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sábado, 24 de julho de 2021

A equipa "da minha infância"

Mais uma para sempre recordar.
Chega-nos de um amigo que nos segue, que diz ser a "equipa da sua infância" nos idos da década de oitenta de um Forninhos pleno de gente jovem.
Bem-haja! Esta mítica equipa estava a merecer esta homenagem recordatória, especialmente o João Pincho, o Arlindo Coelho, o Zé António Índio e o falecido Jorge Pina...que saudades.
Nas tardes de domingo deram muitas alegrias aos forninhenses. 

quinta-feira, 8 de março de 2018

APITO FINAL.

Houve um dia em que tivemos um terreno para de tal fazer um campo de futebol...


Éramos muitos os pequenotes que jogávamos à bola no Largo da Lameira. os mesmos que na altura do recreio na escola se desafiavam num Lameira contra o Lugar e que por norma, acabava à bulha.
Coitada da professora para nos manter em sentido na lição, pior as reguadas de castigo, sempre nos mesmos. Afinal os coitados éramos nós.
Aqueles que já haviam ido às sortes para a tropa, eram homens e apenas eles podiam jogar pela nossa terra na outras circundantes, volta e meia num domingo, pois os jogos não tinham calendário, era mais para acertar desaforos nem que fosse por uma palavra mal dada na terra vizinha ou roubar a namorada de outrem no arraial e  ficava o desaforo.
Os outros mais velhos, gajos que iam para o ultramar, não gostavam de ser gozados por receberem os jogos da bola  no adro da Senhora dos Verdes com ciprestes pelo meio.
Mas era o que havia, sendo que pelas redondezas, a coisa pouco era diferente.
E a gente, os putos, fomos crescendo com o correr dos anos, mas de uma forma rápida, por vezes dura, por termos a notícia de que um da nossa equipa, havia morrido na guerra; era verdade.
Até que chegou um dia de Abril (já lá vão quarenta e tais anos).
Tal como os gajos do ultramar, também havíamos ido às sortes e os apurados ficavam à espera do que viria a seguir.
Era domingo, recordo como se hoje fosse. 
Antes e durante tempos, a gente vinha falando num modo de arremedeio para não sermos gozados por nao ter onde jogar e, naquele dia, depois da missa, olhamos uns para os outros e dissemos: É hoje!
Certo é que uma cambada de gajos novos, entraram nos domínios do sr. Amaral e verdade seja dita, depois de nos ouvir, cedeu o terreno do Picão para o nosso campo da bola.
Houve a correria da aldeia para festejar e foguetes pelo ar, mandados pelo tio Zé Carau.
E nada mais até agora...
Sabem, eu que participei nesta demanda, lamento sinceramente os devaneios de quem não teve e jamais terá, a capacidade do sentir de uma aldeia e tal reconhecer.
Sinto-me filho desta terra, mas jamais de um deus menor que a entrega ao ostracismo.
Um campo vazio do muito que poderia ter.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

E tudo o tempo levou...



Mais uma equipa do passado em pose clássica que prova que desde muito cedo realizavam encontros de futebol em localidades vizinhas. 
O equipamento era do "Os Belenenses", azul e branco com gola de atilhos; o emblema também era igual ao Clube de Belém. 
Curiosamente quando em 1983 é fundada a Associação Recreativa e Cultural de Forninhos como símbolo adoptam aquele emblema, constituído por um escudo branco, a Cruz de Cristo ao Centro e as iniciais (ARCF)  postas em preto nos quatro espaços brancos. 
Que pena hoje a Associação estar em estado de hibernação e não haver vontade para inverter a situação ou menos para os mais novos valorizarem o passado e porque é de pequenino...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Memórias de uma equipa e campo de futebol de 11

Ora vamos lá outra vez à bola e lembrar uma equipa de onze jogadores, embora alguns longe, contribuiu para que a população forninhense não ficasse resumida a idosos.


Quem é que está na foto e qual o lugar de cada um na equipa? 
De que ano será esta foto tirada no "Campo do Picão"?
Uma pista, na monografia do concelho, página 383, lê-se: «A Associação Desportiva e Recreativa de Forninhos foi fundada em 1983, que suporta um clube de futebol com as cores azul e branca e um campo de jogos no sítio do Picão.».
Foi pena não se lembrarem de publicar uma foto, mas acham que esta pode ter sido a última equipa de futebol de onze?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

No Domingo à tardinha...

Quem por aqui foi passando sabe que ultimamente escrevi muito sobre temas sérios. Confesso que preciso de mudar de assunto. Assim, hoje fui um pouco mais atrás e puxei cá para cima umas fotos que já aqui tinha deixado de duas equipas de futebol e sobre as quais já escrevi.

Durante vários anos, o equipamento de Forninhos era o do Belenenses e era no terreiro da N. Senhora dos Verdes que as equipas jogavam, local onde existiu durante muitos anos o campo de futebol e toda a aldeia e simpatizantes os acompanhavam. Os jogos que se organizavam por estes anos eram informais, bem como as equipas que se formavam. Jogava-se normalmente aos Domingos à tarde, com equipas de terras próximas. Os testemunhos dos elementos destas equipas, esses, são vários, mas transcrevo uma amostra, contributo do nosso amigo Xicoalmeida. Cá vai:
O campo da Sra. dos Verdes era paradigmático; os descontos de tempo de jogo eram passados pelas duas equipas, para desprender a bola presa na árvore que se encontrava dentro do campo.Quando caía, era mais festejado que um golo.
Jogávamos pelas terras vizinhas, aonde não tínhamos fama de bonzinhos, nem abstémios.
A mais difícil era para mim Dornelas, dado que jogava a avançado e levava “porrada” sempre de um defesa “maluco” chamado Pacheco, com o dobro do meu tamanho e se calhar idade.
Em Sezures o jogo durava a tarde toda!Parecia as 24 horas de Le Mans. Cada vez que a bola saía do campo, pela ribanceira em direcção à estrada, ir e vir, era meia hora.
Gozo, gozo dava a Matela: ou levavam meia dúzia para cima ou não acabava o jogo. O árbitro era o castiço e caseiro do Castanha.
Recordo uma vez que me invalida mal um golo por fora de jogo, refilei como de costume e para variar, deu-me ordem de expulsão.Senti o caldo entornado; o Tonho Gordo sai da nossa baliza, qual touro Miura, remata à baliza adversária, agarra no poste e era uma vez uma baliza!Um piparote aqui, outro acolá, nada de especial, nem de anormal.
No fim, no tasco junto aos tanques, lá estava a bela punheta de bacalhau, às vezes só bacalhau com sal e tudo, pão e vinho, muito vinho, e o Vasco Latoeiro. Tínhamos fama! 
O regresso de qualquer aldeia era sempre em festa, empoleirados no tractor do Tónio ou Samuel Cavaca, garrafão na mão a cantarmos a Grândola Vila Morena ou a laranja doce tem a casca fina... 
A equipa tinha fama de raçuda, de armar confusão e de beber (se calhar éramos apenas nós...) e talvez por isso nos tenham convidado para o jogo de inauguração do Campo de Futebol de Aguiar da Beira (anterior ao actual).
O Ti Zé Maria Índio, bem me disse para encostar a lateral direita que eles não me seguravam; o primeiro golo foi canja!
O pior foi a partir daí, metem um novo defesa chamado Zé Alberto, que tinha estudado comigo, bronco, a ameaçar que me partia as pernas, a seguir vem o Rui do café Brasil, a dizer o mesmo.Pensei: se mas partem, não marco mais nenhum, tenho de despachar isto; bastaram cinco minutos: Vai buscar!
2-0 para Forninhos.
Confraternizamos e no fim nem a Forninhos fui. Tinha ido de Lisboa mais o meu primo Graciano, irmão da Iracema, nesse dia e nesse dia voltamos.
Vínhamos contentes pelo resultado, mas tristes pela festa no tractor!


Depois o  equipamento mudou para a cor verde e de lá para cá então... tudo mudou. Outros tempos?
Xicoalmeida, disse:
Os tempos não mudaram, as pessoas, sim!
No meu tempo, jogávamos na Sra. dos Verdes, se tivéssemos um campo na altura como esse agora, ainda hoje lutávamos na Liga Europa ou na Champions (brincadeira…).
A seguir ao 25 de Abril, com o calor da Revolução dos cravos, num belo Domingo (salvo erro) mobilizamos uma parte do povo de Forninhos e “invadimos” o pátio da casa do Sr. Amaral. Exigimos que nos entregasse um terreno que tinha pinheiros pequenos, que lá faríamos um campo de futebol.
Não foi fácil, mas aquilo valia dinheiro e a maior parte dos ricos, já se sabe!
Devemos ter-lhe parecido um bando de malucos e possivelmente em situação de recurso, comunistas assassinos.
Não sei, o que sei foi o resultado.
Nesse local está hoje o campo de futebol de Forninhos.
Arrancamos para lá e houve festa rija, com o saudoso Ti Zé Carau a lançar uma descarga de foguetes.
Danados para a brincadeira.

Forninhos sempre foi uma aldeia pequenina, mas penso que o segredo do sucesso dos Domingos à tardinha... estava na amizade e união entre todos e na enorme vontade de fazer mais e melhor pela cultura e desporto. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Memórias: Antiga Equipa de Futebol de 11 (década de 70)

Com a colaboração de mais uma família forninhense, aqui apresentamos mais uma foto de bravos jogadores e a respectiva legenda:

Em cima/pé: Artur “Venâncio”, Martinho Lopes, Zé "Pincho", meu tio Luís (mudo), Zé “Peleira”, Tonhito “Pincho”, Venâncio.

Em baixo: Virgílio “Pincho”, Tónio “Gordo”, Adelino Pina, Nel (do tio Abel) e Toninho Venâncio.

Embora as gerações mais novas não se recordem, esta equipa disputava os seus jogos no terreiro da N. Sra. dos Verdes, local onde existiu durante muitos anos o campo de futebol diferente dos outros todos, pois tinha relva, a melhor relva!
Os jogos que se organizavam por estes anos eram informais, bem como as equipas que se formavam. Jogava-se normalmente com equipas de terras próximas.
A fotografia aqui reproduzida, cedida pela família Guerrilha, foi tirada na década de 70, aquando do período da Guerra de Ultramar e quando em Forninhos ainda não se tinha iniciado a grande vaga de emigração, sobretudo para terras de França.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Memórias: Antiga Equipa de Futebol de 11

(fotografia retirada do albúm de memórias do guarda-redes: Samuel Cavaca)

Talvez a nossa aldeia seja hoje uma das mais pequenas no número de habitantes, mas houve tempos que era uma aldeia onde reinava a mocidade.
Era no terreiro da N. Sra. dos Verdes que esta equipa jogava e onde toda a aldeia e simpatizantes os acompanhava. Os testemunhos dos elementos desta equipa são vários, mas todos são unânimes em dizer que as tardes de Domingo eram uma animação. De facto Forninhos é uma aldeia pequena, mas penso que o segredo do sucesso estava na amizade e união entre todos e na enorme vontade de fazer mais e melhor.
Um bem-haja a todos os que ao longo destes anos contribuíram para desenvolver as iniciativas que promovem a cultura e o desporto na nossa aldeia e (se me permitem uma última análise), fomentam o convívio e a amizade entre todos.
Legenda:
Em cima/pé: Samuel Cavaca; António Cavaca; António Pina; Adelino Ferreira; Zé Coelho; Adelino "S. Pedro"
Em baixo: Alfredo Rebelo; José Pina; Tónio "Xispas"; Adriano Rebelo; Luís (mudo)