Mostrar mensagens com a etiqueta w.a.mozart. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta w.a.mozart. Mostrar todas as mensagens

19 janeiro 2022

 



quando me perguntam o que é o trabalho de encenação
numa ópera, lembro-me sempre deste belo exemplo:











22 julho 2015

19 junho 2015







(…e um pouco de céu na terra…)



[ e há que agradecer ao maestro baremboim, dos poucos que sabe que este andante é no fundo um adagio ]






25 janeiro 2015






(…e um pouco mais de céu na terra…)



Vorrei spiegarvi, oh Dio!

Qual è l'affanno mio;

ma mi condanna il fato

a piangere e tacer.



Arder non può il mio core

per chi vorrebbe amore

e fa che cruda io sembri,

un barbaro dover.



Ah conte, partite,

correte, fuggite

lontano da me;

la vostra diletta

Emilia v'aspetta,

languir non la fate,

è degna d'amor.



Ah stelle spietate!

nemiche mi siete.

Mi perdo s'ei resta.


Partite, correte,

D'amor non parlate,

è vostro il suo cor.





14 novembro 2014

27 maio 2014







fábula  da  primeira  vez





numa idade em que a música popular nos ocupa muita atenção, ela era diferente. não sabia nada dos grupos rock que idolatrávamos e só se interessava por música clássica. para além do liceu estudava também no conservatório, tinha um olhar misterioso e sabia tudo sobre história de arte. ouvia (mesmo) música contemporânea, e falava de dodecafonia e serialismo, palavras que eu nunca tinha ouvido. foi em casa dela que conheci cage e stockhausen (uma epifania). era tão diferente das outras raparigas que creio ter sido essa – para além do abismo daqueles olhos – uma das razões que me levou a querer conhecê-la melhor. ficámos amigos e com o tempo algo mais. uma tarde em que era suposto estarmos a estudar no seu quarto, cedemos à preguiça. ela foi à estante, tirou este album e pô-lo a tocar no gira-discos. deitados na cama a olhar para o tecto, ficámos a ouvi-lo de mãos dadas. e alguns minutos depois a minha primeira vez tinha acontecido. nem sempre sucede associada a uma música – mas por vezes sim. uma amiga confessou-me que, no seu caso, estava a tocar o “whiter shade of pale”. e um colega referiu o “riders on the storm” (grande escolha, por sinal). 
só não conheço mais ninguém que tenha por banda sonora da primeira vez o quinteto para clarinete de mozart.