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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CASAMENTO E DIVÓRCIO

ANDRÉ LUIZ
Divórcio, edificação adiada; resto a pagar no balanço do espírito devedor.
Isso geralmente porque um dos cônjuges veio a esquecer que os direitos nas instituições domésticas somam deveres iguais.
A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.
Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, encontra-se ou reencontra-se no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo o esquema de obrigações regenerativas.
Reincorporados, porém, na veste física se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.
Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.
O tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quando mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimentos de valores substanciais em favor da vida do espírito.
Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflições e lágrimas.
Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.
Compreendamos aqueles que não puderam evitar o divórcio, porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.


Da Obra “UApostilas da VidaU” -Espírito: André Luiz - Médium: Francisco Cândido Xavier.
imagem: google

domingo, 12 de junho de 2016

CASAMENTO E AMOR III

O Pilar da Afetividade
                O afeto é combustível fundamental numa boa relação matrimonial. Há que se ter sentimentos recíprocos, não obstante cada um tenha a sua forma particular de comunicar esse estado de alma.
                Expressá-lo é sempre muito positivo. Enquanto alguém revela seu sentimento abertamente, pelos gestos e pela verbalização, outro pode fazê-lo mediante cuidados sutis que revelam o carinho e a atenção pelo seu parceiro.
                É necessário que cada um enxergue o modo pelo qual o outro comunica a sua emocionalidade, utilizando-se da empatia – colocando-se no lugar do outro, como o outro é, ou seja, com suas crenças, conteúdos de vida, história familiar, jeito de ser. Desse modo, é possível valorizar a atitude do parceiro, qualificando a sua emoção, mesmo que não seja da maneira como desejaríamos recebê-la. Aprendemos aos poucos a compreender que o diferente não é menos valioso.
                Quando o afeto escasseia, a relação adoece, dando sinais de perigo. Por isso é sempre de bom tom investir na afetividade, não economizando mimos e cuidados, palavras cariciosas e gestos de ternura, dádivas singelas e declarações amorosas, torpedos que surpreendam positivamente, e convites para passeios em dupla.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quinta-feira, 9 de junho de 2016

CASAMENTO E AMOR I

                Podemos comparar o casamento a uma ponte assentada sobre colunas de amor que o sustentam.
                Quanto mais numerosos são os pilares amorosos e quanto mais firmes eles se postam, tanto maior será a estabilidade do matrimônio, não só para permitir a travessia dos conteúdos iluminativos de vida entre os parceiros, mas também para sustentar o peso dos conflitos íntimos que cada um deles traz para a vida a dois; para suportar sazonalmente os ventos e furacões ameaçadores das investidas externas de extraconjugalidade; para garantir integridade quando, eventualmente, o terremoto do adoecimento físico ou psicológico alcançar um dos cônjuges; para resistir ao subir das águas nas enchentes dos anos da rotina e do envelhecimento.
                Há, portanto, aspectos fundamentais que precisam ser analisados, a fim de se avaliar a quantas anda a ponte do casamento, como também em que bases as suas fundações se estabeleceram.
                Desse modo, alguns eixos básicos representando demandas naturais podem ser assim nomeados: sexualidade, afetividade, intelectualidade, cultura, espiritualidade, moral. Há outros importantes, que podem ser incluídos ou não, a depender da dinâmica de reflexão de cada relacionamento, quais sejam o econômico, o profissional, o corporal, etc.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

terça-feira, 24 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS IV

                Não obstante exista a predominância de um formato na dinâmica da relação, é igualmente verdadeiro que esses três padrões não se estabelecem de forma estanque e rígida nas relações amorosas. Isto por carrearem matizes revelando a sua mistura no dia a dia, dependendo do contexto em que a interação acontece.
                De idêntico modo, é possível perceber a evolução de um tipo de encaixe relacional para outro, dependendo da forma como o casal se empenha para o crescimento da vida afetiva conjugal, bem como da cota de amor investida na convivência.
                Para que essa evolução se dê, faz-se necessário um reconhecimento da parte de ambos, da qual modelo dentre os três apresentados está norteando a relação. Somente assim, num exame mais detido de como a relação vem se estabelecendo e da cota que cada um oferece para isso, com suas dificuldades e virtudes, é que pode haver crescimento e superação.
                Na relação a dois nos revelamos como somos, e é necessário um exame permanente para que se tenha a clareza de como cada um contribui para que a relação seja menos ou mais satisfatória. O diálogo profundo, o revelar-se um ao outro, com sua características próprias e o desejo de mudança são ingredientes indispensáveis para que a relação ganhe em saúde e torne-se duradoura.
Se amar o próximo é a recomendação inolvidável do Mestre, é justo que se reconheça que o próximo mais perto é o que dorme ao nosso lado, na mesma cama.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

segunda-feira, 23 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS III

TERCEIRA: UNIÃO OU ABERTURA
                Este padrão é exercido por meio da solidariedade e da cooperação entre os membros da relação.
                Eles privilegiam a troca, o apoio mútuo; são sinérgicos, visto haver muita afetividade assegurando a interação, de tal modo que a cumplicidade é a marca do relacionamento.
                As dificuldades são geridas a dois, num suporte recíproco, existindo uma tendência de um compensar o outro nos pontos de fragilidade, pois o fundamental é “não deixar a peteca cair”. À semelhança do que ocorre no jogo de frescobol, quando ambos cuidam de reparar a “má jogada” do parceiro a fim de não permitir que a bola caia, este modelo de acasalamento revela um esforço de ambos para compensar as dificuldades do par em benefício de seus próprios membros. E também dos filhos, quando presentes na paisagem doméstica.
                Não é demais para um nem vergonhoso para o outro ajudar e ser ajudado, já que não disputam a vitória individual, porém, sim, operam a competência conjugal.
                Este casal não desperdiça tempo e energia na luta inglória da afirmação de um sobre o outro, em interminável peleja/competição. Ao contrário, seus membros aperfeiçoam a troca fecunda, favorecendo o crescimento de cada um, e multiplicam o acervo de experiências a ser exportado para a vida fora do lar. Além disso, tornam-se bons exemplos para os filhos, que testemunham e aprendem com a dança da harmonia matrimonial.

(continua)

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sábado, 21 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS II

   
SEGUNDA: LUTA E FUGA
                Aqui se configura uma relação competitiva, na qual os parceiros disputam a hegemonia do comando no relacionamento.
                Desse modo, disputam quem é mais bonito; quem tem melhor remuneração financeira; quem está mais sarado fisicamente; quem é melhor médium, etc, chegando até ao debate sobre quem é mais amado pelos filhos, parentes, amigos. Brigam por pontos de vistas, princípios de vida, valores culturais, competências profissionais ou outros motivos, gastando farta quantidade de energia na busca de se sobreporem um ao outro, em interminável guerra.
                Às vezes, essa disputa é tácita; em outras, e declarada. Algumas ocorrências se setorizam, quando os parceiros mandam em certas áreas; outras vezes, se generalizam para todos os campos da relação.
                O casal pode manter esse jeito de funcionamento a vida inteira, com o ônus decorrente desse modelo de padrão interativo. Contudo, pode também transformar a relação conjugal em “cãojugal”, quando o relacionamento se ressente pelo aporte excessivo de tempo e energia que é gasto no confronto desnecessário.
                Vivem a dinâmica do jogo de pingue-pongue, em que alguém vai vencendo à custa da fragilidade do outro, que passa a ser explorado em suas deficiências.
                No casamento, este jogo pode ser perverso, caso a dupla chegue à exaustão. Esquece-se de que se alguém vence na conjugalidade, o acasalamento perde e o matrimônio tende a morrer. Aquele que perde se retira pela separação formalizada, ou vai saindo aos poucos, utilizando-se de expedientes inconsciente, tais como doenças graves, viagens a trabalho, interesse por outra pessoa, carga de trabalho extra.
                Há também a possibilidade de um redirecionamento do curso da relação, quando o casal abre espaços, progressivamente, à união de esforços no rumo da cumplicidade, evoluindo, portanto, para uma conjugação mais solidária, de melhor qualidade e mudando o padrão de transação emocional.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sexta-feira, 20 de maio de 2016

CASAMENTO: TRÊS MODELOS I

                Tomando como referência as modalidades emocionais de interação grupal, podemos pensar como isto se estabelece na conjugalidade.
                Nas interações conjugais há padrões que obedecem à natureza daqueles que se relacionam. Às vezes, elas se cristalizam num só padrão; em outras oportunidades se modificam, assumindo outros desempenhos.
                Apenas para efeito didático, situamos três posições básicas como formas de encaixe: dependência; luta e fuga; união ou abertura.

PRIMEIRA: DEPENDÊNCIA
                O casal apresenta um dos parceiros dominando e o outro, dominado.
                Este formato pode seguir uma vida inteira sem modificações sensíveis, atendendo às disposições de ambos, que se ajustam nessa modalidade sem queixas e sofrimentos.
                Doutras vezes, surge o conflito como decorrência da inconformação de um ou de ambos ao padrão transacional da relação. Alguém desiste de puxar a mala, o peso em que o outro passa a se configurar, ou então dá-se a insurreição do oprimido, que não suporta mais ser dominado e busca sua liberdade de expressão, de movimentação, de gosto, etc. nas duas situações nasce o conflito, devido à desestabilização da homeostase, do equilíbrio matrimonial.
                Surge a possibilidade da mudança de encaixe, saindo do modelo dominador/dominado para a inversão de papéis, ou para outra forma mais rica de entrelaçamento afetivo.
                Igualmente, pode advir a separação, caso o casal não consiga articular uma mudança mais ecológica para atender às necessidades conjugais.

(continua)


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quinta-feira, 19 de maio de 2016

CASAMENTO E CELEBRAÇÃO DO COTIDIANO

                Invariavelmente, o par da relação afetiva deixa só para momentos magnos os cuidados que deveria oferecer no continuum do relacionamento, esquecido de que qualquer intercâmbio sentimental assenta-se na tecedura do cotidiano. E, no caso da conjugalidade, essa necessidade assume caráter solene, em razão da especificidade desse tipo de vinculação amorosa, que implica muito tempo de convivência, aliada a uma grande proximidade física e emocional. Resulta que, se o casal não cuidar da interação, será inevitável o envenenamento, redundando na futura morte da união conjugal.
                Portanto, não são os momentos pontuais que fazem a concretude de uma relação: aniversário, dia dos namorados, dia da mulher, aniversário de bodas. Estes são arremates para a consolidação do dia a dia.
                O cotidiano tratado como celebração, como evento momentoso, empresta ao relacionamento a argamassa fixadora para uma relação crescente, evolutiva.
                Logo, é importante a comemoração das datas convencionais; porém, isto tem efeito paradoxal quando não existe a sacralização dos dias laicos.
                Não tem ressonâncias a dádiva, o presente, ofertado no aniversário de casamento, se o dia a dia não é observado como uma dádiva.
                A energia monetária colocada numa jóia, num automóvel, como demonstração de amor, é insuficiente para convencer e suprir a ausência dessa afetividade, quando ela não  é alocada nos dias comuns.
                Por isso, além das circunstâncias de datas singulares, deve-se também comparecer com um toque especial nos dias rotineiros, para que a vida seja brilhante.
                Mais do que surpresas em dias festivos convencionais, devemos estabelecer a surpresa do reencontro nos dias profanos.
                Aqui não se trata de proposta de relações idealizadas entre cônjuges vivendo o paraíso dos sonhos romanescos. Ao contrário, fala-se de uma convivência feita de desafios, lutas, ajuste de diferenças, circunstâncias próprias de um par amoroso. Eis, então, o desafio de tornar sagrados todos esses momentos ditos negativos, adotando uma forma criativa de lidar com eles, facultando que o relacionamento seja grande, amoroso, profundo, sagrado.
                É nos embalos e embates diários que construímos o monumento do acasalamento.
                Quando embalamos o relacionamento valendo-nos da canção do cuidar com atos pequenos – porque são pequenas grandes coisas que fundamentalmente afetam as relações – a pessoa amada se impregna de respeito, ternura, autoestima, e assim, fica estimulada a devolver ao outro o tratamento recebido numa reciprocidade automática, garantindo, desse modo, a circulação da energia amorosa capaz de impedir que os embates se transformem em combates, duelos desnecessários à conjugalidade.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

quinta-feira, 5 de maio de 2016

CASAMENTO E DEVOLUÇÃO

                É sempre desafiador lidar com um conflito que gere agressividade entre os cônjuges. Conforme cada ocorrência, a cada episódio conflituoso, a encrenca exige uma abordagem de conteúdo e de contexto, visando à sua dissolução e ao aprendizado pelo casal.
                Habitualmente, se você quiser enriquecer a relação conjugal na dinâmica da convivência, observe duas regras básicas que naturalmente têm suas exceções, a depender das circunstâncias:

Primeiro contexto:
                Se o parceiro o tratar de um jeito positivo, que corresponda, simbolicamente, a uma nota 5, devolva o gesto oferecendo nota 6 ou 7, ou mais, sempre excedendo em positividade ao recebido.
                Quantas vezes a pessoa amada traz, como fertilizantes para a convivência, um elogio, um gesto de atenção, um carinho, uma palavra cortês.
                É nessas oportunidades que você assume a atitude de incremento do relacionamento, não só reconhecendo junto ao outro aquilo que você alcançou beneficamente, mas cultivando um investimento maior do que aquele recebido, por meio de um comportamento positivo, estimulando o parceiro a crescer numa escalada ascendente de qualificação da relação.

Segundo contexto:
                Se o parceiro agir de modo negativo, que corresponda, por exemplo, a uma nota -5, responda com uma atitude em sentido oposto, enfraquecendo a negatividade com uma ação +3 ou +2, ou no mínimo +1, sempre o induzindo a diminuir a sua atitude destrutiva.
                Você tem até o direito de se aborrecer com a agressividade do outro, mas não deve se nivelar a ele, tampouco responder com maior volume de energia agressiva numa atitude incendiária.
                Se o parceiro bate a porta ou danifica objetos em crise de raiva, assegure o seu controle sem entrar no mesmo nível de destrutividade.
                Se a comunicação vem com um grito colérico, retorne, no máximo, falando alto, porém jamais gritando.
                Se a pessoa irritada fala exasperadamente e alto, sustente a voz firme, todavia, um tom abaixo.
                A boa comunicação verbal se opera em tom audível. Quando nos expressamos desproporcionalmente, ferimos os tímpanos daquele que está ao nosso lado. Contudo, se estamos conectados pela interação amorosa que nasce do coração, basta que a voz seja ouvida, às vezes em um subtom, ou mesmo apenas num sussurro, ou ainda, num silêncio acompanhado de um terno olhar.
                Foi com razão que Jesus propôs devolvermos o mal com o bem, observando: “Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra”; ou seja, aquela que o outro não conhece: a do bem.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

domingo, 17 de abril de 2016

FILHOS CASADOS

(Emmanuel)
Tema que provavelmente se nos afigurara corriqueiro, mas sempre da mais alta importância nas questões de relacionamento – os filhos casados.
Muito comum na Terra, quando na mordomia do lar, esquecermo-nos de que os nossos filhos cresceram em tamanho físico e em responsabilidades espirituais. E quase sempre, conquanto involuntariamente, passamos a influenciá-los, de modo negativo, para lá da orbita do apreço que lhes devemos.
Reflitamos nisto, aprendendo a liberá-los de nossas exigências fantasiadas de amor.
Estejamos decididos a auxiliá-los, doando-lhes a oportunidade de serem eles mesmos nas escolhas que façam e nas experiências que busquem.
É preciso recordar que nem sempre conseguirão afinar-se com as nossas inclinações e propósitos.
Desejarão outras companhias e outros hábitos. Estimarão tentar outro tipo de existência, diverso daquele em que nos acostumamos a trabalhar e a viver.
Decerto que nos amam, tanto quanto os amamos, entretanto, aspiram a seguir por vias diferentes das nossas.
Agradeçamos aqueles que se harmonizem conosco, reconfortando-nos com a ternura da presença constante, mas saibamos agradecer também o esforço daqueles outros que procuram ser bons e retos sem nós. Muitas vezes, quando alguns deles se nos afastam da convivência é porque permanecem atendendo a dificuldades e provas nas quais a nossa intervenção resultaria simplesmente em ação indébita, complicando as questões em foco ao invés de resolvê-las.
Compadece-te de teus filhos casados, procurando respeitá-los na desvinculação de que necessitem para serem felizes.
O amor verdadeiro não cria problemas.
Recordemos, nós todos, os Espíritos encarnados ou desencarnados, que os nossos filhos no mundo, qual nos ocorre, são, acima de tudo, filhos de Deus e precisam, tanto quanto nós, de apoio na liberdade para conseguirem efetivamente viver.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
imagem: google

sexta-feira, 15 de abril de 2016

CASAMENTO E CICLOS VITAIS III

G)Casal e envelhecimento
A conjugalidade avança com o tempo para experimentar novos horizontes em termo de união afetivo-sexual. Portanto, com a queda da vitalidade e dos hormônios, própria do envelhecimento, o casal vai aprendendo a transmutar a libido mediante uma comunhão sexual cada vez mais de natureza psíquica.
A freqüente intimidade sexual no casal jovem, em franca comunhão fisiopsíquica vai, com o amadurecimento dos anos, cedendo gradualmente nesse padrão quantitativo, até culminar na terceira e quarta idades. Instala-se, então, uma interação qualitativa cada vez menos física e mais psicoespiritual, quando o casal consegue manter um crescente amor vitalizando o matrimônio.
A sublimação da energia sexual fica a serviço da integração emocional, intelectual e espiritual, que assume caráter de relevância na convivência do casal idoso.
H)Casal e viuvez
Num relacionamento saudável, a perda da companhia física, seja num casal jovem ou idoso, é sempre dolorosa, mesmo quando se tem consciência de que estamos de passagem, reencarnados.
O tempo do luto psicológico tem que ser observado por quem ficou no corpo, cabendo a essa pessoa respeitar o período de elaboração da perda, evitando novas aproximações afetivas prematuras para uma nova conjugalidade, que são usadas para negar um sofrimento legítimo.
Perigoso também, tratar a ausência do outro como dor interminável, apegando-se ao sofrimento da perda de forma lamentável, retardando a restauração da emocionalidade que permitirá, em momento próprio, a possibilidade de outro relacionamento saudável.
Na atualidade, com inigualável profundidade, a doutrina espírita se apresenta com força científica e filosófica para consolar espiritualmente dores dessa magnitude, assinalando, com fatos, a sobrevivência e comunicação do espírito, e dando feição de concretude à imortalidade do amor, assim como facultando o exercício do indispensável desapego.
                Naturalmente que outras tantas circunstâncias, anômalas ou não, podem surgir no fluir do tempo de convivência conjugal, que vão interferir e aferir a maturidade do casal. Entre elas, a morte de um filho, separação do casal, relacionamento extraconjugal, nascimento de filho com necessidades especiais, doença grave em um dos cônjuges, colapso financeiro por desemprego, etc.
                Pelo exposto, é preciso um exercício de humildade da parte do casal em BC ajuda, quando necessário, para esses eventos freqüentes na vida conjugal. Seja por intermédio de amigos, de parentes conselheiros, profissionais especializados, religiosos, ou outros, conforme a situação assim o requeira, como agentes facilitadores e cúmplices na ultrapassagem desses períodos delicados e por vezes difíceis, acumulando experiência e adquirindo novas competências.
                O espiritismo, em todas as vicissitudes e ciclos de vida, será matéria-prima essencial para ajudar os parceiros na superação de si mesmos, visando a inadiável evolução intelectual e moral que a todos se impõe mediada pelo casamento e pela família.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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quinta-feira, 14 de abril de 2016

CASAMENTO E CICLOS VITAIS II

D)     O casal e a adolescência dos filhos
Nesta situação, novos atributos serão solicitados dos mais para lidar com o período de diferenciação psicológica e espiritual dos filhos. Comumente, nesse período de transição, ocorrem confrontos de autoridade, bem como a busca de aliança de filhos com um dos pais com o qual tenham maior identificação, gerando conflitos entre o casal quanto à administração das novas regras para esse período da vida de seus filhos.
Há pais que sentem muita dificuldade para desempenhar suas funções com os adolescentes, não obstante possam ter tido bom desempenho na infância desses mesmos filhos.
Justifica-se, por vezes, o auxílio da hebiatria, - especialidade médica que cuida da adolescência – ou da ciência psicológica atuante na juventude.
E)      Casal novamente sem filhos
Agora, com os filos morando noutra cidade, embora dependentes financeiramente, ou então já efetivamente emancipados, o lar experimenta a crise do ninho vazio.
É a antítese da fase em que surgiu o primeiro filho. O espaço físico e emocional se amplia, e de repente os pais como que deixam de ser pais, pois há um esvaziamento das funções parentais, e o casal se ressente, sobretudo quando os parceiros compensavam a fragilidade ou o esquecimento da interação conjugal com os cuidados no papel de pais. Muitos casais conflitados vêem-se forçados ao encontro face a face, sem poderem se esconder atrás dos filhos.
As crises se tornam comuns nessa época, caso não exista um bom manejo do casal, no reacasalamento, perante a nova conjuntura existencial doméstica que se apresenta desafiadora.
O espiritismo é de fundamental importância nesse momento, para auxiliar o casal no redesenho da vida conjugal, bem como no aproveitamento do tempo, inclusive por meio de um engajamento melhor no movimento espírita.
Quando indicado, um bom terapeuta de casal ou de família poderá ser útil.
F)      Casal e menopausa
O climatério é um período delicado para a mulher, que se reflete na vida afetivo-sexual, considerando-se a mudança no padrão hormonal feminil com repercussão no organismo de uma forma geral. Às vezes, essa mudança afeta o próprio psiquismo da mulher, e principalmente a sua libido e conseqüente atividade sexual.
O diálogo entre os parceiros atenderá muitas demandas da esposa, inclusive inseguranças emocionais oriundas do fantasma do envelhecimento que atormenta a mente feminil.
Indispensável o suporte pelo menos do ginecologista, que sugerirá outros profissionais, se necessário.

(continua)

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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quarta-feira, 13 de abril de 2016

CASAMENTO E CICLOS VITAIS I

                No transcurso do tempo de acasalamento, os casais vivem etapas variadas, que requisitam habilidades para enfrentar as diversas vicissitudes que cada fase apresenta.
                Ao longo do tempo de convivência, o par é desafiado a recasar-se muitas vezes, tais são os cenários novos eu se apresentarão pela frente, em diversas ocasiões inteiramente diferentes entre si, reclamando maestria na manutenção e crescimento do relacionamento, dentro da dança matrimonial.
                Para cada ciclo despontam demandas novas, exigindo competências específicas do casal e de cada parceiro em si, dando novos contornos para a viagem no navio do casamento, sempre ameaçado por naufrágios, encalhes e colisões, caso não existam conhecimentos mínimos para uma boa navegação conjugal.
                Surgem desse modo algumas fases que podem ou não obedecer à seguinte sequência:
A)     Recém casados
Durante a após as núpcias, tudo ainda é festa e encantamento. O casal vive muitas fantasias, resultado das idealizações recíprocas.
B)      Casal sem filhos
Depois surge a vida real, com suas exigências cotidianas, como contas a pagar, administração da casa, o sincronismo dos horários das refeições, o deslocamento ao trabalho, etc.
C)      O casal e o nascimento do primeiro filho
Aparece o pequeno “rei” que ocupa, soberano, grande espaço não só físico mas também psicológico, exigindo a redistribuição do tempo e do campo vital, requisitando, do casal, o desempenho de novo papel, o de pais.
É nessa oportunidade que se vê frequentemente não só o triângulo edipiano, mas, sobretudo, o reencontro de almas, muitas vezes numa reedição de triangulações amorosas do passado reencarnatório, acordando memórias inúmeras vezes conflitantes nas relações da família.
Aqui o conhecimento espírita é de excelência para o casal dispor de outro semblante acerca da dinâmica familiar.
Nessa fase, além do pediatra, às vezes é de bom tom o apoio de um terapeuta de família ou de um profissional da área psicológica, quando aparecem conflitos ameaçando a estabilidade do casamento.

(continua)

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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segunda-feira, 28 de março de 2016

CASAMENTO E SEPARAÇÃO II

                        Se é verdade que o espiritismo postula e favor do casamento como relação duradoura entre dois seres, também considera a separação, em muitas ocorrências, como medida justa e mais adequada, evitando danos e lesões maiores, de conseqüências lamentáveis para os cônjuges. Assim como para os filos, que experimentam, às vezes, efeitos desastrosos, assistindo a crueldades conjugais, quando não são chamados, infelizmente, a participar ativamente do litígio, ora como juízes, ora como promotores ou advogados de defesa, diante dos conflitos matrimoniais.
                Há separações absolutamente despropositadas, que surgem como fugas ao enfrentamento de dificuldades cotidianas; busca de aventuras extraconjugais; manifestações descartáveis com foco no império do erotismo de um momento; desistência covarde perante responsabilidades comezinhas; interesses materiais se sobrepondo aos espirituais; opções pelas aparências, em detrimento dos princípios essenciais à evolução; enfim, o império do corpo prevalecendo sobre os valores da alma.
                De igual modo, existem fracassos prognosticados, antes mesmo da consagração das bodas, face ao móvel do casamento ter se centrado exclusivamente num interesse econômico; ou somente por uma atração corpórea; ou motivado unicamente por interesses de projeção social; ou por representar concessões a chantagens mesquinhas; ou por outros motivos em que não se levou em conta a Lei de Amor.
                Por isso, Allan Kardec foi peremptório: O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina.
                No momento em que a separação se torna inevitável, é plausível todo esforço para manter um clima amistoso ou, pelo menos, de um companheirismo civilizado, evitando posições de inimizades sempre indesejáveis, mormente quando existem filhos oriundos da relação.
                Separando-se, o casal dispõe do desafio do desatamento de laços, em vez do rompimento. No desatamento há respeito recíproco, mesmo perante divergências; da ruptura derivam agressões e mágoas, culpas e ódios que se arrastarão para o futuro, exigindo reparações justas nesta ou em outra encarnação.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
imagem: google

sábado, 26 de março de 2016

CASAMENTO E SEPARAÇÃO I

                A relação conjugal é processual, ou seja, se comporta como algo vivo, crescendo ou definhando, conforme bem ou mal alimentada, cabendo ao tempo definir o seu futuro de acordo com a dinâmica do relacionamento.
                Portanto, o casamento se afirma consolidando-se em bodas sucessivas, ou se desestabiliza, experimentando estágios progressivos de adoecimento em direção à separação.
                Importante, pois avaliar como está a saúde da convivência a dois, e, se não hígida, perceber qual tipo de tratamento necessita: ambulatorial? De enfermaria? UTI? Sala cirúrgica? Igualmente, é preciso identificar se o casamento agoniza ou se já morreu!
                À medida que a relação adoece e não é tratada, ela vai se agravando em complexidade, e aquilo que se prendia a um pequeno ajuste ambulatorial, por falta de atenção adequada, passa a requerer um internamento em enfermaria. E se assim prosseguir, sem cuidados específicos, haverá necessidade de intervenções heróicas, verdadeiras cirurgias conjugais para tentar redirecionar o desacasalamento que se estabelece de forma gradual.
                Caso se descure dos cuidados ao casamento, é inevitável a morte com todas as dores inerentes a uma separação, especialmente a dor dos filhos, se tiverem surgido na paisagem familiar.
                Infelizmente, quando se busca ajuda especializada, habitualmente a relação está por um fio, quando não morta. Em diversas oportunidades, cabe apenas ao profissional a difícil tarefa de mediar uma separação menos traumática.
                                                                                                                         

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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sexta-feira, 11 de março de 2016

O QUE DEUS JUNTOU

(J. Herculano Pires)
É a lei do amor que une as almas. Os casamentos de interesse ou conveniência ligam apenas os corpos, quando os ligam. “O juramento pronunciado ao pé do altar se torna um perjúrio, se foi dito como simples formula”. Disso resulta que há casamentos indissolúveis porque determinados pela lei do amor, que é lei de Deus, mas também existem casamentos insustentáveis porque feitos segundo as leis variáveis dos homens, obedecendo a interesses e conveniências puramente humanos ou a ilusões passageiras dos sentidos.
Essa a razão principal da separação de casais. O que Deus juntou pelo amor permanece unido pela própria força do amor. E se alguém o separar estará cometendo uma ação contraria a vontade divina. Mas o que os homens juntaram por interesse não tem estabilidade. Por isso os próprios homens criaram leis humanas que preservem a sociedade da desagregação produzida
pelas separações inevitáveis. Kardec ensina: “O divórcio e uma lei humana, cuja finalidade é separar legalmente o que já estava separado de fato. Não é contrario a lei de Deus, pois só reforma o que os homens fizeram”.
Os que acusam o Espiritismo de divorcista não conhecem a posição verdadeira da doutrina ante esse problema. Manter a união legal de um casal já de fato separado é atentar contra a moral da sociedade, pois os casais separados se renovam com a formação de dois novos casais, ambos ilegítimos, dos quais resultarão naturalmente os filhos ilegítimos. Isso e um mal social, uma doença da sociedade, para a qual só existe um remédio que é o divórcio, legalizando a separação e permitindo a legitimidade dos novos lares constituídos. O Espiritismo é realista, vê as coisas como elas são e não como queríamos que fossem.
Mas, o Espiritismo só admite o divórcio nos casos extremos, ensinando que as obrigações morais assumidas na vida terrena tem a sanção da lei divina de causa e efeito, de ação e reação. Jesus mesmo permitiu o divórcio, como vemos em Mateus, 19:3-9. Por causa dessa permissão evangélica a legislação do divórcio no Estado de Nova York só admite como motivo o adultério.


Fonte: Na Era do Espírito – Chico Xavier/José Herculano Pires
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terça-feira, 8 de março de 2016

TRAIÇÃO CONJUGAL E PERDÃO I

                À medida que se aprofunda o conhecimento das almas humanas imbricadas na trama afetiva conflituosa da ruptura da fidelidade, mais se firma uma compreensão que nos inclina a atitudes de maior sensatez, capazes de nos autorizar a assumirmos posições mais ou menos ante os erros do amor.
                Inicialmente, ainda na presença do choque, procuramos o culpado: é o outro que traiu, ou aquele com quem ele caiu. Neles depositamos todas as emoções que emerge no clímax da nossa dor, tais como raiva, indignação, ódio, agressividade, outras... Podemo-nos fixar uma vida inteira nessa posição, imobilizando-nos no papel de vítima, guardando sentimentos de rancor, tristeza, ódio, revolta e... adoecendo.
                Se fizermos escolhas mais ricas para aprofundar o entendimento, vamos detectar que não é só o outro o culpado, simplesmente. Num movimento pendular, um dos cônjuges passa a se eleger como culpado: identifica que empurrou o outro para os braços de alguém, por meio de um conjunto de comportamentos negativos. Nessa hora, assume a culpa sozinho, e corre o risco de se fixar na posição da culpa tóxica, enveredando por descaminhos que seguem as etapas implacáveis do autojulgamento, da autocondenação e da autopunição. Às vezes, essa atitude vem antes daquela em que se foca num outro como o único culpado.
                Caso se decida a avançar na busca da verdade, registra que não há um só culpado – ele/ela ou eu – mas sim que são ambos culpados. Socializa, portanto, a causa da dor, e traz para a dimensão relacional o compartilhamento da culpa. Aqui podemos também nos fixar numa amargura interminável e improdutiva – infelizes para sempre!
                Contudo, num mergulho mai profundo em nossas consciências, percebemos qe não somos culpados, e sim responsáveis. Mudamos a maneira de atribuir significado à dor. Identificamos uma teia ancestral contribuindo, direta e indiretamente, para nossas decisões atuais.
                Por isso, passamos para a atitude da responsabilidade, ou seja, sem perder de vista o que está por trás, assumimos a nossa cota pelas escolhas que fazemos. Todavia, fazemos isso de uma forma amorosa, sem nos crucificarmos, tampouco sem nos isentarmos de encarar a parte que nos compete.
                Responsabilizar-se é a habilidade em dar resposta. Assim partimos para a reparação justa, naquilo que nos diz respeito, sem vitimização e sem a intoxicante culpabilização.
                Quando conseguimos colocar-nos nessa posição, aprendemos e crescemos com a dor, retirando da situação vivida tudo quanto a vida pode nos ensinar. Tornamo-nos mais maduros para continuar a nossa caminhada, seja recasando-nos após a reconciliação, seja restabelecendo uma nova parceria no futuro, se for o caso. Tudo isso, porém, em bases mais solidadas.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CAUSAS DE INFIDELIDADE CONJUGAL IV

                Para efeito de compreensão mais detalhada, pode-se visualizar só o momento atual da convivência, para serem entrevistos alguns outros componentes que estão presentes no aqui e agora e jazem negligenciados, porque, se é verdade que a maioria das situações somente é compreensível quando se olha para trás, igualmente é justo considerar que existem ocorrências nas quais uma simples olhadela no hoje já basta para se perceber por que a relação desaguou no precipício da separação traumática.
                Focando de forma específica na relação propriamente dita, observamos alguns fatores que contribuem para o distanciamento do casal, tornando-o mais vulneráveis a tropeços no âmbito da fidelidade:
                - quantos abandonos, gerando carências afetivas;
                - quantos maus-tratos verbais, e às vezes físicos, impulsionam o outro a buscar conforto em alguém que lhe conquista o coração;
                - quantas desqualificações diminuindo a autoestima do outro, tornando-o sensível a banais seduções externas;
                - quantas insatisfações sexuais expõem o outro a buscar afirmação fora do lar;
                - quantas traições suscitam vinganças infelizes por parte do outro;
                - quantas atitudes de desamor deixam o outro na mão de quem lhe oferece algumas migalhas de carinho;
                - quantas insinuações injustas de infidelidade levam o outro a dar veracidade, como desforra;
                - quantas ofensas repetidas esmagam sentimentos, desconectando o outro da afeição conjugal;
                - quantos abusos de alcoólicos suprimem a razão e engendram lances em que o instinto assume o comando do comportamento;
                - quantos descuidos no trato das questões morais suscitam obsessões sutis que empurram para vinculações afetivas descabidas;
                - quantas interferências indébitas de sogros ou parentes ajudam a quebrar o liame, já tênue, do amor conjugal.
                Estas vicissitudes ocorrem habitualmente em arranjo múltiplo, trazendo algumas das situações mencionadas, além de outras mais remotas que se escondem por trás de fatores mais visíveis, conforme citado.
                É difícil identificar as causas de uma traição, posto se trate de uma interação que envolve duas pessoas diretamente, mais uma terceira e uma rede por trás da tríade. E que falam das suas histórias de vida carregadas de scripts, pulsões, bloqueios, crenças, valores, etc, compondo a base que sustenta a ponta do iceberg – a traição.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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domingo, 21 de fevereiro de 2016

CAUSAS DE INFIDELIDADE CONJUGAL III

                Aliam-se às causas de vidas passadas aquelas da vida atual que, a seu turno, podem dizer respeito à sua história de vida – história biográfica – e às dificuldades do relacionamento matrimonial recente – história conjugal.
                No que tange à sua biografia, vamos encontrar muitas motivações, conforme as circunstâncias de vida de  cada um, que podem induzir a comportamentos de não fidelização ao parceiro na caminhada afetiva.
                Aqui podemos mencionar algumas situações muito freqüentes:
                - Quando vítimas de abuso sexual na infância ou na adolescência;
                - quando sofrem traumas no campo afetivo, tendo presenciado traições de seus pais ou de pessoas representativas do ponto de vista psicológico;
                - quando abandonados emocionalmente por mãe ou pai, ainda crianças ou mesmo adolescentes;
                - quando foram confidentes dos pais nos relatos de traições conjugais;
                - quando tiveram como referência de modelo pai ou mãe com comportamentos reiterados no adultério;
                - quando, na idade infantil, se transformaram em cúmplices no segredo de infidelidades para que o lar não se desfizesse;
                - quando assimilaram crenças negativas de pessoas importantes acerca do casamento, da monogamia, da fidelidade;
                - quando testemunharam a cristalização da dor em um dos pais, depois de abandonado pelo outro, para conviver, prematuramente, com uma terceira pessoa;
                - quando experimentaram traição de namorado na adolescência, às vezes com uma pessoa amiga;
                - quando se sentiram descartáveis, após se sentirem trocados por outra pessoa;           - quando viveram traição em relação estável.
                É verdade que muitas outras vicissitudes podem instalar propensão às traições conscientes ou inconscientes, variando de acordo com cada situação vivida e da forma como se significou o evento experimentado. Às vezes, um fato que habitualmente traumatiza é suplantado com elaboração e transformação psicológica, dependendo do nível de consciência de quem vive a ocorrência.
                Quanto maior for a evolução do espírito, maior será a sua competência para lidar com esses conteúdos de vida.


Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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sábado, 20 de fevereiro de 2016

CAUSAS DE INFIDELIDADE CONJUGAL II

                De outras vidas comparecem inúmeras ocorrências:
                - Quantos espíritos trazem um passado longínquo de herança na poligamia, com reminiscência das fases primitivas e tribais, época em que as nossas movimentações eram, sobretudo, instintivas, ainda despertando para conteúdos emocionais, intelectuais, morais;
                - quantos renascem com um passado poligâmico recente, experimentado em culturas e religiões que acolhem múltiplas parcerias em regime de naturalidade, obedecendo a uma ética que defende relações conjugais plurais;
                - quantos, em outras eras, encontraram na prostituição a forma de sobrevivência, diante de conjunturas constritoras;
                - quantos tiveram, em suas últimas encarnações, vivências francamente viciosas, por motivos vários;
                - quantos trazem seqüelas de dores de outra vida, ainda não superadas, que se manifestam como transtornos psiquiátricos, interferindo na confiabilidade entre consortes afetivos.
                Enfim, estas e outras tantas experiências que interferem, inconscientemente, no uso da sexualidade e da afetividade, e que inclinam a pessoa para um padrão poligâmico, caso não disponha de recursos para o analisai, vigiai e orai preconizados por Jesus e suscetível de lhe oferecer sustentação para um comportamento de fidelidade monogâmica.
                                                                                                                                         

Fonte: CASAMENTO: A ARTE DO REENCONTRO – ALBERTO ALMEIDA
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