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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.
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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Que eu Te ame


Que eu Te ame
que Te conheça e adore. 
Esse é o desejo, a vontade.
E saber
compreender
que viver em Ti, e por Ti
será eternidade.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Alma que teme ao Senhor

Que haja pontes entre os povos
que se entendam os preceitos
sejam velhos sejam novos
todos tenham seus direitos.

Que ninguém se ache dono
da verdade e da razão
todos tenham paz e sonho
e que a ninguém falte o pão.

Que a oração seja guarida
das almas a Deus tementes
traga alegria na vida
na terra suas sementes.

Sementes de paz e amor
flores que brotam sem par.
Alma que teme ao Senhor
ao Senhor sabe adorar.

Felipa Monteverde

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Um poema de D. António Couto

Tu, Senhor, Tu falas
E um caminho novo se abre a nossos pés,
Uma luz nova em nossos olhos arde,
Átrio de luminosidade,
Pão
De trigo e de liberdade,
Claridade que se ateia ao coração.

Lume novo, lareira acesa na cidade,
És Tu, Senhor, o clarão da tarde,
A notícia, a carícia, a ressurreição.

Passa outra vez, Senhor, dá-nos a mão,
Levanta-nos,
Não nos deixes ociosos nas praças,
Sentados à beira dos caminhos,
Sonolentos,
Desavindos,
A remendar bolsas ou redes.

Sacia-nos.
Envia-nos, Senhor,
E partiremos
O pão,
O perdão,
Até que em cada um de nós nasça um irmão.

António Couto

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Natal de quem?


Recebi este poema por e-mail e achei que devia partilhar:

NATAL  DE  QUEM? 

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei !
- Está bem, eu sei !
- E as garrafas de vinho ?
- Já vão a caminho !
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei ?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho: 
- Então e Eu,
  Toda a gente Me esqueceu ? 
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente !
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido : 
- Então e Eu,
  Toda a gente Me esqueceu ? 
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino  a  fazer beicinho : 
- Então e Eu,
  Toda a gente Me esqueceu ? 
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão !
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar: 
- Então e Eu,
  Toda a gente Me esqueceu ? 
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim ?
Não tive tecto nem afecto !
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz :
- Foi este o Natal de Jesus ?!!!
(João Coelho dos Santos - in Lágrima do Mar - 1996)

sábado, 20 de outubro de 2012

"Tarde te amei"


"Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! 
Tu estavas dentro de mim e eu te buscava fora de mim. 
Como um animal buscava as coisas belas que tu criaste. 
Tu estavas comigo, mas eu não estava contigo. 
Mantinham-me atado, longe de ti, essas coisas que, 
se não fossem sustentadas por ti, deixariam de ser. 
Chamaste-me, gritavas-me, rompeste a minha surdez. 
Brilhaste e resplandeceste diante de mim, 
e expulsaste dos meus olhos a cegueira. 
Exalaste o teu Espírito e aspirei o seu perfume, e desejei-te. 
Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. 
Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz." 
Santo Agostinho

sábado, 10 de dezembro de 2011

Oração das criaturas de Deus

Louvado sejas, meu Senhor, com todas as Tuas criaturas, especialmente o irmão Sol, que clareia o dia e com sua luz nos alumia.
Ele é belo e radiante, com grande esplendor
de Ti, Altíssimo é a imagem e o amor.

Louvado sejas meu senhor, pela irmã Lua e as Estrelas, que no céu formastes claras, preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão Vento,
pelo ar ou neblina, ou sereno e de todo tempo
pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.

Louvado sejas meu Senhor, pela irmã Água,
que é muito útil e humilde e preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual iluminas a noite, e ele é belo e
jucundo e vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e nos governa,
e produz frutos diversos, e coloridas flores e ervas.

Louvado sejas meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal! Felizes os que ela achar conforme à Tua Santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai e bendizei ao meu Senhor, dai-Lhe graças e servi-O com grande humildade.

Amém.

(Autor: São Francisco de Assis)

domingo, 25 de setembro de 2011

A parábola dos dois irmãos

(Imagem da Net)
Jesus estava sentado
No templo, a ensinar
Foi então que resolveu
Uma parábola contar.

“Um homem dois filhos tinha
E ao primeiro chamou
Mandou-o trabalhar na vinha
Ele respondeu: «não vou».

Mas depois arrependeu-se
E na vinha trabalhou;
O homem chamou o segundo
Do mesmo modo lhe falou.

E ele lhe respondeu:
«Sim, senhor, vou»
Mas depois se arrependeu
Na vinha não trabalhou.

Qual dos dois filhos fez
O que o pai tinha mandado?”
«O primeiro», responderam
Os que tinham escutado.

“Em verdade vos digo”
Disse-lhes Jesus então,
“Os publicanos e as meretrizes
No Reino de Deus preceder-vos-ão.

Os caminhos da Justiça
João vos veio ensinar
Não vos importastes dele
Não quisestes acreditar.

Os publicanos e as meretrizes
Creram… e vós, isto vendo,
Não vos arrependestes,
Em João crendo.”

Felipa Monteverde

(Fiz este poema aos 16 anos. Hoje, ao ouvir o Evangelho na missa, lembrei-me dele e cá está.)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ao Espírito Santo


Alegria! Foi o que senti
na presença divina que semeia
o fogo do amor dentro do peito,
ardente chama que arde mas não queima.

Ó Fogo, Fogo divino
vem ao meu peito, entra à minha alma!
Faz com que te louve sem cessar
e conTigo seja luz e chama.

Chama de amor, pelos irmãos
luz que alumia para Deus
estrela branca a encaminhar
em direção aos altos Céus.

Luz, luz de Deus em mim
oh, transforma o meu peito em Tua cama,
retira toda a mágoa que impeça
o suave arder da Tua Chama.

Felipa Monteverde

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Adoração ao Santíssimo Corpo de Jesus


















Fiz este poema para a adoração ao Santíssimo na noite do Sagrado Lausperene, há alguns meses, mas penso que no dia de hoje se justifica a sua publicação.

ADORAÇÃO

Senhor, escutai-nos no silêncio
ouvi a voz dos nossos corações
transformai o nosso peito, a nossa alma
em simples mas devotas devoções.

Escutai a voz dos medos que calamos
ouvi a voz do amor que em nós guardamos
e se houver algum erro em nós guardado
que nos impeça de Vos dar louvor
retirai-o, Vos pedimos, arrancai-o
e fazei-nos transbordar do Vosso amor.

Senhor,
no silêncio desta noite, calmamente
aqui estamos, em Vossa divinal presença
olhai, Senhor, para toda esta gente
que Vos louva com ternura imensa.

Adoramos e louvamos o Senhor
pobres de nós, que somos pecadores
mas queremos pedir, por Seu amor
que nos perdoe e cure as nossas dores.

Senhor,
sacramentado para nosso alimento
divina Eucaristia, puro Amor
Deus que se dá ao homem a contento
Luz que alumia a alma e dá calor.

Honra, louvor e glória ao Senhor
para todo o sempre, que assim seja
Jesus sacramentado, puro Amor
Cabeça divinal da Santa Igreja.

Jesus sacramentado, Eucaristia
alimento divino para a nossa alma
nós Vos louvamos, Luz que alumia
e nos conduz numa suave calma.

Senhor,
vamos embora agora e Vos deixamos
e ficais no Sacrário, tão sozinho…
oh, entrai em nossa alma, inundai-nos
segui connosco no nosso caminho!

Felipa Monteverde

domingo, 20 de março de 2011

Poema ao Espírito Santo

(Imagem da Net)

Espírito Santo de tantos nomes, meu Amor,
“Tu” sem rosto, sem corpo, sem medidas nem figura…
Ternura maternal do meu Criador, Sedução amante do meu Deus,
Liberdade, Encanto, Desvelo, Ciúme, Zelo…

Espírito Santo de tantos nomes, sem formas nem limites,
que não cabes nas fronteiras de nenhuma das nossas verdades,
não obedeces a nenhum dos nossos senhorios,
não Te acanhas à sombra de nenhuma das nossas grandezas,
não Te resignas diante de nenhuma das nossas maldades,
não Te escandalizas por causa de nenhuma das nossas misérias…
Ninguém Te possui…
e, ao mesmo tempo, vivo em mim a certeza que estás ao alcance de todos…

Meu Amor, cuja presença é como a brisa que passa,
"ninguém sabe de onde vem nem para onde vai,
mas é possível escutar a voz do seu murmúrio"…

…como o vento que corre e ninguém consegue agarrar ou guardar no seu peito,
mas leva consigo quem tiver asas…

…como a água que salta da nascente e se faz corrente tão discreta quanto fiel
que fecunda e reverdece toda a terra que se lhe puser a jeito pelo caminho…

…como a labareda viva do fogo que consome em si a mão que a quiser dominar…

…como óleo puro, unguento,
que penetra e purifica, cura, renova, serena, fortalece…

Espírito Santo de tantos nomes,
sem rosto nem corpo, mas Amor verdadeiro
de Quem a minha mente não é capaz de imaginar contornos,
mas o meu Coração percebe o jeito, as manhas, as minúcias…
...e deseja as surpresas…

Meu Amor, segredo messiânico de Jesus,
Unção e Encanto do seu Coração…

Espírito Paráclito, Espírito de Força e Consolação
como Jesus te prometeu aos discípulos atarantados com a sua morte,
segredo da Fidelidade dos Profetas e dos Apóstolos
quando chega a hora do testemunho até dar a Vida…

Espírito que conduz à Verdade inteira,
assim te prometeu Jesus aos discípulos à procura
da compreensão das suas palavras, dos seus gestos,
da sua morte e da sua vitória pascal…
Tu fazes compreender todas as coisas, não como quem explica ou ensina,
mas fazendo-nos pertença do próprio mistério da Vida em Abundância
que a vitória pascal de Jesus inaugurou.

“Amor de Deus derramado nos nossos corações”,
chamava-te o Apóstolo Paulo, e “Espírito de filiação
que nos geras como filhos de Deus-Pai,
renascidos na ressurreição de Jesus,
eleitos num admirável mistério de pertença filial
como membros de um Corpo universal do qual ele é a Cabeça,
o primeiro, o mediador, e Tu és o Sangue Vivo e Vivificante…

Dom da plenitude dos tempos,
pedagogia do Amor paternal de Deus
que no nosso íntimo nos vais ensinando a dizer “ABBA, Papá”,
até tudo em nós se transfigurar em gratidão filial e bem-aventurança…

Espírito Santo de tantos nomes, meu Amor, ensina-me a falar de Ti…

Amo-Te tanto…
Ensina-me a falar de Ti, sem palavras que ousem prender-Te ou definir-Te,
mas que ao mesmo tempo não sejam apenas “poesia”…

Ensina-me a falar “à Jesus”…

SANDRO VASCONCELOS

(Já publiquei este poema aqui, o ano passado, mas hoje senti necessidade de o publicar de novo)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Visita ao Sacrário


Senhor,
quero visitar-Te no silêncio da Tua solidão
quero acalmar a minha dor na Tua dor
quero aprender a amar e a entregar meu coração
saber confiar em Ti e em Teu amor.

Senhor,
no silêncio solitário em que me esperas
faz-me sentir o Teu amor e a Tua paz
que aos irmãos eu consiga amar deveras
e a todos dar o amor que Tu me dás.

(Felipa Monteverde)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A verdade

A verdade é tão relativa como os sonhos
Cada verdade é só de uma pessoa
Eu tenho a minha, tu tens a tua, ele tem a dele
E ao fim há tantas verdades que nenhuma é verdadeira
E todas são verdade
Mas nenhuma é a Verdade…

Para Cristo a verdade era Ele
Para os cristãos a verdade é Cristo
Mas ninguém entenderá nunca a verdade que Ele tem
A verdade que é Ele
Porque o rosto que a verdade d’Ele mostra incomoda muita gente
E ninguém se quer chatear com a verdade dos outros
Nem sequer com a verdade verdadeira
A qual ninguém entenderá nunca…

Eu não sei qual a verdade mais certa
Aquela que será indubitável
A verdadeira para toda a gente
(é que não sou santa nem filósofa)
Mas a verdade que entendo basta-me
A verdade que conheço chega-me
E peço ao dono da verdade
Ao rosto da verdade que é Cristo
Que eu não me deixe enganar ou iludir
Por tantas falsas verdades que por aí abundam…

(Felipa Monteverde)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Prece ao Senhor


Senhor,
lembra-nos que existes
recorda-nos quem És,
consola os olhos tristes
guia os cansados pés
e traz a esperança
aos corações feridos,
dá alma de criança
aos sonhos já vencidos...

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O lavrador da arada


Vindo o lavrador da arada,
Encontrou um pobrezinho ;
E o pobrezinho lhe disse:
-Leva-me no teu carrinho.

Deu-lhe a mão o lavrador,
E no seu carro o metia;
Levou-o para a sua casa
Prà melhor sala que tinha.

Mandou-lhe fazer a ceia
Do melhor manjar que havia;
Sentou-o na sua mesa,
Mas o pobre não comia.

As lágrimas eram tantas
Que pela mesa corriam;
Os suspiros eram tantos
Que até a mesa tremia.

Mandou-lhe fazer a cama
Da melhor roupa que tinha:
Por cima damasco roxo,
Por baixo cambraia fina.

Lá pela noite adiante
O pobrezinho gemia;
Levantou-se o lavrador
A ver o que o pobre tinha.

Deu-lhe o coração um baque,
Como ele não ficaria!
Achou-o crucificado
Numa cruz de prata fina.

-Meu Jesus, se eu tal soubera,
Que em minha casa Vos tinha,
Mandava fazer preparos
Do melhor que encontraria.

-Cala-te aí, lavrador,
Não fales com fantasia.
No céu te tenho guardada
Cadeira de prata fina,
Tua mulher a teu lado,
Que também o merecia.

(Da tradição popular)

(Retirado do Livro de Leitura da 3ª classe, Ministério da Educação Nacional)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Era noite de Natal - 2


Fugiram para o Egipto
Para o Menino salvar
Das garras desse mau rei
Que O queria matar.


Quando Herodes descobriu
Sentiu grande fúria em si
E mandou matar meninos
Os que havia por ali;
De dois anos para baixo
A todos mandou matar
Em todo o lado se ouvia
Tanto gemer e chorar.


Choravam todas as mães
Ao verem os seus filhinhos
Serem mortos à espada
Por soldados tão daninhos.
Sem pena nem piedade
Mataram esses meninos
Todos os que ali havia
Aqueles mais pequeninos.


São José, com o Menino
E Maria, Sua Mãe
Fugindo para o Egipto
Muito sofriam também
Ao saberem da tragédia
Que os anjos lhes contavam
Da morte desses meninos
De tantas mães que choravam.


O Menino era Deus
Nascido para morrer
Às mãos desses vis soldados
Que d’Ele iam escarnecer.
Mataram esses meninos
E depois também mataram
Aquele mesmo Menino
Que entre todos procuravam.


Mataram Jesus na Cruz
No meio de dois ladrões
Mataram o Rei dos reis
Sem terem disso razões.
Mas Ele perdoou ao mundo
O mal que o mundo Lhe fez
Perdoa os nossos pecados
E a nossa malvadez.


Foi Deus que veio ao mundo
Para esse mundo salvar
Sabendo que a cada homem
Muito tinha a perdoar;
Mas morreu por todos eles
Por todos nós padeceu
Por todos crucificado
E depois voltou pro Céu.

(Felipa Monteverde)


(Algumas imagens foram recolhidas pela Net)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Era noite de Natal - 1


Era noite de Natal
São José preocupado
À procura de pousada
Sem a haver em nenhum lado.
Passaram anjos do céu
Mostraram uma lapinha
São José levou Maria
Tanto frio que Ela tinha.
São José procurou lume
Para acender um braseiro
Que a noite estava fria
Naquele velho celeiro.
Quando São José chegou
Com as brasas que trazia
Já o Menino era nado
Estava ao colo de Maria.


São José se ajoelhou
Ao pé do Filho e da Mãe
Ao Deus-Menino beijou
Na lapinha de Belém.
E o Menino sorriu
São José também sorria
Era Deus que vinha à Terra
Nunca tal coisa se vira.
O Menino era Deus
Filho da Virgem Maria
Seu pai era São José
De um modo que não sabia.
A Senhora concebera
Com toda a graça divina
Trouxe um Filho em seu seio
Sem deixar de ser menina.


Vieram anjos do Céu
Adorar o Deus-Menino
São José tudo olhava
Admirado e agradecido.
Maria com o Menino
Em São José confiava
Deus lhes deu esse destino
Que ninguém ali esperava.


Vieram os pastorinhos
(Que um anjo os avisara)
Trazer prendas ao Menino
Que a todos abençoava.
Deus nasceu numa lapinha
Pelas terras de Belém
E aconchegado dormia
Ao colo de Sua Mãe.


São José tinha um burrinho
Que agasalhou na lapinha;
E já dentro se encontrava
Uma humilde vaquinha.
Maria pôs o Menino
Na manjedoura a dormir
A vaquinha e o burrinho
Ao pé d’Ele sem bulir.
Só seu bafo se ouvia
Só sua respiração
O Menino-Deus dormia
Cheiinho de gratidão
Por aquele calorzinho
Com que os dois o aqueciam;
A vaquinha e o burrinho
Toda a noite não dormiram.


A velar o Deus-Menino
São José preocupado
Que os anjos avisaram
Que Ele era procurado.


Vieram do Oriente
Três reis a ver o Menino
Junto d’Ele ajoelharam
Porque Ele era divino.
Nunca tal coisa se vira
Numa lapinha tão pobre
Reis prestarem vassalagem
De uma maneira tão nobre.
Presentes lhe ofereceram
Porque era o Rei dos reis
Adoraram o Menino
Do modo que já sabeis.
Herodes já procurava
O Menino, pro matar
Mas um anjo, avisado
A São José foi contar.


São José fugiu dali
Com o Menino e a Mãe
Levou-Os para o Egipto
Para longe de Belém.
O Menino era divino
Já toda a gente sabia
Mas nas terras do Egipto
Ninguém lá os conhecia….

(Felipa Monteverde)
Continua...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Teu olhar


Jesus, o Teu olhar
É para mim um refúgio
Uma atracção natural
Um aconchego real.

Jesus, o Teu olhar
Liberta-me, solta-me e prende;
Eu olho-Te e me quedo
Presa a Ti, a alma em êxtase…

O Teu olhar, Jesus
É puro, profundo, arrebatador
Penetra em minha alma e enche-a de luz,
Mostra-Me todo o Teu amor.

É um refúgio, Jesus,
O Teu olhar divinal,
O olhar de Quem me ama
E me liberta do mal...

O Teu olhar, ó Jesus,
Deixa a minha alma presa
Nesse amor que irradia,
Mais puro que a luz do dia.

No Teu doce olhar, Jesus,
Que me liberta e me prende,
Vive a minha alma escondida
Nesse refúgio que é vida…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Reflexão com Madre Teresa


Temos necessidade de encontrar Deus.
Ele não se encontra
No meio da agitação e do barulho.
Deus é amigo do silêncio.

Vede como a natureza, as árvores,
As flores e a erva
Crescem em silêncio.
Vede as estrelas, a lua e o sol
Como se movem em silêncio.

A nossa missão não é dar Deus?
Devemos dá-l’O não como um deus morto
Mas como um Deus vivo, um Deus que ama.
Quanto mais recebemos no silêncio e na oração,
Mais daremos na vida activa.
Temos necessidade de silêncio
Para tocar os corações.
O importante não é o que dizemos
Mas o que Deus nos diz
E o que Ele diz através de nós.

Madre Teresa de Calcutá

(Retirado do livro GUIA DO PEREGRINO DE FÁTIMA, 3ª edição, 1997)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Se o deserto florisse


Se o deserto florisse
Se a estéril parisse
Se um rio de água abrisse a aridez desta planície
Decerto que este mundo mudaria
E uma imensa hemorragia traria o teu coração à superfície...

D. António Couto

sábado, 9 de outubro de 2010

Acção de Graças


Dá-nos, Senhor, um coração novo,
capaz de conjugar em cada dia
os verbos fundamentais da Eucaristia:

RECEBER, BENDIZER e AGRADECER,
PARTILHAR e DAR,
COMEMORAR, ANUNCIAR e ESPERAR.

Dá-nos, Senhor, um coração sensível e fraterno,
capaz de escutar e de recomeçar.

Mantem-nos reunidos, Senhor,
à volta do pão e da palavra.

E ajuda-nos a discernir os rumos a seguir
nos caminhos sinuosos deste tempo,
por Ti semeado e por Ti redimido.

Ensina-nos, Senhor,
a saber colher o Teu amor semeado e redentor,
única fonte de sentido que temos para oferecer
a este mundo de que és o único Salvador.

D. António Couto

(Retirado de http://chamadocarmo.blogspot.com/)