Enquanto nas televisões se discute futebol e as redes sociais se agitam a favor ou contra o artigo em que uma ex-namorada denuncia o ex-namorado, o preço da gasolina bate recordes históricos (1.649 €/l na Galp da Via do Infante, que uso como referência) apesar de o petróleo ainda andar por metade do valor atingido em 2008, e ninguém protesta: nem os taxistas, nem as transportadoras, nem as gasolineiras. A Senhora de Fátima continua a proteger a geringonça.
Herculaneum, circa 40 BCE. At the villa Pisonis the Epicurean School of Philodemus of Gadara is an informal gathering place for those who enjoy discussing philosophy, literature, general politics, the nature of things and how to live better.
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segunda-feira, 14 de maio de 2018
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Dos sound bites políticos
As I (and plenty of others) have said too often before, there is no point in arguing for something if no one could reasonably argue the reverse.
Mary Beard, no seu blogue.
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sábado, 4 de março de 2017
Populista, eu?
Escreve José Manuel Fernandes no Observador:
Cas Mudde e Cristóbal Rovira Kaltwasser, num pequeno livro que acaba de sair em Portugal, “Populismo – Uma Brevíssima Introdução” (Gradiva), escrevem: “Definimos populismo como uma ideologia de baixa densidade que considera que a sociedade está, em última instância, dividida em dois campos homogéneos e antagónicos – “o povo puro” versus “a elite corrupta” – e que defende que a política deveria ser uma expressão da volonté générale (vontade geral) do povo”
Ora a verdade é que cada vez mais, ao ler e ao ouvir as notícias, sinto que há dois mundos diferentes e paralelos, um em que vivemos nós, mortais comuns afogados em preocupações comuns (a prestação da casa, o IMI, o trânsito, as listas de espera nos hospitais e o despontar dos seguros de saúde, os fins-de-semana, as férias, o trabalho, o burnout e o desemprego, as reformas antecipadas, a educação dos filhos), e outro em que vivem as pessoas de dinheiro e de poder, cujos interesses passam pelos movimentos de muitos milhões de euros. Só.
Se ao menos não houvesse contactos nem interferências entre estes dois mundos, poderíamos no nosso seguir as nossas vidinhas e ignorar o outro, ou encará-lo como um filme no cinema; poderíamos tentar melhorar as nossas situações com regras escolhidas por nós e que para nós fizessem sentido. Infelizmente parece que, para continuarem a movimentar os seus milhões, essas outras pessoas precisam de nos infernizar, subjugar e manter em estado de ignorância e precariedade.
Quando era mais novinha, acreditava que a minha vida iria mudar no sentido de maior liberdade, maior conhecimento e reconhecimento profissional, mais dinheiro, mais amigos, melhores viagens, mais tranquilidade, em resumo, maior amplidão de recursos e horizontes. Hoje sinto-me como um rio apertado entre paredes de betão. Quando chove, o caudal aumenta e consigo espreitar para além destas margens artificiais, mas cada vez mais, entre barragens e comportas, sou obrigada a manter-me num curso que não escolhi até chegar, inevitavelmente, ao mar.
Cas Mudde e Cristóbal Rovira Kaltwasser, num pequeno livro que acaba de sair em Portugal, “Populismo – Uma Brevíssima Introdução” (Gradiva), escrevem: “Definimos populismo como uma ideologia de baixa densidade que considera que a sociedade está, em última instância, dividida em dois campos homogéneos e antagónicos – “o povo puro” versus “a elite corrupta” – e que defende que a política deveria ser uma expressão da volonté générale (vontade geral) do povo”
Ora a verdade é que cada vez mais, ao ler e ao ouvir as notícias, sinto que há dois mundos diferentes e paralelos, um em que vivemos nós, mortais comuns afogados em preocupações comuns (a prestação da casa, o IMI, o trânsito, as listas de espera nos hospitais e o despontar dos seguros de saúde, os fins-de-semana, as férias, o trabalho, o burnout e o desemprego, as reformas antecipadas, a educação dos filhos), e outro em que vivem as pessoas de dinheiro e de poder, cujos interesses passam pelos movimentos de muitos milhões de euros. Só.
Se ao menos não houvesse contactos nem interferências entre estes dois mundos, poderíamos no nosso seguir as nossas vidinhas e ignorar o outro, ou encará-lo como um filme no cinema; poderíamos tentar melhorar as nossas situações com regras escolhidas por nós e que para nós fizessem sentido. Infelizmente parece que, para continuarem a movimentar os seus milhões, essas outras pessoas precisam de nos infernizar, subjugar e manter em estado de ignorância e precariedade.
Quando era mais novinha, acreditava que a minha vida iria mudar no sentido de maior liberdade, maior conhecimento e reconhecimento profissional, mais dinheiro, mais amigos, melhores viagens, mais tranquilidade, em resumo, maior amplidão de recursos e horizontes. Hoje sinto-me como um rio apertado entre paredes de betão. Quando chove, o caudal aumenta e consigo espreitar para além destas margens artificiais, mas cada vez mais, entre barragens e comportas, sou obrigada a manter-me num curso que não escolhi até chegar, inevitavelmente, ao mar.
sábado, 15 de outubro de 2016
Um escritor sobre a escrita
"A instrução mais rigorosa sobre como escrever em prosa que alguma vez recebi [...] veio dos agentes seniores com estudos clássicos no último andar da sede do MI5 [...] que liam os meus relatórios com um pedantismo deleitado, manifestando desprezo pelas minhas orações incompletas e pelos meus advérbios desnecessários e riscando as margens da minha prosa chã com comentários como: redundante — omita — justifique — vago — quer realmente dizer isto? Nenhum editor que encontrei desde então foi alguma vez mais exigente ou teve tanta razão."
"Primeiro vem a imaginação, depois a busca da realidade. De seguida, o regresso à imaginação e à secretária à qual agora estou sentado."
(...) Le Carré acabara de entregar o romance "A Toupeira" à tipografia. No livro havia uma perseguição de ferry no estreito de Kowloon que o escritor criara com a ajuda de um velho guia turístico na Cornualha. Mas em Hong Kong, acabadinho de chegar, descobre de imediato que existe um túnel nesse mesmo sítio. Não a tempo, porém, de parar a impressão do novo livro para alterar a cena, ajustando-a à realidade: "Jurei que nunca mais voltaria a descrever uma cena num local que não tivesse visitado [...] A meio da vida, eu estava a ficar gordo e preguiçoso e a viver à custa de um fundo de experiência passada que estava a esgotar-se. Chegara o momento de abordar mundos não familiares."
John Le Carré, em entrevista a Cristina Margato, publicada na Revista do Expresso de 15/10/2016 (edição 2294, pg E|40)
"Primeiro vem a imaginação, depois a busca da realidade. De seguida, o regresso à imaginação e à secretária à qual agora estou sentado."
(...) Le Carré acabara de entregar o romance "A Toupeira" à tipografia. No livro havia uma perseguição de ferry no estreito de Kowloon que o escritor criara com a ajuda de um velho guia turístico na Cornualha. Mas em Hong Kong, acabadinho de chegar, descobre de imediato que existe um túnel nesse mesmo sítio. Não a tempo, porém, de parar a impressão do novo livro para alterar a cena, ajustando-a à realidade: "Jurei que nunca mais voltaria a descrever uma cena num local que não tivesse visitado [...] A meio da vida, eu estava a ficar gordo e preguiçoso e a viver à custa de um fundo de experiência passada que estava a esgotar-se. Chegara o momento de abordar mundos não familiares."
John Le Carré, em entrevista a Cristina Margato, publicada na Revista do Expresso de 15/10/2016 (edição 2294, pg E|40)
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Omissão
Os jornalistas portugueses prosseguem a narrativa angustiante da guerra entre os partidos de esquerda e de direita.
Omitem a outra guerra que está a ter lugar entre a Opus Dei e a Maçonaria, e que é transversal à anterior.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
A subir, a subir!
Irrita-me ouvir os jornalistas das várias televisões continuarem a falar dos problemas angolanos e russos ligados à baixa do preço do petróleo quando já há pelo menos duas semanas que este não pára de subir.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
O Papa não é Charlie
O Papa Francisco acha que matar em nome da religião é uma aberração mas que não se pode troçar* da fé das outras pessoas.
Este "mas" é perfeitamente assassino. É um "mas" que indica eles estavam a pedi-las.
E diz também que se alguém insultar a mãe dele deve estar preparado para levar um soco.
O Papa está, no mínimo, a deixar-se enredar nos raciocínios dos fanáticos, ele que parece um bocadinho menos fanático. Nas leis contemporâneas existem referências ao que devia ser uma questão de bom-senso, que é a força proporcional da resposta. Se responder a uma ofensa verbal com um soco pode ser normal**, como diz o Papa, responder a uma ofensa escrita com um assassínio em massa também será? Antigamente, pelo menos, havia duelos, que eram uma espécie de reparação formal e frontal. Hoje há processos em tribunal. Entrar por um jornal dentro e matar a redacção, por muita troça que esta tenha feito da religião - ou do partido político, ou do clube de futebol - não é certamente uma resposta proporcional. Nem sequer uma resposta, vamos lá.
* prendere in giro foi a expressão utilizada.
** Já agora, onde foi parar a oferta cristã da outra face?
Este "mas" é perfeitamente assassino. É um "mas" que indica eles estavam a pedi-las.
E diz também que se alguém insultar a mãe dele deve estar preparado para levar um soco.
O Papa está, no mínimo, a deixar-se enredar nos raciocínios dos fanáticos, ele que parece um bocadinho menos fanático. Nas leis contemporâneas existem referências ao que devia ser uma questão de bom-senso, que é a força proporcional da resposta. Se responder a uma ofensa verbal com um soco pode ser normal**, como diz o Papa, responder a uma ofensa escrita com um assassínio em massa também será? Antigamente, pelo menos, havia duelos, que eram uma espécie de reparação formal e frontal. Hoje há processos em tribunal. Entrar por um jornal dentro e matar a redacção, por muita troça que esta tenha feito da religião - ou do partido político, ou do clube de futebol - não é certamente uma resposta proporcional. Nem sequer uma resposta, vamos lá.
* prendere in giro foi a expressão utilizada.
** Já agora, onde foi parar a oferta cristã da outra face?
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Charlie, nós e eles
Diz o sheik Munir que o choca o ataque terrorista ao Charlie Hebdo porque o Islão é uma religião pacífica. Não é verdade: o Islão ortodoxo, fundamentalista, é tão pouco pacífico como foi o cristianismo durante séculos, ou o judaísmo na sua origem. Felizmente uma grande parte da Humanidade percebe, ou simplesmente sente, que acima dos preceitos mesquinhos apregoados pelos pregadores, das abstenções e das proibições, acima de tudo isso está o desejo de viver em paz, cada um consigo mesmo e com os vizinhos.
Outra parte da Humanidade, no entanto, tem prazer em causar sofrimento, e são esses sociopatas que, em nome de deuses ou de causas, de direitos ou deveres, matam, mutilam, violam, humilham, sequestram e torturam. Há-os de todas as cores e de todas as ideologias; desde o 11 de Setembro de 2001 os mais visíveis têm sido muçulmanos.
O ataque ao Charlie Hebdo é o mais recente ataque terrorista islâmico: recente e mediático, acontece depois de tantos outros mas chama a atenção para o que nos inquieta: "eles" estão no meio de nós. Não se trata de uns selvagens decapitadores na Argélia, nem do ISIL no Iraque, dos Boko Haram escravizadores de raparigas na Nigéria ou dos talibãs assassinos de adolescentes no Paquistão. "Eles" já chegaram cá, e podem de um momento para outro entrar aos tiros em qualquer sítio onde estejamos.
Não interessa que o assassino de Oslo não fosse muçulmano, nem que até há pouco tempo fossem cristãos os que armadilhavam carros de polícias no país basco ou na Irlanda do Norte: o inimigo agora usa turbante e barba aos caracóis. Presa fácil para os grupos que até há pouco agrediam homossexuais ou negros. E corremos o risco de não nos indignarmos quando houver agressões a muçulmanos. Et pourtant: os alemães, que ao contrário do que se diz têm bem vivo o seu passado (nie wieder!), desfilam visivelmente nas ruas pela aceitação e pela integração, lembrando a todos o perigo dos pogroms.
Talvez o mais importante seja o que eu espero e desejo: que os muçulmanos que vivem connosco pacificamente se manifestem também contra o terrorismo, que mostrem e digam e insistam que são "nós" e não "eles".
Outra parte da Humanidade, no entanto, tem prazer em causar sofrimento, e são esses sociopatas que, em nome de deuses ou de causas, de direitos ou deveres, matam, mutilam, violam, humilham, sequestram e torturam. Há-os de todas as cores e de todas as ideologias; desde o 11 de Setembro de 2001 os mais visíveis têm sido muçulmanos.
O ataque ao Charlie Hebdo é o mais recente ataque terrorista islâmico: recente e mediático, acontece depois de tantos outros mas chama a atenção para o que nos inquieta: "eles" estão no meio de nós. Não se trata de uns selvagens decapitadores na Argélia, nem do ISIL no Iraque, dos Boko Haram escravizadores de raparigas na Nigéria ou dos talibãs assassinos de adolescentes no Paquistão. "Eles" já chegaram cá, e podem de um momento para outro entrar aos tiros em qualquer sítio onde estejamos.
Não interessa que o assassino de Oslo não fosse muçulmano, nem que até há pouco tempo fossem cristãos os que armadilhavam carros de polícias no país basco ou na Irlanda do Norte: o inimigo agora usa turbante e barba aos caracóis. Presa fácil para os grupos que até há pouco agrediam homossexuais ou negros. E corremos o risco de não nos indignarmos quando houver agressões a muçulmanos. Et pourtant: os alemães, que ao contrário do que se diz têm bem vivo o seu passado (nie wieder!), desfilam visivelmente nas ruas pela aceitação e pela integração, lembrando a todos o perigo dos pogroms.
Talvez o mais importante seja o que eu espero e desejo: que os muçulmanos que vivem connosco pacificamente se manifestem também contra o terrorismo, que mostrem e digam e insistam que são "nós" e não "eles".
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Por um punhado de bambu
Quem me mandou a mim ler hoje o DN online e seguir esta notícia até ao fim?
Depois de defrontar a extraordinária capacidade de uma panda produzir voluntariamente alterações hormonais, e a confusão de uma panda com falta de apetite se vender por mais pão, fruta e bambu, fiquei ainda mais alarmada por poderem apresentar sintomas de gravidez no período pró-gestacional e mantê-los.
Já tinha ouvido falar de falsas gravidezes de cadelinhas, por exemplo, mas involuntárias. As pandas chinesas pareciam ter levado a coisa a um extremo de sofisticação.
Tive de ir à fonte, obviamente, e aí a história é mais normal: são alterações hormonais (um aumento da progesterona) que modificam o comportamento das pandas, e não o contrário, ainda que elas possam tentar prolongar um comportamento que lhes traz vantagem.
Depois de defrontar a extraordinária capacidade de uma panda produzir voluntariamente alterações hormonais, e a confusão de uma panda com falta de apetite se vender por mais pão, fruta e bambu, fiquei ainda mais alarmada por poderem apresentar sintomas de gravidez no período pró-gestacional e mantê-los.
Já tinha ouvido falar de falsas gravidezes de cadelinhas, por exemplo, mas involuntárias. As pandas chinesas pareciam ter levado a coisa a um extremo de sofisticação.
Tive de ir à fonte, obviamente, e aí a história é mais normal: são alterações hormonais (um aumento da progesterona) que modificam o comportamento das pandas, e não o contrário, ainda que elas possam tentar prolongar um comportamento que lhes traz vantagem.
Vá você
Desta vez o pessoal não se deixou intimidar pelo nome de mais um vulcão islandês e transformou um assustador Bárðarbunga numa coisa muito mais familiar: Bardabunga.
Não sei de quem foi a ideia, mas faz lembrar o sr. Berlusconi, não faz?
Não sei de quem foi a ideia, mas faz lembrar o sr. Berlusconi, não faz?
quinta-feira, 6 de março de 2014
Uma espécie de protesto
Acabo de ouvir na SIC notícias que as câmaras de televisão e os jornalistas não são bem-vindos nem bem vistos pelos manifestantes, polícias e militares, que hoje se apinham diante do parlamento e de vez em quando ensaiam uma subida pela escadaria (invasão, chamam-lhe).
Se assim é, poderia alguém explicar porque escolheram este horário, perfeito para os directos televisivos mas completamente fora das horas normais de expediente, quando já não podem esperar que ali estejam deputados ou governo para os receber?
Se assim é, poderia alguém explicar porque escolheram este horário, perfeito para os directos televisivos mas completamente fora das horas normais de expediente, quando já não podem esperar que ali estejam deputados ou governo para os receber?
sábado, 29 de dezembro de 2012
Masoquismo ou fé?
A sério, a sério, o que leva um homem condenado a pagar três milhões de euros por mês à ex-mulher a ter vontade de voltar a casar, mesmo que não fosse com uma rapariga cinquenta anos mais nova e com este currículo?
A verdade é que fidanzata em italiano quer dizer namorada, e não mais do que isso. Tradutori tradittori, é o que é.
A verdade é que fidanzata em italiano quer dizer namorada, e não mais do que isso. Tradutori tradittori, é o que é.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Gela, degela e passa
Notícia do Público:
Degelo
Caudal de rio na Gronelândia destrói ponte
26.07.2012 - 15:17 Por Nicolau Ferreira
Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado.(...)
Assustador, não?
Todavia, se tivermos a paciência de ler o resto do artigo, podemos ficar mais tranquilos: em resumo, houve uns dias de grande calor na Gronelândia e a camada superficial de praticamente toda a área gelada da ilha começou a derreter. O que esperavam que acontecesse?
E quanto a ser um fenómeno nunca antes observado, o facto é que tais observações por satélite só começaram há trinta anos... e que o estudo das camadas de gelo permite dizer que tais degelos acontecem periodicamente.
Nada como ir directamente à boca do lobo.
Degelo
Caudal de rio na Gronelândia destrói ponte
26.07.2012 - 15:17 Por Nicolau Ferreira
Em apenas quatro dias, a superfície de gelo que cobre a maioria da Gronelândia começou a derreter quase na totalidade, um fenómeno nunca antes observado.(...)
Assustador, não?
Todavia, se tivermos a paciência de ler o resto do artigo, podemos ficar mais tranquilos: em resumo, houve uns dias de grande calor na Gronelândia e a camada superficial de praticamente toda a área gelada da ilha começou a derreter. O que esperavam que acontecesse?
E quanto a ser um fenómeno nunca antes observado, o facto é que tais observações por satélite só começaram há trinta anos... e que o estudo das camadas de gelo permite dizer que tais degelos acontecem periodicamente.
Nada como ir directamente à boca do lobo.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Bom ano novo
Curiosamente à meia-noite nenhuma das quatro televisões nacionais passou imagens do fogo-de-artifício madeirense, o mais antigo e famoso do país. Hoje, no jornal das 7, a SIC Notícias pretendeu convencer-nos que (houve mas) causou incêndios e desalojou pessoas.
Na procura por um bode expiatório para o mau viver, a Madeira e Alberto João Jardim estão na fila, mas seria preciso tanto?
Felizmente o resto do mundo ignora essa guerra e aqui fica um testemunho, com os meus votos de bom ano para os amigos deste blogue: haja saúde, alegria e força para levar por diante os projectos de cada um.
Na procura por um bode expiatório para o mau viver, a Madeira e Alberto João Jardim estão na fila, mas seria preciso tanto?
Felizmente o resto do mundo ignora essa guerra e aqui fica um testemunho, com os meus votos de bom ano para os amigos deste blogue: haja saúde, alegria e força para levar por diante os projectos de cada um.
Foto do Daily Mail
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Schuld
Em alemão a palavra que traduz a nossa “dívida” é a mesma que diz a nossa “culpa”
António Guerreiro in Expresso, via Domadora de Camaleões
Isto explica realmente muitas coisas.
António Guerreiro in Expresso, via Domadora de Camaleões
Isto explica realmente muitas coisas.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Subir ou descer, eis a questão
Notícia do Expresso:
Défice orçamental sobe a 8,3% no 1.º semestre
Valor provisório do défice orçamental apenas nos primeiros seis meses já denota um agravamento face ao anterior destaque realizado pelo INE, que apontava para um défice de 7,7%.
11:10 Sexta feira, 30 de setembro de 2011
O défice orçamental no primeiro semestre do ano atingiu os 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB), indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), superior aos 7,7% do primeiro trimestre do ano.
(...)
Notícia do Jornal de Negócios:
Défice público caiu no segundo trimestre do ano
30 Setembro 2011 | 11:20
Pedro Romano - promano@negocios.pt
O défice orçamental recuou no segundo trimestre relativamente aos primeiros três meses do ano. Segundo as contas do INE, as necessidades de financiamento da Administração Pública passaram de 9,3 para 8,8% do PIB.
(...)
Que grande confusão. A verdade é que ler o documento original do INE não ajuda nada, porque as contas são feitas trimestralmente para todo o ano anterior - ou seja, é preciso saber os valores de todos os relatórios trimestrais desde há mais de um ano para se perceber alguma coisa. E eu, confesso, não tenho paciência, que a minha vida não é isto.
Défice orçamental sobe a 8,3% no 1.º semestre
Valor provisório do défice orçamental apenas nos primeiros seis meses já denota um agravamento face ao anterior destaque realizado pelo INE, que apontava para um défice de 7,7%.
11:10 Sexta feira, 30 de setembro de 2011
O défice orçamental no primeiro semestre do ano atingiu os 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB), indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), superior aos 7,7% do primeiro trimestre do ano.
(...)
Notícia do Jornal de Negócios:
Défice público caiu no segundo trimestre do ano
30 Setembro 2011 | 11:20
Pedro Romano - promano@negocios.pt
O défice orçamental recuou no segundo trimestre relativamente aos primeiros três meses do ano. Segundo as contas do INE, as necessidades de financiamento da Administração Pública passaram de 9,3 para 8,8% do PIB.
(...)
Que grande confusão. A verdade é que ler o documento original do INE não ajuda nada, porque as contas são feitas trimestralmente para todo o ano anterior - ou seja, é preciso saber os valores de todos os relatórios trimestrais desde há mais de um ano para se perceber alguma coisa. E eu, confesso, não tenho paciência, que a minha vida não é isto.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
O sexo das lulas
Outra notícia do Expresso:
Estudo: o que não sabia sobre o sexo das lulas
Ao que tudo indica, no que diz respeito ao sexo entre lulas, o género não importa. Um estudo norte-americano sugere que os machos da espécie octopoteuthis deletron não conseguem distinguir as fêmeas dos outros machos.
Ana C. Oliveira (www.expresso.pt), com The Guardian
19:08 Quarta feira, 21 de setembro de 2011
(...)
Que alívio. É que eu, olhando para eles, também não os distingo.
Estudo: o que não sabia sobre o sexo das lulas
Ao que tudo indica, no que diz respeito ao sexo entre lulas, o género não importa. Um estudo norte-americano sugere que os machos da espécie octopoteuthis deletron não conseguem distinguir as fêmeas dos outros machos.
Ana C. Oliveira (www.expresso.pt), com The Guardian
19:08 Quarta feira, 21 de setembro de 2011
(...)
Que alívio. É que eu, olhando para eles, também não os distingo.
domingo, 18 de setembro de 2011
Cor-de-rosa
Quando acabam os registos das férias e as arrumações, quando se começa a pensar seriamente no trabalho e a ler os jornais online que trazem não só as más notícias expectáveis mas as parvoíces do costume, nada como pôr em uso estes óculos que tinha guardados:
(Albufeira, Setembro 2011)
Juro que o mundo fica mesmo a parecer mais bonito.quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A evolução da crise grega
A propósito de crise, acho irresistível este boneco da revista satírica alemã Titanic sobre a evolução da dívida pública grega, que a Helena Ferro Gouveia postou aqui.
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