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Um Bolero de Ravel muito especial, pelo músico Rui Belo, com a mais bela paisagem do mundo




Pela primeira vez, este ano, comemora-se o Dia Internacional do Jazz. Em Novembro de 2011, durante a Conferência Geral da UNESCO, a comunidade internacional proclamou 30 de Abril como "Dia Internacional do Jazz". Ao dedicar um dia ao Jazz, pretende-se sensibilizar a comunidade internacional sobre as virtudes do jazz como uma ferramenta educacional, uma força de paz, de unidade, de diálogo e de uma cooperação reforçada entre as pessoas.

"São muitas as histórias que cercam a origem da palavras “jazz”. São muitas as lendas que tentam traduzir a palavra “blues”. Numa delas, uma mulher conta que, ao retornar da igreja, numa manhã de domingo, deitou-se na cama e olhou para o teto com um sentimento tão profundo, uma tristeza tão atroz, e este era um sentimento tão blue… O blues virou lamento, virou ruminação, choro contido… O jazz é um género que se destaca dos demais pelo improviso e por uma escala musical de DNA negro. Diferente da escala europeia, a matriz do jazz tem uma blue note, uma nota blue." (fonte: aqui)

Seja o tradicional som de New Orleans, seja através da voz rouca de Louis Armstrong ou das interpretações de divas como  Ella Fitzgerald ou Billie Holiday, dos improvisos de Milles Davis, Dizzy Gillespie ou Duke Ellington, o jazz há-de estar sempre presente. Hoje, é o dia do jazz. Dia de música. Dia de magia.

 





Fotografia de Roberto Palladini






Uma boa semana pa tud gent!




30 anos sem Elis Regina. Nunca mais ouve outra que cantasse como ela.


[Elis Regina canta "Fascinação"]





Para o ano que aí vem, com mais arte, mais criação, mais poesia, mais amor.









Muito bom para começar a semana! E só para contrariar, adoro segundas-feiras!










No final do dia só consigo pensar na letra desta música. O processo de criação suga-nos. Só quem passa por isso pode entender o que significa.

[música I So Tired, foto de David Galstyan]




é sublime
alegria refletida
em momentos de amor

é mistério
o destino repentino
de se dar e sentir dor

é criança
borboleta de um planeta
tão distante, sem calor

é poesia
palavras que se abraçam
alegria, destino, borboleta
e o sabor"

Ivan Petrovitch




Música John Surman - Edges Of Illusion

[Imagem de coreografia de Pina Bausch]


Nota: se puderem, ouçam até ao fim. Lendo o poema e olhando para a imagem, fica ainda melhor. Não há nada mais sublime que a mistura de música, poesia e movimento. Um post todo ele dedicado ao bailarino e coreógrafo Tó Tavares, uma das almas mais generosas que já conheci na vida.






Fotografia de Henry Cartier Bresson, a ilustrar o tema Songs from Different Times, interpretado por Jack Savoretti.

Bom fim de semana




Os Amantes de Novembro

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.


Alexandre O'Neill 






[Estava a ver que nunca mais chegava, o mês de Novembro!]







«Já sei a eternidade: é puro orgasmo.»

Arménio Vieira - poeta


The Moldy Peaches - Anyone Else But You


[Fotografia de Mecuro B Cotto (link)]





Vem aí o Outono, a mais bela das estações. E com ele, o Café Margoso tentará retomar o seu ritmo diário, depois de ter passado por várias tempestades. Sobreviveu, a vontade de aqui estar persiste. Esperamos que seja recíproco.





Uma música actual e que ainda arrepia. A propósito de tudo....














Que o mês de Setembro vos traga luz, alegria e boas energias...















Quando já não havia outra tinta no mundo 
o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente.



A imagem é de Gregory Colbert, a música de René Aubry, o texto de Mia Couto. E agora, alguém tem a coragem de dizer que a vida não é uma coisa espantosamente bela?








O luar,
é a luz do Sol que está sonhando

O tempo não pára!
A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

...os verdadeiros versos não são para embalar,
mas para abalar...

A grande tristeza dos rios é não poderem levar a tua imagem...

Mário Quintana




[uma das versões mais interessantes do hino da saudade... ou não é?. Boa semana!]




Não sei se isto vai mesmo acontecer, porque ainda me lembro de terem anunciado a Shakira para o Estádio da Várzea e os Roling Stones para a Rua de Lisboa. Mas que foi anunciado, lá isso foi.

Espera-se, a ser verdade, algo de único em Cabo Verde...









Vou vos confessar uma coisa que porventura já sabeis: sempre fui um puto atrevido. Agora sou menos puto, mas igualmente atrevido. Eu diria, em minha defesa, «atrevido no bom sentido do termo», se é que isso se aplica ao caso, mas não me querendo desviar muito do assunto que me trás a este texto, venho aqui falar-vos de um período glorioso do meu passado revolucionário.

Em Portugal, existiu um grupo musical de grande fulgor e impacto popular chamado GAC - Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, no tempo em que a cantiga era realmente uma arma e atrás desse pessoal havia um autêntico exército popular. Um grupo que existiu entre 1974 e 1979 e segundo a reportagem do jornal I, o primeiro disco, gravado em 48 horas vendeu as suas cinco mil unidades em apenas um dia. O título? A Cantiga é uma arma, pois claro. E nessa época era mesmo.

Bem no ambiente da época, este foi um movimento cultural composto por anti-fascistas, pessoas que lutaram contra o colonialismo lusitano e algumas foram presas e torturadas por tê-lo feito. Entre eles estava José Mário Branco, meu pai, um dos integrantes do novo grupo musical. Para um puto como eu, aquilo era um mundo fenomenal. Adorava os comícios, as palavras de ordem, os congressos partidários, as reuniões intermináveis e, com certeza, os concertos e as digressões. Eu ia para o palco e cantava. «A cantiga é uma arma! Contra quem camaradas? Contra a burguesia! Tudo depende da bala e da pontaria!» Bons tempos. Andava ali feliz da vida.

Na foto, pode-se ver isso mesmo. O GAC passeando pelas ruas de Madrid. E eu lá estava, um puto completamente fashion, digam lá. A camisa aberta, o olhar directo para a objectiva, o colar que se adivinha no peito, um ciganito cujo futuro se poderia adivinhar, pelo menos, agitado. Infelizmente perdi um bom bocado do estilo e do sentido estético que me caracterizava nesses tempos idos da revolução dos cravos. O atrevimento, esse, foi ficando e ainda perdura.

Recordar é viver, dizem. Então vamos lá cantar. Em uníssono...







Que Hernany Almeida é um dos nossos maiores valores na área da música, já quase toda a gente sabe. O que nem toda a gente saberá é que um disco novo está a caminho, para delicia de todos quantos apreciam a boa música.

Por enquanto que não chega, podem se ir deliciando com este tema:




E para ouvir mais 3 músicas novas, fresquinhas, acabadinhas de sair do estúdio, é só ir ao Myspace do músico mindelense, aqui.

Boa escuta!








Não sei porquê, mas esta imagem combina muito bem com esta bela sonata de Chopin para piano.

Bom fim de semana