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quinta-feira, janeiro 10, 2019

Começar o 2019 com a Rainha...


Começo o ano por aqui, com a homenagem à Rainha D. Leonor, que recebe quem chega à Estação Ferroviária das Caldas da Rainha, através do belo conjunto de azulejos históricos (algo comum a grande parte das nossas estações...), agora que se volta a falar da "modernização " da Linha do Oeste...

Sei que está longe de ser um tema-novidade. Normalmente aparece quando se aproximam eleições. E depois da sua realização, volta para o "saco roto das promessas"...

(Fotografia de Luís Eme)

quarta-feira, agosto 22, 2018

Olha os Comboios! Olha a Linha do Oeste!


De repente toda a gente descobriu que existem linhas de ferro sem manutenção, comboios velhos e estações abandonadas de Norte a Sul.

Parece que a "rainha da demagogia" até apanhou hoje o comboio nas Caldas, até Coimbra B. 

Será que ela se lembra de que partido era o anterior presidente da CP, Manuel Queiró, que tão bons serviços prestou a esta instituição (tal como todos os seus administradores nos últimos 30 anos...)?

Como o nosso Rafael deve ter sorrido, quando a "comitiva" invadiu a estação e espantou as moscas...

(Fotografia de Luís Eme)

segunda-feira, outubro 30, 2017

«Então quer dizer que vives mesmo em Almada?»

De vez enquanto cruzo-me com um rapaz que conheci nas viagens que fazíamos de comboio entre Caldas e Lisboa, há mais de trinta anos (quando este era o transporte por excelência de uma boa parte das pessoas do Oeste, porque o "expresso" saia à tarde e não havia um carro ou dois por lar... Foi antes de sermos "europeus" e do "cavaquismo"...).

Ele vinha de S. Martinho (onde tinha casa de férias...) mas era de Almada.

Quando vim morar para Almada (lá vem os trinta anos, como o tempo passa...), passei a encontrá-lo mais vezes pelas ruas da Cidade. Trocávamos palavras de circunstancia (como ainda trocamos...), mas nunca nos tornámos próximos.

Foi por isso que estranhei que hoje, quando nos cruzámos, ele me tenha perguntado, se ainda tinha ligações às Caldas. Disse que sim, de vez enquanto ia almoçar com a minha mãe e o meu irmão. Ele estranhou e fez a pergunta parva da ordem: «Então quer dizer que vives mesmo em Almada?»

Disse que sim e lá continuámos o nosso caminho...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, janeiro 25, 2014

Não Queria Voltar, Mas...


Não queria voltar, mas tinha mesmo de regressar. Não era uma vontade, era um imperativo de consciência, fosse isso o que fosse.

O único transporte que lhe dava espaço para ler, escrever e sonhar, era o comboio.

Sabia que agora tinha uma outra vantagem, podia partir de Santa Apolónia e dar quase a volta a Lisboa até descobrir a Linha do Oeste. E depois continuava a parar nas estações e nos apeadeiros.

Com sorte, talvez a viagem entre a Capital e a Cidade das Termas, demorasse mais de três horas...

quarta-feira, junho 05, 2013

Linha do Oeste


Desde bastante cedo que senti que a Linha do Oeste cortava a minha Cidade ao meio.

Antes de andar na escola, andei numa espécie de "pré-primária" e tinha de atravessar a linha, juntamente com o meu irmão, todos os dias, sob o olhar atento da senhora que abria e fechava as cancelas e erguia uma bandeira, quando as carruagens passavam, que recebia recomendações da mãe.

O comboio de mercadorias era um desespero para os condutores e uma alegria para nós, que tínhamos ali um bocado do "comboio eterno" do Pina. 

Um dos nossos entretimentos era contar o número "quase infinito" de carruagens...

domingo, setembro 02, 2012

A Arte nas Estações de Comboios


Tenho saudades do tempo em que as estações de comboios eram um lugar aprazível, com belos azulejos a mostrar a quem chegava o que de melhor existia na Localidade e nos arredores.

Foi por isso que no mês passado, passei com os meus filhos pela estação deserta, para olharmos os lugares bonitos das Caldas, retratados na forma de azulejo...

sábado, outubro 22, 2011

O Fim da Viagem na Linha do Oeste


Este governo vai ficar na história, de certeza.


E não será pelas melhores razões. Não se contenta com os cortes nos subsídios de férias e de natal, continua a fechar tudo o que mexe e não dá lucro.


A última notícia que li nos jornais (é capa na "Gazeta"), é o fim da viagem para os passageiros entre as Caldas e a Figueira da Foz.


O próximo passo, se continuarem no poder, será acabar com o que resta, da ligação entre a Capital e as Caldas...


Nada é feito por acaso. Desde o "cavaquismo", com a construção da A8, que o comboio foi um alvo a abater.


Quase duas décadas depois, é tempo de passarem as "certidões de óbito".


Espero que o dr. Costa esteja feliz, tal como a dra. Maria da Conceição e restante poder "laranja" local.


O óleo de Carlos Marijuan, mostra-nos a sensação bonita de vermos a terra a andar, das janelas do comboio.

domingo, janeiro 30, 2011

Do Mondego para o Oeste

As populações que continuam à espera do "metro", lá para os lados do Mondego, são hoje as vitimas mais mediáticas da destruição das "estradas de ferro", que no século XIX, nos tempos da governação de Fontes Pereira de Melo (o António Maria do meu querido Bordalo...), aproximaram e desenvolveram o país, de uma forma completamente revolucionária.
Infelizmente há mais histórias miseráveis, de abandono e destruição destas vias, tanto a Norte, próximo do Douro, como no distrito de Beja, todas elas a recordarem a "destruição" lenta da Linha do Oeste.
Não deixa de ser inquietante que os
interesses económicos de meia dúzia de empresários continuem a prevalecer sobre os das populações e do próprio ambiente. E claro, os do próprio governo, refém da fatia que recebe da exploração do "petróleo" e das portagens...
O óleo é de Robert Steell.

sábado, maio 23, 2009

Regresso à Linha do Oeste

Não viajava de comboio na Linha do Oeste, há aproximadamente uma década.

Na sexta-feira resolvi ir até às Caldas da Rainha, de comboio. Estava longe de pensar que esta viagem ia "matar" a ilusão...
Senti-me quase "aprisionado" dentro da carruagem, sem janelas de abrir para se sentir o vento na cara e a paisagem a correr, lado a lado com o comboio.
As saudades que tive das carruagens de compartimentos, dos corredores onde conversávamos, onde se fumava e onde se olhava as vistas, interiores e exteriores...
Não sei se ainda circulam, era bom que sim, porque são esses os meus comboios e nunca a "lata" azul na qual viajei...

sexta-feira, novembro 21, 2008

Comboios e Pessoas Especiais

Gostei de ler e de ver nas notícias televisivas o ar de satisfação de Manoel de Oliveira, homenageado pela CP, com direito a passadeira vermelha na gare de São Bento, na atribuição do seu nome a um Alfa pendular.

Ele está quase nos cem e continua um bem agradecido a todos, sem se sentir assim tão especial, como devia, pois é um grande cineasta e um grande portuense.
Gosto de o transcrever: «sinto-me profundamente comovido por saber que este comboio (com o seu nome) vai fazer a ligação do Porto para a Régua e o Douro, essa terra prodigiosa e extraordinária da vinha e do vinho.»

Sinto-me feliz por ele nunca ter "emigrado", por se sentir um mal amado, por ter sido sempre mais ovacionado no estrangeiro que entre nós.
Manoel de Oliveira sempre soube que o povo português é o menos culpado do seu défice cultural...

Ele não aparece aqui por acaso, eu adoro viajar de comboio e gosto muito da tão desprezada e esquecida Linha do Oeste...