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CONHEÇA O ESPIRITISMO - blog de divulgação da doutrina espírita


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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

PERSEVERANÇA COM ALEGRIA I

                Não te detenhas nunca ante o desafio do bem.
                Jamais percas a confiança em Deus.
                Nunca te entristeçam as provações, nem te aturdam os testemunhos.
                O filete de água que procede de uma fonte poderosa destina-se ao mar. Suplanta obstáculos, contorna acidentes geográficos, porém logra o seu fanal.
                Vida física é oportunidade abençoada, instrumentalidade para o progresso. Também é masmorra transitória de que te libertarás um dia se te promoveres às alturas do bem.
                Não examines as questiúnculas, nem os problemas do caminho, senão para os solucionar.
                Quem se abate sob um céu nublado não merece a noite salpicada de estrelas.
                Fadado ao infinito, o espírito nasce e renasce no corpo para progredir, adquirindo experiências e modelando santificação.


Fonte: ALERTA – Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A VIRTUDE DOS FORTES

                A frase “sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuis, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo”, (ese, cap. VII, item XI), chama a atenção.
                Afinal, o progresso moral do ser demanda, como é cediço, muito tempo e muito esforço, através dos quais o homem vai amealhando novas experiências, conhecimentos e virtudes, que, por extensão, fazem nele emergir as forças interiores da alma. Contudo, à medida que o homem dá mais importância aos bens terrenais do que aos espirituais – os únicos que lhe podem assegurar a verdadeira felicidade – apega-se ao exterior, tira Deus do centro e coloca-se no lugar d’Ele.
                Há, neste sentido, uma interessante frase do Espírito Paulo de Tarso, inserta na quarta parte, cap. II, pergunta 1009 de O Livro dos Espíritos: “Gravitar para a unidade divina, esse é o objetivo da humanidade”. Gravitar, em sentido estrito, significa girar em torno. Nesta perspectiva, a bem de nosso progresso, devemos deixar Deus no centro. Para isso, porém, é necessário que sejamos humildes.
                Quando o orgulho sobressai em nossas atitudes, ficamos presos às nossas próprias limitações e incapazes, portanto, de avançar para as conquistas superiores. Na sociedade terrena atual viceja, de modo geral, o culto ao materialismo, disso resultando numa completa inversão de valores. Neste diapasão, adverte Joanna de Ângelis que:
                “Há uma confusão muito grande entre os valores éticos que alçam os indivíduos aos patamares da grandeza moral e aqueles que degradam, que vendem sensações soezes, como se a existência humana devesse estar sempre num circo, dando prosseguimento indefinido ao burlesco, ao cínico, ao despudor.” (Jesus e Vida)
                Em assim sendo, a falta de resistências morais dá azo a que permaneçamos, não raramente, adstritos a comportamentos impostos por indivíduos que se consideram heróis da atualidade. Ante isso, cumpre-nos citar novamente o pensamento da Benfeitora Espiritual acima mencionada:
                “O heroísmo não se expressa através da vilania, da deformidade, do grotesco, mas sim, em decorrência a coragem e da envergadura que caracterizam os espíritos fortes, humanos e dignificadores da sociedade”.
                “Todo e qualquer investimento aplicado na transformação dos recursos espirituais para melhor e do esforço contínuo em favor da promoção da sociedade, constitui ato de heroísmo. Não apenas aqueles que tornam os seus realizadores conhecidos e comentados pelo grupo social, mas especialmente quando passam ignorados, constituindo admirável empreendimento interior em benefício da harmonia”. (Jesus e Vida)
                Desta forma inferimos que é ato de coragem lutar contra toda essa onda de materialismo e insensatez que grassam em nosso planeta nestes turbulentos dias. Para tal, é preciso ter coragem para fazer diferente. E ser humilde é fazer diferente, pois a humildade é panaceia contra os males originados pelas suscetibilidades do amor –próprio. Eis porque consideramos a humildade como sendo a virtude dos fortes.

Andres Gustavo Arruda


Fonte: Jornal Tribuna do Espiritismo – nov./2015
imagem: google

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A NOVIDADE MAIOR

Espírito: EMMANUEL.
Inegavelmente o mundo progride, embora com lentidão.
A vista disso, em cada dia, é natural que a Terra surja, de algum modo, renovada em si mesma.
Entretanto, forçoso convir que no lado externo das situações e das cousas, com leves modificações, aquilo que vemos agora é o que já vimos.
O sol cuja marcha Josué supôs haver, paralisado no combate contra o rei de Jerusalém, é o mesmo que clareia a estrada do deserto para o beduíno de hoje.
A luz que afagava a cabeça de Sócrates não sofreu diferenças.
O mar que Tibério fitava das alturas de Capri oferece atualmente o mesmo espetáculo de imponência e beleza.
As grandes cidades da era moderna são herdeiras das grandes cidades que o tempo sepultou em valas de cinzas.
As tricas políticas que criam a guerra, nos dias que passam, não obstante mais espaçadas, são idênticas às que faziam a guerra no tempo dos faraós.
Os escritores de inspiração infeliz que há milênios envenenavam a cabeça do povo são substituídos na época presente pelos escritores inconsequentes que articulam palavras nobres e corretas fomentando os vícios do pensamento.
Inegavelmente o progresso é a lei, contudo só o conhecimento de nós próprios conseguirá realmente fundamenta-lo e apressa-lo em sadios alicerces na experiência.
Por essa razão, a maior novidade para nós, acima de tudo, ainda e sempre é a nossa possibilidade imediata de manejar a própria vontade e melhorar a vida, melhorando a nós mesmos.


Fonte: Ideal Espírita – Chico Xavier/Espíritos Diversos
imagem: google

quarta-feira, 27 de abril de 2016

POSSES II

                Aprende a repartir, a fim de melhor compartires.
                O que tens passa, deixas de possuir; mas, o que és, permanece, não se consome.
                Reflete em torno da transitoriedade da existência física e compreenderás que é urgente aproveitá-la com propriedade.
                A sucessão inexaurível do tempo demonstra a fragilidade das coisas diante dele e a sua inexorabilidade, no que diz respeito à consumpsão de tudo quanto é terreno.
                Somente as conquistas intelecto-morais têm sabor de eternidade.
                Desse modo, enriquece-te das aquisições espirituais, que te alargarão os horizontes do entendimento, da vida, melhor apresentando-te o significado e o objetivo da existência carnal.
                Portador de uma visão correta a respeito de como deves proceder, irás libertando-te de incontáveis fatores degenerativos que se te fixaram à personalidade e são responsáveis por problemas, doenças, insatisfações que te afligem.
                Não mais disputarás vaidades, nem te afetarão agressões, que são de nenhuma importância. Tuas aspirações serão mais elevadas.
                Não te sentirás maior ou menor de acordo com o jogo das enganosas referência, das inúteis competições do palco terrestre. Tuas conquistas não serão mensuradas por aplausos ou apupos.
                Viverás tranquilo e disporás de tudo quanto é necessário, sem o tormento dispensável do supérfluo.
                A vida te dá tudo, bastando o esforço para consegui-lo. Também toma-o, sem que ninguém possa reter os bens que lhe não pertencem.
                Saúde, paz, alegria, trabalho e autorrealização sejam-te as raras moedas de que necessitas para a jornada humana, que te abrirão as portas do futuro no rumo da imortalidade – a tua meta final e única.

Fonte: MOMENTOS DE SAÚDE E DE CONSCIÊNCIA
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis    
imagem: google   

terça-feira, 22 de março de 2016

NÃO BASTA ENVERNIZAR A CORRUPÇÃO, É URGENTE EXTINGUI-LA

Por mais respeitáveis sejam as organizações sociais ou programas sociais de governo, se os militantes e governantes não se identificam com a probidade, falseá-las-ão e lhes desnaturarão o objetivo para explorá-los em proveito próprio. Quando os governantes forem honrados e íntegros moralmente, farão boas instituições e elas serão duráveis, porque todos terão interesse em sua conservação. Segundo Allan Kardec “a questão social não tem o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e do povo. Aí está o princípio, a verdadeira chave da felicidade da sociedade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros. Não basta colocar um verniz sobre a corrupção, é preciso extingui-la”. [1]

Nessas reflexões de Rivail comentaremos sobre a célebre “Operação Lava Jato” que desvendou aos olhos dos brasileiros um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais (algo acima de R$ 40 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões em “propinas”) . É considerado pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção da história do país. Os inquéritos estão provocando uma "revolução" na sociedade brasileira e têm sido muito bem conduzidos por aguerridos patriotas, sóbrios e incorruptíveis.  As sentenças têm sido decisivas e vão alcançando altos executivos, alguns já condenados a passar 15 ou 20 anos na prisão.

Há mais de uma década, na cidade mexicana de Mérida, mais de 110 países assinaram a Convenção Nações Unidas contra a Corrupção. [2] O referido acordo prevê a cooperação para a recuperação de somas de dinheiro desviado dos países e a criminalização do suborno, lavagem de dinheiro e outros atos de putrefação da honra. Não é com alegria que vemos no Brasil a improbidade, a falcatrua, a propina com o status de “normalidade” arruinando econômica, política e socialmente toda uma nação.  Temos observado a crise que desafia o bom ânimo do povo em face dessa enxurrada de denúncias de crimes ao erário público. Em razão disso, brotou no cenário brasileiro uma espécie de escárnio das massas, ganhando preciosos espaços o frisson coletivo e paradoxalmente a omissão generalizada. Em contrapartida , diante das recentes e inovadoras penalidades aplicadas estamos atravessando o apogeu de um ciclo esperançoso de transformação visceral que tem atingido afirmativamente  a população.

O Brasil passa por processo de profunda transição. Sem sombra dúvida há uma  intervenção de Jesus em nossa Pátria, apontando para um amanhã próspero em favor do povo. Nesses novos tempos, muitos Espíritos rebeldes ainda estão tendo oportunidade de escolher viver o bem ou o mal. No livro  “O Céu e o Inferno”, Allan Kardec reporta-se a Espíritos comprometidos com o erro, o vício, o crime, a desonestidade, enquanto encarnados. Inúmeros deles descrevem, em manifestações mediúnicas, seus tormentos morais, piche fervente em suas consciências, reunidos, por afinidade, em correspondência à natureza de seus crimes, em tenebrosos vales de sofrimento. [3]

Os que permanecerem no mal, não reencarnarão mais na Terra e após rigorosa seleção dos valores morais serão expurgados para outras instâncias planetárias. Nesse processo da separação do joio e do trigo, dessa filtragem espiritual, não mais nos depararemos com a violência, com os escândalos, com a ironia, com o cinismo, com a mentira, com a corrupção.

Ainda assim, os figurantes (massa de manobra) da desordem reagirão, bradando por confrontos entre classes sociais, falarão de paz, de justiça social como armas para a agressão entre compatriotas. Entretanto Jesus permanecerá com a rédeas nas mãos e no comando do povo e a vitória será do Evangelho. Não por acaso consta na composição do hino nacional o fragmento “se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta”. Sim, os legítimos representantes da pátria “verde e amarelo” não abdicarão da luta pela probidade, pelo decoro, pela liberdade e pela honra. Hoje mais do que nunca, o povo caminha no rumo seguro da vitória sobre o mal e os maus. Ante a Lei de Causa e Efeito os pervertidos pela corrupção (sejam aves de rapina ou acintosas serpentes) serão condenados (mormente os que ainda não foram punidos) para o bem de todos e felicidade geral da Nação.

O Espiritismo auxiliará eficazmente nas reconstruções de ordem sociopolítica e econômica, porque propõe a substituição dos impulsos antigos do egoísmo pelos da fraternidade universal. O Codificador faz menção, em Obras Póstumas, sobre o regime político que deverá vigorar no futuro, ou seja, a aristocracia intelecto-moral. Sim! Aristocracia - do grego aristos (melhor) e cracia (poder) significa poder dos melhores. Poder dos melhores implica que os governantes tenham dado uma direção moral às suas inteligências. [4] Com base nas lições de Jesus, na questão 919 d’O Livro dos Espíritos, os Benfeitores informam que a perfeição moral só se alcança com a prática do bem, sacrificando-se o interesse pessoal em benefício do semelhante, de modo abnegativo, sem esperar recompensas.[5]

Ora, os filhos do Brasil não podem se ajoelhar diante da putrefação moral e da corrupção que deteriora a estabilidade da sociedade. Urge orar, solicitar a Jesus pedindo-lhe que interceda a favor dos bons cidadãos (juízes, delegados, agentes policiais, advogados, procuradores, jornalistas, religiosos e outros) e das futuras gerações de brasileirinhos. O cidadão do futuro se forma no presente. Um país de justiça e liberdade se constrói com lealdade, honradez, amor e muito trabalho.

Referências bibliográficas:

[1] Kardec Allan. Obras Póstumas, preâmbulo, RJ: Ed. FEB 1999
[2] Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, adotada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 31 de outubro de 2003 foi assinada pelo Brasil em 9 de dezembro de 2003
[3] Kardec Allan. O Céu e o Inferno, RJ: Ed. FEB 1970
[4] Kardec Allan. Obras Póstumas, preâmbulo, RJ: Ed. FEB 1999
[5] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questão 919 RJ: Ed FEB 2000

Jorge Hessen

imagem: google

sexta-feira, 4 de março de 2016

UMA REFLEXÃO SOBRE A NOVA ERA

                “Na casa de meu Pai há muitas moradas”.  Jesus
                O nosso planeta já passou por inúmeras mudanças ao longo dos tempos.
                Desde sua criação, tivemos constantes mudança, mas todas em torno de guerras, o forte mandando no mais fraco. Desde o início dos tempos, sempre tivemos o orgulho a vaidade e toda sorte de comportamentos não edificantes dominando o planeta.
                Tantos já falaram em destruição do planeta, já criaram tantos deuses, como também já acabaram com DEUS inúmeras vezes.
                De tempos em tempos a espiritualidade nos dá um conforto, nos impulsiona para frente com o envio de profetas, espíritos iluminados, cientistas e filósofos, ou seja, pessoas que nos mostram sempre a possibilidade de um mundo melhor.
                Tivemos Sócrates, Platão, Moisés, osso Mestre Jesus, Francisco de Assis, bem como tantos cientistas, poetas e outros desconhecidos para nos mostrarem que o Amor sempre vence e vencerá.
                No final do século XIX tivemos Kardec, com a implantação do espiritismo, nos apresentando um caminho, chamado por Jesus de O Consolador. Nesse momento nos foi mostrado que uma nova fase estaria por chegar.
                Passamos pela fase de planeta primitivo, onde reinava os clãs, as tribos, não existia qualquer espaço para a inteligência formal, nem sentimentos mais profundos. Nessa fase nós estávamos mais próximos da animalidade do que da racionalidade.
                Depois entramos na fase de mundo de expiação e provas, na qual vivemos ainda hoje. Um planeta de sofrimento, a ponto de nos dizer Jesus: “A felicidade não é desse mundo”. Um mas de ilusões e paixões, um planeta onde, já em plena atividade intelectual, ainda com comportamento animalesco, egocêntrico e dependente do material, em círculos contínuos de idas e vindas em sucessivas reencarnações expiatórias.
                A marcha da evolução não para, e nós estamos para adentrar a Nova Era, esse novo período, falado por muitos espiritualistas como sendo uma nova fase de evolução. Um novo momento, uma nova energia dando oportunidade para espíritos preparados começarem a reencarnar, dando ao nosso planeta uma outra dimensão. No entanto, como no dizer de Jesus, nem todos poderão participar desse banquete, somente aqueles que estiverem vestidos com a roupa nupcial. Esta roupa não seria uma evolução compatível com o novo estado de espiritualização do planeta? Não seria um posicionamento nosso dentro de padrões éticos e morais condizentes com o novo momento?
                Não significa que estaremos no terceiro milênio dentro de um paraíso, mas sim, numa nova fase: muito ainda a caminhar; ainda sofrimento, mas não nos moldes atuais; ainda lutas, mas não dentro de injustiças como aparentemente podemos ver. As lutas estarão num outro contexto de evolução. O espiritismo já vem anunciando há muito tempo o advento dessa nova era.
                A preocupação atual da humanidade tem sido o prazer momentâneo, a conquista tecnológica, a busca da disputa em todos os níveis. Isso ainda poderá nos levar a dolorosos processos cármicos. Está na hora de mudar o foco para algo maior, mais profundo em nossas vidas. O momento, então, precisa ser de reflexão, de busca interior para o profundo do ser. Momento de renovação.
                Aquele que estiver preparado, com profunda base moral no trabalho e na caridade, será o herdeiro dessa nova era. Seriam os espíritas? Ateus? Outra religião ou religiosos? Nada disso importa. Na verdade, serão “aqueles que fizerem a vontade de meu Pai”, como nos alertou Jesus.

Wagner Ideali

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – março/2015
imagem: google

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

REENCARNAÇÃO DOS ANIMAIS

Pergunta - Os animais passam por alguma evolução em sua forma ou sempre vem da mesma maneira?
Resposta - Em o Livro dos Espíritos, encontramos que uma planta é sempre uma planta, um animal é sempre um animal e o homem é sempre homem. Por outro lado encontramos que o espírito evolui do átomo ao arcanjo.
            Encontramos que os homens passaram pela fieira da animalidade e que o espírito que anima o ser humano já animou seres inferiores da criação.
            Parecem, à primeira vista, observações contraditórias, já que em um momento se diz que não há evolução e em outro que evoluímos do átomo ao arcanjo.
        Parece um contrassenso, mas são os conceitos que dizem respeito a coisas diferentes. Um se refere ao corpo físico, imutável, do ponto de vista evolutivo e outro o se refere ao espírito. Este, sim, evolui.
            Quando o Espírito de Verdade diz que plantas são sempre plantas e animais são sempre animais, refere-se ao corpo físico que é simplesmente uma ferramenta de manifestação do espírito neste mundo físico. É um modelo preexistente que foi introduzido, por mudanças genéticas, no nosso planeta, no momento evolutivo adequado deste, para servir de vestimenta ao espírito.
            No entanto, o espírito, o princípio inteligente individualizado, desde que é criado, evolui sempre. Assim, o espírito que evolui será sempre o mesmo, apesar de estagiar em diversos corpos físicos em diferentes reencarnações.


Fonte: A ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS – Marcel Benedeti
imagem: google

sábado, 21 de novembro de 2015

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI II

                Assim como em uma cidade existem hospitais, e nem toda população encontra-se doente e hospitalizada, a humanidade inteira também não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, o homem evolui e sai da Terra para mundos mais felizes quando está curado de suas enfermidades morais.
                É desta forma que existe as diversas categorias de mundos habitados, e nós ainda engatinhamos no progresso da humanidade, tendo a impressão momentânea de que estamos evoluindo e ainda assim existirem tanta misérias. Isso ocorre porque evoluímos intelectualmente, mas moralmente estamos atrasados no progresso. A materialidade, consumismo, a vaidade, o orgulho, o egoísmo ainda estão latentes em nossa vida atual, da qual colheremos consequências avassaladoras para nossa existência.
                Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos fala que a superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indicam que ela não é mais um mundo primitivo, porém estes possuem numerosos vícios que indicam uma grande imperfeição moral. O que é o nosso caso na Terra, por isso expiamos e provamos incessantemente em nossa vida os excessos e desvios que causamos na atual existência – maltratamos, ofendemos, caluniamos, traímos, fazemos nosso irmão chorar e sofrer, pensamos somente em satisfazer nossas paixões e prazeres. Somos egoístas em excesso, melindramos em excesso, invejamos em excesso, odiamos em excesso, preguiçosos em excesso, comemos em excesso, alcoolizamos em excesso e vivemos a vida material toda desregrada e excessiva, mais tarde, colheremos as expiações e provas das falta que nós mesmos cometemos, nos tornando escravos de nossas sensações e desejos materiais.
                Jesus também nos disse: “Nunca te deixarei, nem te desampararei” (Paulo – Hebreus 13:5)
                Então trazendo as máximas do Cristo à luz do espiritismo, pedindo para que crêssemos Nele, e de que nunca nos deixaria e desampararia, observamos o Consolador prometido, a doutrina dos espíritos que nos esclarece e consola.
                Estamos colhendo neste mundo ações da qual praticamos, tendo uma oportunidade bendita nesta existência de reparar algumas faltas e mudar nossa conduta, assim a escola do progresso teremos a oportunidade no futuro de habitarmos mundos mais evoluídos, onde o bem predomina e o amor é uma equidade que regula todas as relações sociais, elevando-se a Deus e seguindo suas leis.
                Façamos a nossa lição de casa, e estejamos sempre preparados para fazer o bem, amar o próximo e corrigir nossas mazelas.
                A destruição que parece para nós o fim das coisas, é apenas um meio de leva-las, pela transformação, a um estado mais perfeito, pois tudo morre para renascer sempre.

Juliana P. C. Cuin


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI I

                Ao fazer o prenúncio destas máximas, Jesus deixa um alento, uma esperança enorme no porvir. Pede para que confiemos Nele e abrandemos o nosso coração.
                Desde estas máximas, temos os ensinamentos do Cristo afirmando-nos que não estamos sozinhos no Universo, de que Ele jamais nos abandonaria e ainda, nos sinaliza de que no futuro estaremos providos e amparados em um lugar em que Ele também estará.
                O futuro que Jesus anunciou nesta passagem já é agora? Ele está conosco? Que lugar é este?
                Muitas questões alardeiam o nosso íntimo, e as respostas para tantas perguntas a doutrina espírita vem nos mostrar.
                Podemos afirmar que o futuro que Jesus nos anuncia é este, é agora. Nunca estivemos tão aparelhados intelectualmente e tecnologicamente como acontece hoje. A velocidade das informações e acessibilidade dos indivíduos a estes sistemas nunca foram tão generalizados.
                Porém, ao mesmo tempo que presenciamos esta transformação tecnológica, observamos atrocidades, violências, misérias e degradações humanas, e questionamos muitas vezes onde está a misericórdia Divina.
                Nós que temos a oportunidade do esclarecimento salutar da Doutrina dos Espíritos, jamais podemos questionar os desígnios do Pai celestial: Deus não desampara nenhum de seus filhos.
                Então, quando Jesus afirma que há muitas moradas na casa de meu pai, nos esclarece que nós não somos os únicos a povoar o Universo, portanto existem mundos mais evoluídos do que a Terra.
                Por sermos ainda inferiores, e enxergar as coisas somente com os olhos materiais, acreditamos que Humanidade é somente esta que povoa nosso planeta, o qual habitamos.
                “toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo”. (Ev. S. E.)
                E nós que somos seres dotados de razão, fazemos parte de toda humanidade. O que acontece é que alguns habitam mundos mais evoluídos e outros inferiores, como é o nosso caso na Terra.
                O nosso comportamento mesquinho, individualista, egoísta e orgulhoso leva-nos muitas vzes a pensar que somos os únicos seres do Universo. Um grande engano.
                Habitamos hoje a Terra justamente porque somos inferiores. A Terra é classificada como um mundo de Expiações e Provas. Nestes mundos, a existência é toda material, as paixões e vícios reinam soberanas, a vida moral quase não existe, e o mal predomina.
                Por isso, muitas vezes o homem está exposto a tantas misérias e degradações. Mas, não podemos generalizar a espécie humana como miserável, isso seria uma visão estreita do todo, do conjunto.

Juliana P. C. Cuin


Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – jan/2015
imagem: google

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

NOTAS BREVES

Não perca tempo.

Não fuja ao dever.

Respeite os compromissos.

Sirva quanto possa.

Ame intensamente.

Trabalhe com ardor.

Ore com fé.

Fale com bondade.

Não critique.

Observe construindo.

Estude sempre.

Não se queixe.

Plante alegria.

Semeie paz.

Ajude sem exigências.

Compreenda e beneficie.

Perdoe quaisquer ofensas.

Atenda à pontualidade.

Conserve a consciência tranquila.

Auxilie generosamente. Esqueça o mal.

Cultive sinceridade, aceitando‐se como é e acolhendo os outros como os outros são, procurando, porém, fazer sempre o melhor ao seu alcance.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CONFIA EM DEUS

                Nunca percas a esperança, por pior a situação em que te vejas. E jamais condenes alguém que se haja embarafustado no labirinto da provação. O momento mais áspero de um problema pode ser aquele em que se lhe descobre a solução. E, em casos numerosos, a pessoa que te parece mais censurável, no mais grave delito, será talvez aquela que menos culpa carregue na trama do mal que as sombras entreteceram.
                Decerto que haverá corrigenda para o erro nas trevas, pelos mecanismos da ordem, quanto surgirá remédio para os enfermos, pelos recursos da medicina.
                Observa, no entanto, o poder misericordioso de Deus nos menores destritos da natureza.
                A semente sufocada é a que te sustentará o celeiro.
                A pedra colocada em disciplina é o agente que te assegura firmeza na construção.
                Aflições e lágrimas são processos da vida em que se te acrescem as energias, a fim de que sigas à frente na quitação dos compromissos esposados, e para que se te iluminem os olhos no preciso discernimento.
                Nos dias difíceis de atravessar, levanta-te para a vida, ergue a fronte, abraça o dever que as circunstâncias te deram e abençoa a existência em que a Providência Divina te situou.
                Por maiores se façam a dor que te visite, o golpe que te fere, a tribulação que te busque ou o sofrimento que te assalte, não esmoreças na fé e prossegue fiel às próprias obrigações, porque se todo o bem te parece perdido, na face da tarefa em que te encontras, guarda a certeza de que Deus está contigo, trabalhando no outro lado.


Fonte: Amor e Sabedoria – Clóvis Tavares/Emmanuel
imagem: google

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

PROVAS

Aceita os instrumentos
Das provas que te apuram.
Toda renovação
Traz a dor onde surja.
Que seria da pedra
Se os toques de martelo?
Sem massacres de crise,
Sofre com paciência.
Tolerância nas provas
É degrau para Deus.


Fonte: O Essencial – Chico Xavier/Emmanuel
imagem: google

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ORIGENS DO SOFRIMENTO IV

                Transitam, ainda, na Terra, portadores de expiações que não trazem aparência exterior. São os seres que estertoram em conflitos cruéis, instáveis e insatisfeitos, infelizes e arredios, carregando dramas íntimos que os estiolam, afligindo-os sem cessar. Podem apresentar aparência agradável e conquistar simpatia, sem que se liberem dos estados interiores mortificantes.
                A consciência não perdoa, no que concerne a deixar no olvido o crime perpetrado. O seu perdão se expressa mediante a reabilitação do infrator.
                As origens do sofrimento estão sempre, portanto, naquele que o padece, no recôndito do seu ser, nos painéis profundos da sua consciência.
                Ao lado das origens cármicas do sofrimento, surgem as causas atuais, quando o homem o busca mediante a irresponsabilidade, a precipitação, a prevalência do egoísmo que o incita à escolha do melhor para si em detrimento do seu próximo. Esta atitude se revela em forma de emoções perturbadoras, que o aturdem na área das aspirações e se condensam em formas de aflição.
                As emoções perturbadoras galvanizam o homem contemporâneo, mais do que o de ontem, em razão dos conflitos psicossociais, sócio-econômicos, tecnológicos e outros.
                Os impulsos e lutas que induzem o indivíduo à perda da individualidade, escravizando-o aos padrões da conveniência vigente, são relevantes como desencadeadores de sofrimento.
                Também a perda do senso de humor torna a criatura carrancuda e artificial, gerando emoções perturbadoras.
                A ausência de liberdade pelas constrições de toda ordem igualmente proporciona sofrimento.
                Esses fenômenos psicológicos, no campo do comportamento, propiciam emoções perturbadoras tais como: o desejo, o ofuscamento, o ódio, a frustração.
                Porque não sabe distinguir entre o essencial e o supérfluo, o que convém e aquilo que não é lícito conseguir, o homem extrapola nas aspirações e atormenta-se pelo desejo mal-conduzido, ambicionando além das possibilidades e transferindo-se de uma para outra forma de amargura.

(continua)

Fonte: PLENITUDE         
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
imagem: google

sábado, 8 de novembro de 2014

SINAIS DOS TEMPOS

                Estamos vivenciando enormes transformações, tanto no campo científico, quanto no campo moral: novas descobertas e novas tecnologias, desenvolvimento da inteligência e do senso moral. São transformações inevitáveis, sustentadas pelas eternas e imutáveis leis da natureza, emanadas pela sabedoria e pela vontade do Criador.
                Nesse período de ascensão ao mundo de regeneração, convivemos, de um lado, com as ondas de corrupção, de violência, de crenças dogmáticas, de desorientação e desequilíbrio moral; e de outro lado, com a exemplificação do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo.
                Todos aqueles que retardarem a sua evolução espiritual serão descartados e lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes. Por isso, é nossa responsabilidade reconstituir e reedificar os costumes, para o bem de todos.
                Vamos insistir com mais persistência nos nossos bons pensamentos e nas nossas boas atitudes. Mesmo na balbúrdia da inversão de valores do dia a dia, podemos entrar e sair de qualquer lugar mantendo a tranquilidade, o equilíbrio e a postura moral elevada, já que nem tudo nos convém.
                Evitemos os desejos fantasiosos e incontidos, rejeitando as apologias da permissividade e dos desregramentos, que só retardam o nosso programa espiritual. Talvez toda uma existência não seja suficiente para reparar pequenas horas que sejam de invigilância e de afastamento do dever.
                A Doutrina Espírita não exige adeptos alheios, taciturnos e tristonhos. Pelo contrário, quer que eles sejam alegres e esperançosos, conscientes de que a felicidade espiritual só se adquire superando as dificuldades, as tentações, as expiações e as provas. Não nos esqueçamos de que podemos encontrar a felicidade de muitas formas; a principal delas fazendo o bem, praticando a caridade moral, que consiste em amarmo-nos uns aos outros, apesar das diferenças e das convicções.

Altamirando Carneiro

Fonte: Jornal Espiritismo Estudado – julho/2014
imagem: google

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

JESUS E INIMIGOS I

O progresso tecnológico, favorecendo o conforto, implacavelmente nivela os homens em uma só faixa, produzindo um tipo de igualdade desumanizadora que o consumismo estabelece como logro social relevante.
Por efeito, uma comunidade é tida como feliz em razão dos instrumentos eletrônicos de que dispõe, dos automóveis, iates e até aviões que aguardam para serem utilizados.
Os modismos assolam, gerando um comportamento mesmista, em que os indivíduos se imitam, assumindo posturas idênticas, com enfraquecimento dos ideais, da ética, da família, da criatura em si mesma.
Reagindo a tal conduta, multiplicam-se aqueles que se apresentam originais, já não surpreendendo pelo exotismo e desprezo a tudo e todos, denominados como “reacionários por protestos”, de imediato aceitos, imitados e absorvidos, logo passada a novidade.
Tais posturas escondem os chamados complexos coletivos, que destroem a vida, instalando o clima de indiferença, quando não de instabilidade nas pessoas.
Há modelos para todos os nivelamentos de indivíduos com injustificável desprezo pela sua identidade humana.
Sufocado pela falta de humanidade, o homem busca refúgio nos partidos políticos, nos clubes sociais e desportivos, nos aglomerados, temendo enfrentar-se.
Permanece na multidão, sofrendo de insuportável soledade.
Vê inimigos em toda parte e busca afastá-los, usando artifícios segregacionistas de vários tipos, embora fantasiando-se de democrata e solidário.

Fonte: JESUS E ATUALIDADE              
DIVALDO PEREIRA FRANCO/JOANNA DE ÂNGELIS
imagem: google

sábado, 26 de julho de 2014

EM PLENA ERA NOVA

Cap. XVIII – Item 9                 
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável.
Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Eurípedes Barsanulfo

Fonte: O Espírito da Verdade         
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira
imagem: peronpoemas.blogspot.com

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SAUDAÇÕES

Toda saudação deve basear‐se em pensamentos de paz e alegria.

Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereçar palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros.

Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade.

Uma frase de bondade e compreensão opera prodígios na construção do êxito.

Auxilie aos familiares com a sua palavra de entendimento e esperança.

Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia, à maneira do Sol: ‐ a esquecendo a sombra e brilhando de novo.


Fonte: Sinal Verde – Chico Xavier/André Luiz
imagem: ivanjeronimo.com.br


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CONDIÇÕES DE PROGRESSO E HARMONIA


        Na estrutura profunda da individualidade huma­na, encontram-se as experiências milenárias do ser, nem sempre harmonizadas entre si, geradoras de con­flitos e complexos negativos que a atormentam.
Herdeiro de si mesmo, o Espírito é o autor do seu destino renascendo em lares nos quais mantém vínculos afetivos e familiares, confor­me a sua conduta anterior.
Face à variedade de renascimentos, nem sempre consegue diluir as lembranças que permanecem em forma de tendências e aptidões, de desejos e necessi­dades. Não digeridas, as frustrações, eis que se im­põem mais graves, ao ressurgirem, na sucessão das ocorrências comportamentais, em forma de distúrbi­os psicológicos de variada catalogação.
Preocupada com o ser-máquina, a psicologia não tem ensejado uma compreensão maior da criatura, que fica, na visão reducionista, limitada a um feixe de de­sejos e paixões primitivas.
Em uma análise transpessoal, o ser enriquece-se de valores que lhe cumpre multiplicar cada vez mais, autoconhecendo-se e autodisciplinando -se, à medida que a sua consciência adquire lucidez e torna-se ótima.
Abrem-se-lhe então as perspectivas antes cerra­das, e facultam-se-lhe as oportunidades de dilatação do campo intelecto-emocional, passando a vencer as seqüelas das existências anteriores, ainda predomi­nantes no psiquismo, que se exteriorizam em forma de desarmonia.
A desidentificação com os graves compromissos que ainda o atormentam torna-se factível, mediante a impregnação com outros ideais e aspirações mais abrangentes quão agradáveis, que passam a povo­ar-lhe a paisagem mental.
Nesse esforço, faz-se viável o autoconhecimento, como primeiro tentame de crescimento psicológico. A necessidade de tornar a mente um espelho, e
postar-se defronte dela desnudo, é inadiável. Somente através de um exame da própria realida­de, observando-se sem emoção — o que impede os sen­timentos de autocompaixão como os de autopromo­ção, de justificação ou culpa — consegue-se um retrato fiel do que se é, e do que cumpre fazer-se para mais amar-se e ajudar-se como segmento imediato do es­forço.
Enquanto a criatura não se despoja dos artifícios com que se oculta, evitando desnudar-se em uma ati­tude infantil repressiva, qualquer tentame exterior para o progresso e a harmonia resulta inócuo, quando se não torna perturbador.
Ninguém é culpado conscientemente de ser frá­gil, fragmentário, ocorrências naturais do processo de evolução. Não obstante, a permanência na postura denota imaturidade psicológica ou manifestação pa­tológica do comportamento.
Quando alguém aspira por mudanças para melhor, irradia energias saudáveis, do campo mental, que con­tribuem para a realização da meta. Através de contí­nuos esforços, direcionados para o objetivo, cria no­vos condicionamentos que levam ao êxito, como de­corrência normal do querer. Nenhum milagre ou inu­sitado ocorre, nessa atitude que resulta do empenho individual.
O autodescobrimento tem por finalidade consci­entizar a pessoa a respeito do que necessita, de como realizá-lo e quando dar início à nova fase. Acomoda­da aos estados habituais, não se dá conta das incal­culáveis possibilidades que lhe estão ao alcance, bastando-lhe apenas dispor-se a desdobrá-las.
O auto-encontro pode ser logrado através da me­ditação reflexível, do esforço para fixar a mente nas idéias positivas, buscando saber quem se é, e qual a finalidade da sua existência corporal e do futuro que a aguarda.
Equipada de honesto desejo de eqüacionar-se, a esfinge perturbadora atira-se ao mar do discernimen­to e desaparece, deixando o indivíduo livre seguir, sem a maldita fatalidade de ser desditoso.
A consciência liberta-o das heranças paterno-maternais, produzindo o conhecimento lúcido e bené­fico, que se torna filho capaz de conduzi-lo pelos ca­minhos da vida, sem a imposição caprichosa do deus-destino.
Ao lado da meditação, encontra-se a ação solidá­ria no concerto social, que alarga as possibilidades no campo onde se movimenta e promove o ser profundo, limpando-o dos caprichos do ego e liberando-o das arbitrárias injunções limitadoras, angustiantes.
O intercâmbio social com objetivos fraternais rom­pe as amarras do medo, dando outra dimensão à afe­tividade — sem apego, sem paixão, sem desejo, sem neurose —, facultando a harmonia pessoal — sem ansie­dade, sem conflito, sem culpa —, ensejando saúde mental e emocional indispensáveis à física.
As condições do progresso e harmonia do eu real propõem um estudo das virtudes evangélicas, uma releitura dos seus fundamentos e posterior aplicação na conduta pessoal.
Amor indistinto, manifestando-se em todas as expressões e começando por si próprio, com segu­rança de propósitos, metas e realizações, é o passo inicial da fase nova, ao lado do perdão liberador de ressentimentos, desgosto e inferioridade geradora de reações de violência ou de depressão com caráter au­topunitivo.
Na visão transpessoal, o progresso e a harmonia são conquistas internas do ser humano, que se exterio­rizam como entendimento da vida e atração por ela, num empenho incessante de crescer e jamais cansar-­se, saturar-se ou desistir.
O progresso é fatalidade da vida, e a harmonia resulta da consciência desperta para a conquista da sua plenificação.

O SER CONSCIENTE - Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis
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