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25 novembro 2009

Mariza na lista dos melhores álbuns da década do The Times

O álbum da fadista Mariza "Fado Curvo" consta da lista dos dez melhores álbuns do mundo desta década, elaborada pelo diário britânico "The Times".

"Fado Curvo" aparece na sexta posição, entre "Moffou" de Salif Keita e "Specialist in All Styles" da Orquestra Baobad. Em primeiro lugar ficou o grupo Tinariwen, com "The Radio Tisdas Sessions".

"Mariza pega num antiga música desacreditada, neste caso, o Fado, o blues português e torna-a contemporânea e sexy e vende-a a uma audiência que antes a ignorava. Apareceu no 'Later with Jools Holland' e foi uma estrela", escreve o jornal acerca da fadista portuguesa.

O álbum eleito pelo "The Times" é o segundo da carreira de Mariza, tendo sido editado em 2003 e atingido a quádrupla platina. O tema principal deste CD, que conta com a produção de Carlos Maia Trindade, é o "Cavaleiro Monge".

A fadista portuguesa tem feito sucesso por todo o mundo, actuando em grandes salas como o Carnegie Hall, em Nova Iorque.

fonte: Público

06 outubro 2009

Amália FM

A primeira rádio dedicada exclusivamente ao fado e com um espaço aberto a todos os quiserem cantar é hoje lançada em Lisboa, como forma de assinalar o 10º aniversário da morte de Amália Rodrigues.

A nova rádio surge na frequência 92.0 como ponto de encontro do fado canção, vadio ou tradicional e de fadistas já consagrados, mas também de novos talentos ou simples ouvintes que queiram experimentar alguma vez cantar fado ao vivo, explicou à Lusa Luis Montez, administrador da estação.

Uma das características da rádio é a participação ao vivo de fadistas em alguns momentos, como é o caso do dia de hoje, para assinalar a inauguração. "Ao longo do dia o fado vai ser cantado ao vivo, com vários fadistas aqui no estúdio. Vamos ter Ana Moura, Carminho, Jorge Fernando, Mafalda Arnauth, Duarte, António Pinto Basto, entre muitos outros", disse.

Entre as 17h00 e as 20h00 passa, todas as tardes, o programa "Casa de Fados", que será um espaço de divulgação de artistas consagrados já com discos editados.

No período da noite abre-se um espaço musical chamado "Amigos do Fado", com música de fadistas já editados, mas também com a divulgação da noite, do que passa nas casas de fado. Este programa, dirigido pelo especialista em fado Virgílio Pereira, tem a particularidade de à quarta-feira ser dedicado ao fado vadio e permitir que "qualquer pessoa possa ir cantar fado ao vivo", acompanhada pelos guitarristas oferecidos pela rádio. "Dos que forem bons, gravamos alguns momentos e passamos ao longo do dia", acrescentou Luis Montez.

O administrador pretende ainda, a partir de Janeiro, começar a fazer emissões em directo das casas de fado. Com o objectivo de apoiar novos fadistas, a rádio aposta numa mistura de nomes fortes, como o de Amália, Carlos do Carmo, Marisa, Camané ou Ana Moura, com os que se estão ainda a afirmar, o caso de Ricardo Ribeiro ou Carminho.

Segundo Luis Montez, a ideia de fazer esta rádio surgiu da observação de um fenómeno que se passa numa rádio do Porto que tem um programa de fados à hora de almoço que é líder de audiências naquele horário há seis anos consecutivos.

"Comecei a ver que havia uma apetência grande e que não existia nada assim, ainda por cima em Lisboa, a capital do fado", explicou lembrando ainda o sucesso das rádios de música country nos Estados Unidos e de samba no Brasil.

A rádio Amália, que pertence ao grupo Luso Canal - que detém as rádios Capital, Marginal, Radar e Oxigénio -, conta com um total de 12 profissionais, entre os quais jornalistas que asseguram os noticiários de hora a hora ao longo do dia e de meia em meia hora no arranque da manhã - das 07h00 às 10h00 - e no regresso a casa - entre as 17h00 e as 20h00.

A rádio Amália está no ar a partir de hoje e com transmissão para todo o mundo através do site da Internet www.amalia.fm.

07 julho 2009

Festival Uma Casa Portuguesa a partir de amanhã na Casa da Música

O Festival Uma Casa Portuguesa arranca amanhã na Casa da Música, no Porto, com os Adiafa e os Segue-me à Capela, o primeiro dos nove concertos que compõem um programa com forte sotaque brasileiro.

No Ano Brasil, país que serve de tema à programação da Casa da Música em 2009, a 3ª edição do Festival Uma Casa Portuguesa cruza a música popular e tradicional de Portugal com algumas revelações da música brasileira.

O primeiro dia é dominado pela música de Portugal, com Segue-me à Capela, grupo de sete vozes femininas que cantam, à capela, clássicos da música tradicional portuguesa, com utilização esporádica de instrumentos de percussão como o adufe, a pandeireta, as pinhas ou as castanholas. O repertório, escolhido a partir de recolhas feitas por Michel Giacometti, Alberto Sardinha e o Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra, reparte-se pelas canções de trabalho, de amor ou religiosas.

Quanto ao grupo Adiafa, da Vidigueira, tornou-se conhecido sobretudo pelo tema "As Meninas da Ribeira do Sado". Fundado em 2002, este grupo, que tem como referência principal o cante alentejano, faz-se acompanhar pela viola campaniça, adufes e outros instrumentos tradicionais.

Quinta-feira os sons de Portugal compartilham o palco com os do Brasil, com os Pauliteiros de Miranda na primeira parte, e o Hamilton de Holanda Quinteto na segunda. Este último projecto pertence a uma das figuras de proa da música instrumental brasileira. O jovem bandolinista regressa ao Porto, onde esteve em 2008, no Festival de Jazz de Matosinhos, para apresentar o seu mais recente disco, intitulado Brasilianos 2.

Sexta-feira, cabe a Amélia Muge abrir a noite, num concerto em que recupera 15 dos mais de 200 temas que criou e apresenta dois temas ainda inéditos. O segundo concerto da noite é de Siba e a Fuloresta. Siba é considerado um dos mestres da nova geração do maracatu e dos cirandeiros, misturando na sua música a tradição rural e urbana do Nordeste brasileiro.

Sábado, a Banda Sinfónica Portuguesa, composta por aproximadamente 60 instrumentistas de sopro e percussão, violinos e contrabaixos, apresenta-se às 12h00, na Sala Suggia, para interpretar um conjunto de obras originais de compositores de renome mundial, em estreia nacional.

À noite, mais um concerto duplo, com a música trasmontana dos Galandum Galundaina na primeira parte e a música também nordestina, mas do Brasil, de Renata Rosa, uma cantora/compositora e actriz que tem vindo a desenvolver o seu trabalho com músicos do interior e da capital do Pernambuco

Renata Rosa funde a música tradicional com influências da música indiana, árabe, ibérica, cigana e indígena.

Na segunda semana, entre 23 e 26 de Julho, o festival ganha novas sonoridades, sendo dedicado ao fado. Num concerto a dois pianos, Mário Laginha e Bernardo Sassetti homenageiam Amália Rodrigues no décimo aniversário da sua morte.

Ricardo Parreira, Hélder Moutinho e Cristina Branco integram também este programa de Uma Casa Portuguesa, onde se destaca António Zambujo, uma das mais recentes revelações do fado.

O festival encerra com um encontro que reúne nove bandas filarmónicas da região

06 março 2009

Guitars, Whores and Sin: The World of the Fadista

Ou o filme Fados, de Carlos Saura, visto pelo The New York Times antes da sua estreia nos Estados Unidos da América.
Para ler aqui:
Guitars, Whores and Sin: The World of the Fadista

08 dezembro 2008

O Filme de Amália

Fui ver na sexta à noite no Campo Pequeno.
Eu gosto de cinema.
Eu não sei argumentar sobre cinema.
Não consigo dizer se um filme é bom ou mau, apontar defeitos e qualidades.
Mas sei dizer se gosto ou não gosto de um filme.
Vi o Amália e gostei. gostei mesmo.
A Sandra Barata Melo é uma belíssima actriz.

Film Clip #1 - Amália, O Filme

01 dezembro 2008

Carlos do Carmo no Pavilhão Atlântico: Não Há Lisboa sem ele

Diz a canção que não há Lisboa sem fado, nem fado sem Lisboa, e na noite passada a capital homenageou na sua maior sala de concertos o homem que personaliza Lisboa, e dá voz ao fado. Carlos do Carmo teve a celebração que os seus 45 anos de carreira merecem, entre amigos no palco e na plateia, e emocionou-se em cima do palco que, afinal, é a sua vida.

Feliz a cidade que tem a sua própria música para a cantar. Feliz do fado que se expressa através de uma voz reconhecida por todos. Felizes dos lisboetas que podem ver e ouvir o seu fadista maior ao fim de quatro décadas a cantar em grande forma. Felizes, e justos, os lisboetas que sabem homenagear quem tão bem canta a sua cidade. Mais charmoso que nunca, Carlos do Carmo aceitou o tributo e juntou família e amigos para generosamente partilhar um pedaço da sua impressionante carreira com o público que sempre o acarinhou e que respondeu à chamada enchendo o Atlântico.

Além dos fados clássicos que Carlos do Carmo perpetuou na sua voz houve espaço para muitas surpresas. Os conceituados Camané e Mariza, dois valores «feitos» da nova geração, não podiam faltar, a jovem e prometedora Carminho encantou, e de Espanha veio Maria Berasarte para interpretar com ousadia dois fados tradicionais na companhia de Carlos Bica, e José Peixoto, que são do melhor que há na nossa cultura musical. Grandes momentos que empolgaram a assistência.

Mas a noite era de Carlos do Carmo que cantou com a garra de sempre, o olhar sóbrio de sempre, com o humor de sempre, e com o discurso acertado de sempre. Houve tempo para subirem ao palco o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o Presidente da Voz do Operário que comemora 125 anos e que ficou com a fatia do lucro da noite de ontem generosamente patrocinada pelo fadista homenageado, que ouviu emocionado um poema lido por Victor de Sousa.

Uma noite perfeita que terminava de maneira pomposa e vistosa com o palco a ser estendido ao piano de Bernardo Sasseti e à Orquestra Sinfonietta de Lisboa que deram uma textura sonora maior aos grandes fados «Canoas do Tejo», «Gaivota» ou «Lisboa Menina e Moça». E fiquem com o recado sábio do Mestre Carlos do Carmo: o fado de Lisboa não é para se acompanhar com palmas, é para se cantar. Palminhas a acompanhar é uma modernice parva que só encaixa em outros géneros musicais. O Mestre ensina. O Mestre do fado. Longa vida ao senhor da voz de Lisboa!

in Disco Digital

30 novembro 2008

29 novembro 2008

Mestre do Fado no Atlântico

Hoje é noite de fado no Pavilhão Atlântico com Carlos do Carmo a dar voz às canções que Lisboa quer ouvir.
Fica o link da entrevista do fadisto ao Disco Digital:
Carlos do Carmo entrevistado

12 outubro 2008

Mafalda Arnauth no CCB: Flor de Estufa

A noite de sábado estava reservada para o regresso do fado ao grande auditório do CCB. Mais propriamente para o regresso de Mafalda Arnauth que apresentou o seu mais recente disco, «Flor de Fado», ao público lisboeta que não compareceu em número suficiente para encher a sala de Belém.

Este «Flor de Fado» é um disco especial que representa a súmula dos espectáculos que a fadista andou a apresentar pelo nosso país, e que levou até ao estrangeiro. Serve como que um balanço na sua carreira que já completou uma década de existência. Mafalda Arnauth foi das primeiras vozes jovens a pegar na pesada herança do fado para lhe dar um cunho pessoal e seguir caminhos paralelos que extravasam as fronteiras rigorosas que regem esta música de raíz tão portuguesa.

Foi sem surpresa que no CCB se viu uma Mafalda impecável na interpretação dos fados mais clássicos, e à vontade quando as guitarras foram substituídas pelo piano. Não esteve tão feliz nos diálogos com a plateia baralhando-se quando quis comparar os seus músicos a uma tripulação de caravela. Talvez pela falta de inspiração na comunicação o público também nunca respondeu de forma arrebatadora deixando sempre um ambiente morno no ar.

Mafalda Arnauth percorreu «Flor de Fado» ao longo dos seus 10 inéditos e das 3 versões «Tinta Verde» (Vitorino), «Flor de Verde Pinho» (Manuel Alegre, José Niza) e «Povo Que Lavas No Rio» (Pedro Homem de Mello), este último fado cantado de forma arrebatadora.

A fadista já ganhou o seu merecido espaço na galeria da renovação de fadistas, e mostrou que podemos contar com ela para o futuro do fado, e derivados que ela tanto gosta de visitar.

11 outubro 2008

Noite Arnauth no CCB

Do espectáculo "Flor de Fado", que Mafalda Arnauth foi apurando em concertos dentro e fora de portas, acaba de nascer o disco com o mesmo nome. É para o apresentar - e para rever o público da sua cidade - que a fadista vai ao CCB, Lisboa, no dia 11 de Outubro.
Além de percorrer grandes momentos do cancioneiro português, "Flor de Fado" inclui novos temas originais. Este concerto é uma oportunidade para os conhecer, mas também para lembrar os maiores sucessos de Arnauth e, sobretudo, para reencontrar a intensidade e força expressiva desta voz que tem encantado os públicos de Portugal e do mundo. Ouvir Mafalda Arnauth é sentir a profundidade emotiva do seu canto, numa redescoberta (ou reinvenção) do fado que recupera a memória de Amália sem hesitar perante a aventura noutros territórios da música, em busca do seu próprio fado.

28 setembro 2008

Visão de Mafalda Arnauth

A revista Visão avança com a apresentação do novo disco da fadista Mafalda Arnauth. Entrevista, fotos, e extractos das novas canções do disco que sai esta semana:
Visão

04 fevereiro 2008

Fado da saudade Premiado Com Goya

Está de parabéns Carlos do Carmo e o fado português.
A canção "Fado da saudade", de Carlos do Carmo e Fernando Pinto do Amaral, venceu hoje o prémio Goya para Melhor Canção Original na 22ª edição dos prémio Goya, a decorrer no Palácio dos Congressos, em Madrid. Os prémios Goya são o equivalente aos Óscares para o cinema espanhol. O filme Fados, de Carlos Saura, foi falado aqui.

13 outubro 2007

Mariza no David Letterman's Show

Grande momento na carreira de Mariza anteontem à noite perante milhões de telespectadores no David Letterman's Show:

04 outubro 2007

Fados de Carlos Saura

Fica a sugestão para o fim de semana prolongado, o filme Fados do espanhol Carlos Saura estreia esta semana e promete ser um bom objecto de discussão para os próximos tempos. Para já fica a sugestão de irem ao cinema ver como Saura filmou o nosso fado.

24 julho 2007

Museu do Fado apadrinha Fábia Rebordão

Lisboa tem fado, todos sabemos disso. Nem sempre nos lembramos é que a capital tem uma belíssima casa que é o Museu do Fado e que fica ali às portas do histórico bairro de Alfama. Ontem à noite o Pequeno Auditório do Museu encheu para acolher a apresentação de uma jovem, e promissora fadista que dá mostras de querer dar continuidade à interpretação do fado tal como ele sempre foi.

Fábia Rebordão tem 22 anos e não é uma desconhecida do público, a sua passagem pelo programa da RTP1 Operação Triunfo ficou na memória dos muitos que agora a encontram totalmente concentrada no fado. Isto depois de ter passado pelo elenco de «My Fair Lady», musical de Filipe La Feria em 2003, e de ter experimentado as áreas da soul, do jazz, blues, e até opera.

A aposta agora vai para o fado, e com acerto, pois Fábia Rebordão, impecavelmente vestida pela estilista bracarense Elsa Barreto, é senhora de uma poderosa voz já bem trabalhada que canta com convicção, e emoção os clássicos «Cuidei que tinha morrido», de Pedro Homem de Mello/Alain Oulman, «Fado Tamanquinhas», de Linhares Barbosa/Carlos Barbosa, «Madrugada de Alfama», de Amália Rodrigues/David Mourão Ferreira, ou mesmo «O Homem na Cidade» de Ary dos Santos.

Um serão muito agradável passado no Museu do Fado a lembrar que Lisboa é fado, e continua a ter jovens talentosas fadistas.