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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Elo perdido ...


Todos os anos exterminamos comunidades indígenas, milhares de hectares de florestas e até inúmeras palavras das nossas línguas. 
A cada minuto extinguimos uma espécie de aves e alguém em algum lugar recôndito contempla pela última vez na Terra uma determinada flor.  
Konrad Lorenz não se enganou ao dizer que somos o elo perdido entre o macaco e o ser humano. Somos isso, uma espécie que gira sem encontrar o seu horizonte, um projeto por concluir. 
Falou-se bastante ultimamente do genoma e, ao que parece, a única coisa que nos distancia na realidade dos animais é a nossa capacidade de esperança. 
Produzimos uma cultura de devastação baseada muitas vezes no engano da superioridade das raças, dos deuses, e sustentada pela desumanidade do poder econômico. 
Sempre me pareceu incrível que uma sociedade tão pragmática como a ocidental tenha deificado coisas abstratas como esse papel chamado dinheiro e uma cadeia de imagens efêmeras. 
Devemos fortalecer, como tantas vezes disse, a tribo da sensibilidade...

José Saramago - Revista Universidad de Antioquia - 2001

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

7 Passos para treinar a sua mente para a Positividade


1. Acostumar-se a procurar o lado bom das coisas.

2. Procurar coisas para ser grato e apreciar em todos os momentos. Há sempre um lado bom, mesmo em momentos ruins.

3. Afastar-se de pessoas extremamente críticas e negativas.

4. Fazer coisas que trazem bem-estar.

5. Assistir filmes engraçados e filmes que despertam alegria, romance, bem-estar ou paz. Mas evitar filmes que trazem medo e desconforto durante esta fase de re-treinamento da mente.

6. Fazer jejum de negatividade e de reclamações.

7. Fazer uma lista diária de coisas para ser grato em sua vida.

Ao invés de reclamar do dinheiro que faltou, agradeça a Deus e os Anjos pelo dinheiro que veio, para que este possa se multiplicar. Tudo em que concentrar sua atenção, irá se multiplicar.
No início pode ser bem difícil pensar positivo, e somente dar atenção a palavras e pensamentos positivos. 
É como um vício da mente, inclusive físico, porque emoções causam a produção de químicos pelo hipotálamo, chamados peptídeos de emoções tóxicas. Nossas células viciam nestes químicos como se fossem substâncias tóxicas e enviam sinais ao cérebro para criar mais pensamentos negativos, e assim gerar mais peptídeos de emoções negativas.
Para quebrar o ciclo, precisamos nos policiar e até mesmo forçar o pensamento positivo nas primeiras 3 semanas, para isso basta seguir as 7 dicas preciosas acima.


Livia Maris Jepsen

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Não se curem além da conta ...


• "Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas".

• "É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade."

• “Para navegar conta a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão.”

• “Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade.”

• “Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais tem a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo.”

• “Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.” 

• “Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”

• “Só os loucos e os artistas podem me compreender.”

Nise da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) foi uma renomada médica psiquiatra brasileira. Aluna de Carl Jung, dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia. Dra. Nise recusava-se dar choques em seus pacientes, e em vez de remédios e eletrochoques, ela preferiu dar tinta, pincel e barro aos pacientes. Fundou o Museu de Imagens do Inconsciente.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

É para ...


Qualquer coisa que irritar você é para: ensinar-lhe a paciência.
Qualquer um que abandonar você é para: ensiná-lo a levantar-se com seus próprios pés.
Qualquer coisa que irritar você é para: ensinar-lhe o perdão e a compaixão. 

Qualquer coisa que tenha poder sobre você é para: ensiná-lo a tomar o seu poder de volta.
Qualquer coisa que você odeia é para: ensinar-lhe amor incondicional. 

Qualquer coisa que você teme é para: ensinar-lhe coragem para superar seu medo.
Qualquer coisa que você não pode controlar é para: ensiná-lo a deixar ir...


Pensamento budista

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ostras & Pérolas

 
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. 
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.
Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. 
Como resultado, uma linda pérola vai se formando. 
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
O mesmo pode acontecer conosco. 
Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas ideias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola! 

Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. 
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. 
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras!

Lembre-se sempre: "Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Rio & Oceano

 
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. 
Assim somo nós, voltar é impossível na existência. 
Mas você pode ir em frente e se arriscar. Coragem, torne-se oceano!

Textos budistas

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O caminho de volta ...


Já estou voltando. Só tenho 37 anos e já estou fazendo o caminho de volta.
Até o ano passado eu ainda estava indo. Indo morar no apartamento mais alto do prédio mais alto do bairro mais nobre. Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras.
Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!
Mas, com quase 40 eu estava chegando lá.
Onde mesmo?
No que ninguém conseguiu responder, eu imaginei que quando chegasse lá ia ter uma placa com a palavra FIM. Antes dela, avistei a placa de RETORNO e nela mesmo dei meia volta.
Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo.) É longe que só a gota serena. Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe.
Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo.
E num é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram 4 vezes em quatro anos) agora vêm pra cá todo fim de semana? E meu filho anda de bicicleta e eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou).
Por aqui, quando chove a internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo) abre um livro e, pasmem, lê. E no que alguém diz “a internet voltou!” já é tarde demais porque o livro já está melhor que o Facebook , o Twitter e o Orkut juntos.
Aqui se chama ALDEIA e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama.
No São João, assamos milho na fogueira. Nos domingos converso com os vizinhos. Nas segundas vou trabalhar contando as horas para voltar.
Aí eu lembro da placa RETORNO e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: RETORNO – ÚLTIMA CHANCE DE VOCÊ SALVAR SUA VIDA!
Você provavelmente ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: “compre um e leve dois”.
Nós, da banda de cá, esperamos sua visita. Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta.

Téta Barbosa, jornalista, publicitária (Blog Batida Salve Todos)

segunda-feira, 3 de março de 2014

Morremos um pouco todos os dias ...


Desmediocrize sua vida.
Procure seus “desaparecidos”, resgate seus afetos.
Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. 

Troque experiências, troque risadas, troque carícias. 
Não é preciso chegar num momento limite para se dar conta disso. 
O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário.
Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.


Martha Medeiros

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os donos da VERDADE


Existem pessoas que se consideram detentoras da verdade absoluta, que tudo sabem e não precisam da ajuda nem da opinião de ninguém. São os chamados "Donos da Verdade", por assim se julgarem. Estas pessoas tentam sempre convencer os outros que a sua maneira de ver ou fazer as coisas é a melhor, e muitas vezes, mesmo colocados diante de argumentos irrefutáveis  e contrariados no seu ponto de vista, insistem e procuram distorcer as coisas, pois não admitem em nenhuma hipótese, opiniões contrárias as suas. Sequer admitem opiniões favoráveis, fixam-se em seus pontos de vista e os defendem a qualquer custo. São irredutíveis em suas opiniões. 
Geralmente são pessoas que se escondem atrás do que desconhecem. 
Muitas vezes não tem argumentos que apoiem seus pontos de vista, então simplesmente nada ouvem. Tentam ocultar os fatos reais, para fazer prevalecer suas ideias.   
Batem o pé até o fim para deixar bem claro suas convicções, que devem ser aceitas sem qualquer discussão. 
Evitam o confronto, pois numa conversa mais profunda, há o perigo de ter seus argumentos destruídos. 
Na maioria das vezes os “Donos da Verdade”  tem o dom da palavra e conseguem convencer muitas pessoas com seus discursos.
Mas na minha opinião o que falta aos "Donos da Verdade" é humildade.
Sim, H U M I L D A D E! Humildade para respeitar o que o outro pensa e fala, pois muitas vezes quando escutamos outro parecer, temos a possibilidade de reformular nossos pontos de vista e melhorar nossa maneira de agir, e isso se aplica em todos os campos de atividade.  
Ninguém deve ser absolutista. Afinal, sempre poderá existir uma ideia melhor do que a sua.
Penso que, ouvir outras opiniões ou dar “verdadeiramente” oportunidade para que o outro exponha seus argumentos, (que poderão ou não ser aceitos, mas que deverão ser ao menos considerados), é sinal de respeito ao próximo e faz parte da boa educação e bom senso.
Ah, para finalizar, nunca queiras ser o “Dono da Verdade”, isto implica muitas vezes em ter que deixar a sinceridade de lado. Esse é um dos principais efeitos negativos que essas pessoas apresentam, pois boicotam sua própria personalidade para vestirem a capa que querem usar, tornando-se muitas vezes pessoas com pouca ou nenhuma naturalidade.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Estou aqui só de passagem ...


Conta-se que um certo dia, um turista ocidental foi ao Tibete e em uma das suas caminhadas nos montes, chegou a uma pequena cabana e pediu um pouco de água a um sábio monge. 
Enquanto o monge pegava a água, o turista percebeu que apenas havia um pequeno banco, uma pequena mesa e uma simples cama na cabana. 

Devido a surpresa que sentiu, a curiosidade lhe fez perguntar:
- Onde estão os seus móveis?

E o sábio, rapidamente, perguntou:
- Onde estão os seus?


- Os meus? 

- Surpreendeu-se mais uma vez o visitante.

O monge voltou a indagar:
- Você veio morar aqui ou está de passagem?


- Estou aqui só de passagem! - Respondeu o turista


- Eu também. - Respondeu o sábio.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Relevar é preciso!


Certa vez Buda ajudou uma senhora a atravessar um mangue e a mesma não lhe disse ao menos muito obrigado.
Logo, um de seus discípulos lhe perguntou:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Buda não respondeu.
No segundo dia o discípulo lhe fez a mesma pergunta:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Buda novamente não respondeu.
No terceiro dia seu discípulo tornou a perguntar:
- Mestre por que não dissestes nada aquela senhora?
Ela nem sequer o agradeceu.
Então ele respondeu:
- Eu a carreguei apenas uma vez e você está carregando-a há três dias.

domingo, 22 de setembro de 2013

Carroça vazia ...


Certa manhã, meu sábio pai, convidou-me para darmos um passeio no bosque, o qual aceitei com imensa alegria.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia .
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do seu barulho.
Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando, intimidando ou  tratando o próximo com grosseria, sendo prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é o dono da razão e da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: “QUANTO MAIS VAZIA A CARROÇA, MAIS BARULHO ELA FAZ!”


Autoria desconhecida.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Lençóis vizinhos ...


Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
- Está precisando de um sabão novo.
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos!
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é.
Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações.
Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo.Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos.
Limpe sua vidraça ou simplesmente, abra a sua janela!


Autoria desconhecida

domingo, 29 de julho de 2012

Aceitação


"Aceita a vida que Deus te deu. 
Aceita-te como és. 
Aceita teus familiares. 
Aceita teus conflitos. 
Aceita tuas decepções. 
Aceita tua parentela. 
Aceita tuas dificuldades financeiras. 
Aceita tuas desilusões. 
Aceita as ingratidões contra ti. 
Aceita tudo e todos. 
Aceita atos e atitudes e faças o melhor que puderes.
Aceitar não quer dizer aplaudir e fazer o mesmo, 
mas comprender que cada um de nós tem e faz o que pode, 
que cada indivíduo está num grau diferente de evolução. 
Portanto, aceita o próximo como ele é. 
Tu, porém, trabalha em favor de teu adiantamento 
espiritual e autoconhecimento. Portanto, aceita-te como 
és, aceita teu próximo e faças sempre o teu melhor." 

Hammed

domingo, 22 de julho de 2012

Bom & Melhor


Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor". 
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter. O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor,comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. 
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"? Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos... A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

Do bom e do melhor - Leila Ferreira - Formada em Letras e Jornalismo, colaboradora da revista Marie Claire e autora do livro “Mulheres: por que será que elas…?”

domingo, 20 de maio de 2012

Está em nossas mãos ...


Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.

 - O que você vai fazer? - perguntou a irmã. 
- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. - Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada! 
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando. 
- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta? 
Calmamente o sábio sorriu e respondeu: - Depende de você, ela está em suas mãos. 

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. 
Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. 
Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não. 
Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul.
Cabe a nós escolher o que fazer com ela.
 

Autoria desconhecida

domingo, 29 de abril de 2012

Narcisismo no "Face"


Não estou a menosprezar os medos humanos; muito pelo contrário, o medo é o meu irmão gêmeo.
Cuidado! Quem tem muitos amigos no "Face" pode ter uma personalidade narcísica. Personalidade narcísica não é alguém que se ama muito, é alguém muito carente.
Faço parte do que o jornal britânico "The Guardian" chama de "social media sceptics" (céticos em relação às mídias sociais) em um artigo dedicado a pesquisas sobre o lado "sombrio" do Facebook (22/3/2012).
Ser um "social media sceptic" significa não crer nas maravilhas das mídias sociais. Elas não mudam o mundo. Aliás, nem acredito na "história", sou daqueles que suspeitam que a humanidade anda em círculos, somando avanços técnicos que respondem aos pavores míticos atávicos: morte, sofrimento, solidão, insegurança, fome, sexo. Fazemos o que podemos diante da opacidade do mundo e do tempo.
As mídias sociais potencializam o que no humano é repetitivo, banal e angustiante: nossa solidão e falta de afeto. Boas qualidades são raras e normalmente são tão tímidas quanto a exposição pública.
E, como dizia o poeta russo Joseph Brodsky (1940-96), falsos sentimentos são comuns nos seres humanos, e quando se tem um número grande deles juntos, a possibilidade de falsos sentimentos aflorarem cresce exponencialmente. 

Em 1979, o historiador americano Christopher Lasch (1932-94) publicava seu best-seller acadêmico "A Cultura do Narcisismo", um livro essencial para pensarmos o comportamento no final de século 20. Ali, o autor identificava o traço narcísico de nossa era: carência, adolescência tardia, incapacidade de assumir a paternidade ou maternidade, pavor do envelhecimento, enfim, uma alma ridiculamente infantil num corpo de adulto.
Não estou aqui a menosprezar os medos humanos. Pelo contrário, o medo é meu irmão gêmeo. Estou a dizer que a cultura do narcisismo se fez hegemônica gerando personalidades que buscam o tempo todo ser amadas, reconhecidas, e que, portanto, são incapazes de ver o "outro", apenas exigindo do mundo um amor incondicional. 

Segundo a pesquisa da Universidade de Western Illinois (EUA), discutida pelo periódico britânico, "um senso de merecimento de respeito, desejo de manipulação e de tirar vantagens dos outros" marca esses bebês grandes do mundo contemporâneo, que assumem que seus vômitos são significativos o bastante para serem postados no "Face".
A pesquisa envolveu 294 estudantes da universidade em questão, entre 18 e 65 anos, e seus hábitos no "Face". Além do senso de merecimento e desejo de manipulação mencionados acima, são traços "tóxicos" (como diz o artigo) da personalidade narcísica com muitos amigos no "Face" a obsessão com a autoimagem, amizades superficiais, respostas especialmente agressivas a supostas críticas feitas a ela, vidas guiadas por concepções altamente subjetivas de mundo, vaidade doentia, senso de superioridade moral e tendências exibicionistas grandiosas.
Pessoas com tais traços são mais dadas a buscar reconhecimento social do que a reconhecer os outros.
Segundo o periódico britânico, a assistente social Carol Craig, chefe do Centro para Confiança e Bem-estar (meu Deus, que nome horroroso...), disse que os jovens britânicos estão cada vez mais narcisistas e reconhece que há uma tendência da educação infantil hoje em dia, importada dos EUA para o Reino Unido (no Brasil, estamos na mesma...), a educar as crianças cada vez mais para a autoestima.
Cada vez mais plugados e cada vez mais solitários. Na sociedade contemporânea, a solidão é como uma epidemia fora de controle.
O Facebook é a plataforma ideal para autopromoção delirante e inflação do ego via aceitação de um número gigantesco de "amigos" irreais. O dr. Viv Vignoles, catedrático da Universidade de Sussex, no Reino Unido, afirma que, nos EUA, o narcisismo já era marca da juventude desde os anos 80, muito antes do "Face".
Portanto, a "culpa" não é dele. Ele é apenas uma ferramenta do narcisismo generalizado. Suspeito muito mais dos educadores que resolveram que a autoestima é a principal "matéria" da escola.
A educação não deve ser feita para aumentar nossa autoestima, mas para nos ajudar a enfrentar nossa atormentada humanidade.

Luis Felipe Pondé - Teólogo e Filósofo Brasileiro

domingo, 15 de abril de 2012

Eis a questão ...


Há pessoas que nos libertam ... há outras que nos aprisionam e asfixiam.
Há pessoas capazes de extrair de nós o que há de melhor e mais bonito... há outras que colocam em evidência toda a nossa imperfeição.
Há pessoas que nos tomam pela mão e nos conduzem ... há outras que nos empurram para o abismo da desorientação.
Há pessoas que semeiam flores de esperança e luz... há outras que vão colocando espinhos na nossa cruz.
Há pessoas que nos injetam vida, otimismo, confiança ... há outras que aniquilam nosso equilíbrio e temperança. 

Há pessoas que nos fazem multiplicar nossos poucos talentos ... há outras que nos fazem enterrar os poucos que supúnhamos ter.
Há pessoas que são balsâmicas em nossas vidas ...
há outras que tornam completamente inócua a nossa lida.
Há pessoas que nos estruturam e nos levantam ... há outras que nos fragmentam e nos desmontam.
Assim posto, até onde o destino o permitir, que possamos ficar longe daqueles que nos são corrosivos,
e que possamos ficar perto daqueles que nos são benfazejos.
Mas às vezes, por uma destas razões incompreensíveis da natureza humana, descobrimos com espanto que há pessoas que simultaneamente nos elevam e nos abatem ... nos levantam e nos derrubam ... nos apedrejam e deitam bálsamo nas nossas feridas. 

E mais perplexos ainda ficamos, quando constatamos que por um capricho da Criação, ou quem sabe, da nossa mísera condição, não somos vítimas passivas deste processo, e que vivendo e interagindo, vamos nós também distribuindo (querendo ou não querendo) alegrias e dores, mágoas e alentos luz e escuridão ... Como se dançássemos em perfeita simetria ou como se contracenássemos em perfeita sintonia com os nossos “balsâmicos algozes.”
Tal é a humana condição... Eis a questão!

Fátima Irene Pinto - Texto extrádo do liivro "Momentos Catártico"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Talvez


Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. 
Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. 
Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.
Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.
Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o rítmo da música.
Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.
Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.
Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.
Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”
Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.  

Aristóteles Onassis

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Viver ou juntar dinheiro?


Recebi uma mensagem muito interessante de um ouvinte da CBN e  peço licença para lê-la na íntegra, porque ela nem precisa dos meus comentários.
Lá vai: 


"Prezado Max, meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velhos, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes.
Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi muita coisa... Aprendi, por exemplo, que se eu tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$ 30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$ 12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu poderia estar milionário.

Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas das viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$ 500.000,00 na conta bancária.

É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos à vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz em ser pobre.
Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem, nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafés, não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual!
Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que eu fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida".
 

Carta de um ouvinte da Rádio CBN para Max Gehringer.

"Não eduque o seu filho para ser rico,
eduque-o para ser feliz.
Assim, ele saberá o valor das coisas,

não o seu preço."