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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sopa fria de tomates



Sou novata em matéria de sopas frias - confesso que ainda acho a ideia um pouco estranha, e não ajuda em nada o fato de ter tentado uma ou outra receita que fracassaram miseravelmente. Entretanto, com o calor que tem feito por aqui ultimamente, qualquer coisa soa melhor do que a possibilidade de derreter em suor mexendo um panelão de sopa quente e, pior ainda, suar mais um pouco tomando a bendita. Diante destas circunstâncias, sopa fria é o que vai ser.

Pesquisando algumas receitas, descobri que existem basicamente duas técnicas de sopas frias: as que são cozidas e depois resfriadas (aliás, muitas sopas, principalmente os cremes de legumes, podem ser servidas quentes ou frias), e as que não são cozidas, mas apenas batidas e refrigeradas. É o caso do famoso gazpacho espanhol, que sempre me faz lembrar de Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos e o gazpacho que a personagem de Carmen Maura faz "temperado" com um vidro de tranquilizantes.

As sopas frias não-cozidas, por razões mais do que evidentes, são as mais fáceis e práticas de preparar nos dias de calor. Terminei optando por uma sopa fria de tomates que se parece bastante com o gazpacho, com a diferença de levar vinagre balsâmico e não levar pepinos nem pimentão. Servi como entrada, mas considero perfeitamente apropriada para um lanche leve, principalmente se for acompanhada por um belo pão rústico torrado.

Sopa fria de tomates
Receita adaptada do livro Soup Bible, da editora Penguin


- 1 quilo de tomates maduros
- 2 dentes de alho
- 1/4 de xícara de vinagre balsâmico
- 1 colher de chá de sal
- 2/3 de xícara de azeite de oliva extra-virgem
- 2 a 3 fios de açafrão (*opcional)

Modo de preparo: corte os tomates em pedaços (não é preciso tirar as peles nem as sementes). Coloque-os no liquidificador com o alho, o vinagre, o açafrão e o sal. Bata bem por alguns minutos. Vá acrescentando o azeite aos poucos pelo buraco na tampa do liquidificador, até que tudo esteja bem incorporado e emulsificado. Deixe esfriar por algumas horas antes de servir.

A sopa fica ainda mais encorpada depois de refrigerada, por isso eu bati novamente com um pouco de água para ficar na cremosidade ideal. Se você quiser seguir à risca o tema espanhol, o livro sugere servir a sopa com lascas de presunto parma e pedaços de ovo cozido. Eu fui de fatias de amêndoas torradas e folhas de mangericão fresco.

Para quem torcia o nariz para sopas frias, eu adorei o resultado. A sopa é realmente facílima de fazer - aliás, o quão difícil é bater um punhado de tomates com alguns temperos no liquidificador? Muito mais fácil do que esquentar uma comida congelada no microondas, disso eu tenho certeza - e o sabor dos tomates fica ainda mais intenso do que numa sopa quente. A dica está em escolher tomates bem maduros e usar o melhor azeite extra virgem que você tiver em casa. Afinal, como estes ingredientes não serão cozidos, é bom que eles tenham o melhor sabor já de cara.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma galinha por semana


Tenho falado para meus amigos que estão morando sozinhos e/ou começando a cozinhar que uma das maneiras mais simples e baratas de garantir refeições para a semana inteira começa com uma galinha. Toda semana eu cozinho uma galinha (inteira, ou só o peito com osso) em dois litros de água com cebola, alho, cenoura, salsão, uma folha de louro e uns grãos de pimenta.

Depois de uma hora eu retiro o frango e descarto os aromáticos. Com o caldo, posso fazer risotos, sopas, molhos. Com a carne, posso desfiar e deixar na geladeira para fazer sanduíches, colocar na salada, no molho de macarrão, fazer um salpicão, quiche, torta, enfim, são inúmeras as possibilidades. O melhor é que tudo está a meio caminho andado, assim não tem preguiça.

Eu posso ainda, simplesmente, juntar os dois - caldo e carne - e fazer uma bela canja. Para essa da foto, que foi bem simplezinha, eu cozinhei a galinha como sempre e depois, em outra panela, dourei novamente cebola, alho e cenoura. Temperei com sal, pimenta e orégano, depois juntei a carne de frango já desfiada, coloquei uma xícara de vinho branco, deixei evaporar, juntei o caldo que havia acabado de cozinhar e deixei ferver. Depois juntei sobras de um arroz pronto e servi com pão tostado.

É claro que essa técnica da galinha vale também para um frango assado, seja em casa ou comprado pronto. Neste caso, faço o contrário: desfio o que sobrou da carne para guardar e faço o caldo com a carcaça da galinha assada. A ideia é, além de facilitar a vida, aproveitar ao máximo o que a galinha pode nos dar (a morte não pode ser em vão, como diz Neide Rigo).

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sopa marroquina de lentilhas


Sopa? Com um calor destes? Eu sei, eu sei, deve parecer loucura eu estar falando de sopa em pleno verão, mas não posso evitar. Desde que encontrei conforto nas sopas em 2007 elas vêm fazendo parte do meu cardápio cotidiano, aparecendo dia sim dia não na mesa de jantar. Para mim é uma excelente oportunidade de consumir legumes, ao mesmo tempo em que é a refeição mais simples e prática de se fazer quando o cansaço aperta.

Já tentei dar uma chance às sopas frias, mas ainda não consegui me convencer (tampouco desisti de tentar, é só uma questão de tempo). Então eu digo sim às sopas, mesmo no calor. Afinal, não há nada que um banho frio e um bom ventilador posicionado bem em cima da mesa não resolvam. Ainda mais quando uma amiga queridíssima me presenteia com um livrinho chamado "The Soup Bible", da Editora Penguin.

A primeira receita que escolhi para colocar em prática foi uma sopa marroquina de lentilhas. Já é notório neste blog o quanto eu amo lentilhas e o quanto confio na minha tradicional sopa de lentilhas, mas as duas são bem diferentes. Enquanto a minha receita tem ingredientes mais italianos, essa leva especiarias magrebinas, e isso já foi suficiente para me deixar curiosa. De fato, o gosto é bem diferente e interessante.



Sopa marroquina de lentilhas
(Adaptada do livro Soup Bible, Penguin Books)

- Duas cenouras médias ou uma grande
- Uma cebola média
- Três dentes de alho
- Uma xícara de lentilhas verdes
- Um litro de caldo de galinha ou de legumes
- Uma colher de chá de cominho em pó
- Uma colher de chá de páprica
- Meia colher de chá de harissa*

Pique a cebola e o alho e corte as cenouras em pedacinhos pequenos. Coloque para dourar numa panela com um fio de azeite. Acrescente o cominho e a páprica e deixe cozinhar com os legumes por uns três minutos. Acrescente a harissa e uma pitada de sal. Acrescente as lentilhas e o caldo de galinha, baixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por 45 minutos, até as lentilhas ficarem bem macias. (dá tempo de tomar um banho e voltar para a cozinha refrescada). Essa sopa não tem muito líquido, é quase um ensopado de lentilhas que implora para ser servido com um pãozinho torrado do lado.

*A harissa é um molho de pimenta tunisiano (bastante conhecido da minha amiga Fabrícia). Lá no Canadá eu costumava comprar em pasta, mas aqui no Brasil só achei em pó para ser reconstituído com azeite de oliva. De qualquer maneira, é muito bom.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Só para variar...

...coloquei macarrão de letrinha na tradicional sopa de lentilhas.

domingo, 8 de março de 2009

Sopa de batata com couve


Esta sopa de batata com couve é um encontro internacional da potage parmentier francesa com o caldo verde português. Deliciosa, e com o bônus de ter vindo da seção "receitas para a saúde" do New York Times.

Todo mundo sabe que a couve, como todas as folhas verde-escuras da família brassica, é muito saudável, rica em fibras, vitaminas e minerais. Mas a verdade é que dá um trabalhão danado separar, lavar e tratar todas essas folhas de uma só vez, e isso termina afugentando muita gente. Durante o verão eu recebia semanalmente um maço pequeno de couve na minha cesta orgânica, de maneira que sempre tinha um pouco dela fresca à mão.

Agora no inverno, tenho achado mais prático fazer assim: compro um mação gigante no mercado a cada quinze dias, lavo folha por folha, cozinho por alguns minutos em água fervente, depois dou aquele choque de água fria, seco bem na centrífuga de salada, separo em dois (ou mais) saquinhos ziploc e coloco no congelador.

Assim tenho couve semi-pronta para usar sempre que quiser (lembrando que, depois de cozida, a couve não serve mais para saladas). Nesta sopa, por exemplo, eu pulei a etapa número 2 pois tirei a minha couve direto do congelador para a panela.

Sopa de batata com couve
(Receita adaptada do caderno Recipes for Health do New York Times)

- 2 colheres de azeite de oliva extra-virgem
- 1 talo grande de alho poró (pode ser substituído por meia cebola grande e dois dentes de alho), bem lavado e picado
- 450g de batatas sem casca cortadas em cubinhos
- 1 folha de louro
- 1 ramo de tomilho
- meio maço de couve (usei kale)
- sal e pimenta à gosto

1. Aqueça o azeite numa panela funda e coloque o alho poró (ou a cebola e o alho) para dourar até ele começar a ficar macio. Coloque as batatas cortadas em cubinhos, o louro e o tomilho, cubra com um litro de água e deixe ferver. Quando ferver, coloque sal e pimenta à gosto, abaixe a temperatura do fogo, cubra a panela e cozinhe por 30-40 minutos, ou até que as batatas estejam despedaçando-se.

2. Enquanto a batata cozinha, retire as folhas da couve dos talos, lave bem e corte as folhas em pedacinhos. O método mais prático consiste em empillhar as folhas, enrolar como um charuto e cortar fatias da grossura desejada.

3. Quando as batatas estiverem cozidas, bata a sopa no liquidificador, food mill ou blender de imersão até ficar um creme. Volte ao fogo, coloque as folhas da couve e deixe cozinhar por mais uns 15 minutos, até a couve ficar macia. Prove e acerte o sal se achar necessário. Sirva quente.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sopa de feijão branco e folhas verdes


Mais uma receitinha de comida para esquentar até a alma, só que esta tem a vantagem de ser super leve e saudável. O único porém é que demora um pouco, principalmente se você estiver usando feijões secos que precisam ficar de molho de véspera e cozinhar por uma hora e meia. Acredito que esse tempo possa reduzido drasticamente usando feijões em lata bem lavados, mas eu preferi seguir o caminho tradicional. Para as folhas, usei uma couve que por aqui se chama kale, mas pode ser qualquer folha verde escura que fique macia quando cozida. Essa couve derrete na boca e é uma delícia!


Sopa de feijão branco e folhas verdes
(Adaptada do livro Chez Panisse Vegetables de Alice Waters)

1 ½ xícaras de feijão branco (*usei white kidney beans)
2 tomates
1 cebola média
1 cenoura
3 dentes de alho
2 fatias de prosciutto, bacon ou pancetta
6 xícaras de caldo de frango ou legumes
1 ramo de folhas verdes (*usei kale)
Azeite, sal, pimenta à gosto
Duas folhas de louro

1. Se estiver trabalhando com feijões secos, deixe-os de molho em água fria na noite anterior. Se possível, troque a água pelo menos uma vez no dia seguinte.

2. Corte os tomates, cenoura, cebola e alho em pedacinhos. Coloque a cebola, o alho e a cenoura numa panela funda com um fio de azeite. Adicione as folhas de louro e o bacon, deixe cozinhar um pouco. Depois coloque os feijões (descarte a água) e os tomates. Deixe cozinhar alguns minutos.

3. Coloque o caldo, deixe ferver, baixe o fogo, tampe e deixe cozinhar por uma hora e quinze minutos (se estiver usando feijões em lata, basta cozinhar por uns quinze minutos, ou até que a cenoura fique macia). Depois de uma hora, coloque o sal e a pimenta. Mexa ocasionalmente.

4. Quando os feijões estiverem al dente, prepare as folhas. Retire a couve do talo, corte em pedaços pequenos, lave se precisar e coloque na panela com os feijões. Deixe cozinhar por mais vinte minutos destampado. Prove e acerte o tempero. Sirva com queijo parmesão ralado na hora.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Creme de cogumelos

Depois que eu passei a incluir cogumelos no meu cardápio, as receitas com os mesmos começaram a apontar por todos os lados. Não é isso o que dizem que acontece com a mulher que, quando engravida, passa a ver outras grávidas e bebês em todos os cantos? Naturalmente, tudo é perspectiva - cogumelos e grávidas já estão no mundo, é só uma questão de escolher prestar atenção neles.

Pois bem, nesta minha nova perspectiva sobre os cogumelos, havia uma receita que provaria de uma vez por todas meu recém-adquirido gosto pelos fungos, uma pièce de resistance por assim dizer: o creme de cogumelos. Sim, porque trata-se de cogumelos em sua mais potente e gloriosa forma, no papel principal e sem muitos coadjuvantes para alterar o sabor. A base foi uma receita do site Epicurious, mas tive que fazer tantas adapatações que terminou virando outra coisa.


Creme de cogumelos

- 5 xícaras de caldo de frango
- 400g de cogumelos crimini frescos
- 100g de cogumelos shiitake frescos
- uma cebola média cortada em pedaços
- dois dentes de alho cortados em pedaços
- duas colheres de sopa de manteiga
- 1/4 de xícara de vinho branco
- 1/4 de xícara de creme de leite fresco
- uma colher de chá de tomilho (usei seco mas o fresco é o ideal)

Para começar, coloquei o caldo de frango para esquentar numa panela e juntei a ele os talos dos cogumelos crimini. Cortei os cogumelos em pedaços e levei a uma outra panela com a manteiga, a cebola e o alho. Quando os cogumelos estavam macios e dourados, juntei o tomilho e o vinho. Deixei o vinho evaporar um pouco, depois juntei o caldo de galinha (com os talos dos cogumelos removidos). Deixei cozinhar em fogo baixo por uns vinte minutos, depois bati tudo com o mixer de imersão até virar um creme o mais homogêneo possível. Provei, acertei o sal e a pimenta e coloquei o creme de leite.

Gostei bastante dessa sopa, apesar de tê-la achado um pouco pesada. O sabor dos cogumelos é forte e earthy, mas a textura do creme é inesperadamente delicada - eu, que ainda não me acostumei muito com a textura dos cogumelos frescos, adorei essa parte, mas fique à vontade para deixar os cogumelos em pedaços se preferir. Da próxima vez vou tentar também substituir o creme de leite por leite evaporado ou leite integral para ver se obtenho um resultado mais leve.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sopa de frango e curry tailandês - take 1


Os ingredientes tailandeses andam cada vez mais populares aqui, e não somente nas lojinhas de produtos especializados. Hoje em dia em qualquer mercado encontra-se curry em pasta de todas as cores, pozinhos, misturas e molhos prontos para os mais preguiçosos, macarrão de arroz, leite de coco, molho de peixe e o escambau - esta marca traz tudo color-coordinated que é para o cozinheiro inexperiente não se atrapalhar e terminar comprando alguma coisa chinesa ou indiana (já pensou que vexame?)

Eu, que adoro comida thai, não poderia ficar de fora dessa onda e um belo dia me cerquei de ingredientes para fazer uma sopa de curry vermelho com frango e macarrão de arroz. Ficou muito gostosa, mas, como já estou careca de repetir neste blog, as comidas asiáticas que faço em casa sempre ficam aquém das suas versões "oficiais" nos restaurantes. Desta vez não era para menos, considerando que eu inventei a receita de cabeça e provavelmente fiz muita coisa errada, mas estou determinada a continuar tentando até conseguir um resultado autêntico.


Sopa de frango e curry tailandês - take 1

- Um peito de frango cortado em pedaços finos e não muito longos (eu espanquei o peito até ele ficar fininho)
- Um pacote de arroz de macarrão (rice noodles), que pode ser macarrão comum
- Uma lata de leite de coco (compro qualquer uma que tenha como ingredientes coco e água, nada mais)
- 1 colher de sopa de manteiga de amendoim (novamente, compro qualquer uma que tenha como ingredientes amendoim, sal e no máximo açúcar)
- Um litro de caldo de galinha (usei caseiro)
- Duas cenouras fatiadas com o descascador de legumes
- Um punhado de vagens cortadas em pedaços
- Meia cebola fatiada em fatias finíssimas
- Um pedaço de gengibre ralado
- 2 colheres de chá de curry tailandês vermelho em pasta
- Um punhado generoso de broto de feijão
- Um punhado de amendoins sem sal assados no forno

Numa panela grande, coloque a cebola e o gengibre para dourar num fio de azeite ou óleo vegetal até a cebola ficar transparente, mas não dourada. Coloque os pedaços de frango e deixe dourar - não se preocupe em cozinhar o frango por completo agora, porque ele termina de cozinhar no caldo. Depois coloque o curry em pasta, as cenouras e vagens e deixe cozinhar alguns minutos mais.

Por fim, chacoalhe bem a lata de leite de coco, abra e coloque o líquido na panela junto com o caldo de galinha e a manteiga de amendoim. Deixe cozinhar por uns quinze minutos, depois coloque o macarrão e cozinhe por mais dez minutos, ou até o macarrão ficar pronto. Prove o caldo e tempere com sal (ou molho shoyo) e pimenta se achar necessário. Eu servi com broto de feijão e amendoins sem sal torrados.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sopa de topinambo/jerusalem artichokes


O topinambo, ou jerusalem artichoke como é conhecido em inglês, é um vegetal que por fora parece um gengibre crescidinho, por dentro tem textura de batata e gosto de alcachofra. Mas não se assuste com toda essa aparência estranha, porque ele é delicioso, especialmente para quem gosta de alcachofras. O topinambo é a raiz de uma espécie de girassol, e apesar do nome não tem nada a ver com Jerusalem, mas é natural dos Estados Unidos.


O segredo é tratar os topinambos como se fossem batatas: eles podem ser cozidos, gratinados, comidos com ou sem a casca e fazem uma ótima sopa. Para esta eu apenas descasquei e cortei os topinambos em fatias, coloquei na panela com quatro xícaras de caldo de galinha, alguns dentes de alho e cozinhei por trinta minutos. Depois bati com o mixer de imersão, temperei com sal e pimenta e servi com pedaços de prosciutto assados no forno até ficarem crocantes.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sopa de casamento italiano

Com o frio que se instala de vez por aqui está aberta a temporada de sopas, caldos, ensopados e qualquer tipo de prato cozido longa e lentamente. Sai de cena a máquina de sorvete, entra o panelão de sopa. Gostei desta receita porque leva macarrão, legumes e carne e, portanto, fornece substância suficiente para aquelas noites em que você precisa de um alimento que esquente até a alma. Ao mesmo tempo ela é fácil de fazer e pode ser mais leve ou mais pesada de acordo com o apetite do freguês.

Achei também o nome divertido: sopa de casamento italiano, que na realidade não se refere à união por vezes conflituosa entre duas pessoas mas entre carnes e legumes, esta sim bem menos complicada e quase sempre harmoniosa. A carne tradicionalmente vem em forma de almôndegas (fiz com carne de peru), e os vegetais são cenoura, couve e/ou repolho (usei repolho). O confetti fica por conta do macarrão pequenino acrescentado já no final da festa.


Sopa de casamento italiano
(Receita adaptada do livro Barefoot Contessa Bak to Basics, de Ina Garten)

Para as almôndegas:
- 400g de carne moída (você pode usar metade carne moída e metade carne de linguiça italiana picante; para uma versão mais leve, use carne de frango e/ou peru)
- 1/2 xícara de farinha de rosca
- 2 dentes de alho ralados
- 1/4 de xícara de parmesão ralado
- 3 colheres de sopa de leite
- 1 ovo orgânico grande
- sal e pimenta à gosto

Pré-aqueça o forno em temperatura média. Misture todos os ingredientes numa vasilha grande com uma colher, depois use as mãos para fazer almôndegas pequenas, do tamanho de uma colher de chá. Eu fiz vinte almôndegas para duas pessoas e congelei o restante da carne para outro dia. Distribua as almôndegas numa assadeira forrada com papel manteiga e leve ao forno por 30 minutos, até que a carne cozinhe por completo e comece a dourar. Reserve.

Para a sopa:
- 1 cebola média picada
- 3 cenouras cortadas em cubinhos
- 1 talo de aipo cortado em cubinhos
- 1/4 de xícara de vinho branco
- 4 xícaras de caldo de frango, de preferência caseiro
- 2 xícaras de repolho picado (ou espinafre)
- 1 xícara de macarrão pequenino (usei tubinhos)

Leve a cebola, o aipo e as cenouras para uma panela funda com um fio de azeite. Cozinhe até começarem a dourar, uns dez minutos. Acrescente o vinho, deixe reduzir um pouco, e depois junte o caldo de galinha e deixe cozinhar por mais dez minutos. Coloque o macarrão e o repolho e cozinhe até o macarrão ficar al dente, mais uns oito minutos. Prove o caldo para ver se precisa de sal, e por fim coloque as almôndegas e cozinhe mais um ou dois minutos até que tudo esteja bem quente. Sirva com pão italiano e mais parmesão ralado por cima.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lentilhas vermelhas + macarrão = sopa





Numa panela, coloque para dourar uma cebola média e três dentes de alho picados. Junte duas cenouras médias cortadas em pedacinhos pequenos e deixe cozinhar alguns minutos. Coloque na panela uma xícara de lentilhas vermelhas e um litro de água ou caldo de legumes. Deixe cozinhar por vinte minutos.

Enquanto isso, numa outra panela coloque bastante água para ferver e cozinhe uma xícara de macarrão pequenininho até ficar al dente. Escorra e reserve. Bata a sopa no liquidificador ou mixer até ficar cremosa, junte o macarrão e tempere com sal e pimenta. Sirva com parmesão ralado na hora e pão tostado.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

É tempo de abóboras

Não são apenas as árvores que apresentam tons de vermelho e laranja no outono - as abóboras também mostram suas belas cores. Basta dar uma olhada na feira para ver que estamos em plena estação de abóboras, e elas vêm em todas as cores, tamanhos e formatos.

As grandonas servem de decoração para o Halloween.

Essas engraçadinhas são só para enfeitar a mesa.

Mas nem só de decoração vivem as abóboras. A buttercup (primeira), butternut (do meio) e pumpkin (do fundo) são deliciosas assadas, em saladas mornas ou - meu preferido para esta época do ano - em sopas.

Ontem fiz uma sopa de abóbora com batata doce, outro ingrediente bem outonal. Peguei uma abóbora butternut pequena e uma batata doce média, descasquei e cortei tudo em pedaços, temperei com sal, pimenta e azeite e coloquei para assar com três dentes de alho inteiros no forno médio por uns 40 minutos. Depois retirei os alhos da casca e coloquei tudo na panela com 4 xícaras de caldo de galinha. Deixei cozinhar por mais 20 minutos, bati no processador e servi com pão quentinho. Ficou simples e delicioso.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sopa de mandioquinha com pêra e alho assado


Esta semana chegaram umas figurinhas estranhas na cesta orgânica - eu já as tinha visto na TV e na feira, mas nunca havia cozinhado uma. Sabia que se chamavam parsnips (ou panais em francês), que eram as primas louras, pálidas e doces da cenoura. Procurando pelo correspondente em português, encontrei respostas dúbias: alguns dizem que é mandioquinha, enquanto outros dizem que não é exatamente mas pode ser substituída sem maiores problemas.

Então fui procurar o que fazer com as quase-mandioquinhas, pensando numa sopa já que o clima estava propenso e, se elas são mesmo primas da cenoura devem se comportar muito bem numa sopa cremosa. Numa rápida pesquisa pelo google e pelos food blogs da vida, descobri que a quase-mandioquinha quase sempre é combinada com uma outra figurinha que tinha aparecido na minha cesta da semana: a pêra. Mas como assim, fruta doce com legume de raiz doce? Isso não pode estar certo, pensei.

Mas depois de ler umas três ou quatro receitas diferentes me convenci de que talvez fizesse sentido sim. Afinal de contas, os dois legumes estão no auge nessa época do ano, e é apenas natural que se combine produtos da mesma época. Também não é nada estranho por aqui usar as frutas da estação, como pêras e maçãs, em pratos salgados. Apesar de não ser muito a minha praia, decidi dar uma chance ao diferente.


Para mim o segredo do sucesso desta receita está no assar dos legumes, é o que dá essa outra dimensão à sopa e que, sem isso, talvez fique doce demais. Eu peguei umas cinco parsnips médias, descasquei e cortei em pedaços grosseiros. Coloquei numa assadeira com uma cebola média cortada em quatro pedaços e dois dentes de alho inteiros, na casca. Temperei tudo com sal, pimenta e azeite e levei para assar em forno alto (375F) por 25-30 minutos.

Depois disso, deixei os legumes esfriarem alguns minutinhos, retirei o alho assado de dentro da casca e coloquei tudo numa panela funda. Descasquei uma pêra média, cortei em cubinhos e coloquei na panela. Coloquei novamente sal, pimenta e uma pitada de tomilho seco. Coloquei caldo de legumes até cobrir os ingredientes (duas xícaras e meia), tampei a panela e acendi o fogo. Deixei cozinhar por vinte minutos e depois passei tudo no processador até ficar bem cremoso.

A sopa ficou extremamente saborosa e de gosto complexo, requintado. Em cada colherada era possível sentir o doce da pêra, o salgado da mandioquinha e da cebola, o doce-apimentado do alho assado, o gosto do tomilho, tudo ao mesmo tempo. Eu confesso que não tomaria dois potes cheios desta sopa, mas certamente a faria novamente como entrada numa refeição ou num jantar outonal.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Uma sopa muito verde para uma pessoa muito doente


Toda mudança de estação - do frio para o calor, do calor para o fio - me deixa doente. Quando não fico gripada ou cheia de alergias, tenho dores de garganta horríveis. Passei o fim de semana tossindo e mastigando pastilhas para a garganta, sem sentir gosto de nada nem vontade de cozinhar. Fiz esta sopinha muito verde para me sentir melhor - não que ela cure dor de garganta, mas só por ser tão verdinha, saudável e gostosa já me faz bem.

Peguei um maço de brócolis e cortei em pedacinhos. Peguei uma porção (duas mãos cheias) de mini couve de bruxelas e cortei na metade. Cortei também meia cebola média e dois dentes de alho. Levei a cebola e o alho à panela com azeite de oliva, depois juntei o brócolis e a couve de bruxelas, coloquei duas xícaras de água e deixei cozinhar por vinte minutos. Bati tudo no liquidificador até ficar bem cremoso e temperei com sal e pimenta à gosto.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Sopa creme de cenoura


Vieram cenouras tão lindas na cesta orgânica, laranjas por fora e quase amarelas por dentro, que eu mantive a sopa o mais simples possível: cortei e dourei uma cebola pequena e dois dentes de alho no azeite, juntei as cenouras cortadas em fatias e cinco xícaras de água. Temperei com sal, pimenta, um pouco de harissa e dois raminhos de tomilho limão. Deixei cozinhar por trinta minutos e depois bati tudo até virar um creme tão grosso e apetitoso que você seria capaz de jurar que tinha creme de leite ali, mas não tinha. Eram só as cenouras deliciosas. Comemos com pão italiano tostado na churrasqueira.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Sopa de ervilhas verdes e amarelas com dumplings

Pois bem, toda essa história sobre os dumplings tem uma origem bem específica: eu estava me coçando para experimentar a receita de sopa de ervilhas amarelas (yellow split peas) com dumplings da Heidi Swanson. Então fiz os dumplings, congelei três das quatro levas produzidas e usei uma nesta sopa absolutamente divina. A receita mais uma vez veio do 101 Cookbooks, só que desta vez eu alterei algumas coisas para facilitar minha vida.

Sopa de ervilhas verdes e amarelas com dumplings
(Receita baseada nesta aqui)

- 1 xícara de ervilhas amarelas secas (yellow split peas)
- 4 xícaras de caldo de galinha ou de legumes
- 1 talo de salsão/aipo
- meia cebola picadinha
- 12 dumplings de ervilha com ricota

A receita original usou caldo de legumes em cubo, mas como eu tinha um caldo de galinha pronto preferi usá-lo. A Heidi também cozinhou as ervilhas amarelas antes, mas eu as cozinhei no próprio caldo da sopa para poupar tempo. Uma coisa que ela fez e eu achei interessante reproduzir foi cozinhar os dumplings separadamente, para evitar que a sopa virasse uma bagunça caso algum deles estourasse.

O procedimento é simples: numa panela grande, coloque a cebola e o aipo picados até amolecerem. Adicione as ervilhas amarelas e o caldo de galinha e cozinhe por 25-30 minutos, até as ervilhas ficarem macias. Tempere com sal e pimenta a gosto. Numa panela separada, ferva bastante água e coloque os dumplings para cozinhar até que eles fiquem translúcidos, eles levam cerca de um minuto para ficarem prontos. Para servir, coloque uma concha da sopa num bowl e dois ou três dumplings por cima. Termine com cebolinha picada na hora, queijo parmesão ralado e um fio de azeite de oliva.

Eu achei esta sopa sensacional. Os dumplings são como pequenos travesseiros recheados boiando num caldo limpo e delicioso, e quando se mergulha a colher as ervilhas amarelas fazem sua aparição especial. Eu nunca as havia comido antes, e achei a textura bem parecida com a de lentilhas, só que com cor e formato de grãos de milho verde. A mistura do verde e amarelo das ervilhas também não ficou nada mal. Como são meio trabalhosos, os dumplings podem ser substituídos por qualquer massa recheada tradicional, mas eu não garanto o mesmo resultado - como se eu garantisse qualquer coisa - pisc!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sopa de pimentão assado e tomate


Essa é uma das minhas sopas preferidas, e também uma das mais fáceis de fazer. Asse dois pimentões vermelhos (o passo-a-passo está aqui), corte uma cebola e dois dentes de alho em pedaços e abra uma lata grande (ou duas pequenas) de tomates inteiros pelados. Coloque a cebola e o alho na panela com azeite, depois acrescente os pimentões cortados em pedaços e os tomates inteiros com o líquido da lata e tudo. Junte mais uma xícara de água, tempere com sal, pimenta (eu coloquei pimenta calabresa para ficar bem picante) e uma pitada de orégano e deixe cozinhar por vinte minutos. Depois bata tudo até ficar cremoso, e sirva bem quente com um fio do melhor azeite e muitos pedaços de pão torrado. Uma delícia!

domingo, 4 de maio de 2008

Creme de aspargos


Mais uma receita retirada do livro Jamie at Home e aprovada com louvor na minha cozinha. Pegue um punhado de aspargos bem verdes e bonitos e descarte a parte dura do fundo (para fazer isso, segure cada ponta do aspargo e dobre-o gentilmente; o ponto onde ele quebra naturalmente é a divisão entre a parte não-comível e a parte boa). Depois corte os aspargos em quatro ou cinco pedaços e reserve.

Corte um alho-poró, um talo de aipo e uma cebola média em pedaços e coloque-os para dourar numa panela de sopa com um fio de azeite de oliva. Depois de alguns minutos acrescente os aspargos e um litro de caldo de frango ou legumes, e deixe cozinhar por cerca de vinte minutos, ou até que os aspargos estejam macios. Depois bata tudo no liquidificador, tempere com sal e pimenta do reino e sirva bem quente com um pouco de parmesão ralado por cima.

No livro, Jamie sugere servir esta sopa com ovos poché e torradas, e eu achei a idéia divina. Aliás, ovos e aspargos parecem ser uma combinação daquelas made in heaven, pois só no livro dele tem mais uma ou duas receitas com estes ingredientes. Eu nunca havia provado os dois juntos e agora já sou fã!

sábado, 22 de março de 2008

Sopa de cenoura e grão de bico


Cortei uma cebola e três cenouras médias em pedacinhos e coloquei para dourar com azeite e um pouquinho de manteiga. Depois temperei com sal, pimenta do reino e uma colher de chá de tomilho. Coloquei um litro de caldo de galinha e deixei ferver por vinte e cinco minutos. Abri uma lata grande de grão de bico e escorri. Coloquei na sopa e bati até virar um creme. O grão de bico engrossa a sopa e dá uma consistência cremosa, e o doce da cenoura combina brilhantemente com o tomilho. Finalizei com um punhado de parmesão ralado na hora e mais pimenta do reino, e servi com pão.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Sopa de couve-flor

Eu sei, eu sei, não vale repeteco de receitas no blog, mas é que estou perigosamente viciada nessa sopa!