::diário de bordo, manual de sobrevivência, feito de teorias da conspiração, ideias parvas, conceitos, preconceitos, provocações, alucinações, livro de "receitas" pseudo-afrodisíacas, ora picantes ora agridoces, de alguém que vive num país assim a dar para o esquisito, a que alguém chamou um dia Portugal::


sexta-feira, 10 de julho de 2009

"a maior super-estrela austríaca depois de Hitler"







Despir Borat e vestir Brüno
por João Antunes, in Jornal de Notícias




O actor britânico Sacha Baron Cohen conseguiu despir a figura de Borat, a que parecia ligado para sempre e em "Brüno" torna-se um jornalista gay austríaco. O filme estreia depois de amanhã em salas de todo o país.

Como o tempo passa. Já foi há três anos que um filme, com o estranho título de "Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan" se tornou um dos grandes sucessos da temporada, permanecendo seguramente como objecto de culto para as próximas gerações.

Como todos se recordam, o filme centrava-se na personagem de Borat Sagdiyev, um repórter daquele novo país asiático, que era enviado para os Estados Unidos, com o intuito de fazer um trabalho sobre o maior país do Mundo, mostrando-se, no entanto, mais interessado em localizar Pamela Anderson, para a pedir em casamento.

O tipo de humor do filme, "politicamente incorrecto" até à medula, desbragado, inconveniente, baixo - no bom e no mau sentido -, fazendo exactamente aquilo que se esperava que nunca viesse a fazer, era uma pedrada no charco, num género normalmente mais comedido, e que de certa maneira perdera a capacidade de provocar, de abalar consciências, que deveria ser sempre um dos grandes objectivos do humor, no cinema e fora dele.

Perante tamanho sucesso, perguntar-se-ia para onde poderia caminhar o homem por detrás do sucesso do filme, Sacha Baron Cohen. Pois a resposta aí está, para já num cinema perto de si, a partir desta quinta-feira, um dia antes da estreia nos Estados Unidos. A seguir a Borat, temos Bruno, depois de um repórter do Cazaquistão, temos um gay austríaco ligado ao mundo da moda. O humor e o estilo são reconhecíveis: é o mesmo Sacha que nos delicia, nos escandaliza, que nos faz pensar que não é verdade aquilo a que estamos a assistir!

Bruno é o apresentador de um programa televisivo austríaco sobre moda, intitulado "Funkyzeit". Um problema com um dos seus episódios leva-o a ser despedido, fazendo com que parta para os Estados Unidos, perseguindo o sonho de se tornar "a maior super-estrela austríaca depois de Hitler".

Passar por cima de Arnold Schwarzenegger, "conterrâneo" de Bruno e hoje governador da Califórnia, é a primeira provocação do filme, explicada seguramente pelo facto do antigo Terminator se bater arduamente contra o casamento de homossexuais. Naturalmente, que o facto de Bruno ser homossexual não é inocente, no contexto "dramático" do filme, não sendo seguro que a comunidade gay, seja em que país for, possa vir a gostar da forma como é aqui representada. Mas a provocação - no bom sentido - quando chega, é para todos!

No resto, "Bruno" tenta repetir o dispositivo narrativo de "Borat", embora a surpresa, para nós espectadores e para quem ele encontra no filme, não possa ser a mesma, depois dos episódios que aconteceram com a personagem anterior. Mas se dissermos que entre as principais "personagens" do filme se encontram vários acessórios sexuais, já estaremos a revelar muito…

Sacha Baron Cohen não é americano. É inglês, o que explica muita coisa. Foi lançado com a personagem de Ali G, protagonista de uma série de Televisão onde entrevistava várias pessoas ligadas ao combate ao crime, apesar de se mostrar mais favorável aos ladrões e criminosos, e que teria também direito a uma versão cinematográfica. Apesar da especificidade do seu humor, a tradição britânica está naturalmente presente. E fica justificada a sua estranheza no território americano. Estranho, no sentido de estrangeiro. Mas, mais uma vez com Sacha Baron Cohen, o humor não tem fronteiras.

Eu devo ainda acrescentar a este notável artigo de João Antunes que não considero o filme como muitos provavelmente o verão linearmente, como uma anedota ao mundo gay, mas sim precisamente uma enorme sátira à homofobia que subsiste ainda nos países do dito primeiro Mundo, como os EUA. Pessoalmente, foi a primeira vez que me sentei numa sala de cinema e ri-me do primeiro ao último minuto. Se cada minuto tem sessenta segundos, em todos eles houve surpresa, choque e o reconhecer de um génio, não apenas criativo e polémico, mas também um brilhante actor. Isto sim, é sétima arte.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

É oficial: este Blog deixou de ser profundo

Quando estamos sós e infelizes nem sequer nos apercebemos de como somos chatos, de como somos capazes de levar um santo a cair do altar de farto da conversa.

Ao fim de alguns anos a escrever sobre a dor, o amor, a solidão, sentimentos, sobre a noite, os mistérios da vida, o fumo dos cigarros, a cor negra de tão negra que é, torna-se um buraco sem retorno, depois de levar minutos, horas até, debruçada sobre a condição humana, em espirais de álcool e drogas, de experiências trocadas em mesas de café sujas, debruçada sobre a poesia que se leu e a que se quer ler, todos os livros e todas as músicas e todas as peças de teatro que nos fazem mais profundos, cheguei a uma conclusão: estou farta.

Estou farta de ser profunda, de tentar conhecer ou compreender aquilo que não tem qualquer explicação, tentar descobrir segundos sentidos em algo que se apresenta tal como é, farta dos castelos no ar, farta de conversas da treta, das minhas e das dos outros. Para compreender a vida, tal como ela realmente é, só vivendo-a em pleno e deixando para trás toda uma certa arrogância patente em coisas que se escrevem apenas porque escrito parece bem, parece mais profundo e intelectualmente superior. Acima da média. Às vezes não me apetece nada ser profunda e de há uns tempos para cá, apetece-me cada vez menos aprofundar certas questões.


Às vezes, só me apetece mesmo mandar todos à merda. Sobretudo na blogosfera. Ultimamente, mais no meu blog. Get a life!





sexta-feira, 3 de julho de 2009

A nossa TV II (séries das quais ninguém fala)

... "ah e tal" as séries do meu tempo... e vá de falar nas do costume: McGyver, Verão Azul, O Justiceiro, Três Duques, Alf, Uma Coisa do Outro Mundo, já para não falar das séries de desenhos animados e o raio do Dartacão...etc etc etc... então e as outras? Aquelas séries míticas que toda a gente via mas ninguém fala delas? Ah pois é...


[post em construção]

























































A melhor, por fim:



Manuel Inocente Pinho

Afinal não foi nada daquilo....



quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Estado da Nação







Descubra as diferenças XII

Nuno Melo


Bernardino Soares





É impressão minha ou estes dois rapazes são mesmo muito parecidos?...




Gwyneth Paltrow

Simplesmente adoro-a. O desempenho em Plath, na pele da escritora Sylvia Plath é fabuloso.

Fica o seu site, cheio de coisas úteis: Goop.



A nossa TV (Fernando Alvim)











Desde já devo desmistificar uma coisa: eu gosto do Fernando Alvim. Gosto do Alvim da rádio, da prova oral da Antena 3, do Alvim do ido Curto-Circuito, do Alvim em parelha com o Unas, do Alvim em entrevista a gajas boas como a Carla Matadinho, do Alvim do Blog (o link está lá em baixo, o Espero Bem Que Não). Gosto muito da voz do Alvim.

Por outro lado, não gosto do Alvim mediático, das festas, não gosto do sorriso falso do Alvim "para a fotografia". Mas isso sou eu e a minha má-língua, e o Alvim não se chateia nada com isso, até porque ele não me passa cartão nenhum. De qualquer forma, gosto imenso dele, acho que é um comunicador nato, sabe entrevistar pessoas sem as "atropelar", em jeito de conversa. É o protótipo da minha geração, do "gajo normal", "the boy next door", o rapaz igual a tantos outros que eu conheço mas que não têm um programa de rádio, os que cresceram a ver o Herman José em pose irreverente, nos idos anos dourados d'O Tal Canal, esse grande programa de humor português.

Como ele, Alvim, o Nuno Markl (se bem que o Markl tem uma genialidade superior à do Alvim, mas isto é a minha má-língua outra vez) e o Rui Unas.





Sobretudo, gosto imenso desta coisa que o Alvim fez chamada Speaky TV. Vejam a entrevista com Emídio Rangel. Vale a pena.



Não vi ainda o 5 Para a Meia-Noite com a apresentação de Fernando Alvim. Vi o programa na segunda-feira, mas... bem isso dá outro post.






quarta-feira, 1 de julho de 2009

Novo Curso de Formação Para Homens





INSCRIÇÕES ABERTAS - NÃO PERCAM!



Novo Curso de Formação para Homens



OBJECTIVO PEDAGÓGICO:

Permite aos homens desenvolver a parte do corpo da qual ignoram a existência ( o cérebro ).

SÃO 4 MÓDULOS:



Módulo 1: Introdução (obrigatório)

1. Aprender a viver sem a mãe (2000 horas)
2. A minha mulher não é a minha mãe (350 horas)

3. Entender que não classificar-se para o Mundial não é a MORTE (500 horas)



Módulo 2: Vida a dois

1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)
2. Deixar de dizer asneiras quando a mulher recebe as suas amigas (500 horas)

3. Superar a síndrome de 'o controlo da TV é meu' (550 horas)
4. Não urinar fora da sanita (1000 horas - c/ exercícios práticos)

5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 horas

6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Como sobreviver a uma constipação sem agonizar (450 horas)



Módulo 3: Tempo livre

1. Passar uma camisa em menos de duas horas (c/ exercícios práticos)
2. Beber cerveja sem arrotar, quando se está à mesa (c/ exercícios práticos)



Módulo 4: Curso de cozinha

1. Nível 1 (principiantes - os eletrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA

2. Nível 2 (avançado) Primeira sopa instantânea sem queimar a panela

3. Exercícios práticos - ferver a água antes de colocar a massa



CURSOS COMPLEMENTARES:

POR RAZÕES DE DIFICULDADE, COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.



1. A electricidade e eu: vantagens económicas de contar com um técnico competente para fazer reparos;

2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (c/ práticas em laboratório);

3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela;

4. O rolo de papel higiénico: Ele nasce ao lado da sanita? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração expontânea)

5. Como baixar a tampa da sanita - passo a passo (teleconferência);

6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (c/ exercícios de reflexão em dupla);

7. Os homens que conduzem, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecerem impotentes (c/ testemunhos);

8. O detergente: doses, consumo e aplicação (c/ práticas para evitar acabar com a casa);
9. A máquina de lavar roupa: esse grande mistério!!

10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão (exercícios c/ musicoterapia);

11. A chávena de café: ela levita da mesa até ao lava-loiça?

12. Analisar devidamente as causas anatómicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar a banheira depois do banho.



*este post foi baseado num mail anónimo que recebi.

What can I possibly say?...

Conteúdos temáticos de extraordinário interesse para o comum dos mortais

Expresso

Publico.pt Última Hora

Visão

Tretas que morreram de velhas...

A Treta Mora ao Lado...