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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
40 anos do Chez Panisse
Neste fim de semana o Chez Panisse, restaurante da divina Alice Waters, completou 40 anos com muitas celebrações. Pelo que li, houve desde jantares carésimos para levantar dinheiro para o projeto social Edible Schoolyard (que incentiva o plantio de hortas em escolas americanas e uma experiência mais próxima e saudável das crianças com a comida) até projeções dos filmes do cineasta francês Marcel Pagnol, cuja trilogia dos anos 1930 inspirou o nome do restaurante.
Sou uma grande fã da história pessoal e profissional da Alice Waters, e em 2008 realizei o sonho de jantar no restaurante, uma experiência que jamais esquecerei (e que está registrada aqui). O chef confeiteiro e blogueiro David Lebovitz, que trabalhou lá, esteve presente para a celebração dos 40 anos e registrou tudo em lindas fotos e textos. Deve ter sido uma festa e tanto!
Marcadores:
Califórnia,
orgânico e sustentável,
Restaurantes
quarta-feira, 9 de março de 2011
Terreiro Bahia
Durante o feriado conseguimos escapar da loucura do Carnaval e dar um pulinho na Praia do Forte, onde descansamos e finalmente conhecemos o restaurante Terreiro Bahia, da chef Tereza Paim. Já conhecia a boa reputação do trabalho da chef, e sabia que ela tinha uma afinidade muito grande com o Beto Pimentel, chef do Paraíso Tropical, tanto na concepção criativa de pratos regionais da cozinha baiana quanto na preocupação com produtos locais e técnicas sustentáveis.
O restaurante estava lotado por conta do feriado, com muitos turistas curiosos, mas conseguimos nos sentar e apreciar a decoração que me fez logo sentir como se estivesse em casa - pratos que não combinavam, panelas de barro, muitos retratos de família nas paredes abertas e ventiladas, móveis antigos. Ainda tivemos a sorte de contar com a presença da própria Tereza que, sempre simpática, fazia o circuito das mesas conversando com os clientes.
E a comida estava maravilhosa. Provamos um prato do mar e outro da terra:
O peixe em crosta de limão estava levíssimo e refrescante, acompanhado por minilegumes (não sei se cozidos ou assados, mas tinham um aroma de tomilho fresco irresistível) arrumados no prato como uma pintura com um molho à base de mel e cajá.
Pena que não sobrou espaço para a sobremesa - coisa da qual me arrependi profundamente quando bati o olho nas outras mesas e vi uma variedade de doces lindos. Bem, vai ter que ficar para a próxima.
Terreiro Bahia
Endereço: Rua do Linguado, s/n, Praia do Forte
Telefone: (71) 3676-1754
Marcadores:
comida brasileira,
Restaurantes,
Salvador
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Comi em Brasília
É incrível como a terra natal tem uma importância nas nossas vidas. Acho que o local onde você nasce, e sobretudo onde você passa sua infância deixa marcas na memória que nenhum outro lugar é capaz de reproduzir. É por isso que sempre irei me considerar brasiliense, por mais que agora já esteja me encaminhando para mais anos vividos aqui em Salvador do que lá.

Recentemente estive na minha terra natal para rever algumas pessoas muito queridas. Entre uma visita à casa onde nasci e uma passadinha na feira do Paraguai - pois programa mais brasiliense não há -, comi muita comida caseira: desde aquela preparada carinhosamente por tios e tias "de consideração" (já que a geração dos meus pais foi para Brasília sem conhecer ninguém e por lá sedimentou amizades muito mais fortes do que laços sanguíneos), até jantares espontâneos com amigos e amigas que se casaram e agora estão arrasando na cozinha (né Karina?), passando por um encontro dos mais requintados com membros dessa minha segunda família, a do meu marido (pois eu sou uma pessoa de muita sorte, e não ganhei apenas um companheiro mas toda uma família).
Por conta disso, não tive a oportunidade de conhecer bem a cena de restaurantes, embora tenha reparado que existe, sim, uma cena bem forte. Fui levada a apenas um restaurante, o Dona Lenha (tem várias locações pela cidade, fui no da Asa Norte), que me deixou com ótimas impressões.

De entrada comi uma das melhores brusquettas que já comi em restaurantes, bem temperada e com saborosíssimos tomatinhos-cereja.

Depois comi um enrolado de massa phyllo de carne de carneiro desfiada com cebola caramelizada, acompanhado por um delicioso molho tzatziki.
Serviço: Dona Lenha (www.donalenha.com.br)
Recentemente estive na minha terra natal para rever algumas pessoas muito queridas. Entre uma visita à casa onde nasci e uma passadinha na feira do Paraguai - pois programa mais brasiliense não há -, comi muita comida caseira: desde aquela preparada carinhosamente por tios e tias "de consideração" (já que a geração dos meus pais foi para Brasília sem conhecer ninguém e por lá sedimentou amizades muito mais fortes do que laços sanguíneos), até jantares espontâneos com amigos e amigas que se casaram e agora estão arrasando na cozinha (né Karina?), passando por um encontro dos mais requintados com membros dessa minha segunda família, a do meu marido (pois eu sou uma pessoa de muita sorte, e não ganhei apenas um companheiro mas toda uma família).
Por conta disso, não tive a oportunidade de conhecer bem a cena de restaurantes, embora tenha reparado que existe, sim, uma cena bem forte. Fui levada a apenas um restaurante, o Dona Lenha (tem várias locações pela cidade, fui no da Asa Norte), que me deixou com ótimas impressões.
De entrada comi uma das melhores brusquettas que já comi em restaurantes, bem temperada e com saborosíssimos tomatinhos-cereja.
Depois comi um enrolado de massa phyllo de carne de carneiro desfiada com cebola caramelizada, acompanhado por um delicioso molho tzatziki.
Serviço: Dona Lenha (www.donalenha.com.br)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Marakuthai e um encontro
Cumprindo aquela promessa que fiz de visitar pelo menos um (ou quantos couber no bolso) restaurante da minha lista de obrigatórios a cada visita à Meca, ops, São Paulo, desta vez optamos por um restaurante do qual já havia ouvido coisas maravilhosas do Edu Luz, autor do famoso bog Da Cachaça pro Vinho. Como se não bastasse, o próprio Edu (com sua esposa e fotógrafa oficial do DCPV, a Dé) fez a gentileza de nos encontrar lá para uma tarde de muita conversa e comida boa.

Na realidade, minha história com o Marakuthai começou até antes disso. No ano passado, estava eu num ônibus lotado em direção à USP, indo para um congresso de cinema, quando vi o prédio - uma casinha branca com as beiradas das portas e janelas pintadas de azul royal - e o nome do restaurante me chamou a atenção. Adoro trocadilhos engraçados e inteligentes. Tempos depois, vim a saber que o Marakuthai era um restaurante conhecido e premiado, capitaneado por uma chef de apenas 21 anos, a Renata Vanzetto.
Alguns meses depois, finalmente entrei naquela casinha branca só para constatar que o interior era exatamente como eu havia imaginado: cheio de personalidade, com elementos étnicos aqui e ali (mas nada com cara de loja de decoração), toques femininos, jovens e bem-humorados. Adorei os vestidos, sapatos e bolsas de bechó que enfeitam escada e banheiro, e descobri até um pôster igualzinho ao que eu trouxe de Hong Kong.

Sobre a comida os elogios só fazem aumentar.

De entrada, comemos bolinhos de cordeiro - deliciosos, mas inesquecíveis eram os molhos de curry e pesto thai com hortelã que acompanhavam.

E shooters de salmão (selado por fora e cru por dentro) com molho de abacate e chips de batata doce. Além de lindo estava delicioso, aliás salmão com abacate é uma daquelas combinações imperdíveis, não é?

De pratos, provamos a costelinha de porco com purê de milho verde e compota de pimenta biquinho - carne maravilhosa, mas o molho de pimenta roubou a cena mais uma vez.

Comi também um prato mais típico thai, o curry verde de frango, só para matar a saudade. Foi sair de lá direto para o Santa Luzia comprar curry verde!
De sobremesa, brigadeiro de panela (literalmente) e pequi gateau.


O brigadeiro estava ótimo, comparável ao da minha mãe que, todo mundo sabe, faz o melhor brigadeiro do universo, mas sensacional mesmo estava o pequi gateau: mesma consistência do bolinho quente que já cansou a beleza de todo o mundo, mas com o inesperado azedinho do pequi, além de outros aromas hipnotizantes que não consegui identificar (cardamomo, talvez).
O Edu e a Dé foram companhias perfeitas para este almoço que se estendeu quase que até o jantar - e olha que falamos pouco sobre comida. Aliás, todas as pessoas que conheci através dos blogs de comida se tornaram grandes amigos e influências na minha vida. Estou cada vez mais convencida de que a comida é a única linguagem cultural capaz de unir as pessoas mais diferentes em torno de uma paixão comum. Enfim, este almoço me deixou muito feliz. Um brinde!
Na realidade, minha história com o Marakuthai começou até antes disso. No ano passado, estava eu num ônibus lotado em direção à USP, indo para um congresso de cinema, quando vi o prédio - uma casinha branca com as beiradas das portas e janelas pintadas de azul royal - e o nome do restaurante me chamou a atenção. Adoro trocadilhos engraçados e inteligentes. Tempos depois, vim a saber que o Marakuthai era um restaurante conhecido e premiado, capitaneado por uma chef de apenas 21 anos, a Renata Vanzetto.
Alguns meses depois, finalmente entrei naquela casinha branca só para constatar que o interior era exatamente como eu havia imaginado: cheio de personalidade, com elementos étnicos aqui e ali (mas nada com cara de loja de decoração), toques femininos, jovens e bem-humorados. Adorei os vestidos, sapatos e bolsas de bechó que enfeitam escada e banheiro, e descobri até um pôster igualzinho ao que eu trouxe de Hong Kong.
Sobre a comida os elogios só fazem aumentar.
De entrada, comemos bolinhos de cordeiro - deliciosos, mas inesquecíveis eram os molhos de curry e pesto thai com hortelã que acompanhavam.
E shooters de salmão (selado por fora e cru por dentro) com molho de abacate e chips de batata doce. Além de lindo estava delicioso, aliás salmão com abacate é uma daquelas combinações imperdíveis, não é?
De pratos, provamos a costelinha de porco com purê de milho verde e compota de pimenta biquinho - carne maravilhosa, mas o molho de pimenta roubou a cena mais uma vez.
Comi também um prato mais típico thai, o curry verde de frango, só para matar a saudade. Foi sair de lá direto para o Santa Luzia comprar curry verde!
De sobremesa, brigadeiro de panela (literalmente) e pequi gateau.
O brigadeiro estava ótimo, comparável ao da minha mãe que, todo mundo sabe, faz o melhor brigadeiro do universo, mas sensacional mesmo estava o pequi gateau: mesma consistência do bolinho quente que já cansou a beleza de todo o mundo, mas com o inesperado azedinho do pequi, além de outros aromas hipnotizantes que não consegui identificar (cardamomo, talvez).
O Edu e a Dé foram companhias perfeitas para este almoço que se estendeu quase que até o jantar - e olha que falamos pouco sobre comida. Aliás, todas as pessoas que conheci através dos blogs de comida se tornaram grandes amigos e influências na minha vida. Estou cada vez mais convencida de que a comida é a única linguagem cultural capaz de unir as pessoas mais diferentes em torno de uma paixão comum. Enfim, este almoço me deixou muito feliz. Um brinde!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Paraíso Tropical
Enquanto nos estabelecemos de volta à rotina (e enquanto minha má fase na cozinha não termina), temos comido bastante fora e conhecido alguns restaurantes muito legais. É um trabalho sujo, eu sei, mas a gente também tem que comer...
Disparado o lugar mais interessante que fomos foi o Paraíso Tropical, local bastante conhecido de foodies locais ou não (já o vi até numa matéria do Discovery Channel). É que escondido lá pelo bairro do Cabula fica o sítio do chef Beto Pimentel, no qual ele planta centenas de variedades de frutas e legumes que são usados no seu cardápio.
As especialidades são pratos da culinária baiana, mas re-interpretados pela criatividade do chef e pelos ingredientes que têm à mão. Então, na moqueca sai o azeite de dendê e entra a fruta, sai o leite de coco e entra também a fruta, tornando tudo mais leve e increvelmente saboroso. Ele também usa frutas as quais eu jamais tinha ouvido falar nos pratos, é um trabalho incrivelmente inventivo.
Eu confesso que fiquei fã ao ver o salão amplo, bem no meio das árvores e do qual se pode ver as galinhas ciscando. Mais local e sustentável do que isso eu só vi mesmo na zona rural da China, onde comemos na beira do rio observando um senhor que pescava os peixes ao nosso lado. De quebra, o cardápio ainda oferece sucos que mais parecem sorbets de tão cremosos, e uma cesta de frutas de sobremesa (com direito a um saquinho para levar o que sobrar para casa).
Serviço: Restaurante Paraíso Tropical
Rua Edgard Loureiro, 98-B, Cabula
Telefone: 3384-7464
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Comilanças em São Paulo, parte 2 - Carlota
Update: Este post é dedicado à Fabrícia e Mohamed, nossos companheiros de restaurantes e descobertas gastronômicas. Lembramos demais de vocês quando estivemos lá, desejando que estivéssemos todos juntos. Saudades!

Tais como religiosos fazem peregrinações de tempos em tempos para a cidade prometida, nós - peregrinos esfomeados e, agora, desempregados - decidimos aproveitar cada ida a São Paulo para conhecer um, e apenas um, de seus restaurantes mais comentados (e caros). O escolhido para estrear a saga foi o Carlota, da chef Carla Pernambuco, do qual já tinha ouvido falar mil maravilhas das mais diversas fontes.

De cara eu já gostei demais do ambiente aberto e arejado, com ares de casa de campo, paredes brancas, muitas plantas e objetos de decoração que remetem, muito provavelmente, às viagens que a chef já fez e das quais trouxe inspiração para sua cozinha. Aproveitei que fomos durante o dia e não parei de disparar a câmera para todos os lados.



O cardápio era tão eclético quanto a decoração do lugar, com misturas de ingredientes e nomes franceses, brasileiros e asiáticos. Eu comi um magret de pato defumado com risotto de cogumelos selvagens que estava simplesmente maravilhoso (e muito bem servido, um magret inteiro para uma pessoa chega a ser um exagero). O prato do Luiz era ainda mais delicioso: carne de vitelo marinada e cozida durante horas, depois desfiada e montada sobre um bolinho de batatas, ambos ilhados por um molho à base de vinho que me deixou instigada a tarde inteira.



De sobremesa, pedimos o petit gateau de doce de leite, uma interpretação mais do que bem-vinda de um clássico que já estava implorando para ser repensado. Só o sorvete que acho que não era feito lá mesmo, e se for, podia ter mais sabor de baunilha.

Além da comida e do ambiente acolhedor, devo dizer que o serviço também mereceu estrelinhas em nossos cadernidos de notas, completando uma experiência bem agradável. Para mim não tem nada melhor do que entrar num restaurante no qual você consegue captar na hora qual é a intenção e o espírito do(a) chef por trás de tudo aquilo, e o Carlota certamente é um desses lugares. Nem preciso dizer que voltei para casa com um exemplar do livro de receitas da Carla Pernambuco, e doida para colocar algumas em prática.
Serviço: Carlota (www.carlota.com.br)
Rua Sergipe, 753 - Higienópolis, São Paulo.
11.3661.8670
Tais como religiosos fazem peregrinações de tempos em tempos para a cidade prometida, nós - peregrinos esfomeados e, agora, desempregados - decidimos aproveitar cada ida a São Paulo para conhecer um, e apenas um, de seus restaurantes mais comentados (e caros). O escolhido para estrear a saga foi o Carlota, da chef Carla Pernambuco, do qual já tinha ouvido falar mil maravilhas das mais diversas fontes.
De cara eu já gostei demais do ambiente aberto e arejado, com ares de casa de campo, paredes brancas, muitas plantas e objetos de decoração que remetem, muito provavelmente, às viagens que a chef já fez e das quais trouxe inspiração para sua cozinha. Aproveitei que fomos durante o dia e não parei de disparar a câmera para todos os lados.
O cardápio era tão eclético quanto a decoração do lugar, com misturas de ingredientes e nomes franceses, brasileiros e asiáticos. Eu comi um magret de pato defumado com risotto de cogumelos selvagens que estava simplesmente maravilhoso (e muito bem servido, um magret inteiro para uma pessoa chega a ser um exagero). O prato do Luiz era ainda mais delicioso: carne de vitelo marinada e cozida durante horas, depois desfiada e montada sobre um bolinho de batatas, ambos ilhados por um molho à base de vinho que me deixou instigada a tarde inteira.
De sobremesa, pedimos o petit gateau de doce de leite, uma interpretação mais do que bem-vinda de um clássico que já estava implorando para ser repensado. Só o sorvete que acho que não era feito lá mesmo, e se for, podia ter mais sabor de baunilha.
Além da comida e do ambiente acolhedor, devo dizer que o serviço também mereceu estrelinhas em nossos cadernidos de notas, completando uma experiência bem agradável. Para mim não tem nada melhor do que entrar num restaurante no qual você consegue captar na hora qual é a intenção e o espírito do(a) chef por trás de tudo aquilo, e o Carlota certamente é um desses lugares. Nem preciso dizer que voltei para casa com um exemplar do livro de receitas da Carla Pernambuco, e doida para colocar algumas em prática.
Serviço: Carlota (www.carlota.com.br)
Rua Sergipe, 753 - Higienópolis, São Paulo.
11.3661.8670
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Comilanças em São Paulo, parte 1 - Mestiço
Estive em São Paulo por alguns dias para um congresso de cinema, mas aproveitei cada momento livre para fazer programas tipicamente foodies. Nossa primeira parada, seguindo as preciosas indicações do Edu Luz, foi no mestiço, onde se come uma comida contemporânea com fortes inspirações tailandesas.
De entrada comemos Krathong-thong, bolsinhas de massa crocante com recheio de frango moído e outras especiarias deliciosas.
Eu não resisti aos apelos do tradicional frango ao curry thai, prato que costumava comer pelo menos uma vez por semana em Montreal. Como eu estava com saudade destes aromas! Saí de lá decidida a comprar curries de todas as cores para tentar reproduzir em casa (sim, em São Paulo se encontra curries de todas as cores...)
A sobremesa se chamava festa, e o nome não podia ser mais apropriado: um pão de ló fofinho coberto com abacaxis em calda, ganache de chocolate e lascas de amêndoas tostadas. Muito bom mesmo.
Serviço: Restaurante Mestiço
R. Fernando de Albuquerque, 277
São Paulo - SP, 01309-030
(0xx)11 256-3165
http://www.mestico.com.br/
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Café Boulud
Nossa segunda parada gastronômica em Nova Iorque foi no Café Boulud, um dos vários restaurantes do chef francês Daniel Boulud espalhados pela cidade. Fiquei sabendo de um cardápio de almoço com temática "fresh from the market" e preços super razoáveis, o que nos possibilitou visitar este restaurante dono de estrela Michelin e tudo o mais.
A fachada do restaurante, assim como a de muitos outros prédios na mesma rua, estava em reparos, uma pena porque o café fica num prédio histórico numa das ruas que dá acesso ao Central Park na altura do museu Metropolitan (eu falei que o negócio era chique, não falei?). Lá dentro, fomos rapidamente sentados pelo maitre e oferecidos pequenos arancini, aquelas bolinhas fritas feitas com risotto e queijo.
O cardápio do almoço, que muda toda semana, oferecia três opções de entrada, três pratos principais e três sobremesas. Como estávamos em três provamos todas as entradas: um gazpacho branco, que é feito com pepino ao invés de tomate, um carpaccio de lula e tomates verdes fritos com um molho picante. Depois vieram um gnocchi de ricotta com radichio grelhado e um peixe com crosta de pimenta do reino e salada de feijões.
A comida estava maravilhosa, em porções ideais para um almoço leve, e a apresentação dos pratos era simplesmente espetacular. Na hora da sobremesa, fomos unânimes em pedir o mousse de chocolate com sorvete de baunilha, uma das melhores sobremesas que já comi. Junto com o café veio uma cestinha de pequenas madeleines, uma fofura só.
Café Boulud
20 East 76th Street (between Madison and 5th avenue)
New York, NY 10021
Marcadores:
cozinha francesa,
Nova Iorque,
Restaurantes,
Viagens
domingo, 7 de junho de 2009
Acarajé made in Montreal? Oui!
Os baianos que se acumulam em Montreal - com dois casais de amigos que chegaram recentemente - ouviram falar de um lugar que supostamente vendia acarajé autêntico. Mas seria mesmo cem por cento verdadeiro? Eu fui uma das que duvidaram, afinal só conseguir os ingredientes já seria complicado. Mas fomos lá para conferir e vimos que eram, de fato, autênticos, feitos por um brasileiro, fritos no azeite de dendê e servidos com vatapá.
Só os camarões secos que ele preferiu evitar, talvez para agradar ao paladar internacional, trocando por frescos. Se quisesse usar os secos era só dar um pulo em Chinatown. Aliás, qualquer tentativa de reproduzir a culinária brasileira por aqui leva você a uma peregrinação multinacional de lojinhas e mercados portugueses, asiáticos e africanos. Assim se vê como a comida é um troço global.
Sobre os acarajés eu não posso emitir opinião, pois não sou nenhuma especialista no assunto e, para ser sincera, nem gosto do "original", ou seja, aquele servido pelas mãos da baiana na beira da praia. Mas os baianos aprovaram, dizendo que o bolinho não era lá muito crocante mas o vatapá estava muito gostoso. De qualquer modo disseram que serviu para matar a saudade.
Os acarajés estão sendo servidos no restaurante Lelê da Cuca, do simpático senhor Ed. Fica na Rua Marie-Anne Est, número 70, em Montreal.
Marcadores:
Cultura,
Curiosidades,
Restaurantes,
Vida em Montreal
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Cabane à sucre Pied de Cochon
Visitar uma cabane à sucre é uma tradição no Québec, principalmente nesta época, quando a seiva é retirada árvores de bordo para fazer o famoso xarope (maple syrup). As cabanas de madeira são montadas nos arredores da cidade e oferecem pratos rústidos, a maioria contendo o xarope de bordo, como sopa de ervilha amarela, feijão cozido com bacon e carnes de caça. Mas é claro que tem também muitas sobremesas feitas com o doce xarope, inclusive uma espécie de pirulito interativo que consiste na pessoa jogar o xarope na neve e esperar que ele endureça.
Eu já estava programando uma visita à uma dessas cabanas quando soube que ninguém menos que Martin Picard, o chef do famoso Pied de Cochon, havia comprado uma cabane à sucre que iria operar durante apenas um mês. Já haviámos estado no Pied de Cochon não faz muito tempo, mas uma oportunidade dessas a gente não pode perder, então juntamos a mesma turma e fizemos reservas.
O lugar:
O ambiente era rústico mas ao mesmo tempo descontraído, com mesas comunais e música animada.
Na cozinha, fogão à lenha que transforma seiva em xarope.
Coelhos e outras carnes penduradas atrás do bar.
Tanque com lagostas vivas. Aqui pode-se ter uma idéia bem clara da filosofia de Martin: não somente ele adora carne, mas ele tem um baita orgulho em oferecer um produto fresco e de qualidade. Dizem até que ele está criando porcos na propriedade.
Dei sorte e consegui roubar uma foto do Martin na cozinha!
A comida:
A cabane à sucre Pied de Cochon ofereceu uma verdadeira mistura dos pratos tradicionais quebequenses com a personalidade extravagante de Martin Picard: na tradicional sopa de ervilhas, por exemplo, tinha cubinhos de foie gras.
Omelete de peixe e carne defumada (único prato que não comi).
Codorna, coelho e galinha d'Angola com polenta e couve de bruxelas.
Feijões cozidos com xarope de bordo e bacon e pato duas maneiras: peito assado e coxas confit.
Teve até um sushi, nada tradicional, de lagosta e pato.
De sobremesa, o famoso "pirulito de bordo".
Bolo alaska: sorvete coberto com suspiros e ligeiramente assado.
Eu já estava programando uma visita à uma dessas cabanas quando soube que ninguém menos que Martin Picard, o chef do famoso Pied de Cochon, havia comprado uma cabane à sucre que iria operar durante apenas um mês. Já haviámos estado no Pied de Cochon não faz muito tempo, mas uma oportunidade dessas a gente não pode perder, então juntamos a mesma turma e fizemos reservas.
O lugar:
A comida:
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