| Faisão, Alentejo, 2024 |
Mergulhámos no Alentejo rural e profundo. Deslizamos entre flores da imensa tela alentejana. Perene de vida, a planura aconchega-nos os pensamentos. Anteu talvez nos ajude.
Anda, sente comigo esta velha união do Homem à Terra, à maravilha que Gaia, a Mãe, nos concedeu. Quando foi que os humanos quebraram esse magnetismo primitivo de sentir os lugares? Brincas e dizes que eu, felina, ainda conservo essa reminiscência ancestral. Não sei...
Talvez amanhã a trovoada se despenhe sobre esta terra imensa...sinto um desconforto súbito.
As aves não se assustam à nossa passagem, nem se agitam, entretidas que estão numa busca qualquer. Telurismo sereno, harmonia secreta que nos une e revitaliza.
Aqui, subitamente, o Mundo ficou distante.
| Faisão fêmea (faisã ou faisoa), Alentejo, 2024 |