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quinta-feira, 8 de setembro de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
na amizade...
e de maior proximidade, isto é, onde a presença do outro
de tão inteira já não pode ser medida. Sendo um lugar
cheio de saudade, esse é também um lugar feliz,
porque aí sem cessar se regressa e avista.
É como o movimento de quem caminha
num espaço alto e estreito:
é preciso separar os braços e desunir as mãos,
para que possa alcançar-se o equilíbrio. "
Daniel Faria
terça-feira, 12 de abril de 2011
quarta-feira, 14 de abril de 2010
as mulheres aspiram a casa para dentro...
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos
– digo,
As mulheres – ainda que as casas apresentem
os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos – no pescoço das mães
– ainda que as árvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.
sábado, 27 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
círculos perfeitos
Caminha para dentro dos cercos
No interior não te faltarão provisões.
Novos vizinhos te darão acolhimento
Mais fiéis do que os amigos
Dias e noites maldizendo-te em silêncio
A proximidade
Encosta-te às vedações para guardares
Com minúcia a dolorosa divisão da paisagem
O para ti e o para além
A solidão infinita de ocupares um lugar
Caminha para dentro
Onde gira a nora e o burro é cego
E os círculos perfeitos.
Não te há-de faltar
A distância.
No interior não te faltarão provisões.
Novos vizinhos te darão acolhimento
Mais fiéis do que os amigos
Dias e noites maldizendo-te em silêncio
A proximidade
Encosta-te às vedações para guardares
Com minúcia a dolorosa divisão da paisagem
O para ti e o para além
A solidão infinita de ocupares um lugar
Caminha para dentro
Onde gira a nora e o burro é cego
E os círculos perfeitos.
Não te há-de faltar
A distância.
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