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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Viajando com pimpolhos

Viajar com bebê que mama no peito é, além de gostoso, a coisa mais prática que existe – não precisa pensar em levar, esquentar, conservar, prato, talher, adaptação ao tempero local, nada disso. Quando os pequenos começam a comer comidinhas, a viagem demanda uma logística um pouco maior, mas nada desesperador. Recentemente passei uma semana em São Paulo com marido e filho de onze meses, e aproveitei para testar se era possível manter o guri numa comidinha caseira e saudável, sem recorrer a industrializados nem mudar muito sua rotina de refeições. É perfeitamente possível! Basta um pouco de organização antes da viagem e um tantinho de jogo de cintura durante.

Aqui pra você, N**** Meu potinho é outro!

Antes da viagem, fiz uma produção em massa de pratinhos para o almoço e jantar. Para o almoço (foto): arroz branco, feijão carioca, mandioquinha, abóbora e brócolis cozidos no vapor. Metade com frango desfiado e metade com carne de panela. Depois foi só congelar em porções individuais e colocar numa térmica no dia da viagem, que foi comigo como bagagem de mão.

Como o percurso era relativamente curto (2h de avião de Salvador a São Paulo, mais o trajeto do aeroporto para casa), não esquentei (rá!) com risco de descongelamento, mas acho que isso só seria motivo de preocupação se o trajeto fosse durar mais de 6h. Já passei o dia inteiro fora de casa carregando a comida dele congelada e não houve problema nenhum.

Ficamos em casa de parentes que nos cederam congelador e microondas, mas - a não ser que você vá para o meio do mato - qualquer hotel teria condições de fazer o mesmo (se não no frigobar do quarto, na própria cozinha do hotel). Chegando lá, só precisei comprar o que era mais perecível, como frutas, queijo e pão para o café da manhã. Inclusive, essa é uma ótima oportunidade para conhecer frutas novas, dependendo do destino da viagem e da estação do ano.

Comendo no Mercadão

Durante a viagem, fiz o que faço aqui quando vou para a rua: levei o pratinho dele congelado numa térmica pequena, junto com talheres, babador, copo, fruta para o lanche e/ou suco. Na hora da fome, é só pedir para esquentar no microondas do restaurante onde estiver (de novo, só se você for para um lugar muito remoto para isso não ser possível). Não se preocupe que ninguém dirá não a um bebezinho lindo com carinha de fome.

Marcel comeu no chiquérrimo bistrô do Olivier Anquier (onde esquentaram sua comida em banho-maria), no Mercadão Municipal, onde disputou o microondas com os famosos petiscos gratinados, e até na fila de espera do Mestiço, que estava lotado (fome de criança não espera, né). Em todos os lugares fomos tratados com muita atenção e carinho - ainda bem que a maioria dos garçons, gerentes, donos, maitres são também pais e mães.


Aproveitando a comida sensacional do Taormina

É claro que nem sempre deu tudo certo - em alguns dias Marcel estava com sono na hora do almoço e fez birra, em outros preferiu ficar só beliscando o pãozinho do couvert. Em outros, nem precisamos lançar mão da comida, já que ele curtiu experimentar dos nosso pratos. No restaurante italiano Taormina, por exemplo, fizeram um pratinho lindo especialmente para ele com nhoque artesanal e um mollho ao sugo delicioso, que ele devorou com suas próprias mãozinhas.

Aliás, a única coisa que não conseguimos replicar do que fazemos em casa é o baby-led weaning, pois - pelo bem das ruas roupas e do chão dos restaurantes - não poderíamos deixa-lo fazer aquela bagunça que ele normalmente faz ao tentar se alimentar sozinho.

No fim das contas, pode ter sido mais complicado do que viajar com um bebê de peito, mas foi também muito mais divertido! Eu fiquei muito satisfeita de saber que ele se adaptou bem às mudanças de ambiente, horário, cadeirões e tirou tudo de letra. Um dia ele saberá como isso é importante para nós...



Hum, deixa eu ver o cardápio...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Risoto de limão siciliano

Risoto, para mim, sempre foi uma comida reconfortante, quente, rica, macia, daquelas que caem como um abraço apertado numa noite fria. Qual não foi minha surpresa ao experimentar uma receita de risoto à base de limão siciliano! Igualmente delicioso, embora completamente diferente, este risoto é leve, suave, refrescante, marcante devido à acidez do limão. Perfeito para um almoço de verão acompanhando um peixinho à meunière (do jeito que aprendi com Julia Child).

Risoto de limão siciliano (receita adaptada de várias fontes, entre elas a receita da Faby do Rainhas do Lar

- Uma xícara de arroz arbóreo ou carnaroli
- Um litro de caldo de galinha (de preferência caseiro)
- Meia cebola ralada ou picada bem picadinha
- Uma xícara de vinho branco seco
- Meia xícara de suco de limão siciliano (aprox. três limões grandes)
- Raspas destes mesmos limões
- Parmesão e manteiga à gosto

O preparo é como o de praticamente todo risoto: comece suando a cebola em um pouco de manteiga e/ou azeite de oliva até ficar transparente, depois junte o arroz e deixe tostar um pouquinho. Junte o vinho branco e, quando este tiver evaporado por completo, junte o suco do limão. Esta é uma boa hora para temperar com sal e pimenta do reino. Depois vá acrescentando o caldo aos poucos e mexendo sempre, até o arroz ficar cozido e cremoso, o que pode levar uns trinta a quarenta minutos.

Por fim, junte as raspas do limão (o melhor é provar o risoto e ver o quanto precisa, para não ficar muito forte já que o sabor do limão é bem marcante), parmesão ralado na hora e um pouco de manteiga bem fria cortada em cubinhos. Mexa delicadamente para incorporar tudo e derreter a manteiga e o queijo e sirva imediatamente.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Massa caseira








Nem sei dizer o quanto eu adoro fazer massa caseira. A simplicidade dos ingredientes, farinha e ovos combinados e sovados até virarem uma massa macia e maleável. O ritual de abrir a massa, espalhando farinha pela cozinha inteira, com a indispensável ajuda da pessoa amada. O cuidado materno com cada pedaço de massa translúcida de tão fina. E, por fim, o resultado final leve e ao mesmo tempo acolhedor. É um ato de amor. Um ritual que me invade de sentimentos de carinho e cuidado, os quais certamente pode-se sentir no prato final, e que espero praticar com a família que em breve irá aumentar.

Obs: A receita lasanha bolognesa tradicional com massa caseira já foi publicada neste blog (clique aqui para ver)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Molho de tomate com berinjela da Marcella Hazan


Recentemente adquiri o livro Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, de Marcella Hazan, e esta receita de molho de tomate com berinjelas foi a primeira que me saltou aos olhos, por vários motivos. Primeiro, porque adoro berinjelas, e não me canso de aprender novos meios de prepara-las. Segundo, porque já tinha provado um molho semelhante num restaurante de São Paulo que me deixou com saudades desde então. Terceiro, porque a receita é incrivelmente simples e deliciosa.


Molho de tomate com berinjelas
(*Receita adaptada do livro Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, de Marcella Hazan)

Rende quatro porções
500g de massa (usei penne)
500g de berinjela
Alguns dentes de alho
Uma lata de tomate pelado
Sal e pimenta à gosto

Muitas receitas com berinjela pedem que se salgue o legume durante uma boa meia hora para retirar o excesso de líquido e amargor - esta é a parte que dá mais trabalho da receita, mas vale a pena. No livro, Marcella descreve muito bem este processo: corte a berinjela em fatias de mais ou menos um centímetro de grossura, espalhe-as sobre papel toalha ou um escorredor e espalhe um pouco de sal sobre elas. Deixe por pelo menos meia hora. Depois, seque as fatias com papel toalha para retirar o líquido e o excesso de sal.

Agora vem a única alteração que fiz na receita: no livro, Hazan recomenda que se frite as fatias de berinjela submersas em azeite, mas eu preferi grelhar porque sei como elas tendem a absorver muita gordura. Usei apenas um pouco de azeite pincelado em cada fatia, e não acho que tenha afetado em sabor ou textura o resultado final. Depois de dourar as fatias na grelha, deixe esfriar e corte cada fatia em pedaços. Reserve. (*Esta etapa é a mesma para fazer berinjela parmegiana, e pode ser feita com bastante antecedência)


Depois, é só fazer um molho de tomate bem simples: dourar alguns dentes de alho picados no azeite, juntar uma lata de tomates pelados com o líquido (*acrescentei também um tomate fresco cortado em pedaços), acrescentar sal e pimenta (pode-se usar pimenta calabresa) e deixar cozinhar por vinte minutos. Por fim, junte os pedaços de berinjela e mexa durante uns dois a três minutos. Sirva com a massa de sua preferência e bastante parmesão ralado.

O resultado final é exatamente o que eu esperava: o sabor da berinjela fica extremamente sutil e dá uma consistência boa ao molho, substituindo perfeitamente qualquer carne. Mal posso esperar para testar outras receitas do livro, que compila em português receitas de dois outros volumes de Marcella Hazan lançados na década de 70.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Comida afetiva

Desde que comecei a cozinhar com frequência (desde o nascimento deste blog, na verdade), a comida tem se tornado um elemento cada vez mais presente e importante na minha vida. Sim, é bom ver o resultado de uma receita nova, é ótimo receber elogios por um prato bem executado e melhor ainda comer aquilo que se produz e o que se tem vontade sem depender de ninguém. Mas o que tem me dado cada vez mais satisfação é o lado afetivo (e menos egocentrado) da cozinha. Nada se compara ao ato de agregar pessoas em volta da mesa, oferecer carinho em forma de comida a quem se ama.

A comida serve tanto para agregar como também para comunicar coisas que talvez a gente nem soubesse dizer em palavras. Pensava nisso enquanto preparava o cardápio de um jantar familiar muito importante. Que prato fazer para contar à família que em breve teremos mais um integrante? Não existe receita para essas situações, claro. De repente, percebi que não se tratava mais de impressionar os convidados, nem de ter certeza de que sairia tudo certinho como o planejado. Na verdade importava muito pouco o que eu fizesse, pois o sentimento estaria ali, posto à mesa, de qualquer maneira.

Talvez eu esteja apenas ficando mais velha. Talvez sejam os famosos hormônios. Mas talvez essa mudança de percepção tenha me feito perceber que agora me sinto finalmente preparada para encarar uma fase de imensa doação, mas sem sacrifícios, de coração aberto. A comida me fez perceber isso. Não é à toa que a expressão popular diz que estamos com uma coisinha no forno, não é? É a mais pura verdade.


Ah, ficou curioso para saber o menu do famoso jantar? Fui de comfort food italiana: conchigliones recheados com ricota temperada, molho de tomate e bechamel, incrementados com uma ricota defumada maravilhosa que trouxe de São Paulo. Receitinha antiga mas que sempre agrada. Clique aqui para ver.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Frango com polenta (à moda de Caçador)

Estou chamando este frango de à moda de Caçador porque foi lá que eu aprendi a receita, embora saiba se tratar de um prato de origem italiana. A história dele começou ainda em Montreal, onde, por pura obra do acaso, fizemos amizade com um casal de brasileiros de Santa Catarina, mais especificamente da cidade de Caçador. Não é engraçado que enquanto morávamos lá no Canadá nós éramos vizinhos, mas aqui no Brasil ficamos em cantos completamente diferentes do país?

Graças aos programas de milhagens aéreas demos uma solução para esta distância e fomos visitar nossos amigos em Caçador no final no ano. Fomos recebidos como parte da família, e comemos tanto e tão bem que quase não entramos mais nas nossas roupas ao final da semana. Foi um festival de churrasco, queijos e linguiças artesanais, quibe, cachorro-quente, enfim, comida de família grande mesmo (e muita carne).

Um dos pratos mais deliciosos que experimentamos foi este franguinho ensopado servido com uma polenta super cremosa e macia. Assim que provei a polenta eu me perguntei porque a minha nunca ficava daquele jeito, e uma das tias prontamente me explicou que o segredo estava em mexer a panela constantemente durante uma hora. Aquilo fez perfeito sentido para mim: o segredo estava, afinal, na paciência e dedicação de quem faz.

Então, de volta à Salvador, resolvemos chamar alguns cobaias das nossas próprias famílias e testar a receita. Como se trata de uma receita de família, as quantidades e métodos são os mais variados, já que cada um faz do seu jeito, mas com ajuda da minha querida amiga Lúcia fui capaz de juntar informações suficientes para colocar o plano em prática.

Agora posso dizer com orgulho que essa receita de franguinho com polenta - que saiu de Caçador, fez uma escala em Montreal e veio parar em Salvador - fará parte do cardápio da minha família também de agora em diante.


Frango com polenta (à moda de Caçador)

Para o frango:

- Os ingredientes são apenas frango, cebola, sálvia e água. A tentação de acresentar mais coisa é grande, mas acredite, desnecessária, porque o ensopado fica muito saboroso.

- Você pode usar um frango inteiro cortado em pedaços ou, como minha amiga faz, usar somente coxas ou as coxinhas da asa. Eu fui de coxinhas da asa (não me recordo da quantidade exata, vai depender da quantidade de pessoas). Tempere o frango com sal e pimenta à gosto e reserve.

- Corte uma cebola grande em pedaços bem pequenos, ou use um ralador. Pique também uma porção generosa de sálvia (fresca ou seca) e reserve.

- Frite o frango numa camada fina de azeite numa panela de fundo grosso até que os pedaços estejam bem dourados. Eu tive que fazer isso em três ou quatro etapas, acrescentando mais azeite conforme a necessidade.

- Quando os pedaços estiverem dourados, jogue uma xícara de água e raspe bem os pedacinhos grudados no fundo da panela. Quando a água estiver quase totalmente evaporada, jogue a cebola e deixe dourar um pouco. Depois junte a sálvia, volte todo o frango para a panela e cubra com água fria. Tampe e deixe cozinhar até que a carne esteja soltando do osso - o tempo vai variar de acordo com a quantidade de frango e o corte escolhido. O jeito é ir olhando a cada vinte minutos, aproximadamente. Depois é só servir com a polenta.

Para a polenta:

- A proporção mágica da polenta cremosa é de 1:4, ou seja, para cada xícara de fubá use quatro xícaras de líquido.

- O líquido pode ser apenas água ou água com caldo de galinha. Eu usei água com um tablete de caldo de galinha dissolvido e uma pitada de sal.

- Coloque o líquido para ferver numa panela funda, mas atenção: o pulo do gato está em separar uma xícara do líquido para dissolver o fubá antes de introduzi-lo à panela, para evitar a formação de caroços. Ou seja, coloque três xícaras de água para ferver e use a quarta xícara para dissolver o fubá.

- Use o fubá mais fino que encontrar. Dissolva na xícara de água separada e depois coloque o fubá "dissolvido" na panela com o restante do líquido fervente, mexendo sempre. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por uma hora, mexendo bem a cada cinco minutos ou menos. Depois de uma hora, ela deverá estar deliciosamente macia. Prove para ver se precisa de mais sal e sirva em seguida.

- Essa quantidade de polenta dá para umas quatro pessoas, mas eu sugiro que faça mais e, caso sobre um pouquinho, espalhe num pirex e deixe endurecer na geladeira. No dia seguinte corte a polenta em retângulos e frite-os ou asse-os no forno até que estejam dourados. Fica uma delícia como tira-gosto ou acompanhamento.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Macarrão com mascarpone, couve e cogumelos


Fiz este macarrão meio que no improviso para aproveitar um resto de mascarpone que havia sobrado do tiramisu, e o resultado ficou impressionante. Enquanto a água do macarrão fervia, dourei alguns cogumelos crimini fatiados com manteiga e azeite, depois joguei um dente de alho picado e folhas de couve (as minhas estavam pré-cozidas), que podia ser espinafre também. Temperei com sal, pimenta do reino e tomilho que, não sei porque, acho que combina com cogumelos. Passados alguns minutos, coloquei meio pote (aprox. uma xícara) de mascarpone na panela e joguei um pouco da água de cozimento do macarrão para ajudar a derreter, porque o mascarpone é bem denso. Quando o macarrão ficou pronto, joquei no molho e servi em seguida. Delicioso.

terça-feira, 17 de março de 2009

Ragu de pato


Já falei aqui o quanto adoro carne de pato e ando sempre perseguindo uma oportunidade de aprender ou aprimorar uma receita. Dessa ver apostei minhas fichas nas coxas, que só havia comido confit em restaurante mas desconfiava que ficariam ótimas também em outras preparações. Foi assim que cheguei a uma receita de ragu de pato sensacional e relativamente fácil (apesar de demorada).

Ragu é o nome italiano para molhos à base de carne, no qual tradicionalmente usa-se uma peça inteira de carne (de boi, porco ou, no nosso caso, pato) que é lentamente cozida no molho de tomate e aromáticos e depois desfiada para retornar ao molho que, então, é servido sobre uma massa de grano duro - de preferência uma larga e comprida, como fettucine ou tagliatelle.

Ao contrário dos molhos que usam carne moída, de preparo consideravelmente mais rápido, este tipo de ragu adquire uma complexidade e riqueza de sabores que só longas horas de cozimento são capazes de proporcionar. Trocando em miúdos: é demorado e dá um pouco mais de trabalho do que o bom e velho bolognese, mas depois que você provar nunca mais vai querer fazer um molho à base de carne de outra maneira.

Ragu de pato
(Receita do chef Mario Batali)
serve 4 pessoas

- 4 coxas de pato frescas
- 1 cebola grande
- 1 talo de aipo
- 1 cenoura média
- 6 dentes de alho
- 1 lata de tomates pelados
- 1 bouquet garni com folha de louro, alecrim e tomilho
- 1 xícara de vinho tinto (sugerido: Chianti)
- 1 xícara de caldo de galinha
- 50g de cogumelos porcini secos (*omiti)
- azeite, sal e pimenta à gosto


Assim como o peito, a coxa do pato é revestida por uma grossa camada de pele que é, basicamente, 100% gordura. Você pode prosseguir de duas maneiras: retirar a pele com o auxílio de uma faca bem afiada e reservar ou, se a camada de gordura não for muito grossa, colocar o pato na panela quente com a pele virada para baixo e retirar a gordura que derreterá na panela com uma colher.

Se preferir tirar a pele antes, sugiro fritá-la separadamente em outra panela e guardar a gordura que, segundo muitos chefs, é ouro líquido - e, ao contrário do que muita gente pensa, é melhor para a saúde do que outras gorduras saturadas. Eu guardo toda a gordura de pato que sai dos meus pratos num potinho que fica na geladeira e eu uso no lugar de azeite ou manteiga para fazer risotos ou assar batatas.


De qualquer maneira, o primeiro passo é dourar bem o pato numa panela fumegante até que quase toda a gordura tenha derretido e a carne esteja dourada. Quando isso acontecer, reserve a carne e coloque os aromáticos (cebola, cenoura, alho e aipo) picados em pedacinhos. Junte também o bouquet garni e tempere com sal e pimenta. Quando estes estiverem macios, coisa de seis minutos, junte o vinho e deixe evaporar um pouco. Depois coloque o caldo de frango, os tomates com o líquido e os cogumelos secos.

Coloque as coxas de volta no molho, tampe e cozinhe por uma hora e meia em fogo baixo - eu prefiro fazer esta etapa no forno. Depois de uma hora e meia, retire as coxas - a carne deverá soltar do osso sem dificuldades. Desfie bem a carne usando dois garfos. Enquanto isso, eu bati o molho com o blender de imersão (a receita original não pedia, mas achei que deixou o molho mais uniforme, grosso e cremoso). Volte a carne para o molho e deixe cozinhar por mais meia hora destampado, ou até que o molho esteja bem grosso e com uma proporção boa de carne para líquido.


Até essa etapa, a receita pode ser feita com antecedência. Na hora de servir, basta esquentar o molho, cozinhar a massa de sua preferência e juntar os dois, de preferência observando as regras do Sr. Batali de como colocar o molho no macarrão - e não o macarrão no molho. Sirva quente com bastante parmesão ralado na hora. Servi para dois amigos queridos que nunca haviam comido pato e ficaram impressionados.