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sábado, 15 de novembro de 2014

Morreu José Casanova

foto: Alex Campos

Há noticias que não deveriam existir. A do desaparecimento de um amigo é uma delas. Amigo e camarada. 
O dirigente do PCP, José Casanova, faleceu este sábado, devido a doença grave. 
Escritor de grandes recursos, com três romances publicados, referimo-nos aqui a um deles, Casanova estava há uns tempos a trabalhar o quarto. Que ficará irremediavelmente inacabado. 
O PCP, a democracia e a cultura portuguesas estão de luto. 
Talvez a dor da perda não seja uma justa homenagem a um amigo que parte. Será insuficiente. Talvez porque "a melhor homenagem que lhe podemos prestar é prosseguir a luta do seu partido de sempre".
Até sempre, Zé.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Subliminarmente...


Embora nunca tivesse sido jornalista, nem qualquer coisa que se pareça, pratiquei-o. Amador, nos tempos do "Barca Nova". Também, nos tempos de "A linha do Oeste". Jornalismo local, era uma aventura arrebatadora.  Pagávamos para fazer o que gostávamos. Acho que não é preciso talento para se fazer o que quer que seja, embora deva ajudar um bom bocado. No meu caso, colmatava essa falta com trabalho, dedicação, prazer. Muito.
Lembrei-me disto agora mesmo. Acabo de ver uma reportagem numa estação de televisão sobre a canção. "A canção é uma arma" assim se intitulava.
E lembrei-me também que invejo o talento. Eu nunca conseguiria fazer uma reportagem dessas sem falar com José Mário Branco, José Freire, Samuel ou Francisco Fanhais. "Et bien d'autres", diria Michelle Senlis. Pela importância que têm. social, cultural, política, artística.
Mas a dita estação conseguiu-o. É obra.
Convém lembrar que os quatro senhores que referi interpretaram, e interpretam, para além de textos próprios, , Natália Correia, Sophia de Melo Breyner Andresen, Ary dos Santos ou António Gedeão.
E que um deles é autor de uma canção que se intitula mesmo "A canção é uma arma". E que a utilizaram com mestria, com arte, com grande qualidade. E quando era difícil. 
Mas os tempos são outros.
Como cantaria Graeme Allwright:
"Les temps sont durs
Et j'suis pas sûr
de me payer un coup à boire."



sexta-feira, 5 de julho de 2013

50 anos d' "Os Vampiros"

A parte trágica é que eles continuam por cá, e continuam a não deixar nada. Confirme.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Caros "cidadões", recuso a comentar isto...

porque, simplesmente, é demasiado triste.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pobre povo


Não direi que Saramago seja o único escritor conhecido na América Latina. Os brasileiros, como é sabido, gostam de Fernando Pessoa e de Eça, por exemplo. Mas na Colômbia, e mercê do Prémio Nobel, será seguramente o único. Ou pelo menos o mais conhecido. De qualquer maneira um Prémio Nobel é sempre uma personalidade mundial, dado o conhecimento que lhe é proporcionado pela academia sueca. E um orgulho para o próprio país.
Portugal acaba de ser enxovalhado naquele país porque o mais alto magistrado da nação ignorou, pura e simplesmente, o escritor ribatejano. A culpa não será só do homem, limitadíssimo humana e culturalmente. A culpa também é de quem tem o desplante de se dar ao luxo de se fazer representar por tamanha abantesma. Ou seja, a culpa é nossa.

quinta-feira, 7 de março de 2013

No sítio do costume, com entrada livre


Trio de stoner rock-hard blues, baterias perigosas, baixos derretidos, guitarras esmagadoras e letras incómodas cuspidas como se não houvesse amanhã. Cabaret Macabre é um complemento visual aos temas dos Bad Pig, no qual serão testemunhadas abordagens surreais à sensualidade feminina. Passando por movimentos hostis, vultos estranhos e ambientes sombrios. Os Bad Pig actuam sob as luzes que moldam as suas ideias sobre a mulher.
Membros: Ivo de Cera – Voz/Baixo; Gil Moralez – Guitarra; Taylor - Bateria

"Tubo de Ensaio d'Artes" em contraciclo



Pedro Saboga (à esquerda) e o jornalista Jorge Lemos

A segunda edição das “Conversas na Bijou”, uma iniciativa que se aplaude, teve como convidado Pedro Saboga, um dos fundadores do Tubo de Ensaio de Artes, e a conversa, moderada pelo jornalista Jorge Lemos foi, como é evidente, sobre cultura.
As poucas pessoas que afrontaram uma noite de invernia para se deslocarem ao café ficaram a saber que a ideia que presidiu ao aparecimento da associação também nasceu de uma conversa de café, entre quatro jovens.
Seis anos depois o “Tubo” cresceu, tem agora mais de 250 alunos, na dança, pintura, música, fotografia, e tem realizado vários eventos, ininterruptamente, tais como cinema, teatro, concertos musicais, exposições. Tem protocolos com várias escolas e tem-se assumido como uma pedrada no charco na vida cultural da cidade.
Tem, imagine-se, e em contradição com a política governamental de produzir desemprego, criado alguns postos de trabalho. O que poderá, não sei, provocar algum incidente diplomático com a troika. Mas é obra, numa associação ao serviço da comunidade e sem fins lucrativos.
Uma das iniciativas do “tubo” tem sido trazer à Figueira extensões de vários festivais de cinema, como o Fantas e o Festival de Avanca, o que permitirá minorar o pessimismo irónico do dr. Jorge Tocha Coelho. Diz o insigne intelectual que a Figueira cometeu suicídio cultural ao acabar com o Festival Internacional de Cinema.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tesla, ou o segredo de estado mais bem guardado de sempre

Pelo menos será o mais antigo da História. Já dura há 70 (setenta) anos.
Confira aqui.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Catroga, Duchamp e sei lá mais o quê

Assim à primeira vista a retrete retratada em cima poderia ser a que Eduardo Catroga penhorou no Estádio das Antas. Vá lá, ou parecida. Mas não... não, não é.
Até porque Catroga é uma chinesice neo-liberal made in PSD - que por sua vez foi parido nos escombros da União Nacional - .
E a da imagem é uma obra de arte. E, como se sabe, a arte é uma coisa séria, o que afasta, logo à partida, qualquer mal-entendido.
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

So long, seu Oscar

Morreu Oscar Niemeyer, o arquitecto para quem a linha curva é a distância mais bela entre dois pontos.

O arquitecto visto por F. Campos

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Uma exposição que só visto, no "Tubo"

Pintor, escultor, adepto do Boavista FC, cartoonista, caricaturista e tudo, e mais alguma coisa que possa não ocorrer, Fernando Campos vai expor, pela primeira vez ao vivo, caricaturas. Como diz o cartaz, só visto. Depreendendo-se, portanto, que contado não terá tanta piada, e, em calhando, ninguém acreditaria. Até porque tem também esculturas. E ready-mades, ou lá o que é.
A última exposição dele meteu pinturas e caricaturas, ainda pode ser vista, pois foi onelaine. Se quiser dar uma espreitadela de olhos entre aqui e siga em frente, não tem nada que enganar.





segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A noite de Guy Fawkes

Já sem a importância política que teve, o aniversário da prisão de Guy Fawkes é agora um espectáculo de fogos de artifício por toda a Grâ Bretanha. Ou seja, um aproveitamento económico como outras datas transformadas em folclore.
Faz hoje 407 anos que um dos simpatizantes católicos que tentaram explodir  o parlamento britânico como resposta à repressão do rei protestante Jaime I foi preso e, posteriormente morto.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Adriano partiu há 30 anos



O violino de Manuel Pires da Rocha e a guitarra e a voz de João Queiroz numa homenagem aos 70 anos de Adriano Correia de Oliveira, no Café Concerto do pavilhão da O.R. Lisboa, na última Festa do Avante, no passado mês de Setembro.
Os artistas irão apresentar o espectáculo no Tubo de Ensaio d'Artes, brevemente, mas ainda sem data marcada.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"Asponas"


A língua portuguesa tem adquirido, e vai adquirindo através do tempo, uma outra dimensão com o processo evolutivo que sofre, seja no Brasil, em Angola, em Moçambique ou outro qualquer país onde a língua de Camões é falada.
Não só na literatura, onde a prosa de Luandino Vieira ou Guimarães Rosa, entre outros, é emblemática, mas também no chamado português corrente, enriquecendo-se constantemente com vocabulário novo.
Em Angola aparece-nos agora um novíssimo termo para designar a “classe profissional” conhecida pelo anglicismo “boys”. E em português retinto: ASPONA. Ou seja, “assessores de porra nenhuma”. Um contributo angolano, mais um, para a língua portuguesa.
Aqui, Reginaldo Silva explica melhor. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dos cabrais aos cabrões

Vale a pena uma "petite promenade" ao universo camiliano. E a um dos seus fabulosos romances, o "Eusébio Macário", que já não terá mais oportunidade de ser visto na montra da mítica livraria figueirense, inaugurada, imagine-se, há 127 anos, seis anos após a publicação daquela obra.

No "Tubo"