Metereologia 24 h

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Nascer com sorte - isso é verdade ou mito?

 


Quem não está familiarizado com a expressão: "Nasceu com sorte"?

Outra com o mesmo significado é: "Este nasceu com o cu virado para a lua!".

Se calhar, estamos a abordar este assunto de pessoas bem sucedidas pelo sentido oposto. Não se trata de se ter nascido com sorte. Trata-se de se ter nascido e crescido sem mau-olhado


inveja é uma energia. Muitas vezes, dizem os peritos, sentidas pelos bebés. E por isso, quando choram na presença de algumas pessoas e não de outras, a isso se deve.

Se tivesse passado pela maternidade, ia me precaver com o baptismo, para a protecção divina, com rituais de positivismo, amuletos, benzeduras. E não ia querer pessoas negativas a rondar muitas vezes por perto. Sabiam que, há apenas duas gerações atrás, benzer era prática comum

Minha mãe conta que, quando grávida de mim, as vizinhas sentiam inveja. Nos primeiros meses de vida ficou traumatizada com o meu choro constante, que os impedia de dormir a noite inteira. Porém, quando me ia buscar à ama, diziam-lhe que dormi o dia todo que nem um anjo. Suspeitou que estava a ser drogada e por isso chorava toda a noite. 

Verdade ou não, a vida do bebé já começa rodeado da energia da falsidade e inveja. Com apenas seis aninhos de idade, os meus sentimentos foram magoados porque umas meninas estavam a combinar deixarem-me de lado por terem inveja de elogios que recebi. Aos 12, fiquei subitamente indisposta, a vomitar bilis sem ter comido nada, a não ser uma sandes preparada por minha mãe mas que suspeito ter sido adulterada na escola. 

13 anos depois, numa casualidade, essa lembrança voltou ao de cima e solidificou as minhas suspeitas. Sei quem fez, porquê o fez, como o fez e o que usou. "O que" usou era o factor desconhecido até o momento em que minha mãe consultou um tarólogo e este lhe soltou um grito e a ordenou: "Páre imediatamente se não quer causar uma desgraça!". 

Antes de consultar o tarólogo, minha mãe tinha ido a outros dois sítios. A uma vidente e a uma "bruxa". Esta última receitou-lhe um "pó branco" para ser colocado na comida. O que ela tinha feito três dias antes de ir ao tarólogo. Por coincidência, (ou nem por isso) inexplicavelmente a sobremesa com o pó não foi tocada. O que a fez suspeitar ainda mais de bruxedo e ter ido tentar novamente uma consuta com o mundo do oculto. Fui com ela ao tarólogo por a denotar nervosa e suspeitar que fosse incapaz de não revelar coisas que um falso tarólogo pudesse usar para parecer credível. Permaneci quieta, sem me manifestar. 

O pó "branco", usado para fazer alguém amar só a ti, era veneno. O tarólogo disse-lhe que isso só ia causar vómitos sucessivos até soltar bilis, podendo inclusive levar à morte, se a pessoa sofresse do estômago. 

Lá foi minha mãe atirar tudo no lixo! O tarólogo disse-lhe que não existia nenhum mau-olhado nela ou no marido, mas em alguém da família, 13 anos antes. Fez-se logo luz na minha cabeça. Fiquei quieta e não esbocei um traço de emotividade. Mas dentro de mim, tinha feito uma descoberta. Na da minha mãe, nada. Puxou pela lembrança e como se convenceu que não aconteceu nada, disse ao tarólogo que ele devia estar enganado. O tarólogo não recuou, não mudou a sua interpretação. Ela descartou quase de imediato essa parte que ele afirmou porque não correspondia ao que queria ouvir.  

Soube, mais tarde, que ela tinha ido a outro vidente levando uma fotografia da família. Aparecia-mos todos. Sem olhar a quem, soube que a vidente imediatamente apontou para mim e disse-lhe que eu tinha um enguiço forte e precisavam de fazer algo. 

Mais uma vez ela desconsiderou essa informação, porque não encaixava no que queria escutar.

Se tivessem no lugar dela e vos dissessem que um filho vosso estava com a vida perpetuamente condenada por causa de um "serviço" encomendado às forças ocultas, o que tinham feito?

Eu prestaria atenção 
e arriscava alguns euros para lhe garantir protecção - especialmente se já fossem dois a afirmá-lo.

Mesmo com tudo na minha vida a indicar que essa probabilidade é REAL, não ficção, ela não se interessou. Passaram-me uns 20 anos dessa data. E tudo continua igual. Nada aconteceu, é mesmo como se existisse um "enguiço", bruxedo, feitiçaria, o que quiserem chamar. 

E não, não acredito facilmente nessas coisas. Continuo com um septicismo saudável. Mas, no meu íntimo, tenho aquela intuição que sempre me acompanhou, a dizer que é verdade e é tão obvio que o é.

Porquê negamos estas coisas? Uns as negam, outros estão mortinhos para em tudo acreditar. Faltou-me sorte ao nascer. Nasci com ela, mas a inveja alheia tirou-ma toda. 

Por isso vos digo: Nascer com sorte não é tão importante como saber mantê-la! Saber afastar a negatividade, a inveja, a intriga, a maledicência - coisas que pautaram minha vida desde sempre. 




quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Estar Amaldiçoada


Pode soar a fantasia, mas no fundo acredito que é esta a origem de todo o mal que me atinge.
Dizem que não há coincidências. Como tudo corre sempre tão ao contrário da norma, parece realmente que algo externo, invisível, é que está no comando.

Acredita quem quiser. Não acreditam os sépticos e aqueles cuja trajectória de vida sempre foi normal e dela não conhecerem nenhum tipo de resistência para além da dose normal.


A INVEJA E A UNHA DESAPARECIDA
Quando era criança dava para roer as unhas até à carne e arrancar lascas de camadas. Foi um vício muito forte, intenso, incontrolável. Existiu porém um breve período de excepção. E fiquei tão feliz!

Foi por volta dos 13 anos de idade. Subitamente, deixei as unhas crescer. Fascinou-me tanto que nem era capaz de as cortar. Deixava-as crescer. Elas acabavam por se partir por si mesmas, enormes! Sabia, porque sabia, que bastava fazê-lo uma vez mais ... uma ida da boca à unha apenas uma vez, para relembrar o gosto, e estaria perdida novamente. 

Então não o fazia. Nem sequer as cortava. Elas partiam-se e eu não conseguia deitar fora aquele pedaço de unha. Olhava para aquilo e, na minha natureza sempre inquisidora e criativa, punha-me a pensar que existia uma utilidade talvez decorativa e até um valioso contributo genético para o meu futuro (isto foi antes da contribuição do DNA ser conhecido) naquele impressionante material orgânico. Tão resistente, tão fantástico. Acabei por guardar aqueles pedaços grandes numa caixinha. Eventualmente descartaria-os ou inventava fazer artístico com eles. Só ainda não sabia bem o quê, mas estava quase na calha. Até lá, precisava das "provas" para me manter afastada do "vício".

A minha família sabia e achava aquilo "um nojo". Era nova demais para ter esse tipo de preconceito já enraizado pelo que para mim, eram apenas unhas higienicamente armazenadas numa caixinha, só para os meus olhos verem.

Um belo dia, percebi que me faltavam uns tantos pedaços.
Nunca soube o que lhes aconteceu.

Mas há uma coisa que nunca contei. Quando as armazenei na caixinha, era segredo. Uma vozinha interna inclusive, disse-me para ter cuidado. Para me desfazer delas se alguém as encontrasse. Porque era perigoso.


Na altura não sabia NADA sobre bruxedos, sobre a importância de se ter um pedaço do corpo da pessoa envolvido no ritual. Uma pessoa muito próxima de mim, da família, odiava-me e sentia intensa inveja. Soube anos mais tarde, que essa pessoa, por esta altura, andava envolvida em rezas de S. Cipriano e porcarias desse género, para me prejudicar. Escrito pelo punho da própria, numa carta (jamais dá para esquecer - o nível de ódio!).

E eu me pergunto se tudo remota a tanto tempo atrás.
Porque, para ser sincera, senti a vida a enguiçar ainda era criança. Mas os adultos diziam-me que era estupidez minha, era tudo "crise da idade", tinha a vida toda pela frente e as coisas iam acontecer a seu tempo.

Estavam errados. Totalmente errados.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Admiradores Secretos - a inveja


Recentemente contaram-me que, aquando a minha estada em Portugal, fui reconhecida por uma pessoa dos tempos da adolescência. Uma pessoa que... não me lembro sequer de conhecer. Nunca! Mas, pelos vistos, mais de 20 anos depois, ela me conheceu. Ou melhor: reconheceu porque, garanto-vos, não estou parecida com o que fui aos 15 anos.

O que me surpreende é como EU, que não me considero nada, que me sinto derrotada em tantos sentidos, possa ter marcado alguém de qualquer forma, ao ponto de se entusiasmarem ao me voltarem a ver passadas décadas. Não foi a primeira vez que isto me aconteceu, nem a segunda, nem a terceira e temo não ser a última. Mas sempre me incomoda, ao invés de me deixar contente ou envaidecida. É algo que não sei se dá para explicar mas consigo entender. Fico surpreendida, constrangida, embaraçada, preocupada e até um pouco alarmada.

Este e outros detalhes levam-me à reflexão de hoje. Que por ora, vou adiar.


Antes quero explicar a motivação por detrás de um recente post que escrevi sobre a inveja. O que me motivou foi um vislumbre de um olhar dirigido a mim. Não durou mais que um segundo. Mas foi o suficiente para me atingir o coração.

Uma rapariga desses tempos, que vinha sempre às minhas festas de aniversário encher o buxo de comida e com a qual nunca tive razões de queixa de qualquer espécie, vim a descobrir há uns 10 anos, que não simpatiza comigo. E desde esses tempos! Descobri-o por a sentir a passar por mim fingindo que não me conhece de lado algum. Começou a frequentar o meu bairro, mas ao cruzar-se comigo, era como se não me conhecesse de outros carnavais. 

Reparei que cumprimentava outras pessoas desse tempo, até fazendo questão de ser especialmente muito simpática. Falando-lhes com a voz doce e o jeito aparentemente meigo que sempre exalou naturalmente. Embora desconfie hoje que essas características físicas eram mais ferramentas de utilidade e manipulação. Numa ocasião foi interpelada por uma pessoa mais velha que me acompanhava. Cumprimentou-a com dois beijos, sorriu e manteve uma entusiástica conversa com essa pessoa, ignorando-me. Nem um olhar me dirigiu! 

Eu estava lado a lado com a mais velha, abri a boca para dizer "olá" e inclinei-me para a cumprimentar, quando me notei ignorada e não obtive qualquer reacção à minha presença. Foi um acto intencional. Malicioso. O que me mais me entristeceu nem foi este seu comportamento - senti pena que o tivesse, não que mo dirigisse. O que me cortou o coração foi a falta de atitude da pessoa que ia comigo.

Cega por uma admiração inexplicável pela outra, nada fez para me defender de uma situação insultuosa e indigna. Continuou entusiasticamente a conversa, só sorrisinhos amarelos e cheia de rapapés, enquanto eu estava ali parada que nem uma estátua. Daquelas que ninguém vê. Fui insultada e vítima de uma tremenda falta de educação. Que quem me acompanhava não tivesse mandado a outra às urtigas, ou reagisse obrigando-a a reconhecer a minha presença e me cumprimentar - isso é que me atingiu o coração de uma forma cortante. Depois que se separaram, deu continuidade aos elogios copiosos, ainda embevecida pela ilusão das recordações alimentadas pelo ainda real jeito meigo e doce da outra se apresentar.  

Fez-me entender o poder que o poder das aparências tem. (As conveniências sociais. O status...) 

Pensando bem, quem inveja os outros, inveja tanta vez sem motivo. Essa miúda magoou-me uma primeira e única vez quando eu andava lá pelos meus 10 anos. Foi criado um boato a meu respeito e um dia, durante brincadeiras entre os miúdos do bairro, escutei-a a espalhá-lo... com malícia na voz. Inclinou-se para a frente para ser melhor escutada por outra rapariga, meteu a mão à frente da boca, olhou para mim para perceber se não a iria escutar e com o olhar brilhante escutei-a dizer: "É esta aqui que (blá-blá-blá). Bem feita! Nunca gostei dela!". 

Não dei muita importância à afirmação... achei apenas que, ao contrário do que julgava, ela não era mais inteligente que os outros, era igual. Gostava de um mexerico e espalhava-os com a mesma maldade e boa vontade. Embora quando convivíamos ela me parecesse por vezes desinteressada e distante, os adultos garantiam que era um doce de menina, muito bem educada, simpática (muito mais que eu), inteligente, muito doce e atenciosa. Só que um pouco tímida, "de poucas falas". (Calculista). E qualquer má impressão minha era defeito meu. Os nossos pais se falavam, frequentávamos a casa uma da outra com certa regularidade, ela aparecia nas minhas festas de aniversário... E em todas essas ocasiões ela não gostava de mim? 

Aquela criatura bonita, com voz doce como a de um anjo, com um rosto a condizer, um jeito tímido e carinhoso de ser? - Como tantos adultos evidenciavam? Não... ela não seria FALSA. 

Segundo as aparências e os relatos de terceiros, que valem o que valem, ela vive bem porque casou com um rapaz com dinheiro - como era o seu sonho, tem uma prole considerável de filhos, continua esbelta e bonita - como sempre foi e, com certeza, como o dinheiro ajuda a se manter. Não entendo esta inveja. 

Acho que o meu instinto, que ignorei preferindo acreditar no que diziam os mais velhos, estava certo. E é essa uma das lições que estou sempre a re-viver. O meu instinto dá o alerta sempre, mas eu ignoro as coisas feias que me sopra ao ouvido. 

Até hoje, o que me envenena a alma são estas pequenas coisas... 

reflexão de hoje. fica para outro dia.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A inveja é para ignorar

Foram preciso estes anos todos para entender como lidar com a INVEJA.
Entender, entendo. Por em prática é outra coisa.


Ainda me dói senti-la, tal e qual uma menina inexperiente. Surge sobre a forma de olhares mal intencionados, mexericos vis, palavras desencorajadoras e coisas tais.


Entendo a INVEJA e a repercussão que pode ter na vida de uma pessoa.

Hoje sei que o melhor é seguir em frente sem se privar de nada, ao invés de permitir que as manifestações de inveja dos outros influenciem decisões, posturas, escolhas. 


Infelizmente, isto nem sempre é verdade.

terça-feira, 31 de março de 2009

Chorar para Mamar

Dizem que não têm inveja de pessoas com dinheiro, mas não páram de comentar o quanto é injusto viverem com o que dizem ser pouco, quando outros têm tanto e nem se esforçam.
Estas teorias "de bolso" deixam-me entristecida com o futuro da humanidade. É fácil dizer estas coisas. Difícil é olhar para o próprio umbigo e assumir que nos outros se projectam os próprios defeitos e as críticas que lhes fazemos é pura inveja.
Observo isto todos os dias. Volta vai, volta vem, oiço pessoas a falar do quanto "estão pobres". Como salário, recebem cerca de 1500 euros por mês, mas estão sempre tesos. Tão tesos, que comem do prato dos outros, atacam todas as sobras da sobremesa alheia, e fazem com que os outros lhes paguem o cafezinho. Tentam passear em carros alheios, dormir na casa de amigos, comer e tratar da higiene na casa dos outros, a consumir o shampôo dos outros, o gás e a elctricidade dos outros e quando convidam alguém para algo, têm uma intenção oculta, que normalmente é dar paleio para fazer com que lhes dêm dinheiro «espontâneamente». Pedincham tudo e mais alguma coisa.
Fazem-no com grande habilidade. É-lhes quase natural. E quase não percebem (ou não assumem) aquilo que são! Falam como se fossem os únicos a ter despesas. Como se os que os escutam também não tivessem rendas de casa para pagar, gasolina para colocar, supermercado para fazer. E fazem-no com menos dinheiro!

Estes são "tio Patinhas" de araque, sem filhos para sustentar e grandes "cravas" de favores alheios. Só se queixam. Invejam-lhes os carros, as roupas, o estilo de vida, o suposto dinheiro...


Ultimamente tenho reparado numa "estirpe" em particular. Nas pessoas que dizem ter sido criadas entre gente com muito dinheiro, mas que não vivem com o mesmo nível económico. Louvam-se a si próprios, por trabalharem com relativo sucesso profissional, mas se acham mais do que aquilo que valem. Escolheram profissões de alguma alta rentabilidade e pouco esforço. A maioria das profissões requerem raciocínio, acumulação de informação, selecção e divulgação mas as escolhidas por estas pessoas não lhes prendem desta forma. Normalmente, não cumprem horários e conseguem dedicar-se a outras actividades durante o horário laboral. Como ir fazer uma manicure, uma limpeza facial, ir ao café, ao médico, ir namorar, etc...

Quando sabem que um colega pensa num aumento de salário, a coisa não lhes cai bem. Se um colega mal pago desabafar que precisa de ganhar mais dinheiro, respondem-lhes que precisa de arranjar outro trabalho. Isto vindo de pessoas que poucas vezes põem os pés na empresa onde trabalham! Quer dizer: os que mais trabalham recebem menos para sustentar os que menos gostam de trabalhar, a ganhar mais...


Bravam ao vento que são pessoas que se emanciparam cedo. Mas a dita independência continua dependente do jantar da mãe, que ainda lhes lava e passa a roupa a ferro, lhes fazem recados e lhes dá dinheiro quando começam a «chorar para mamar».

As aparências enganam tanto!