• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

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PCP

PCP
O PCP ou Fenciclidina tem nomes de rua como angel dust, pó de anjo, krystal ou peace pill. Tem uma acção alucinogénea e apresenta-se sob a forma de pó branco cristalino com sabor amargo, cápsulas ou líquido amarelado. Pode ser fumado, inalado, ingerido ou injetado.

Provoca anestesia dissociativa, isto é, deprime os centros nervosos responsáveis pela dor e impede que a percepção corporal chegue às funções cerebrais. É um anestésico geral, no entanto, o seu uso terapêutico foi abandonado.

O PCP ou fenciclidina foi sintetizado pelos laboratórios Parke & Davis em 1959, sendo depois comercializado como agente anestésico para uso humano e veterinário. O seu uso em humanos foi interrompido em 1965 devido aos seus efeitos secundários. O PCP apareceu como droga de rua nos anos 70, no entanto nunca foi muito popular na Europa.
Ação

O receptor de N-metil-D-aspartato (NMDA), é um receptor do tipo ionotrópico, e é encontrado nos dendritos de neurônios e recebe sinais, sob a forma de neurotransmissores. É um dos principais receptores excitatórios no cérebro. A função fisiológica normal exige que o receptor ativado permita o fluxo de íons positivos através de um canal. O PCP entra no canal iônico a partir do exterior dos neurônios e se liga, reversivelmente, a um sítio no poro do canal, bloqueando o fluxo de íons positivos dentro da célula. O PCP, por isso, inibe a despolarização dos neurônios e interfere com outras funções cognitivas e do sistema nervoso.Os seus efeitos duram entre 2 e 48 horas e podem traduzir-se por dissociação psicofísica, distorção das mensagens sensoriais, desinibição, sensação de flutuar no espaço, desaparecimento de dores, alucinações, agitação, euforia, sensação de força, poder e invulnerabilidade. A nível físico, pode ocorrer descoordenação muscular, taquicardia, depressão cardiovascular e respiratória.

Estruturas Análogas
Mais de 30 diferentes análogos do PCP foram relatadas como sendo usado nas ruas durante os anos 1970 e 1980, principalmente no EUA. As mais conhecidas delas são PCPy (roliciclidina, 1 - (1-fenilciclohexil) pirrolidina); PCE (eticiclidina, N-etil-1-fenilciclohexilamina) e TCP (tenociclidina, 1 - (1 - (2-tienil) ciclohexil) piperidina). Estes compostos nunca foram amplamente utilizada e não parecia ser tão bem aceitos pelos usuários do PCP em si, porém todos eles foram adicionados para Tabela I da Lei de substâncias controladas devido aos seus supostos efeitos semelhantes.

Efeitos
À semelhança de outros antagonistas dos receptores NMDA, postula-se que a fenciclidina pode causar um certo tipo de dano cerebral chamado lesão de Olney. Estudos realizados em ratos demonstraram que altas doses do antagonista dos receptores NMDA, MK-80, causou vacúolos de forma irreversível em determinadas regiões dos cérebros dos ratos, e peritos dizem que é possível que o dano cerebral semelhante pode ocorrer em humanos. Até agora, todos os estudos ds lesões de Olney só foram realizados em animais e não podem ser aplicadas aos seres humanos. A investigação sobre a relação entre o metabolismo cerebral rato e da criação de lesões de Olney tem sido desacreditadas e podem não se aplicar aos seres humanos, como foi demonstrado com cetamina.

Fenciclidina também foi demonstrado como causa para esquizofrenia, como mudanças no cérebro de ratos, que são detectáveis tanto em ratos vivos após a necropsia e exame de tecido cerebral. Ela também induz sintomas em seres humanos que são virtualmente indistinguível da esquizofrenia.
Uso

O pó de anjo ou PCP pode ser aspirado, ingerido per os, injetado na corrente sanguínea e fumado. Pode ser utilizado como "excipiente" de outras drogas, tais como: LSD, cocaína, mescalina e outras.

Se o PCP tem qualquer efeito forte e consistente, que é claramente diferente de outros compostos semelhantes é controversa. Alguns acreditam que os efeitos da droga são tão variadas quanto a sua aparência. Pode ser que uma quantidade moderada de PCP promove em usuários uma sensação de separação, de alienação e de estranhamento a partir do seu ambiente. Dormência, dificuldade em falar, perda de coordenação pode ser acompanhada com a sensação de força e invulnerabilidade.

Alguns efeitos observados são: olhares fixos, movimentos involuntários rápidos dos olhos, diarréia e caminhar exagerado. Tem início rápido e intenso em 30 minutos, e seus sintomas podem ocorrer durante dias pois existe uma reabsorção da droga do estômago para o intestino.

O PCP também pode aumentar a temperatura corporal, o que explica por que muitas pessoas sob a influência do PCP removam as roupas em lugares públicos. No entanto, não há provas científicas de que o PCP induz à violência.

Se alega que o PCP pode provocar alucinações extremas muito vívidas de coisas que estão fora do normal ou muito estranhas, segundo os consumidores. Doses elevadas de PCP produz diminuição na pressão arterial, freqüência cardíaca e freqüência respiratória. Isto pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, visão turva, nistagmo, perda do equilíbrio e tonturas. Doses mais elevadas de PCP pode causar convulsões, coma e morte (embora por vezes a morte devido ao suicídio ou lesão acidental durante intoxicação).

A utilização de doses elevadas de PCP pode causar sintomas que simulam esquizofrenia, como delírios, alucinações, paranóia, pensamento desordenado, um sentimento de afastamento do meio ambiente e catatonia. A fala é limitada e desajeitada.

Ganhou a reputação de droga perigosa devido aos episódios de comportamentos violentos e agressivos associados ao consumo. Quando os sujeitos estão sob o efeito da fenciclidina sentem-se mais fortes e têm alguns limites a nível de contenção.
Tolerância e Dependência

Provoca tolerância e dependência psicológica; não existem registros de dependência física.

Fonte - Psicologia.Pt

Drogas Ilícitas

 "O serviço prestado pelos veículos intoxicantes na luta pela felicidade e no afastamento da desgraça é tão altamente apreciado como um benefício, que tanto indivíduos quanto povos lhes concederam um lugar permanente na economia de sua libido".

(Freud - O mal-estar da civilização)


O uso de drogas parece ser tão antigo quanto a humanidade. As primeiras referências sobre a papoula, de onde é extraído o ópio, se encontram em tábuas sumerianas, na Mesopotâmia, datando de três a quatro mil anos antes de Cristo (Werebe, 1982). Presume-se que foi a partir do território onde se situa atualmente a Turquia, a Síria, o Iraque e o Irã, que se difundiu o cultivo da papoula para o Ocidente, atingindo o Egito, onde foram descobertos papiros que relatam a larga utilização do ópio, mil e quinhentos anos antes de Cristo.


Na China, a papoula já era conhecida e empregada para fins medicinais desde o oitavo século. A reintrodução do ópio no país, através de Formosa, aconteceu no século XVIII. Na América do Sul, desde tempos imemoriais, o homem usa a coca. Mascando suas folhas, os índios adquiriam vigor e energia. O conquistador espanhol reconheceu rapidamente o perigo de tal hábito para os seus soldados. Por esse motivo, houve, em 1569, a proibição da mastigação das folhas de coca pelos colonizadores.

Desde o norte da Sibéria, passando pelas bacias de Ob, Ienissei e Lena, chegando ao Tibete, Turquestão e Uzbequistão, o uso do cogumelo alucinógeno Amanita Muscaria traz uma história antiga. Esse uso está intimamente ligado ao xamanismo, descrito pelos viajantes e antropólogos dos séculos XVIII e XIX.

Na América Central, o peyotl é largamente usado em cerimônias religiosas. A maconha, a mais utilizada das drogas, cresce em muitos lugares e climas. Marco Polo observou seu uso nas cortes orientais entre os emires e os sultões. É muito usada no vale do Tigre e Eufrates, nas Índias, na Pérsia, no Turquestão, na Ásia Menor, no Egito e em todo o litoral africano.

A partir dessa "pincelada" histórico-geográfica, fica demonstrada a intimidade dos homens, de todas as partes do mundo, desde os tempos mais longínquos, com os mais variados tipos de drogas. De todas essas curiosidades, o que pode nos interessar nesse momento é refletir sobre o consumo de substâncias químicas que produzem alterações de consciência é sua relação com as necessidades e anseios humanos.

Como nos lembra Huxley (1983 : 24), em sua discussão sobre a história do homem com as drogas, "a necessidade é a mãe da invenção". Sendo assim, o homem primitivo explorou o universo farmacológico com perfeição espantosa. Nossos ancestrais não deixaram por descobrir quase nenhum estimulante, alucinógeno ou estupefaciente naturais. Não podemos nos esquecer de que, se a farmacologia moderna nos deu uma série de novos sintéticos, ela não fez grandes descobertas básicas no campo das drogas naturais, ela simplesmente aperfeiçoou os métodos de extração, purificação e combinação.


Pelas evidências de que dispomos, podemos supor que o homem primitivo experimentou todas as raízes, galhos, folhas e flores, todas as sementes, frutos e fungos do seu ambiente. Existem razões para acreditarmos que, até mesmo na época paleolítica, quando o homem ainda era caçador e colhedor de comida, ele matava seus inimigos animais e humanos com flexas envenenadas. No final da Idade da Pedra, parece que o homem se envenenava sistematicamente. A presença de cabeças de papoulas no lixo das cozinhas dos habitantes do Lago Suíço, demonstra que, desde muito cedo, o homem descobriu as técnicas de alteração da consciência através das drogas (id. ibid).

Com relação aos fatos apresentados, poderíamos considerar a necessidade ou tendência humana de "tirar férias" da realidade de vez em quando, através do uso de substâncias psicotrópicas, como um fenômeno praticamente universal. Em todos os lugares, em todos os tempos, homens e mulheres procuraram e encontraram os meios químicos para escapar, mesmo que temporariamente, de suas existências, muitas vezes enfadonhas e desagradáveis.

Flagelo

Com o passar do tempo, esta busca antes medieval, evoluiu como tudo o mais no mundo. Hoje, existem drogas de todos os tipos; variantes da cocaína como o crack, merla e óxi; variantes do ópio como heroína e morfina; outras como Metanfetamina, Ecstasy, LSD, Lança Perfume, Maconha, Chás dos mais variados, cogumelos, raízes e plantas, remédios, xaropes. Remédios veterinários como o Ketalar-5, e ainda novas drogas surgem, como por exemplo na Europa como o 4-methylamphetamine (4-MA). Hoje pode-se vislumbrar uma destruição apocalíptica social, como no caso do crack, que leva "legiões" de seres humanos a mais completa degradação humana, isto para se tratar de um exemplo bem perto de nós.

A Metanfetamina, o Crack, e a Heroína, tem grande repercussão social na América do Norte por exemplo. Bem como a cocaína. Drogas mais baratas, mais fortes, e que matam mais rapidamente. Na Rússia tem se o exemplo do derivado da Codeína (Xarope), que misturado a inúmeros produtos químicos e acidos, tornou-se um substituto barato para a heroína, com o nome de "Krokodil". Esta droga corroe, literalmente a carne humana até os ossos. Esforços sem fim, começam a tomar forma em muitos países, bilhões são gastos em investimentos para tentar deter esta onda destrutiva, que consome recursos, pessoas, e futuros inteiros.
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Anticolinérgicos

Anticolinérgicos
São plantas e substâncias sintéticas que possuem em comum uma série de efeitos no corpo humano, alterando funções psíquicas. Entre as plantas temos as popularmente conhecidas como Saia Branca, Lírio, Trombeta, Trombeteira, Zabumba, Cartucho, Estramônio, entre outras.

São plantas do gênero Datura e que produzem duas substâncias a atropina e a escopolamina, que são as responsáveis pelos efeitos. Entre as substâncias sintéticas existem aquelas com o mesmo tipo de efeitos que as substâncias naturais (atropina e escopolamina) e estão presentes em medicamentos como o Artane® , o Akineton® , além de colírios e outros. Esses medicamentos têm utilidade terapêutica no tratamento da Síndrome de Parkinson e como antiespasmódico.

Anticolinérgicos podem ser substâncias extraídas de plantas ou ser sinteticamente produzidas. Sua característica é inibir a produção de acetilcolina. Os anticolinérgicos são classificados como diretos e indiretos. Os anticolinérgicos diretos também chamados de anti-muscarínicos, que são drogas que antagonizam, nos receptores muscarínicos e anti-nicotínicos por antagonizar a ação da acetilcolina nos receptores nicotínicos. Os anticolinérgicos indiretos agem interferindo na síntese, armazenagem e liberação da acetilcolina, a exemplo da toxina botulínica.

A nicotina e seus antagonistas, diferem anti-muscarínicos porque a ação parasimpaticolítica destes é devida à sua atuação nas sinapses neuroefetoras do parasimpático enquanto que a classe das drogas nicotínicas (similares ou derivadas das extraídas da Nicotiana tabacum) agem na sinapse ganglionar inibindo a ação da acetilcolina. Por essa característica são estudados separadamente e denominados ganglioplégicos ou bloqueadores ganglionares, muito uteis no processo da anestesia cirúrgica. 


Obs: O cultivo, ou posse de algumas destas plantas não são considerados ilegais no Brasil, porém, a extração dos princípios ativos para fins de uso recreativo são equiparados a qualquer outra droga ilegal, ou seja, há diretrizes penais para o usuário, bem como crime previsto para o caso de tráfico.

Histórico
Foram usados durante a Segunda Guerra Mundial por organismos militares, que viram neles um "soro da verdade", pois sob seu efeito a pessoa sente-se como que embriagada e facilmente sugestionável.

Em 1866, um médico da Bahia descreve o seguinte quadro em dois escravos:

Fui chamado a visitar estes doentes no dia seguinte às 8 horas da manhã. Já podiam caminhar, mas estavam ainda trôpegos e hallucinados, vendo objetos himaginários, phantasmas, ratos a passear pela camara etc., de que procuravam fugir dirigindo-se para a porta. Ambos tinham as pupilas dilatadas... a boca e faces nada oferecem de notável... Na panela que servia para vazer o cosimento estavam dous ramos com muitas folhas e algumas flores rudimentares, de uma planta que conheci ser trombeteira (Datura arborea, Lin).

Em 1984, um jovem advogado de São Paulo narrou sua experiência após ingerir chá de saia-branca:

Os sintomas iniciam-se cerca de 10 minutos mais tarde com queixas de não enxergar direito, vendo tudo embaraçado e fora de foco. As pupilas estão totalmente dilatadas. Seguem-se alucinações terrificantes, visão de animais e plantas ameaçadoras, cadáveres de índios, pessoas etc. Algumas horas mais tarde relata que perdeu o pulso e engoliu a língua sendo levado para o pronto socorro.

Ainda em uma manhã de 1989, um menino de rua com as pupilas muito dilatadas descreveu o que sentia após tomar 10 comprimidos de Artane® (medicamento à base de triexafenidila, utilizado para mal de Parkinson, mas usado como droga de abuso devido as suas propriedades em produzir alucinações):

Via elefante correndo pela rua e rato saindo do buraco, se olhava para o céu via estrelas de dia. Tava tudo embaçado e dava medo, mas era também bonito.
Conforme as descrições acima, tanto o chá da planta como o medicamento Artane® foram capazes de produzir dilatação das pupilas (midríase) e alterações mentais do tipo percepção sem objetivo (ver ratos, índios e estrelas quando esses objetos não existiam), isto é, alucinações.

O que existe de comum entre a planta trombeteira ou lírio e o medicamento Artane® que produz efeitos físicos e psíquicos semelhantes é que duas substâncias (atropina e/ou escopolamina) sintetizadas pela planta e o princípio ativo (triexafenidil) do medicamento produzem um efeito no organismo que a medicina chama de efeito anticolinérgico. E sabe-se que todas as drogas anticolinérgicas são capazes de, em doses elevadas, além dos efeitos no corpo, alterarem as funções psíquicas.

Plantas anticolinérgicas
Beladona (Atropa belladonna)
Trombeta (Datura suaveolens)
Estramônio (Datura stramonium)
Mandrágora (Mandragora officinarum)
Curare (Strychnos toxifera, Anomospermum grandiflora, e outras)

Os efeitos anticolinérgicos dessas plantas são devidos principalmente à produção das substâncias: atropina e escopolamina.
Substâncias sintéticas e semi-sintéticas

Atropina obtida sinteticamente desde 1901

Antagonistas muscarínicos
Atropina (Atopion (Ariston))
Biperideno (Akineton®)
Benactizina (Asmosterona®)
Butilbrometo de escopolamina (Buscopan)
Diciclomina (Bentyl®)
Homatropina (Flagss Baby (Ache))
Ipratrópio
Triexafenid (Artane®)
Tropicamida Antagonistas nicotínicos (curarizantes)
Atracúrio
Pancurônio
Succinilcolina
Tubocurarina

Mecanismos de Ação
 

Anticolinérgicos
Os anticolinérgicos, tanto de origem vegetal como os sintetizados em laboratório, atuam principalmente produzindo delírios e alucinações. São comuns as descrições pelas pessoas intoxicadas de se sentirem perseguidas, de verem pessoas e bichos etc. Esses delírios e alucinações dependem bastante da personalidade do indivíduo e de sua condição, assim, nas descrições de usuários dessas drogas, encontram-se relatos de visões de santos, animais, estrelas, fantasmas, entre outras imagens.

Os efeitos são bastante intensos, podendo demorar de dois a três dias. Apesar disso, o uso de medicamentos anticolinérgicos (com controle médico) é muito eficaz no tratamento de várias doenças, como Síndrome de Parkinson e diarréia.

Efeitos no organismo
As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos efeitos periféricos além dos provocados no sistema nervoso central. Assim, as pupilas ficam muito dilatadas, a boca seca e o coração pode disparar. Os intestinos ficam paralisados – tanto que eles são usados medicamente como antidiarréicos – e a bexiga fica “preguiçosa” ou há retenção de urina.

Conseqüências Negativas
Os anticolinérgicos podem produzir, em doses elevadas, grande elevação da temperatura, que chega às vezes até 40 ou 41ºC. Nesses casos, felizmente não muito comuns, a pessoa apresenta-se com a pele muito seca e quente, com vermelhidão principalmente no rosto e no pescoço.

A temperatura elevada pode provocar convulsões (“ataques”) e são bastante perigosas. Também existem pessoas que descrevem ter “engolido a língua” e quase se sufocarem por causa disso. Ainda, em casos de dosagens elevadas, o número de batimentos do coração sobe exageradamente, podendo ultrapassar 150 batimentos por minuto.

Consumo no Brasil
O abuso dessas substâncias é relativamente comum no Brasil. O Artane® chega a ser a terceira droga mais usada entre meninos de rua de algumas capitais no Nordeste (depois dos inalantes e da maconha). Nas demais regiões, o uso de anticolinérgicos é bem menos freqüente.

Essas drogas não desenvolvem tolerância no organismo e não há descrição de síndrome de abstinência, ou seja, quando a pessoa pára de usar abruptamente essas substâncias, não apresenta reações desagradáveis.

Fontes - Obid - Wikipédia - BrasilEscola

Cogumelos Alucinógenos

As drogas alucinógenas são aquelas que afetam diretamente no cérebro e os sentidos, o que causa alucinações e delírios, fazendo com que a pessoa veja, escute, cheire ou até mesmo tente tocar coisas que não existem. Grande parte das drogas alucinógenas vem da natureza, principalmente das plantas e cogumelos. Essas plantas já foram descobertas a muito tempo, na antiguidade e os usuários as consideravam plantas divinas devido aos efeitos causados. E, até hoje algumas culturas indígenas de vários países usam essas plantas de modo religioso, ainda levando em consideração seus efeitos.

Obs: O cultivo, ou posse de algumas destas plantas não são considerados ilegais no Brasil, porém, a extração dos princípios ativos para fins de uso recreativo são equiparados a qualquer outra droga ilegal, ou seja, há diretrizes penais para o usuário, bem como crime previsto para o caso de tráfico.

Amanita muscaria
Existem quatro gêneros de cogumelos alucinógenos: Psilocibe, Panaeolus, Capelandia e Amanita. No Brasil são encontrados dois gêneros que são o Psilocibe e também o Panaeolus, porém o tipo mais conhecido é o do gênero da Amanita e em especial a Amanita muscaria. Eles são coloridos e tem efeito semelhante a droga LSD, porém mais brando e de duração mais curta.


As drogas alucinógenas causam muitos efeitos, no entanto não são fáceis de prever, pois os efeitos diferem de pessoa pra pessoa . Os efeitos começam em cerca de uma hora após ter usado a droga e acaba ficando mais forte após três ou quatro horas e pode durar até 12 horas após o uso. Entre os efeitos estão no som e na visão, como ver cores muito brilhantes e também ouvir sons bastante agudos, algumas pessoas até se confundem vendo sons e ouvindo cores, pois os sentidos se atrapalham, o tempo também passa bem devagar, mudanças emocionais, cansaço, náuseas ou vômitos, problemas de coordenação, o humor também varia com altos e baixos.

Existem também as viagens más, mais conhecidas como “bad trips”. Algumas vezes os efeitos dos alucinógenos são negativos como: medo, angustia, pânico, alucinações que causam desespero na pessoa e também o medo de perder o controle e ficar louco.

Não existe ainda nenhuma evidência que alucinógenos causam dependência. Isso talvez se deve ao fato de que se uma pessoa vier a usar todo dia um alucinógeno não se terá mais o mesmo efeito, mas sim depois de no mínimo uma semana de intervalo. Existe grande risco de acidentes com pessoas que usam alucinógenos pelo fato dos sentidos se atrapalharem. Há também um grande risco com quem mistura alucinógenos com álcool ou anfetaminas, pois o efeito pode aumentar muito. A ingestão de cogumelos errados pode causar intoxicações e até serem fatais. 


Psilocybe cubensis
Cogumelos sem psilocina e/ou psilocibina, a exemplo o Amanita muscaria do qual se extrai a muscarina, também são utilizados para fins considerados "recreativos", desde sua descoberta pelos exploradores europeus das práticas xamanicas dos povos siberianos. Seu efeito porém, é distinto da psilocibina, com perda de consciência (delírio, estupor) equivalente aos efeitos da Datura stramonium e atropina ambos potentes estimuladores do sistema nervoso autônomo, atuando os compostos da A. muscaria nos receptores muscarínicos da Acetilcolina. Pesquisas da distinção do efeito autonômico dos referidos nas experiências xamânicas e de viajantes europeus apontam para presença e efeito de outras substâncias nele contidas, mais especificamente o ácido ibotênico e muscimol com propriedades psicodislépticas. 
A Psilocybe cubensis (anteriormente designada por Stropharia cubensis) é uma espécie de cogumelo alucinogénio, mundialmente conhecido, que apresenta como principais princípios ativos a psilocibina e a psilocina, que agem no cérebro de modo semelhante ao neurotransmissor serotonina, embora possua em baixas quantidades outros alcalóides, como a norbaeocistina ou a baeocistina, cuja ação no sistema nervoso humano é pouco conhecida. São cogumelos de pequeno porte, geralmente apresentando características que os tornam facilmente reconhecíveis.


Por Fernanda Lima - Infoescola

Referencias:

http://oficina.cienciaviva.pt/~pw020/g/cogumelos.htm
http://drogas.do.sapo.pt/alucinogenos.htm
http://www.drogas.misterquim.com/categorias/cogumelos-e-plantas-alucinogeno/
http://www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem/conteudo/index.php?id_conteudo=11236&rastro=Tipos+de+Drogas/Cogumelos+e+Plantas+Alucin%C3%B3genas

Krokodil

Krokodil

A droga é uma alternativa barata à heroína. Porém, ela causa necrose no local onde é aplicada, expondo ossos e músculos.
Uma droga barata, que está sendo consumida por um número cada vez maior de pessoas e tem efeitos colaterais bizarros. Essa é a krokodil (que em russo significa crocodilo), uma alternativa ao uso da heroína que está fazendo vítimas por toda a Rússia.


O nome vem de uma das consequências mais comuns ao uso, a pele da pessoa passa a ter um tom esverdeado e cheia de escamas, como a de um crocodilo. Ela é a desomorfina, um opióide 8 a 10 vezes mais potente que a morfina. O problema maior nesta droga russa é a maneira como o produto é feito.

O krokodil é feito a partir da codeína, um analgésico opióide que pode ser comprado em qualquer farmácia russa sem receita médica, assim como acontece com analgésicos mais fracos no Brasil. A pessoa sintetiza a droga em uma cozinha usando produtos como gasolina, solvente, ácido hidroclorídrico, iodo e fósforo vermelho, que é obtido de caixas de fósforo comuns, além dos comprimidos de codeína.

Logicamente nenhum destes ingredientes é ideal e o produto final não é nem um pouco puro, mas o resultado para o usuário é satisfatório. A consequência de se colocar tantos produtos químicos na veia é a irritação da pele, que com pouco tempo passa a ter uma aparência escamosa. A área onde o krokodil é injetado começa a gangrenar, depois a pele começa a cair até expor os músculos e ossos.

Casos de viciados precisando de amputação ou da limpeza de grandes áreas apodrecidas em seus corpos são cada vez mais comuns em salas de emergência dos hospitais daquele país. A dificuldade em se combater o uso desta droga está na pouca ajuda que o governo dá a centros de reabilitação e na grande facilidade na produção, afinal basta uma cozinha e o conhecimento de como se “cozinhar” o produto. Largar o krokodil pode ser uma tarefa extremamente difícil. A desintoxicação é muito lenta e o usuário sente náuseas e dores por até um mês, sendo que conseguir uma nova dose é muito fácil. Sequelas físicas e mentais do uso contínuo do krokodil podem ficar para sempre.
  
Krokodil
O krokodil pode acabar matando o usuário recorrente em mais ou menos 2 anos e são raros os casos de pessoas que se livraram do vício. A migração deles de uma droga para outra é explicada pelo valor da dose. Cada uso de heroína pode custar na Rússia 150 Dólares (270 Reais), já o krokodil custa em média 8 Dólares (aproximadamente 14 Reais). Um problema na alternativa mais barata é a duração dos efeitos, que são muito menores.

Enquanto os efeitos da heroína podem durar 8 horas, o krokodil dura com sorte 90 minutos. Como produzir a droga leva mais ou menos uma hora, a pessoa passa a viver apenas para produzir e injetar.

No Brasil, a codeína é vendida apenas com receita médica, mas na Rússia o produto é o analgésico mais popular do país. Usada por praticamente a metade da população, ela é responsável por cerca de 25% do lucro de algumas farmácias. Por este motivo a indústria farmacêutica e os empresários do ramo lutam para que o governo não torne a droga restrita à venda com prescrição.

Outros países onde a codeína é vendida sem receita são o Canadá, Israel, Austrália, França e Japão. Neles existe um grande risco do krokodil se tornar uma epidemia como a que atinge atualmente a Rússia. Abaixo você verá dois vídeos mostrando os resultados nefastos do uso desta droga.

Eu poderia terminar este texto dizendo que ninguém deveria usar esta droga sequer uma vez, mas ninguém procura uma alternativa tão tóxica e mortal porque vai usar só uma vez. Usuários de krokodil já estão migrando de outras drogas pois não podem sustentar o próprio vício. O melhor conselho que qualquer pessoa pode lhe dar é para que você jamais experimente nenhuma droga ilegal.

Fonte - R7 - io9, Time, The Independent, Buzzfeed

Heroína

Heroína
A Heroína, cujo nome científico é diacetilmorfina, é uma droga opióide semi sintética obtida a partir de plantas da espécie Papaver somniferum de onde é extraído o ópio. Durante o processamento do ópio origina-se a morfina que então é transformada em heroína.Trata-se de um entorpecente, muitas vezes obtido em laboratórios clandestinos, que provoca diminuição da atividade do SNC ou seja é uma substância depressora.


Produz sensações de prazer intenso, muitas vezes comparados com um orgasmo. Após essa fase de euforia ocorre um período de sedação.A droga causa tolerância de forma rápida e o indivíduo busca maiores doses para obter o mesmo efeito. Também produz dependência física. Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: a meperidina, o propoxifeno, a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são chamadas de opióides (isto é, semelhantes aos opiáceos). Estas substâncias todas são colocadas em comprimidos ou ampolas, tornando-se então medicamentos. A tabela ao lado dá exemplos de alguns destes medicamentos.
Foi sintetizada pelo químico inglês Charles Romley Alder Wright em 1874 e introduzida no mercado de medicamentos pelo químico da Bayer Felix Hoffmann em 21 de agosto de 1897. Seu nome provavelmente provém do alemão heroisch e indica a sensação observada pelos usuários durante estudos iniciais. Foi usada para tratamento de viciados em morfina e como sedativo da tosse em crianças de 1898 a 1910 quando foi descoberto que a heroína convertia-se em morfina no fígado, ironicamente sendo até mais viciante que a morfina.

O seu nome comercial foi cedido pela Alemanha aos Aliados em 1918 como reparação devido à Primeira Guerra Mundial. A heroína foi proibida nos países ocidentais no início do século XX devido à grave dependência física que provocara.
Ação

Os receptores opióides (classificados em alguns tipos como: kappa, delta e mi) existem em neurónios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino. A heroína activa (agonista farmacológico) todos os receptores opióides, mas os seus efeitos são largamente devidos à activação do subtipo mi, efetivo na ação analgésica.

Heroína
O mecanismo prazer e bem-estar produzido pelo consumo da heroína não está completamente esclarecido, mas sabe-se que, como o das outras drogasrecreativas, é devido a interferência nas vias dopaminérgicas (vias que utilizam o neurotransmissor dopamina) meso-límbicas-meso-corticais. As vias dopaminérgicas que relacionam o sistema límbico (região das emoções e aprendizagem) e o córtex (região dos mecanismos conscientes) são importantes na produção de prazer. Normalmente, elas só são activadas de forma limitada em circunstâncias especificas, ligadas à recompensa da aprendizagem e dos comportamentos bem sucedidos relacionados à obtenção de recursos, conhecimentos ou ligações sociais ou sexuais importantes para o sucesso do indivíduo. No consumo de droga, estas vias são modificadas e pervertidas ("highjacked") e passam a responder de forma positiva apenas ao distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga. Grande parte da motivação do indivíduo passa assim para a obtenção e consumo da droga, e os interesses sociais, familiares, ambição profissional, aprendizagem e outros factores não directamente importantes para a sua obtenção são com o consumo crescente cada vez mais desleixados, sem que muitas vezes o indivíduo tome decisões conscientes nesse sentido.

Euforia e disforia:
São necessárias maiores doses do que antes para causar analgesia.
Consiste num sentimento de estar no paraíso. A euforia após um período de tempo de aproximadamente 10 minutos, é substituída pela disforia, um estado de ansiedade desagradável e mal-estar. A euforia produzida pela droga transforma-se em depressão e ansiedade após passarem os efeitos.
Analgesia (perda da sensação de dor física e emocional): pode levar à inflicção de ferimentos no heroinómano sem que este se dê conta e se afaste do agente agressor, pode levar a um infarto do miocárdio.
Sonolência, embotamento mental sem amnésia
Disfunção sexual em altos graus.
Sensação de tranquilidade e de diminuição do sentimento de desconfiança.
Maior autoconfiança e indiferença aos outros: comportamentos agressivos.
Miose: contracção da pupila. Ao contrário da grande maioria das outras drogas de abuso, como cocaína e anfetaminas (metanfetamina e ecstasy) que produzem midríase (dilatação da pupila). É uma característica importante na distinção clínica da overdose de heroína daquelas produzidas por outras drogas
Obstipação ("prisão de ventre") e vómitos. Só são sentidos na primeira semana de consumo continuado, depois o corpo habitua-se e torna-se adicto.
Depressão do centro neuronal respiratório. É a principal causa de morte por overdose.
Supressão do reflexo da tosse: devido à depressão do centro neuronal cerebral da tosse.
Náuseas e vómitos: podem ocorrer se for activado os centros quimiorreceptores do cérebro.
Espasmos nas vias biliares.
Hipotensão, prurido.
Os seus efeitos, quando fumada, são sentidos quase imediatamente (cerca de 3 a 8 segundos).
Perda do controle humorístico, ou seja, o famoso humor bipolar. Ao ser usada, a droga pode acarretar a mudança de humor bipolar, em um momento o usuário está irritado, um pequeno período de tempo depois, ele se torna muito brincalhão por exemplo.

Efeitos a longo prazo e potencial da dependência

Heroína
O usuário tem a tendência para aumentar a quantidade de heroína auto-administrada, com o fim de conseguir os mesmos efeitos que antes eram conseguidos com doses menores, o que conduz a uma manifesta dependência. Passadas várias horas da última dose, o viciado necessita de uma nova dose para evitar a síndrome de abstinência provocada pela falta dela. Desenvolve tolerância em relação aos efeitos de euforia, de depressão respiratória, analgesia, sedação, vómitos e alterações hormonais. Não há desenvolvimento para a miose nem para a obstipação. Estes efeitos, junto com a diminuição da libido, a insónia e a transpiração, são os sintomas dos consumidores crónicos. Há alguma imunossupressão com maior risco de infecções, principalmente aquelas introduzidas pelas agulhas partilhadas (SIDA/AIDS, Hepatite B) ou por bactérias através da pele quebrada pela agulha. A síndrome de privação pode levar à cegueira, dores, epilepsia, enfarte do miocárdio ou AVCs potencialmente fatais. A longo prazo leva sempre a lesões cerebrais extensas, claramente visíveis macroscópica e microscopicamente em autópsia.

Bastam apenas 3 dias de consumo continuado desta substância para que, na sua ausência, se comecem a sentir os efeitos da ressaca, que quer dizer que o organismo em 3 dias apenas se habitua de tal forma à presença desta substância que quando se deixa de a administrar o organismo entra num estado de desequilíbrio tal, que o indivíduo vê-se obrigado a procurar de forma frenética satisfazer os pedidos do seu organismo, aumentando sempre a dose consumida. A ressaca traduz-se em primeiro lugar por corrimento lacrimal e nasal, seguida de má disposição a nível estomacal e intestinal, suores frios e afrontamentos, dores de rins lancinantes, e na fase final de ausência de consumo, espasmos musculares e câimbras generalizadas.

Existe tolerância cruzada entre todos os agonistas opióides, facto que se aproveita para os tratamentos de desintoxicação e desabituação.

Fonte - Cebrid - Unesp - Wikipédia

Metanfetamina

Metanfetamina
A metanfetamina não é uma droga nova, embora se tenha tornado mais poderosa nos últimos anos à medida que as técnicas para o seu fabrico evoluíram. A anfetamina foi feita primeiro em 1887 na Alemanha e a metanfetamina, mais potente e fácil de fazer, foi desenvolvida no Japão em 1919. O pó cristalino era solúvel em água, tornando–o um perfeito candidato para ser injetado. A metanfetamina foi amplamente usada durante a II Guerra Mundial, quando ambos os lados decidiram manter as tropas despertas. Eram dadas aos pilotos Kamikaze japoneses doses elevadas antes das suas missões suicidas e, após a guerra, o abuso da metanfetamina por injeção alcançou proporções epidêmicas quando as provisões armazenadas para uso militar foram disponibilizadas ao público japonês.

Na década de 50 a metanfetamina era receitada como auxiliar dietético e para combater a depressão. Facilmente disponível, era utilizada por estudantes universitários, motoristas de caminhões e atletas como estimulante sem receita médica, e o abuso da droga espalhou–se. Este padrão mudou drasticamente na década de 60 com o aumento da disponibilidade de metanfetamina injetável a agravar o abuso.

Depois, em 1970, o governo dos EUA tornou–a ilegal para a maioria dos usos. Depois disso, os gangs de motociclistas americanos controlavam a maioria da produção e distribuição da droga. A maioria dos consumidores na época vivia em comunidades rurais e não podiam permitir–se pagar a cocaína que era mais cara.

Na década de 1990, as organizações mexicanas de tráfico de droga estabeleceram grandes laboratórios na Califórnia. Enquanto esses laboratórios massivos são capazes de gerar 23 kg da substância num só fim de semana, laboratórios privados menores surgiram em cozinhas e apartamentos, ganhando a droga um dos seus nomes: “stove top” (tampa de fogão). A partir daí espalhou–se através dos Estados Unidos e para a Europa, através da República Checa. Hoje, a maioria da droga disponível na Ásia é produzida na Tailândia, Mianmar e na China.
Do que é feito o cristal devastador ? A metanfetamina é um químico sintético, (criado pelo homem), ao contrário da cocaína, por exemplo, a qual vem de uma planta. O cristal devastador é comumente fabricado em laboratórios ilícitos escondidos que usam várias formas de anfetaminas (outra droga estimulante) ou derivados, misturados com outros químicos para aumentar a sua potência. Os comprimidos comuns tais como remédios para as constipações são frequentemente usados como a base para a produção da droga. O “cozinheiro” de metanfetamina extrai ingredientes desses comprimidos e para aumentar a sua potência combina a substância com químicos tais como ácido de bateria, produto de limpeza de esgotos, óleo de lanterna e descongelador.

Estes produtos químicos perigosos são potencialmente explosivos. E devido aos cozinheiros de meth serem eles próprios consumidores de drogas e desorientados, frequentemente queimam–se severamente, ficam desfigurados ou morrem, quando as suas preparações explodem. Tais acidentes põem outros em perigo nas casas ou edifícios próximos.
Os laboratórios ilícitos criam muito desperdício tóxico, assim como a produção de cerca de 2,5 kg de metanfetamina produz 2270 kg de desperdício. As pessoas expostas a este desperdício material podem ficar envenenadas e adoecer. “O dinheiro do Seguro Social não era suficiente para pagar o nosso hábito de consumo de metanfetamina e sustentar o nosso filho, por isso, transformamos a nossa casa arrendada num laboratório de metanfetamina. Armazenamos os químicos tóxicos em nossa geladeira, sem saber que as toxinas iriam penetrar (iriam para) a outra comida no congelador. Quando dei ao meu filho de três anos um pouco de queijo para comer – não sabia que lhe estava a dar comida envenenada. Estava muito pedrada com a metanfetamina para notar, 12 horas mais tarde, que o meu filho estava mortalmente doente. Mas estava tão pedrada que levei duas horas para descobrir como levá–lo ao hospital a 8 km de distância. No momento em que cheguei à sala de emergência o meu filho foi pronunciado morto por uma dose mortal de hidróxido amoníaco – um dos químicos utilizados para fazer a Metanfetamina.” – Melanie

O que é Metanfetamina

Metanfetamina
A metanfetamina é uma droga ilegal da mesma classe que a cocaína e outras drogas poderosas, de rua. Tem muitas designações – rebite, cristina, bola, speed ou meth sendo os mais comuns. O cristal devastador é usado por indivíduos de todas as idades, mas é mais frequentemente usado como uma “droga de clube”, tomada enquanto se festeja em clubes noturnos ou em festas “rave”. Os nomes de rua mais conhecidos são gelo ou cristal.

É um químico perigoso e potente, e, como todas as drogas, um veneno que age primeiro como um estimulante, mas que depois começa a destruir sistematicamente o corpo. Desta forma é associada com sérias condições de saúde, incluindo perda de memória, agressão, comportamento psicótico, potenciais danos coronários e cerebrais. Altamente viciante, a metanfetamina queima os recursos do corpo, criando uma dependência devastadora que só pode ser aliviada por tomar mais da droga.

O efeito do cristal devastador é altamente concentrado, e muitos consumidores relatam terem ficado viciados desde a primeira vez que a consumiram.

“Experimentei uma vez e BOOM! Estava viciado”, disse um dependente de metanfetamina que perdeu a sua família, amigos, a sua profissão enquanto músico e acabou como um sem abrigo. Consequentemente, é uma das toxicodependências mais difíceis de tratar e muitos morrem nas suas garras.

“Comecei a usar cristal quando estava na escola secundária. Antes do meu primeiro semestre da faculdade terminar, a metanfetamina tornou–se um grande problema e eu tive de sair. Parecia que eu tinha sarampo, proveniente de ficar a olhar–me ao espelho e me mordiscar. Passava todo o meu tempo a fazer o cristal ou a tentar consegui–lo.”
Anne Marie
O impacto dos efeitos a curto e longo prazo no indivíduo

Quando tomadas, a metanfetamina e o cristal devastador criam uma falsa sensação de bem–estar e energia, e por isso a pessoa irá ter a tendência de impulsionar o seu corpo mais rápido e adiante do que é suposto ir. Dessa forma, os consumidores de drogas experimentam uma “queda” severa ou esgotamento físico e mental depois dos efeitos das drogas passarem.

Com o consumo contínuo da droga diminui as sensações de fome, os consumidores podem experimentar extrema perda de peso. Os efeitos negativos também podem incluir: padrões de sono alterados; hiperatividade; náuseas; delusões de poder; aumento de agressividade e irritabilidade. Outros efeitos preocupantes podem incluir: insônia, confusão, alucinações, ansiedade e paranoia. Nalguns casos, isso pode causar convulsões que podem levar à morte.

Danos a Longo Prazo
A longo prazo, o uso de metanfetaminas pode causar danos irreversíveis. Aumento do batimento cardíaco e tensão arterial, lesão dos vasos sanguíneos cerebrais que podem causar derrames vasculares cerebrais ou batimento cardíaco irregular que podem, por sua vez, causar colapso cardiovascular2 ou morte; e lesões no fígado, rins e pulmões.

Os consumidores poderão sofrer danos cerebrais, incluindo perda de memória e incapacidade crescente de compreender pensamentos abstratos. Aqueles que se recuperam estão geralmente sujeitos a lapsos de memória e a extremas mudanças de humor.

Danos causados pela metanfetamina
Efeitos a curto prazo
Perda de apetite
Aumento do batimento cardíaco, pressão sanguínea, temperatura corporal
Dilatação das pupilas
Padrões de sono perturbados
Náusea
Comportamento bizarro, instável, por vezes violento
Alucinações, hiper-excitabilidade, irritabilidade
Pânico e psicose
Doses excessivas podem conduzir a convulsões, derrames vasculares cerebrais e morte

Efeitos a longo prazo
Danos irreversíveis dos vasos sanguíneos coronários e cerebrais, tensão arterial elevada, conduzindo a ataques cardíacos, derrames vasculares cerebrais e morte
Danos no fígado, rins e pulmões
Destruição dos tecidos nasais se inalada
Problemas respiratórios se fumada
Doenças infecciosas e abcessos se injectada
Má–nutrição, perda de peso
Decadência dentária severa
Desorientação, apatia, confusão exaustiva
Forte dependência psicológica
Psicose
Depressão
Danos ao cérebro similares à doença de Alzheimer, derrames vasculares cerebrais e epilepsia

Mais 24 Hrs

DMT

DMT
O DMT (dimetiltriptamina) é uma droga alucinógena e ilícita, classificada como tipo A, como a heroína e a cocaína. Porém este tipo de droga é natural e pode ser até produzido até pelo próprio organismo humano na Glândula Pineal e pesquisas recentes indicam que o DMT será produzido ao menos duas vezes, no nascimento e na morte. Esta droga é encontrada também em folhas de plantas da América do Sul como: Anadenanthera peregina, em folhas de Banisteriopsis rusbyana, Diplopterys cabrerana e principalmente na da planta brasileira epená (Virola calophylla). Além de ser encontrada em rapé, hoje já pode ser encontrada em pó e em cristais.


O DMT pode ser fumado através de um cachimbo ou então injetado no músculo. Seu uso não causa dependência física ou psicológica. Para usar o DMT via oral, deve-se misturá-lo com inibidores da monoamina oxidase, mas ainda causa alucinações. No caso de via oral, a forma mais conhecida é a do “chá ayahusaka” que é usado nos ritos do Santo Daime (uma religião), no seu preparo a uma reunião para a consagração do chá, para seus usuários neste ritual ele é um gerador da divindade interna. A ayahusaka causa alterações da consciência mesmo misturado com inibidores.

Os efeitos que a droga causa quando é injetada ou fumada são:

Primeiros instantes:
Visões e pensamentos muito rápidos;
Objetos perderem as formas;
Objetos se dissolverem;

Após os primeiros 5 minutos:
Pupilas dilatadas;
Batimento cardíaco acelerado;
Tensão arterial aumenta;

Dentro de 10 minutos:
Alucinações de olhos fechados e abertos;
Grande movimentação na visão
Dificuldade nas expressões e pensamentos;
Pressentimentos que podem levar ao medo.

Devido aos efeitos serem muito fortes, algumas pessoas podem até relatar contatos com pessoas já mortas e também extraterrestres, saindo da realidade. Após 60 minutos os efeitos já não existem mais, apenas em raros casos pessoas tiveram alguns sintomas na segunda hora do uso.

O DMT também pode causar depois do uso, irritações na garganta, distúrbios no sono e dificuldade de concentração para se fazer tarefas. Assim como ocorre com outras drogas alucinógenas, as pessoas que usam o DMT podem aumentar sua dose frequentemente, pois o efeito começa a ter menos intensidade e o período que os efeitos são percebidos se tornam mais curtos. Não é recomendada a mistura do DMT com outras drogas, e é muito perigoso o uso por pessoas que tem a pressão alta. 
 
Referências Bibliográficas:
http://www.heartoftheinitiate.com/node/482/print
http://www.dedrogas.com/2006/02/07/dmt
http://reocities.com/HotSprings/4630/dmt.htm
http://www.spiner.com.br/modules.php?name=drogastofora&file=menu/tiposdedrogas/dmt
http://pt.azarius.net/encyclopedia/17/DMT/


Fonte - InfoEscola

Morfina

Muitas substâncias com grande atividade farmacológica podem ser extraídas de uma planta chamada Papaver somniferum, conhecida popularmente com o nome de papoula do oriente. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde, obtém-se um suco leitoso, o ópio (a palavra ópio em grego quer dizer suco).


Morfina Quando seco este suco passa a se chamar pó de ópio. Nele existem várias substâncias com grande atividade. A mais conhecida é a morfina, palavra que vem do deus da mitologia grega Morfeu, o deus dos sonhos.

Pelo próprio segundo nome da planta somniferum, de sono, e do nome morfina, de sonho, já dá para fazer uma idéia da ação do ópio e da morfina no homem: são depressores do sistema nervoso central, isto é, fazem nosso cérebro funcionar mais devagar. Mas o ópio ainda contém mais substâncias sendo que a codeína é também bastante conhecida. Ainda, é possível obter-se outra substância, a heroína, ao se fazer pequena modificação química na fórmula da morfina. A heroína é então uma substância semi-sintética (ou semi-natural).

Estas substâncias todas são chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos, ou seja, oriundas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína). Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: a meperidina, o propoxifeno, a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são chamadas de opióides (isto é, semelhantes aos opiáceos).

Estas substâncias todas são colocadas em comprimidos ou ampolas, tornando-se então medicamentos. A tabela ao lado dá exemplos de alguns destes medicamentos.
Efeitos no cérebro

Todas as drogas tipo opiáceo ou opióide têm basicamente os mesmos efeitos no SNC: diminuem a sua atividade. As diferenças ocorrem mais num sentido quantitativo, isto é, são mais ou menos eficientes em produzir os mesmos efeitos; tudo fica então sendo principalmente uma questão de dose. Assim temos que todas essas drogas produzem uma analgesia e uma hipnose (aumentam o sono): daí receberam também o nome de narcóticos que significa exatamente as drogas capazes de produzir estes dois efeitos: sono e diminuição da dor. Recebem também por isto o nome de drogas hipnoanalgésicas. Agora, para algumas drogas a dose necessária para este efeito é pequena, ou seja, elas são bastante potentes como, por exemplo, a morfina e a heroína; outras, por sua vez, necessitam doses 5 a 10 vezes maiores para prod! uzir os mesmos efeitos como a codeína e a meperidina.

Algumas drogas podem ter também uma ação mais específica, por exemplo, de deprimir os acessos de tosse. É por esta razão que a codeína é tão usada como antitussígeno, ou seja, é muito boa para diminuir a tosse. Outras têm a característica de levarem a uma dependência mais facilmente que as outras; daí serem muito perigosas como é o caso da heroína.

Morfina
Além de deprimir os centros da dor, da tosse e da vigília (o que causa sono) todas estas drogas em doses um pouco maior que a terapêutica acabam também por deprimir outras regiões do nosso cérebro como por exemplo os que controlam a respiração, os batimentos do coração e a pressão do sangue. Como será visto, isto é muito importante quando se analisa os efeitos tóxicos que elas produzem.

Via de regra as pessoas que usam estas substâncias sem indicação médica, ou seja, abusam das mesmas, procuram efeitos característicos de uma depressão geral do nosso cérebro: um estado de torpor, como que isolamento das realidades do mundo, uma calmaria onde realidade e fantasia se misturam, sonhar acordado, um estado sem sofrimento, o afeto meio embotado e sem paixões. Enfim, um fugir das sensações que são a essência mesma do viver: sofrimento e prazer que se alternam e se constituem em nossa vida psíquica plena.

Tabela – Nome de alguns medicamentos vendidos na Brasil contendo drogas tipo ópio (naturais ou sintéticos) nas suas formulações (segundo Dicionário de Especialidades Farmacêuticas – DEF 1990/91).
Opiáceo ou Opióide Indicação de uso médico Nomes comerciais dos medicamentos Preparações farmacêuticas
Naturais:
Morfina Analgésico Morfina Ampolas; comprimidos
Pó de ópio Anti-diarréico; Analgésico Tintura de ópio; Elixir Paregórico; Elixir de Dover Tintura alcoólica
Codeína Antitussígeno Belacodid; Belpar; Codelasa; Gotas Binelli; Naquinto; Setux; Tussaveto; Tussodina; Tylex; Pastilhas Veabon; Pastilhas Warton; Benzotiol Gotas; comprimidos; supositórios
Sintéticos:
Meperidina ou Petidina Analgésico Dolantina; Demerol; Meperidina Ampolas; comprimidos
Propoxifeno Analgésico Algafan® ; Doloxene A; Febutil; Previum Compositum; Femidol Ampolas; comprimidos
Fentanil Analgésico Fentanil; Inoval Ampolas
Semi-Sintético:
Heroína Proibido o uso médico -- --
Metadona Tratamento de dependentes de morfina e heroína Não existe no Brasil
--
Zipeprol* Antitussígeno Eritós; Nantux; Silentós; Tussiflex Gotas; xaropes; supositórios
* A classificação do Zipeprol como uma substância com ação de opiáceo foi recente. A intoxicação com esta substância pode com freqüência vir acompanhada de convulções


Efeitos no resto do corpo

As pessoas sob ação dos narcóticos apresentam uma contração acentuada da pupila dos olhos ("menina dos olhos"): elas às vezes chegam a ficar do tamanho da cabeça de um alfinete. Há também uma paralisia do estômago e a pessoa sente-se empachada, com o estômago cheio como se não fosse capaz de fazer a digestão. Os intestinos também ficam paralisados e como conseqüência a pessoa que abusa destas substâncias geralmente apresenta forte prisão de ventre. É baseado neste efeito que os opiáceos são utilizados para combater as diarréias, ou seja, são usados terapeuticamente como antidiarréicos.
Efeitos Tóxicos

Os narcóticos sendo usados através de injeções dentro das veias, ou em doses maiores por via oral, podem causar grande depressão respiratória e cardíaca. A pessoa perde a consciência, fica de cor meio azulada porque a respiração muito fraca quase não mais oxigena o sangue e a pressão arterial cai a ponto de o sangue não mais circular direito: é o estado de coma que se não for atendido pode levar à morte. Literalmente centenas ou mesmo milhares de pessoas morrem todo ano na Europa e Estados Unidos intoxicadas por heroína ou morfina. Além disso, como muitas vezes este uso é feito por injeção, com freqüência os dependentes acabam também por pegar infecções como hepatites e mesmo AIDS. Aqui no Brasil, uma destas drogas tem sido utilizada com alguma frequência por injeção venosa: é propoxifeno (principalmente o Algafan®). Acontece que esta substância é muito irritante para as veias, que se inflamam e chegam a ficar obstruídas. Existem vários casos de pessoas com sérios problemas de circulação nos braços por causa disto. Há mesmo descrição de amputação deste membro devido ao uso crônico de Algafan® .

Outro problema com estas drogas é a facilidade com que elas levam à dependência, ficando as mesmas como o centro da vida das vítimas. E quando estes dependentes, por qualquer motivo, param de tomar a droga, ocorre um violento e doloroso processo de abstinência, com náuseas e vômitos, diarréia, câimbras musculares, cólicas intestinais, lacrimejamento, corrimento nasal, etc, que pode durar até 8-12 dias.

Além do mais o organismo humano se torna tolerante a todas estas drogas narcóticas. Ou seja, como o dependente destas não mais consegue se equilibrar sem sentir os seus efeitos ele precisa tomar cada vez doses maiores, se enredando cada vez mais em dificuldades, pois para adquiri-las é preciso cada vez mais dinheiro.

Para se ter uma ideia de como os médicos temem os efeitos tóxicos destas drogas basta dizer que eles relutam muito em receitar a morfina (e outros narcóticos) para cancerosos, que geralmente têm dores extremamente fortes. E assim milhares de doentes de câncer padecem de um sofrimento muito cruel, pois a única substância capaz de aliviar a dor, a morfina ou outro narcótico, tem também estes efeitos indesejáveis. Nos dias de hoje a própria Organização Mundial da Saúde tem aconselhado os médicos de todo o mundo que nestes casos, o uso contínuo de morfina é plenamente justificado. Felizmente, são pouquíssimos os casos de dependência com estas drogas no Brasil, principalmente quando comparado com os problemas de outros países.

Entretanto, nada garante que esta situação não poderá modificar-se no futuro

Fonte - Cebrid - Unifesp

Ópio

Ópio
O ópio (do grego ópion, "suco de papoula", pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoulas soníferas (gênero Papaver), e que é utilizada como narcótico.

Quanto aos aspectos físicos, os viciados ficam magros e com cor amarela, diminuindo, ainda, sua resistência às infecções. A crise de abstinência pode começar dentro de aproximadamente, doze horas, apresentando-se de várias formas, indo desde bocejos até diarreias, passando por rinorréia, lacrimação, suores, falta de apetite, pele com arrepios, tremores, câimbras abdominais e insônia ou, ainda, inquietação e vômitos.
O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente um veneno estupefaciente. A medicina o utiliza, assim como os alcaloides que ele contém (morfina e papaverina), como sonífero analgésico.
Em vários países subdesenvolvidos do mundo, muitas vezes a falta de opções leva boa parte dos camponeses a trabalhar no cultivo de plantas como a papoula, que está na base da produção industrial do ópio.

Ópio
O número de viciados, no Brasil, é pequeno. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc. Causa, a longo prazo, irritabilidade crescente e lenta deterioração intelectual, com declínio marcante dos hábitos sociais.

Os opiáceos determinam violenta dependência física e psíquica, podendo-se dizer que a escravidão do viciado é total, deixando-o totalmente inutilizado para si, para a família e para a sociedade, pois a droga passa a agir quimicamente em seu corpo, de forma que a retirada brusca da droga pode ocasionar até a morte.

Fonte - Wikipédia

Lança Perfume

Lança Perfume

Antigamente o lança-perfume era a coqueluche dos salões - até mesmo as crianças ganhavam tubinhos para se divertirem nos bailes. Hoje em dia é considerado entorpecente pela vigilância sanitária, e seu uso é crime previsto em lei. Com fabricação proibida no Brasil, ele aparece por ocasião do carnaval, contrabandeado de outros países sul-americanos, como Argentina , Paraguai , Uruguai e etc, pois lá seu consumo não é considerado crime. O lança-perfume é um solvente inalante. Solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalante é toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, se evapora muito facilmente sendo daí que pode ser inalada. Um número enorme de produtos comerciais, como esmaltes, acetona , colas, tintas, benzina, tiners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes, etc., contém estes solventes. Todos estes solventes ou inalantes são substâncias pertencentes a um grupo químico chamado de hidrocarbonetos, tais como o tolueno, xilol, n-hexana, acetato de etila, tricloroetileno, etc. No Brasil é a droga mais usada pelos adolescentes, depois do Álcool. A primeira experiência geralmente ocorre em casa , segundo a já citada pesquisa do Cebrid. Como o acesso é fácil, o adolescente começa inalando esmaltes, acetona, removedores e ate o corretivo "Carbex" (no colégio) .


A "Trip"

Uma cheirada profunda com a boca em um pedaço de tecido embebido pelo solvente, ou no próprio tubo. Imediatamente uma sensação de euforia e excitação, uma incontrolável dificuldade de se entender o que estão falando ao seu redor, seguido de um barulhinho constante, semelhante a um apito, ou assobio. O início do efeito, após a aspiração, é bastante rápido, normalmente de segundos a minutos (em, no máximo de 5 a 20 minutos já desapareceu); assim o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo. Passado o efeito, vem uma ressaca, eventualmente semelhante a do álcool.
Efeitos

Os efeitos os solventes vão desde um estimulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Eles afetam a respiração, causando a sensação de estrangulamento e asfixia. Dor de cabeça também é um sintoma comum. Vários autores dizem que os efeitos dos solventes (qualquer que sejam) lembram aqueles do álcool sendo, entretanto, que este último não produz alucinações. Depois o sistema nervoso central pode sofrer uma sobrecarga que leva a pessoa a desmaiar ou ate entrando em coma, é o chamado "Teto".

Dentre esses efeitos dos solventes o mais predominante é a depressão do cérebro. Sabe-se que a aspiração repetida, dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões irreversíveis do cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória, lesões da medula óssea, do fígado, dos rins e dos nervos periféricos que controlam os nossos músculos.

Os solventes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Esta adrenalina é liberada toda vez que o corpo humano tem que exercer um esforço extra, por exemplo, correr, praticar certos esportes, pular de pára-quedas etc.
Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, o seu coração pode sofrer, pois ele está muito mais sensível à adrenalina liberada por causa do esforço, podendo levar a morte por síncope cardíaca.
Abstinência

Os inalantes ou delirantes não causam dependência física, mas, o mesmo não se pode afirmar da psicológica e da tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. Para os indivíduos já viciados, a síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitação, tremores, câimbras nas pernas, insônia e perda de outros interesses que não seja o de usar solvente. A tolerância pode ocorrer, embora não tão dramática quanto de outras drogas.


Saiba um pouco mais... Uma versão tupiniquim do lança- perfume é um produto muito conhecido pelos adolescentes, é o "cheirinho" ou "loló" ou ainda " cheirinho da loló". Este é um preparado clandestino, à base de clorofôrmio mais éter.
Mas sabe-se que quando estes "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias misturam qualquer outra coisa em substituição, o que traz complicações quando se tem casos de intoxicação aguda por esta mistura.
Um outro inalante do gênero é poppers. Vendido em sex shops europeus, e com a propriedade de aguçar a excitação, é usado principalmente por gays que o aspiram no momento do orgasmo. É raro no Brasil. São vários os tipos de inalantes, os mais simples e baratos são os mais utilizados, e podem ser:
gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica clorofórmio, lança perfume ,éter, spray para cabelos e desodorantes.

Fonte - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID