“Um pingo de ódio na tua alma é o suficiente para descolorir tudo, como um pingo de tinta preta no leite." (*)
Alguns dicionários definem ÓDIO como um intenso sentimento de raiva, rancor, ira, desprezo, aversão, antipatia, repulsa, horror.
Todas palavras repelentes, emoções negativas sentidas vezes sem conta nas relações sentimentais e nas relações sociais.
Nas relações sentimentais, com demasiada facilidade o amor se transforma em indiferença, e mesmo em ódio. A forma deficiente como comunicamos uns com os outros, a forma fria como transmitimos os afectos, provoca desilusão e afastamento.
Nas relações sociais, o ódio manifesta-se nos fanatismos religiosos, com consequências trágicas; nos conflitos raciais, com fronteiras marcadas por preconceitos, e intolerâncias; nos grupos organizados, onde a agressividade sobrevive pelo poder do colectivo; nas redes sociais, onde discursos incendiários, insultos e ameaças são frequentes.
Eu, orgulhosamente, não odeio ninguém, nem me desgasto com atitudes tóxicas. Simplesmente, ignoro.
Aprendi a afastar-me de pessoas perturbadas, de comportamentos destrutivos, de venenos emocionais.
A vida é demasiado preciosa, e curta, para ser desperdiçada desejando mal a alguém.
Não me tenho dado mal!
(Teresa Dias)
(*) "O progresso do amor", de Alice Munro.
(foto Pinterest)