de Mitterrand, das “escapadelas” de Chirac, dos melodramas do casal Sarkozy e só falou da amante de Roland Dumas (antigo ministro) quando o caso foi parar a tribunal numa história de venda de fragatas um pouco suspeita.
Têm razão. A vida privada é isso mesmo, privada. A não ser que… a vida privada tenha consequências politicas.
A filha de Mitterand fora do casamento só a ele e à sua família lhe diria respeito se os contribuintes franceses não tivessem que pagar durante anos, o apartamento, os estudos, a mesada e a segurança do rebento. As escapadelas de Chirac são um problema dele e da Bernadette se os serviços secretos franceses não tivessem tido que andar à procura do Presidente pelos apartamentos de Paris quando se desencadeou a crise no Iraque - podemos até pensar que a reacção de Chirac tivesse sido do género “já me tramaram a noite, agora vou tramá-los e não entro na coisa”.
Qualquer francês vos dirá (e os factos parecem prová-lo) que a Sra. Royal só entrou em campanha eleitoral porque o companheiro Hollande cedeu ao charme de uma companhia feminina que não era a Sra. Royal. Como vingança, uma candidatura à Presidência e o desafio ao lugar de secretário-geral do PS, que as mulheres, nestes assuntos de vingança, não o fazem por menos.
Esperemos que Cavaco Silva continue “certinho”.
Já imaginaram Maria Cavaco Silva primeiro-ministro?

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:: enviado por U18 Team :: 6/18/2007 03:57:00 p.m. :: 0 comentário(s) início ::