sexta-feira, 18 de abril de 2014
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
hispano - árabes
sábado, 20 de junho de 2009
Shabat
Quem não se lembra da nossa professora nos ensinar palavras de origem latina e árabe como promontório, república, ditador, ou então, almocreve, alface e oxalá. É algo que ficou na nossa herança cultural e que até hoje perdura, mas, significativamente, em relação a palavras com procedência hebraica, permanecemos de uma maneira geral desconhecedores da sua presença no nosso dia-a-dia.
Mesmo quando o cristianismo adoptou palavras hebraicas como aleluia, ámen, maná, Jeová, Messias e Páscoa, entre muitas outras, as pessoas têm tendência a não as identificar como termos de raiz hebraica ou aramaica.
Vejamos, seguidamente, palavras e costumes que ficaram na nossa memória como povo:
-Cabala, ramo místico do judaísmo, é actualmente usado erradamente por pessoas que se afirmam vítimas de teorias da conspiração.
-Abracadabra,”abra cidabra”, do aramaico.(Eu criarei à medida que falo). Palavra muito recorrente no mundo da magia.
-Azeite, do hebraico ha-zeit.
-Sábado, como diria o escritor israelita Amos Oz, “…Um dos maiores legados transmitidos a toda a civilização pelos judeus…”Vem de shabat, dia sagrado no judaísmo.
-Desmazelo, de “mazal”, pouco cuidado, desleixo.
-Tacanho, de “katan”, pequeno, estatura baixa, acanhado.
-Servir a carapuça, expressão que vem desde tempos medievais, quando os judeus eram obrigados a usar chapéus pontiagudos de estilo frígio, ou de três pontas, para serem mais facilmente identificados e deferenciados dos cristãos.
-Pedir a benção aos nossos pais ao entrar e sair de casa, tradição em desuso, mas que remonta à benção sacerdotal bíblica, e também, quando os pais abençoam os filhos em shabat.
-D’us te crie, depois de um espirro, sua origem é Hayim Tovim.(Que tenhas uma boa vida).
-Que maçada, quando se tem um contratempo ou qualquer outro azar. Forma alterada de uma referência à fortaleza de Massada. Local esse, tomado pelas legiões romanas no ano 73 d.C. aos zelotes que ali resistiam, preferindo os nacionalistas judeus o suícidio colectivo, à escravidão de Roma.
-Passar o mel pela boca, aquando da circuncisão, o rabino passava o mel na boca do bébé para evitar o choro da criança.
-Não cortar unhas e cabelo à Sexta-feira, ditado antigo, que revela o receio que os cristãos-novos tinham em ser denunciados por um qualquer vizinho à inquisição. Manter a higíene pessoal em preparação para shabat (sábado), era algo que poderia denunciar as suas práticas judaizantes, e consequentemente, um acto perigoso a partir dos finais do séc.XV e posteriores.
-Passar a mão pela cabeça com o simples propósito de perdoar alguma falta. Quando os pais pousavam suas mãos na cabeça dos filhos, e as desciam até às suas faces, pronunciando a respectiva benção.
-Ficar a ver navios, alusão ao facto de que em 1497, o rei D. Manuel, promete aos judeus que queiram partir, que se desloquem aos portos do litoral, pois disponibilizaria navios que os levariam para outros destinos. Só ao porto de Lisboa foi facultado o acesso a milhares de pessoas, pois os restantes portos, permaneceram encerrados. Alegando que não havia navios suficientes, D. Manuel ordenou o baptismo forçado de uma grande maioria deles. Clérigos chegaram mesmo a arrastar pelos cabelos e barbas muitas das pessoas, para lhes ser administrada água benta no Convento de S. Domingos, enquanto que as crianças eram lançadas às águas do Tejo, para deste modo serem convertidos mais rápidamente.
A expressão ficou até hoje como sinónimo de embuste, de esperança traída.
-Obras de Santa Engrácia, termo para designar um trabalho demasiadamente longo, interminável na sua conclusão, e que está associado a um cristão-novo de nome Simão Pires de Solis, que mesmo humilhado e torturado, não revela a sua paixão por uma jovem noviça do Convento de Santa Clara.
Acusado de furtar relíquias religiosas, é queimado vivo. Em pleno tormento e já meio tresloucado, grita bem alto que: “Será tão certo que sem crime, vou morrer, como certo não minto, que nunca se darão por realizadas por mais somas utilizadas, as obras de Santa Engrácia, que aqui vedes começar”.
Anos depois é comprovada a sua inocência, mas é tarde de mais para o coitado Simão Pires, e com maldição ou não, o facto é que a construção da igreja iniciada em 1682, só será concluída a sua finalização em 1966. (Foram precisos 284 anos para o fim das obras).
E assim nasceu a lenda…
-És mesmo judeu, ou só fazes judiarias, com certeza que todos nós já ouvimos isto em alguma determinada ocasião, é bem representativo do estereótipo anti-semita peninsular, ligando os judeus como alguém mau, que só faz asneira e maldades.
-Facas cruzadas dá azar, outro mito ligado aos cristãos-novos, tudo o que fosse uma cruz era sinal de profunda repulsa, dando origem a ditados populares como este.
-Meninos Rabinos Pinta Paredes, após Abril de 1974, foi a designação escolhida para identificar um movimento político português, que tinha por hábito pintar grandes murais revolucionários.
Enviado por: José Manuel Tapadas Alves Obrigada, Filho!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Avaliação pelo Coordenador do Departamento
Mérida - 1o de Junho
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Caligrafias...
E, cá vou eu desafiar cinco «bloguistas» amigas, neste caso, um pouco vítimas:
Isabel
Janaína
Juli
Helô
Cristina
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Cultos Remotos
Antas da Ordem
A Regra está lá, salvaguarda-se o cânone. Foi imposto o limite. Roma o ditou. Estamos seguros no Norte. Temos certezas...
Havia magia...que uma pontinha de medo sublinhava. Nada era seguro, excepto o ângulo que a capela recortava na limpidez pura do amanhecer.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Olhar transformante
por alguma doença mortal, o mundo teria sido mitraísta.”
Ernest Renan, Marc Aurèle
«Mitra pertence às mitologias persa, indiana e romana. Na Índia e Pérsia representava a luz (deus solar). Representava também o bem e a libertação da matéria. Chamavam-na de "Sol Vencedor". Entre os persas, apareceu como filho de Aúra-Masda, deus do bem gerado em uma virgem, a deusa Anahira.
O culto de Mitra chegou à Europa onde se manteve até o século III. Em Roma, foi culto de alguns imperadores, denominado Protetor do Império.
O símbolo de Mitra era o touro, usado nos sacrifícios à divindade. A morte do touro, que representaria a Lua, era característica desse mistério que se espalhou pelo mundo helênico e romano por meio do exército. A partir do século II o culto a Mitra era dos mais importantes no Império romano e numerosos santuários (Mithraea, singular Mithraeum) foram construídos. A maior parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado, raras vezes eram grutas artificiais. Imagens do culto eram pintadas nas paredes, e numa delas aparecia quase sempre Mithras que matava o touro sacrificial.
Algumas peculiaridades do mitraísmo foram agregadas a outras religiões, como o cristianismo. Por exemplo, desde a antigüidade, o nascimento de Mitra era celebrado em 25 de dezembro.
O mitraísmo entrou em decadência a partir da formação da Igreja Católica como instituição, sob Constantino.» WIKIPEDIA
http://www.freemasons-freemasonry.com/19carvalho.html
Viajamos para regressar...quem sabe se para buscar a Cidade Ideal - lugar do Homem.
Mitra esperava-nos em Mérida, para nos recordar que o Bem, a Justiça e a palavra Amigo se podem ainda ler nas velhas pedras.
Sabes... é a força do olhar transformante, tal como a definiu Aristóteles: a prevalência do núcleo sensível justificando o inteligível.
sábado, 18 de outubro de 2008
Estela do Guerreiro
Ana