Mostrar mensagens com a etiqueta Saúde. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Saúde. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 6 de abril de 2020

HAJA PAZ, SEGURANÇA E SAÚDE


Actualmente, para haver PAZ, SEGURANÇA e SAÚDE, é indispensável, a nível global:

- Evitar conflitos armados,

- Praticar negociações construtivas, a qualquer nível,

- Fazer coordenação política e tomar medidas anti-crise, entre muitos países,

- Proceder a negociações económicas para equilibrar os mercados.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

É O QUE ELES QUEREM!

É o que eles querem
(Publicado no semanário O DIABO em 28 de Novembro de 2017)

Nem tudo, na realidade, corresponde às esperanças que possam ser geradas pelo persistente optimismo do Governo. Os factos, muitas vezes, pelo contrário, mostram incapacidade para modernizar, organizar, controlar, remodelar os serviços de apoio aos cidadãos. E aquilo que não é alterado entra em estagnação, desactualiza-se, torna-se obsoleto e acaba por resultar em dificuldades acrescidas para as pessoas.

Há dias, um amigo referiu o caso de uma senhora com cerca de 60 anos, ainda a trabalhar, beneficiária da ADSE, para onde desconta desde há 32 anos, muito doente, que precisava de fazer uma cintigrafia, telefonou, há poucos dias, para um moderno Hospital de Lisboa em que costuma ser atendida, a fim de marcar esse exame. O funcionário que a atendeu, fez-lhe todas as perguntas para preencher a ficha e ela foi-lhe respondendo com todo o rigor. Depois de dispor de todos os dados que desejava, o funcionário disse-lhe que o exame seria no dia 3 de Março de 2018 às 10h00.

A senhora ficou chocada, tem que ser tratada, porque corre o risco de ficar tolhida numa cama, sem capacidade financeira para ter alguém que a assista. perguntou se havia possibilidade de conseguir uma data mais próxima porque a falta de tal exame, provavelmente, já não iria precisar dele por falecer antes. O funcionário disse que não era possível ser antes porque o Estado deve muito dinheiro ao Hospital e este, para ir amortizando a dívida, terá de adiar uns meses, esperando que ele possa ir pagando. Ela respondeu que, dessa forma, as pessoas com necessidade de cuidados de saúde, como era o seu caso, acabam por morrer por os não receberem. Por esse andar, morremos todos mais cedo. Ele respondeu: é o que eles querem.

A senhora, então, pergu ntou, como seria se ela pagasse o exame a pronto e a resposta foi imediata: se a senhora pude e desejar pagar a pronto o exame pode ser feito já amanhã às 10H00.

E, assim, o Hospital efectuou no dia seguinte a cintigrafia de que a senhora necessitava o que permitiu ao seu médico prescrever o tratamento adequado para a sua doença e ela ver a saúde melhorar.

Bem prega Frei Tomás, ouçam o que ele diz mas não olhem para o que faz. E assim vai este País, sem respeito pela defesa dos direitos das pessoas que não tenham meios para fazer face às suas necessidades básicas e tenham de esperar pelo apoio do Estado para o qual todos temos que pagar aquilo que nos queiram sacar sob os mais diversos títulos (impostos, taxas, etc).

E para estas dificuldades das pessoas e adiamentos de exames não parece ter solução com greves de enfermeiros e/ou de médicos. Isto precisa de uma profunda reforma da máquina do Estado no que toca a nomeação de pessoas competentes, com sentido de responsabilidade e com sensibilidade para melhor fazer face aos problemas das pessoas.

O meu amigo, pessoa bem informada, acrescentou que, quem está sindicalizado num sindicato ligado à Intersindical não tem problemas. Este governo, que passa os dias a publicitar as suas virtudes, não deixa de satisfazer as "justíssimas" revindicações dos trabalhadores ligados ao menor partido da Geringonça. Os outros, trabalhadores e reformados que não estejam sob protecção da Inter, podem morrer à vontade, até dando jeito às finanças (ao Centeno), aliviando os cofres de despesas obrigatórias. Nesta linha de raciocínio, o ideal era que os reformados desaparecessem, deixando de haver gastos com a "PESTE GRISALHA", como foi dito certa vez.

António João Soares
21 de Novembro de 2017

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

FUTURO COM PAZ E SAÚDE NUM AMBIENTE RESPEITADO


A História Universal evidencia que a vida das sociedades, da Humanidade, obedece à lei da física acerca do movimento sinusoidal, com descidas e subidas alternadas. Há sinais muito significativos de que nos encontramos no início de uma nova fase do ciclo.

Numa visão superficial, um tanto pessimista pode fazer recear que o futuro está muito comprometido, porque o mal está generalizado e a humanidade está em decadência. Já aparecem muitos vídeos a mostrar que os animais «ditos irracionais» agem.quer isoladamente quer em família ou em grupo, com mais racionalidade, solidariedade e humanidade do que os humanos que se arrogam o título de racionais.

A política que devia ser a função mais nobre e mais prestigiada, está considerada como a coisa mais vil e odiada que há na Terra. É um covil onde se encontram inaptos, e que, a cada mudança,, são substituídos por outros mais incapazes, estando em vias de ali irem parar os piores marginais, movidos não pelo amor ao seu País e suas pessoas, mas aos seus interesses pessoais de enriquecimento rápido sem olhar a meios.

Por este ponto de vista parece não haverá saída fácil e que teráde vir um dia em que tudo mudará, certamente com muito perda de sangue, para depois, das cinzas nascer a Fénix.

Porém, surgem sinais de optimismo de mudança inteligente e pacífica que coloca em acção as qualidades civilizadas de poderosos agentes da economia mundial. Quanto à objectividade de um novo ciclo, tenho grandes esperanças, porque, além de estar a ser absolutamente necessário, as pessoas, a Humanidade, precisam de voltar a ser mais respeitadas e ser o principal motivo das acções dos governantes dos países.

Eis alguns sinais positivos A propósito de uma proposta de um grande capitalista mexicano para a compra dos hospitais do GES, ouvi uma senhora economista com dotes de humanista dizer que se aproxima uma era em que o negócio ligado à SAÚDE vai substituir o que hoje se liga ao armamento. Os capitalistas que aumentam as suas fortunas com a morte das pessoas estão a orientar os seus negócios para a defesa da saúde delas. É o que se vê no grupo deste magnata, na reorientação dos seus diversificados negócios.

Outro sinal de reorientação de grandes homens de negócios mundiais é o interesse do grande capital, estar a dar sinais de se voltar do petróleo para o negócio da protecção do AMBIENTE. Este, curiosamente, tem pontos comuns com o caso anterior, pois também irá concorrer para a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da Natureza em geral. Estes dois sinais do novo ciclo da Humanidade estando interligados, reforçam a convicção de que as preocupações com a saúde e o ambiente têm lógica, uma racionalidade consistente que poderá ser o estratégia de amanhã.

A elas, deverá juntar-se a PAZ. Para ela, a primeira medida seria acabar com a «não proliferação das armas nucleares» e pôr em prática a sua «eliminação total», o que deve começar pelo exemplo das potências que possuem grandes arsenais mortíferos e, depois, a ONU decretar sanções muito duras sobre o pais que teime em guardar uma, mesmo que muito pouco potente. Há muita coisa a fazer e é importante que a ONU e a NATO usem o seu PODER e obtenham AUTORIDADE, PRESTÍGIO E RESPEITO. E não tenham receio nem hesitação para manter a Humanidade numa nova era histórica de Paz, Saúde e uma Natureza respeitada e propícia à felicidade consciente e ética das pessoas.

A João Soares. 20-08-2014
Imagem de arquivo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reforma do Estado é problema nacional


Do muito que tem sido publicado conclui-se que a reforma do Estado não pode ser um remendo colocado por capricho do actual Governo, mas constitui uma necessidade, um imperativo nacional e deve ser levada a cabo com o objectivo claramente definido de sair da crise, evitar cair noutra de causas semelhantes, dar aos portugueses melhor qualidade de vida com bons apoios de educação, de saúde, de justiça, de equidade social, de segurança e de garantia de emprego.

Para isso, é estranho que agora o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, diga que o seu partido se mantém disponível para "aproximar posições" com os partidos oposição. Isso não poder ser aceite como uma concessão da coligação no Poder, pois a reforma, para ser eficaz e duradoura, deve ser fruto de convergência de esforços de todos os partidos e forças vivas. Não são aconselháveis avanços e recuos a bel-prazer de partidos que subam ao Governo.

Está no caminho certo a Presidente da AR, Assunção Esteves, quando defende uma carta de intenções em que os partidos parlamentares clarifiquem o objecto da comissão de reforma, em que haja boa-fé garantida à partida pela explicitação do objecto da comissão.

Além do objectivo da reforma, é preciso, a seguir, traçar as linhas estratégicas gerais a que devem obedecer as medidas práticas indispensáveis: tornar o Estado e a administração pública e autárquica, mais simples sem burocracias desnecessárias, mais barato, mais eficaz, tornando extensivos os apoios atrás referidos a todos os cidadãos, por meio de uma justiça social que reduza ao mínimo os explorados e carenciados, crie um tecto para as pensões de reforma douradas, e use o salário mínimo como medida de cálculo e de expressão dos salários e mordomias dos funcionários públicos e dos políticos.

Imagem de arquivo

domingo, 30 de dezembro de 2012

SNS em dificuldades ou medicina preventiva?

Francisco Moita Flores correu em defesa do secretário de Estado da Saúde que foi alvo de críticas à sua insensibilidade em relação aos portugueses com problemas de saúde, quando disse que «por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o SNS, mais tarde ou mais cedo, será insustentável. Não basta só cobrar impostos. É preciso que as pessoas façam alguma coisa para que recorram menos aos serviços». Tais críticas surgiram através da Comunicação Social e da Interner, em que se inclui o post anterior.

Transcreve-se o artigo de Moita Flores seguindo de NOTA:

Patetices
Correio da Manhã 29-12-2012. 1h00. Por: Francisco Moita Flores, Professor Universitário

Um ano que se arrastou com tantos disparates a colorir os dias cinzentos que vivemos não poderia terminar sem mais patetices para alegrar a quadra. E sendo um episódio pateta é bem revelador da crispação e do estado de espírito a que se chegou onde se inventam motivos para estar em desacordo.

A crise tornou-nos especialistas na discórdia. Nem que seja por embirração ou amuo. Desta vez, ouvi o homem falar. Foi o Secretário de Estado da Saúde. A propósito do Serviço Nacional de Saúde, alertou para o facto de termos de contribuir para a redução dos custos assumindo comportamentos de menor risco. E recordou: gastam-se 500 milhões de euros por causa das doenças associadas ao tabaco, 200 milhões pelas que resultam do excesso de álcool e só em medicamentos para diabéticos a coisa chega aos 100 milhões. Percebi que estaria a falar de medidas preventivas, sugerindo que se reduzisse o consumo de cigarros, álcool e doces. Ouvi o Professor Fernando Pádua nos seus programas sobre o coração dizer isto milhares de vezes.

Em Portugal a maior causa de morte são as doenças cardiovasculares, coisa que leva especialistas a alertarem para o excesso de consumo destes bens. Achei o discurso sensato e repetitivo. Esqueceu-se do excesso de consumo de gorduras, mas dei de barato o lapso. Qual não é o espanto quando, na hora a seguir, a TSF retransmite as mesmas palavras e a resposta de alguém de uma Associação de Utentes dos Hospitais Públicos em que denunciava a conversa como típica da política de direita. Nem mais. Daí ao habitual burburinho político com as declarações do homem foi um instantinho e choveram os mais desencontrados discursos.

A tempestadezita no copo de água que tanto prezamos e que é o sinal da desorientação geral no que respeita a saber aquilo que se discute. Pouco importa. Importante é inventar um arraial sobre tudo e nada. Neste caso descobrindo que o País fecha 2012 com uma verdade tonta: uma boa política de esquerda apoia mais cigarros, álcool e doces. E sabendo-se que também não é assim, ficamos à espera que 2013 traga um pouco mais de sensatez e menos quezília a um país que tanto precisa de inteligência e já produziu em excesso todas as patetices.


NOTA: Compreende-se que Moita Flores está politicamente correcto ao procurar agradar aos sociais-democratas para conseguir a vitória nas autárquicas de Oeiras. Mas o SE da Saúde, como se vê da frase transcrita, não referiu claramente o conselho aos cidadãos para usarem prioritariamente a medicina preventiva, para benefício da sua própria saúde. Pelo contrário, o que pode ter sido uma explicação infeliz por parte do SES, e que chocou foi a argumentação com base nas despesas e a referência aos nossos impostos. Isso é que pode ser considerado «patetice», uma obsessão neurótica pelo dinheiro que, para o cidadão comum, pode ser traduzido: Evite ir ao SNS, aguente o seu incómodo e deixe para o SNS a passagem da certidão de óbito.

A criticada falta de compreensão e de sensibilidade para os portugueses com problemas de saúde não constitui um aspecto de luta inter-partidária mas de um apelo a que os governantes não se esqueçam do juramento feito na tomada de posse de lealdade aos cidadãos e às suas funções de defender, com permanência e perseverança, os interesses nacionais, dos cidadãos, contribuindo para o seu bem-estar e segurança. Sendo o Estado constituído por três pilares – população, território e organização política – não se deve esquecer que o factor principal é o primeiro, as pessoas, e estas não devem ser lembradas apenas durante as campanhas eleitorais.

Imagem de arquivo

sábado, 29 de dezembro de 2012

Evitar o médico !!!

O Secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse que «é preciso que as pessoas façam alguma coisa para que recorram menos aos serviços» do SNS» porque, «por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o SNS, mais tarde ou mais cedo, será insustentável».

Tenho lido e ouvido muito sobre as vantagens pessoais e sociais da «medicina preventiva» mas, apesar da insensibilidade dos actuais governantes em relação às pessoas e aos respectivos problemas, não esperava esta argumentação de tão alta entidade. O meu espanto vai ao ponto de pensar que isto possa ter sido uma brincadeira da Comunicação Social, porque ou esta forma de dizer as coisas tem intenções humorísticas ou, por outro lado, poderá ser interpretada como uma preparação para em breve ser criada legislação para a eutanásia que, depois, passará a obrigatória para as doenças mais caras ao Estado e, mais tarde, para todos os inactivos logo que adoeçam (ver aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

Realmente os impostos são insuficientes para suportar todos os sanguessugas que vivem à larga à custa do Estado (com pensões milionárias e acumuladas, nas fundações, nos observatórios, nas empresas e nas instituições públicas e autárquicas, como assessores e especialistas nos gabinetes dos governantes, nas PPP, nas empresas de consultadoria que trabalham para o Governo, etc. etc.). Mas, em democracia e num Estado civilizado regido por valores morais éticos, humanitários, seria mais ético, mais moral, mais democrático, que o dinheiro dos impostos revertesse prioritariamente para benefício directo dos contribuintes e dos cidadãos mais carentes, finalidade que deveria estar acima das mordomias e dos interesses das sanguessugas do feudalismo dos grupos económicos.

Afinal para que pagamos impostos? Será apenas para recapitalizar bancos mal geridos e empresas e instituições destinadas apenas a dar salários e regalias a tentáculos do polvo?

Imagem de arquivo

domingo, 15 de abril de 2012

Autoritarismo abomina liberdade e livre-arbítrio

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Saúde "manu militari"
Publicado por Manuel António Pina, no Jornal de Notícias, em 2012-04-12,

Quatro anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.

Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.

Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.
A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.


NOTA: As atitudes ditatoriais surgem sempre de cabeças incapazes de liderar um povo, com respeito pelas liberdades e pelo livre-arbítrio de cada um, recorrem ao policiamento por não saberem usar um bom sistema de ensino e de difusão de informação positiva. O convencimento exige saber e capacidade de utilizar os melhores argumentos para suscitar os comportamentos mais benéficos a cada um e à colectividade. Na ausência de tais competências surge a mão de ferro, o «quero, posso e mando» e são vomitadas «leis» sem viabilidade. Se ninguém os travar criarão a brigada anti-suicídio, com a finalidade de evitar que os mais decididos resolvam acabar com a vida, rapidamente, antes que a miséria fruto da austeridade e da má condução da sociedade, os elimine lentamente com sofrimento continuado. Mas tal sadismo não será de estranhar.

Imagem do Google

domingo, 18 de março de 2012

Estado deve investir nas pessoas

Já aqui deixei claro que não defendo posições partidárias e procuro ser isento e colocar acima de tudo os interesses nacionais. Por isso, não hesito em realçar palavras que considero patrióticas, sem olhar às cabeças de onde vieram as ideias. Se tais palavras não forem coerentes com as acções de quem as disse, isso não é da minha responsabilidade e só posso lastimar hipocrisias e aldrabices quer sejam enunciadas em campanha eleitoral ou fora dela.

O Estado,deve dar prioridade ao investimento nas pessoas, isto é à educação, à saúde, à justiça, à segurança, ao apoio aos idosos que acabam a vida abandonados, sem um carinho justificado por muitos anos de trabalho.

Nesta ordem de ideias destaco aqui a notícia Líder do PS acusa Governo de “olhar para a saúde como uma despesa”, por vir inserir-se em sintonia com muitos posts aqui colocados. Da notícia extraio as frases:

«António José Seguro, acusou neste sábado o Governo de encarar a saúde “meramente como uma despesa”, alertando para o risco de as medidas levadas a cabo pelo actual Executivo estarem a deixar de fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) os que mais dele necessitam.»

«E acabou por se aproximar de algumas afirmações do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. “Há uma coisa para a qual não pode faltar dinheiro: é prestar cuidados de saúde aos portugueses que mais necessitam”, disse no encerramento do Fórum, recorrendo a uma expressão já utilizada pelo chefe de Estado.»

«a equipa [governamental] com “uma única preocupação, de reduzir a despesa”, uma opção política que na sua opinião estava a atirar “para fora dos cuidados de saúde pessoas que não têm dinheiro e que vivem com maiores dificuldades”.»

E para meditação sobre a necessidade de os governantes pensarem mais nas pessoas, porque as condições de vida das pessoas devem ser consideradas o principal objectivo da governação, para isso tendo de tomar medidas para ser criada riqueza através de uma economia desenvolvida, sugere-se uma visita aos seguintes posts:

Governar com as pessoas, para as pessoas
Recado a jovens economistas e a governantes
Austeridade prejudica os mais pobres
Resolver a crise, pensando nas pessoas
Quem não controla a saúde ???
O pobre consumidor é escravizado
Utentes são os eternos sacrificados
Óptima lição para os governantes
Gestão Pública precisa de profunda reforma
Má gestão. Esbanjamento
Mário Soares alerta para a sensatez
Alerta para risco de «indignação» violenta
Classe média em risco de «implosão»

Imagem de arquivo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Quem não controla a saúde ???

Notícia do PÚBLICO diz que «Défice dos hospitais públicos derrapa mais de 70 milhões de euros só em Novembro», o que é espantoso, pois o Governo já está em funções há vários meses, e «só em Novembro» a derrapagem foi esta, calculada por baixo. Porquê? O que tem feito o ministério? Que explicação dá o Sr. ministro?

O aparecimento desta derrapagem «só em Novembro», depois de todos estes meses, não permite continuar a atirar as culpas para o Governo anterior. O que se passa? Quem estuda as causas disto? Que decisões foram tomadas que agravaram a situação? E agora, depois desta incapacidade de conter o défice já que não conseguiram reduzi-lo, quem é que vai tomar as rédeas do bucéfalo e controlá-lo entre as baias?

Não podemos ter confiança e esperança no futuro se esta equipa for mantida. Quem deixou que isto tivesse acontecido não dá garantias de passar a gerir bem o problema.

É para cobrir derrapagens como esta que se obriga toda a população mais carenciada a uma atroz austeridade? Quem são os verdadeiros responsáveis? Tem razão a Drª Manuela Ferreira Leite ao dizer que lamenta “poucas notícias” sobre cortes na despesa pública e talvez tivesse sido cuidadosa para não dizer o que se passa, isto é, lamentar haver aumentos em vez de cortes nas despesas públicas.

Imagem de arquivo

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Crise, Saúde e Doentes Carenciados

Os portugueses são estrutural e tradicionalmente doentes, começando pelos governantes que sofrem de miopia, só conseguindo ver, raciocinar e falar de números e não podendo vislumbrar as populações com os seus variados problemas, dificuldades e carências. Por isso, existe muita susceptibilidade aos problemas relacionados com o Serviço de Saúde.

A actual situação da saúde ressalta em cada dia através das notícias que, embora escassas e bem camufladas, não conseguem deixar de mostrar sãs realidades, quando bem observadas. Vejamos:

No Jornal de Notícias de 28 de Novembro, saiu a notícia Um doente em cada quatro não trata a dor por falta de dinheiro

Mas, no dia seguinte, o respectivo ministro, muito atento aos números de euros, como vem sendo timbre dos governantes, deixou escapar esta arrogância, de bom contador de milhões Taxas moderadoras sobem 50% e Estado vai arrecadar mais 100 milhões.

Mas a crise é tão grave que sentiu necessidade de suavizar o descontentamento gerado pela notícia anterior nos doentes mais carenciados de entre os que pagam taxa moderadora,, prometendo Medicamentos mais baratos dentro de um mês. Mas há que esperar para ver, pois promessas e garantias de governantes são escritas na areia.

Perante os muitos casos como este e o direito e o dever responsável de votar, cada eleitor deve procurar estar informado, para o que convém interpretar cada elemento informativo que recebe de diversas origens, sem paixões nem aversões, para, no momento de dar o seu voto, o fazer com a mais esclarecida consciência e sentido de responsabilidade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

SNS igual para todos para ter qualidade

Transcrição de artigo recebido por e-mail de pessoa amiga:

Ainda há coisas que se podem fazer

Público. 03-05-2011. Por José Vítor Malheiros

A ideia populista de que os ricos devem ser penalizados pelo uso do SNS (Serviço Nacional de Saúde) é o primeiro passo para a sua destruição.

Não vivemos um normal tempo de crise onde sabemos que a normalidade irá acabar por regressar como o bom tempo depois de uma tempestade. Esta não é uma crise de onde sabemos que sairemos mais fortes porque teremos sobrevivido e porque teremos aprendido a não repetir os últimos erro. Esta é uma crise onde não só não sabemos para onde vamos como também não sabe-mos para onde poderíamos ir. Esta é uma crise da qual ninguém sabe como sairemos nem sequer se sairemos dela. Esta não é a crise que se vai transformar na finest hourda União Europeia como desejávamos mas aquela onde os agiotas reunidos em Londres e em Frankfurt tentam proceder à última fase da lobotomia da civilização apagando o Estado Social dos programas eleitorais de todos os partidos. Uma questão de realismo, dizem. Vocês não têm dinheiro para isso sussurram-nos ao ouvido. Nós faremos um melhor serviço a gerir os vossos hospitais, as vossas reformas, os vossos exércitos, as vossas prisões os vossos partidos.

Esta crise não é uma batalha perdida, mas uma guerra perdida, onde a única possibilidade é reagrupar as forças no exílio organizar a resistência clandestina e prepararmo-nos para um longo combate.

Esta crise é o tempo de todos os charlatães e de todas as mentiras porque haverá sempre algo mais a extorquir dos contribuintes que se deixarão expoliar voluntariamente.

Porque alguém lhes disse que isso era inevitável. Porque alguém lhes disse que a política era um luxo impossível que só a economia deve tomar decisões sobre as nossas vidas que só a desumanidade garante a eficiência e que a desigualdade é a única justiça e a igualdade uma injustiça. Orwell ficaria boquiaberto com a sua presciência.

Mas neste momento em que não sabemos o que pensar, o que propor, há ainda coisas fundamentais que podemos fazer. Como defender o Serviço Nacional de Saúde, com unhas e dentes, por exemplo, sem aceitar os argumentos das empresas (e dos seus partidos), que acham que este é um negócio tão ruinoso para o Estado… que preferem ser elas a fornecê-lo.

Numa entrevista recente ao “Público” o líder social-democrata Miguel Relvas defendeu que a filha do homem mais rico de Portugal não pode pagar nove euros por uma consulta num hospital público pagando o mesmo que a filha de um desempregado. Não é justo dizia.

Vale a pena reflectir na proposta.

Antes de mais, o sistema é justo porque a família mais rica de Portugal já paga muito mais do que a família do desempregado para o SNS: paga através dos seus impostos (ou pagaria se todos os partidos quisessem). Por outro lado, se uma taxa moderadora progressiva desincentivar os mais ricos a aceder ao SNS e a escolher serviços privados, o SNS transformar-se-á no “serviço dos pobres”, abrindo a porta a todos os ataques à sua manutenção e melhoria (menos utilizadores, menor pressão social para a sua melhoria, utilizadores mais facilmente silenciados, etc.). De facto, se se pretende um serviço de saúde de qualidade, é fundamental que ele sirva todos em condições de igualdade, ricos e pobres sem distinção. Só desta forma toda a sociedade se empenhará, colectivamente, na sua defesa.

A ideia populista (aparentemente socialista mas de facto profundamente reaccionária) de que os ricos devem ser penalizados pelo seu uso dos serviços públicos é o primeiro passo para a destruição desses serviços públicos e para reforçar uma saúde (uma educação, uma…) a duas velocidades: uma privada, de qualidade; uma pública de subsistência. Os ricos devem ser tratados exactamente como os pobres - nem pior nem melhor - e só assim a defesa do serviço público será uma preocupação de todos. Ao contrário do que pretendem alguns, só a igualdade no acesso promove a qualidade.

José Vítor Malheiros (jvmalheiros@gmail.com)
Imagem do Google

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ambiente. Limpar Portugal


Há um ano, em Março, quando o calendário anunciava o início da primavera, realizou-se a operação «Limpar Portugal», por iniciativa de um grupo de jovens que mobilizaram muitas pessoas de boa vontade, para remover toneladas de lixos colocados ao lado de caminhos florestais um pouco por todo o lado.



Escrevi nessa altura que tal iniciativa generosa, de muito mérito, devia ter sido considerada pelos autarcas como uma bofetada de luva branca, pois ia colocar a nu a incompetência das autarquias e das pessoas que as guarnecem que, sendo pagas para evitar e resolver esses ataques ao ambiente, não mostraram a necessária eficácia. Houve poucas excepções em que algumas, poucas, autarquias nos dias anteriores à operação removeram grande parte dos lixos, para ficarem bem na fotografia. Seria de esperar que houvesse muitas a fazer o mesmo.

Mas a realidade geral foi de mau aproveitamento de tal generosidade da população e as autarquias não modificaram com visibilidade o seu desprezo pelo ambiente. E o movimento «Limpar Portugal» não passou, a partir daí, a pressionar os autarcas e a denunciar o mínimo atropelo ao respeito pelo ambiente, a fim de levar as autoridades a assumirem a sua responsabilidade.

A operação devia ter servido para despertar os autarcas para a defesa do ambiente, mas o seu egocentrismo, a sua focagem nos interesses pessoais de arrogante ostentação de poder em coisas secundária, mas mais visíveis, torna-os obtusos para o essencial dos interesses dos portugueses em geral, em que o ambiente é primordial.

E essas omissões deram agora origem à notícia Quercus revela pontos perigosos que refere casos muito graves em cinco conselhos, incluídos numa extensa lista negra. É preciso não esquecer que é vulgar dizer-se que o planeta não é dos actuais habitantes, está-lhes alugado com a condição de o devolverem em bom estado ás gerações vindouras. Infelizmente, em cada dia surgem mais agressões ao equilíbrio ecológico, colocando em risco as condições de vida no futuro.. 

Imagem do Google

domingo, 6 de março de 2011

Serviço de Saúde e intenções

Vem o jornal PÚBLICO informar que «Sócrates defende um Serviço Nacional de Saúde “moderno e eficiente», o que seria uma óptima notícia se fosse para acreditar. Mas «de boas intenções está o inferno cheio». Não vivemos de «intenções» mas de realizações.

Segundo consta, há muitos portugueses que dispõem de serviço de saúde moderno e eficiente, mas não é nacional, é espanhol a que os nossos compatriotas moradores perto da raia recorrem com agrado.

Desde quando o sr PM defende tal tipo de SNS? Para quando espera conseguir realizar tal intenção? Porque ainda não o fez? Como explica que as realidades têm evidenciado uma marcha em sentido contrário?

Temos na memória os múltiplos encerramentos de maternidades e centros de saúde e de atendimento permanente e os recuos que vieram anular algumas de tais decisões. Ficamos sem poder acreditar em promessas, principalmente quando vêm ao arrepio das realidades recentes.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Conhecer as causas da crise

Tem-se falado muito das origens da crise, de uma forma geral mas, a pouco e pouco, surgem pormenores mais rigorosos.

Segundo notícia do PÚBLICO, este diário teve acesso ao relatório final da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), o qual volta a ser muito crítico da gestão presidida por Paula Nanita, que foi demitida no final de Junho.

Segundo o relatório, o (SUCH) pagou, só a três empresas privadas de consultoria e gestão, mais de 21 milhões de euros até ao final de 2009, um montante quatro vezes superior ao total do prejuízo registado nesse ano por este organismo tutelado pelo Ministério da Saúde.

Para conhecer melhor o problema leia toda a notícia «Saúde gastou 21 milhões de euros em consultoria que não serviu para nada»

Imagem da Net

domingo, 19 de dezembro de 2010

Avança a Marinha !!!

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Diáro de Notícias. 10-12-2010. Por Manuel Carlos Freire

Uma dúzia de almirantes no activo, reserva e reforma participaram na assembleia geral extraordinária do Clube Militar Naval sobre a reforma da Saúde Militar.

O almirante Melo Gomes declarou ontem ao DN que "não se pode humilhar a saúde naval nem a Marinha permitirá qualquer humilhação, como nunca permitiu".

ex-chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), cargo que deixou há cerca de uma semana, falava à margem de uma assembleia geral extraordinária do Clube Militar Naval (CMN), exclusivamente dedicada ao "debate e esclarecimento dos fundamentos, consequências e efeitos, para a Marinha e para os utentes da família naval, da reforma do Serviço de Saúde Militar".

Ao contrário de uma sessão anterior, agora marcaram presença mais de uma dezena de almirantes no activo, reserva e reforma - mais um sinal da instabilidade e conflito aberto no seio das Forças Armadas e com a tutela sobre essa matéria.

"É preciso rever o caminho de concentração que se está a seguir, se se pretende aumentar a eficácia e a eficiência da saúde militar", observou um oficial superior, deixando uma interrogação: "Como é que isso será possível se um departamento [de medicina, por exemplo] tem serviços dispersos por locais diferentes?" (leia-se hospitais da Estrela e Lumiar).

As dezenas de sócios presentes deixaram cair a proposta de avançar com uma providência cautelar para suspender o processo de reforma da Saúde Militar, optando por requerer uma audiência com o recém-empossado CEMA, almirante Saldanha Lopes.

Em função desse encontro, a reforçada comissão representativa do CMN (com mais dois elementos, passando agora a seis) ficou com poderes para requerer audiências ao Presidente da República, ao Governo - na figura do primeiro-ministro, depois de o ministro da Defesa já os ter recusado receber - e aos partidos políticos com assento parlamentar, contaram ao DN alguns dos participantes.

NOTA: Se os governos contam com as Forças Armadas, em qualquer momento, para missões difíceis e arriscadas, elas têm que ter permanente disponibilidade, o que significa desde boas condições de saúde preventiva até às medidas urgentes de socorro e tratamento dos acidentados e feridos adequadas a um completo e rápido restabelecimento. A dedicação dos militares e a sua aceitação corajosa do perigo exige a certeza de um socorro eficaz. E a defesa da Pátria não dispensa tal dedicação incondicional até ao sacrifício da própria vida.

domingo, 8 de agosto de 2010

Serviços públicos pouco ágeis e eficazes

Há situações de tal maneira incompreensíveis que ficamos a duvidar se ouvimos ou lemos bem as notícias.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) identificou entre 200 e 300 clínicas privadas em situação ilegal, por não estarem registadas no organismo. Álvaro Almeida, presidente da ERS, tem a coragem de dizer que "esta é uma situação muito grave porque, se desconhecemos que a unidade existe, não podemos fazer fiscalizações para verificar se cumprem as condições de higiene e segurança". Este senhor deve contactar as polícias para aprender como são aplicadas coimas aos condutores sem carta, porque estes não constam de nenhum registo oficial!!!

Saiba o senhor presidente da ERS que as clínicas em situação ilegal têm clientes, porque publicitaram a sua existência. Logo, se esses clientes sabem que elas existem, também a ERS podia (e devia) saber!!! E, a partir daí, exigir o cumprimento das leis e regulamentos.

Isto dá que pensar sobre a margem de erro da actividade da «Inspecção» ou da «entidade reguladora». Foi preciso chegar às TRÊS CENTENAS, para verem as ilegalidades? O que estavam a fazer quando surgiu a primeira, a segunda, a terceira… e por aí adiante até às 300? Fala-se em tachos dourados com remunerações milionárias mas mais grave do que o alto salário, é o nada que se faz e a ausência de controlo, de avaliação do desempenho, de que tanto se tem falado quanto aos professores mas que deve ser aplicado, com o máximo rigor, a todas actividades remuneradas pelo Estado, isto é, pelos impostos dos cidadãos.

Infelizmente, não é apenas na área da saúde que se espera ver crescer as listas de infractores, sem as detectar com oportunidade e exercer precocemente a acção disciplinadora, pois também as Finanças divulgam mais 3098 nomes de devedores ao Fisco. Pode haver excesso de burocracia que tudo tolhe e empata, mas as leis que regulam tais actividades pode ser alterada radicalmente, ou melhorada da forma mais conveniente, para melhor o serviço que deve ser prestado aos portugueses, de que os cuidados de saúde e a recolha de impostos são parte importante.

Imagem da Net.

Saúde à balda

Devendo ser a Saúde, a par da Justiça, da Educação, da Segurança pública e da Administração, um dos pilares da governação de um povo, talvez o principal, é de lamentar que haja tantas razões de queixas.

Quase diariamente se encontram motivos para reflectir angustiadamente sobre o pouco cuidado que ela tem merecido das mais altas esferas. Hoje encontramos no PÚBLICO a notícia «Secretário de Estado da Saúde garante operacionalidade dos meios do INEM».

Título falacioso pois faz muito mau uso do verbo garantir. Garante ou garantirá???. Se o Secretário de Estado pode garantir, porque é que não tem garantido? Pelo que se sabe das notícias que nos chegam frequentemente, tem havido pouca operacionalidade e têm sido reportadas mortes por atraso na chegada das ambulâncias. Também o pessoal de enfermagem está a queixar-se, descontente com as condições da prestação de socorro. Quem tem convivido com tão pouca eficiência do serviço não está em condições de garantir, com credibilidade, melhor operacionalidade. É certo que ele náo diz se será melhor ou pior, apenas fala de operacionalidade, sem adjectivo!!!

Por outro lado, o Jornal de Notícias traz a promessa (ou ameaça) de que «Saúde vai buscar mais médicos ao estrangeiro». Este á mais um aspecto da balda em que tem andado o cuidado com os doentes. É o resultado de o Governo da época ter feito a vontade à Ordem dos Médicos e ter restringido a entrada de estudantes para medicina, com o «numerus clausus».

Muitos indivíduos deixaram de seguir a carreira de que mais gostavam para que os médicos já instalados não tivessem muitos concorrentes. Houve nítido desprezo pelos interesses nacionais e falta de sentido de Estado a favor de uma profissão que renegou os elevados ideais que lhe eram atribuídos. Cada um puxa a brasa à sua sardinha num clima de salve-se quem puder. Mas se tal comportamento é condenável em época de crise, menos tolerável é em período normal como aquele em que tal sistema foi instituído e do qual agora estamos a sofrer as consequências.

Governar não significa vogar ao sabor da corrente. Não se traduz em fazer jeitos a amigos coniventes e cúmplices, é olhar para todos os cidadãos com a mesma atenção.

Imagem da Net.

domingo, 11 de julho de 2010

INEM não socorreu

Segundo a notícia «Helicóptero desactivado deixa dois acidentes sem assistência» (Jornal de Notícias 08-07-2010. Por Glória Lopes e Nelson Morais), o INEM não enviou o helicóptero de Macedo de Cavaleiros para socorrer dois acidentes, ontem, em Bragança e Valpaços, por estar inoperacional, devido à falta de médicos. Em Vidoedo, um homem de 73 anos morreu. Em Valpaços, dois operários ficaram soterrados. (Para ler tudo faça clic no título da notícia).

NOTA: Fazendo fé na notícia, somos levados a interrogarmo-nos, afinal, para que pagamos impostos? Além de eles deverem servir para as mordomias e luxos dos políticos, deviam ser destinados a fazer face às necessidades básicas dos cidadãos. E, se fôssemos um Estado de Direito(como referia há dias o líder da bancada parlamentar do PS, nas suas palavras habitualmente balofas e vazias de chttp://foiporbem.blogspot.com/onteúdo sério), esta segunda finalidade dos nossos dinheiros devia ser prioritária. Mas o cidadão não tem direitos, tem apenas deveres.

Há anos, a então directora do jornal A Capital dizia na TV que é totalmente sensato e justificado deixar de pagar impostos tendo em vista o mau uso que deles é feito. Com o tempo temos de homenagear a sua clarividência. Que a sua alma esteja em paz.

Imagem da Net.

sábado, 10 de abril de 2010

História Nacional atraiçoada

Uma visão menos romântica da história, mostra que as grandes mudanças com ou sem guerras não são feitas pelo povo nem para o povo, sendo este apenas uma ferramenta utilizada por políticos ambiciosos e vaidosos que, logo a seguir, a colocam de lado sem cuidados de manutenção. Mas mesmo as consequências dessas reformas ou revoluções não são aceites e respeitadas em pleno, tendo em conta as promessas e os compromissos assumidos.

Afonso Henriques, João I, Nuno Álvares Pereira e João IV, lutaram com os castelhanos para assegurar a independência de Portugal, o que pressupunha que Portugal tinha capacidades em recursos humanos e materiais para garantir a sua autonomia e independência.

Mas se essa garantia era visível até recentemente, agora vê-se que não passa de ficção, se mais não houvesse, bastaria ver a necessidade de as mulheres do Alto Alentejo terem de ir dar à luz a Badajoz (Espanha) e de os doentes do Alto Minho terem de ir a Tuy e a Vigo (Espanha) tratar da saúde, caso já referido em «Governar para o povo». A atitude actual dos governantes está a desconsiderar os propósitos dos seus antecessores atrás citados, não que fosse correcto hostilizar os vizinhos, mas porque devia ser demonstrado aos nacionais que temos condições para ser independentes, com governantes capazes de dar ao povo o apoio indispensável e de manter relações de boa vizinhança em igualdade de soberania mutuamente respeitada.

Do muito que tem sido escrito sobre este tema candente e da abrangência do abandono e do desprezo pelo interior do rectângulo, transcrevo dois artigos de opinião do Jornal de Notícias de hoje, que merecem ser lidos na íntegra:


Saúde nocturna
Por Pedro Ivo Carvalho

Ninguém de boa-fé acredita na tese de que a decisão do Governo de encerrar a urgência nocturna de Valença teve como missão castigar as populações locais, obrigando-as a deslocar-se mais umas dezenas de quilómetros até ao serviço mais próximo e, dessa forma, colocar em xeque a sua assistência médica. Tal como poucos farão fé na tese de que, de repente, os valencianos foram tocados pelo impulso de obter a nacionalidade espanhola. Porém, ver no "caso Valença" apenas um frenesim mediático que acabará por esfumar-se com o passar dos dias significa não saber separar o essencial do acessório.

Em meios pequenos, a milhas e milhas dos gabinetes ministeriais com paredes forradas a power-point onde estas decisões são tomadas, são serviços como este que legitimam o sentimento de pertença das populações, que fazem com que permaneça viva a vontade de querer povoar os recantos do território que não são Lisboa. A interioridade não se combate apenas com modernaças auto-estradas e vistosas lojas do cidadão. Porque viver numa terra pequena significa poder dizer que vou ao meu café, ao meu supermercado, à urgência nocturna do meu centro de saúde. O Interior não pode adquirir o estatuto da "parte-de-Portugal-onde-é-giro-ir-dar-uns-passeios-e-comer-e-beber-umas-coisas-da-gastronomia-local".

Assim, e por mais respeitáveis que sejam os critérios médicos que levaram ao fecho da urgência nocturna de Valença, o que eles evidenciam é uma costumeira tentação de afunilar o país aos caprichos do poder central, esteja ele em Lisboa ou no Porto. A harmonia territorial não se alcança por via da clonagem das cidades desenvolvidas, elas próprias com qualidades intrínsecas não exportáveis. Coesão nacional não é massificação nacional.

Para o encerramento da urgência nocturna de Valença, pode ter valido mais o juízo médico do que o político (a propósito: é lamentável que manifestantes e Administração Regional de Saúde se tenham envolvido numa guerra de números sobre quantas pessoas vão por dia à urgência, ignorando que salvar uma vida ou salvar 17 é igualmente importante), mas os decisores, apesar dessa primazia do argumentário médico, tinham a obrigação de saber que os critérios técnicos, quando mal explicados, como parece ser o caso, são relegados para um plano inferior. Por isso, a pergunta deve ser:
O que ganha o país, o que ganham os valencianos, em perder a urgência nocturna do seu centro de saúde?
O que pretende, realmente, obter-se com isto?
Será assim tão chocante, num país que desbarata recursos quase por tradição, manter serviços médicos que, podendo não ser os mais eficazes à luz da gestão e da estatística, são a garantia de que o Estado chega a todos os portugueses com a mesma disponibilidade?
Quando é Portugal a desistir de Portugal, resta-nos o quê?
Rezar para não adoecer de madrugada?



Falência técnica
Por Mário Contumélias

Os recentes acontecimentos no sector da Saúde mostram como o Governo, que se diz socialista, se rege afinal por uma racionalidade económica e capitalista. Vejamos o caso do encerramento do SAP de Valença… Afirma a ministra Ana Jorge que o serviço não tinha condições e que, portanto, era preciso fechá-lo porque apenas proporcionava uma "falsa segurança" aos utentes. O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte disse até que o fecho "vem beneficiar os habitantes da cidade".

Ficamos assim a saber que se um serviço importante para as populações não funciona, a solução para o problema é encerrá-lo, e que tal constitui um benefício para os potenciais utentes… Quem foi que disse que a lógica era uma batata?

O resultado é que os portugueses de Valença vão ao Centro de Saúde de Tui, onde são atendidos como deve ser. Nada de mais, por aqui somos crescentemente cosmopolitas - dá-se à luz em Badajoz, operam-se os olhos em Cuba, vai-se ao médico em Tui. E depois, ainda se admiram das bandeiras espanholas nas janelas de Valença…

Entretanto, a política do Governo no que diz respeito à aposentação na Função Pública fez disparar os pedidos de reforma antecipada dos clínicos, aumentando exponencialmente o número de pessoas sem médico de família. Chama-se a isto coerência política.

Num outro plano, o Governo recusa uma actualização de vencimentos dos enfermeiros (de cerca de 2 500 euros anuais) em nome da crise, enquanto o presidente da EDP recebe em 2009, com o aval do Estado, 3,1 milhões de euros. É este o socialismo de Sócrates.

Neste quadro, não espanta que cresça a ideia de que "o primeiro-ministro não merece a confiança dos portugueses porque mente", como veio agora dizer o presidente da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas.

De uma maneira ou de outra, Sócrates e o seu Governo há muito que estão em falência técnica. E somos nós quem paga a factura.

sábado, 21 de novembro de 2009

Reduzir a população melhora o ambiente

O relatório Estado da População Mundial 2009 do Fundo das Nações Unidas para a População, hoje divulgado, defende que conter a população ajudaria no combate às alterações climáticas, podendo ser mais eficaz do que construir milhões de aerogeradores para a produção de electricidade a partir do vento.

Segundo o relatório, “reduzir o aumento da população ajudaria a aumentar a resiliência da sociedade às alterações climáticas e a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa no futuro”. Já os antigos espartanos, da velha Grécia, procuravam conter a população eliminando as crianças menos robustas e com deficiências bem como os adultos e idosos que não pudessem produzir o necessário para a sua subsistência. Esse controlo não estaria distante dos projectos nazistas e as organizações actuais com ambição de criar uma república única mundial, preparam tudo discretamente para a criação de uma sociedade com uma pequena elite de cérebro desenvolvido e eficiente e a maioria da população com músculo e um mínimo de cérebro.

Escrevi num comentário em 22 de Outubro de 2008 um esboço de antevisão de tempos terríveis. Dada a preocupação monetarista de analisar os problemas, o governo português, e certamente os dos outros países, irão dentro em breve reduzir a quantidade de idosos. O humor negro, que já não é tão negro por se mostrar realista e ter agora mais peças do puzzle colocadas pela PONU permite imaginar que da primeira vez que um reformado vai ao médico ele receita, seja qual for a doença, uma aspirina (que nada cura) e quando o doente lá voltar ele aconselha um chá quentinho ao deitar, com um comprimido que ele dá e, ao outro dia, deixa de estar doente, de ter dores e... até deixa de respirar!!!

Mas isto não é pura imaginação, pois em órgãos estatais já se prepara legislação para retirar aos doentes crónicos todo o apoio para prolongar a vida, apenas dando medicamentos para tirar as dores. Isto já será uma espécie de eutanásia subtil, meio escondida. Não esqueçamos que, no último congresso do PS, a proposta do presidente do partido versava legislação sobre a eutanásia

Com tais medidas poupam as despesas de hospital, de medicamentos e as pensões de reforma!!!

O futuro é muito incerto, embora os políticos possam usufruir de regalias especiais, como as que já têm dos «tachos dourados» e das «reformas milionárias» acumuladas.
Será que o povo irá acordar antes e exigir justiça igual para todos.