Fala, galera! Titio Skywalker está de volta com mais uma análise retrô! Atendendo a pedidos, hoje é dia de analisar a coleção Som Livre Masters Trilhas lançada em dezembro de 2006. Foram escolhidas 32 trilhas originais organizadas em 26 discos pelo eterno Titã Charles Gavin. Não somente as novelas foram contempladas mas também séries, especiais, programas humorísticos e infantis (programas diários, semanais e especiais da “Sexta Super”).
O conceito de trilha era, principalmente, músicas servindo à trama. Não era uma seleção aleatória, como hoje. Nem por isso os discos deixavam de vender, pois sempre criavam sucessos executados nas novelas.
Mais uma vez parei para fazer as comparações entre os formatos – LP versus CD – e, ao contrário do que aconteceu na série ‘Campeões de Audiência’, não houve faixa cortada por problema de direito autoral. Vamos aos discos? Lembrando que esta análise se atém somente às trilhas de novela e minisséries.
Aviso logo: Tem trilha que foi retirada de LP, pois a gravadora não possui mais as fitas originais de algumas. Explica-se: Nos anos 90 todos os discos de novela da gravadora foram passados para CD e guardados em um cofre-forte. Acontece que o cofre-forte deu infiltração e acabou estragando uma parcela dos “originais” das trilhas.
Porém nem tudo é do mal: As capas foram restauradas e respeitadas, incluindo as contracapas.
O barato de se ouvir as trilhas antigas é perceber a evolução de estilo musical e instrumentação utilizada da década de 70 até os dias atuais. Antigamente era muito mais comum recorrer a estilos como o jazz e música regional para contar uma história. E até as músicas “modernas” tinham uma instrumentação peculiar, onde os nossos músicos procuravam achar um som brasileiro sem imitar o estrangeiro.
1. MINHA DOCE NAMORADA (1971)
Apesar de ser uma trilha onde se tem belas canções tais como: “O Que É Que Houve?” (O Som Livre), “Você Abusou” (Maria Creuza), “Minha Doce Namorada” [abertura] (Eduardo Conde) e a belíssima voz de Betinho em “Garota de Aquarius”, infelizmente é perceptível que a fonte de áudio deste CD veio nitidamente de um LP mono, provavelmente desgastado pelo tempo. E isso fica bem claro quando inicia a faixa 1. Fora que os filtros “mastigaram” o som da gravação, como se um amador tivesse usado o redutor de ruído do Nero ao extremo.
Existe, em vinil, a versão em estéreo do mesmo álbum. Além de o som estar mais brilhante e mais nítido, supera e muito o resultado final desta remasterização. Lamento, Luigi Hoffer, não deu para você nessa...
2. O HOMEM QUE DEVE MORRER (1971)
Mesmo não tendo sido uma novela importante esta obra de Janete Clair rendeu uma trilha sonora que merece uma conferida. Utilizando o master digital estéreo para esta reedição (existe o álbum em mono, também) Nonato Buzar fez desta trilha encomendada para a novela uma preciosidade a ser desvendada. Destaque para “Menina do Mar” (Marcos Samy), “Porto do Sol” (Vanda e Guto), “Um de Nós” (Maria Creuza), “Wanda Vidal” (O Som Livre) – tema de Dina Sfat – e ”Come To Me Together” (Octávio Bonfá).
3. O PRIMEIRO AMOR (1972)
Este álbum foi todo composto por Antônio Carlos e Jocafi e em algumas composições o compositor Ildásio Tavares também participa. Renato Lobo co-compôs “Distorção” (João Luiz). Apesar de não ser uma trilha muito aclamada pelos colecionadores – a trilha internacional é a que vendeu mais – ela é lembrada pela música de abertura (interpretada por Oscar Milito e Quarteto Forma) e pela divertida “Amarelinha”, com um tímido Paulo “Shazam” José nos vocais junto com As Menininhas do Colégio.
4. UMA ROSA COM AMOR (1972)
Mais um sucesso de Vicente Sesso, a trilha sonora nacional também rendeu vários sucessos quando foi lançada: “Minhas Razões” (Antônio Carlos e Jocafi), “Elisabeth” (Paulinho Soares), “Bate-Boca” (Paulinho Soares), o tema de abertura, “Uma Rosa Com Amor” (Kris e Kristina) e “A Rosa” (Moacyr Franco).
Falando em “A Rosa” não estranhe o defeito de som entre 1:16 e 1:19, pois o mesmo acontece no LP. E nem tente correr para alguma gravação da EMI, pois o som ou está pior ou foi retirado de LP, fazendo desta gravação a única em fonte de acetato original (ou, atualmente, digital).
5. O BOFE (1972)
Novela de Bráulio Pedroso, não foi muito aceita pelo público na época pelo tom anárquico que a produção tinha. Bofe, naquela época, era o homem feio, ferrado e o oposto do que a mulher achava de interessante em um parceiro. Roberto Carlos e Erasmo foram convocados a compor para a trama sendo que uma boa parcela realmente não entraria para as canções memoráveis do rei.
De qualquer maneira ainda salvam-se algumas canções, como: “Instantes” (Jacks Wu), “Rainha de Roda” (Elza Soares) e a faixa de abertura com título homônimo (Osmar Milito e Quarteto Forma). Ainda vale conferir, a título de curiosidade, Nelson Motta cantando em “Madame Sabe Tudo”, uma charanga.
6. CAVALO DE AÇO (1973)
Mais uma novela onde o ponto forte foi a trilha internacional. Porém, este álbum composto por Guto Graça Mello e Nelson Motta – curiosamente ambos foram maridos de Marília Pera – também deixa suas joias: “Homem de Verdade” (Djalma Dias), o vocalise inspirado de “De Olhos Abertos” (Orquestra e Coro Som Livre) e “Contratempo” (Guto Graça Mello).
7. OS OSSOS DO BARÃO (1973)
Se Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, seu irmão, compusessem esta trilha hoje em dia sofreriam com a patrulha dos religiosos católicos e principalmente dos evangélicos. Particularmente não sei se a crença dele é (ou era) afro-brasileira mas isso é bem explícito em algumas músicas, especialmente em “Ebó, Exu” (Coral Som Livre) e “Cafezinho” (Trama) – esta última rendendo diversos tipos de trocadilho. O que você, leitor, entenderia ao ouvir: “Eita, café do diabo...”? Lembrando que na época falar que algo era do diabo era o mesmo que “café da po**a de bom”. Destaque para Djavan, com “Qual É?” (em uma era pré-Sony) e para a lindíssima “Mundo em Festa” (Bibi Vogel). O tema de abertura fez muito sucesso na época na voz de Marcos Valle.
8. O SEMIDEUS (1973)
Esta novela de Janete Clair estrelada por Francisco Cuoco e Tarcísio Meira teve a trilha nacional composta por Baden Powell e Paulo César Pinheiro e não compreendo porque está entre as renegadas do público. A trilha é simplesmente ótima, composta por bons sambas e ótimas canções, além do que nota-se uma evolução musical nos arranjos divididos entre Chiquinho de Moraes, Waltel Branco e Luiz Roberto. Também é um dos poucos LPs da geração EMI que possui um ótimo som. Destaque especial para “Solidão (Canção do Mar)” na voz de Amália Rodrigues. Aos tolos que achavam que esta canção era da Dulce Pontes – eternizada como tema de “As Pupilas do Senhor Reitor”, do SBT – esta é, de fato, a primeira gravação. Outras que se destacam na trilha, de longe, são “Paciência” (Trama), “Despedida” (Victor Hugo), “Destinos” (Marília Barbosa) e “Uma Canção A Mais” (Orquestra e Coro Som Livre).
9. SUPERMANOELA (1974)
“Supermanoela” é, no mínimo, uma trilha curiosa. Sendo mais uma trilha composta por Antônio Carlos e Jocafi, traz o sucesso “Toró de Lágrimas” na voz de Djalma Dias. Nota-se, nitidamente, o “hissing” (aquele som sibilado imitando um gás escapando ou, como se chama hoje em dia: a popular “fritada”), coisa que o LP não produz da forma que está no CD. Em compensação, o som do LP é gongado, especialmente no final. Fora que a fonte de áudio é mista: A faixa 10, “Oi Lá” (Eustáquio Sena), retirada de LP. Provavelmente a fonte original se estragou com a infiltração.
Voltando às músicas, a trilha tem três participações luxuosas: Wanderley Cardoso cantando “Quando Me Sinto Só”; Pery Ribeiro com a belíssima gravação de “Laura”; e Djavan com “Presunçosa”, faixa do cantor que só existe neste disco.
Curiosamente o tema de abertura não fecha o lado A, como de costume. A gravação de Betinho ficou como faixa 6 – a penúltima faixa do referido lado. Além disso, a trilha internacional foi a que fez mais sucesso por quase todo o repertório ter sido sucesso na época.
10. O ESPIGÃO (1974)
Quem comprou a primeira tiragem desta trilha – AA0001000 – percebeu que a fabricação deu problema: A partir da terceira faixa todas as músicas ficaram fora de fase, começando mais precisamente aos 0:55 de “Subindo O Espigão” (Betinho). O som ficou todo gongado e quem reclamou diretamente na Som Livre teve o seu CD trocado sem problemas, já com a tiragem consertada – AB0001000 em diante.
Este disco também teve sua remasterização retirada de fonte mista. As duas primeiras nota-se nitidamente de fonte digital. O restante nota-se que vem do LP e isso fica gritante em “Subindo O Espigão” (Betinho) e “Você Vai Ter Que Me Aturar” (Sonia Santos).
É uma trilha descaradamente feita por seleção aleatória, diferente das anteriores. E a sua internacional, para variar, suplantou a nacional.
11. O REBU (1974)
Uma novela genial de Bráulio Pedroso que possuiu uma trilha ótima composta por Raul Seixas e Paulo Coelho. O grande hit do disco – e da novela – foi “Como Vovó Já Dizia” (quem nunca ouviu a música: “Quem não tem colírio usa óculos escuros...”?). Trilha rara em LP, os vendedores cobram fortunas no Mercado Livre praticando o infame mercenarismo. Os arranjos de base são muito bem estruturados e ficaram sob o comando de Guto Graça Mello e Mazzola. Outro destaque na trilha é “Salve A Mocidade”, com Elza Soares.
12. CUCA LEGAL (1975)
Eustáquio Sena produziu esta trilha para a novela de Marcos Rey, a única de fato de sua autoria – ele adaptou “A Moreninha” pela segunda vez para a TV em 1975, dentre outros trabalhos para a Rede Globo e outras emissoras. Novela de pouco sucesso e sendo derrubada por “Meu Rico Português”, da Tupi, na época, ao menos nos deixou “Linha do Horizonte” (Zé Roberto e Conjunto Azimuth) de sucesso em todas as rádios e, de quebra, uma outra pérola exclusiva de Djavan: “Rei do Mar”. Excepcional mesmo é a trilha internacional. A origem da gravação é fonte “digital”, porém algumas faixas “fritam” um bocado.
13. SENHORA (1975) / A MORENINHA (1975) / O FEIJÃO E O SONHO (1976)
Som Livre compilou as nove trilhas sonoras das novelas das 6 que saíram em compacto nos anos 70 em três discos. Este primeiro volume em sua minutagem total não chega a 40 minutos.
Engana-se quem acha que todas as trilhas vieram de fonte “digital”: Com exceção de “A Moreninha” e “O Feijão e O Sonho”, "Senhora" veio diretamente do vinil. É nítido o som oriundo do disco e os filtros que melhoraram mas não esconderam a origem. Até percebe-se, dentro do mesmo CD, as diferenças entre as fontes pelo som.
Se há algum destaque musical, as aberturas das novelas citadas valem a pena dar uma conferida e todas interpretadas por Waltel Branco e orquestra (mesmo quando ele se intitula Orquestra Romanza). Também destaco "Meu Poeta, Minha Vida" em "O Feijão e O Sonho" com voz de Marilia Barbosa (não creditada mas sim como Orquestra Romanza. No compacto da cantora tem a mesma gravação).
14. ESCRAVA ISAURA (1976) / VEJO A LUA NO CÉU (1976) / À SOMBRA DOS LARANJAIS (1977)
Mais um disco com menos de 40 minutos cujas músicas vieram do vinil. No caso de “Escrava Isaura” além de ter faltado o tema de amor entre Isaura e Tobias as músicas eram tocadas ou em instrumental ou vocalizadas como, por exemplo, “Retirantes” (Dorival Caymmi), o tema de abertura (na sonorização da novela era cantada em iorubá pelo Coro Som Livre).
A rotação está caída em relação ao vinil. “Retirantes” e “Prisioneira” (Elizeth Cardoso) poderiam ter sido retiradas de fonte “digital”, pois existem em outros álbuns e “Amor Sem Medo” (Francis Hime) poderia ter vindo em versão completa haja vista que foi uma gravação exclusiva para a trilha e não se encontra na discografia do cantor.
Quanto a “Vejo A Lua no Céu”, mais uma vez Waltel Branco empresta seu pseudônimo de Orquestra Romanza às canções. A valsa de abertura – faixa 8 – é a mais pedida. O filtro sonoro gritou em “Canção da Saudade”, a faixa que abre o lado A do compacto.
Quem está acostumado com o vinil de “À Sombra dos Laranjais” vai estranhar a rotação do CD (que está mais lenta) e isso grita em “O Circo” (Marilia Barbosa), tema de abertura. Esta música ainda é a que está com o som mais prejudicado.
Marilia, aliás, emprestou sua voz a três dos seis temas do compacto. Mesmo assim, por questões de minutagem, o álbum sofreu cortes em “O Poeta e a Lua” (Helio Matheus), “Mata-Borrão” (Márcio Lott) e “Não Interessa” (Marília Barbosa). Além disso como foram gravadas para as novelas será praticamente impossível achar as gravações completas.
15. MARIA MARIA (1978) / A SUCESSORA (1978) / MEMÓRIAS DE AMOR (1979)
Uma boa notícia é que “Maria Maria” veio direto de fonte de acetato e, portanto, sem as limitações sonoras do disco de vinil. Mesmo assim as músicas vieram como no compacto, ou seja: cortadas. A única que escapou ilesa foi o belíssimo tema de abertura “Olha Maria” (Orquestra Som Livre). Uma trilha ‘regional’ bem interessante onde também se destacam as canções “Cuando Fubá” (Ruy Maurity), “Flor D’Água” (Banda de Pau e Corda), “Canto da Terra” (Flor Du Xique Xique) e a superexecutada “Romaria” (Renato Teixeira).
“A Sucessora”, mesmo vindo de vinil, teve uma remasterização bem trabalhada. Também sofrendo do mal da tesourada nas faixas, Maria Creuza deleita os ouvintes com “Malmequer”; Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, dá o ar da graça em “Como Se Fosse”; e, claro, Nara Leão fazendo a abertura da novela em “Odeon”.
“Memórias de Amor” traz, curiosamente, uma canção de temática gay: “Emoções” (Wando). Além disso, “Jura Secreta” (Simone) possui o corte mais vergonhoso das trilhas de novelas nacionais até então. Quanto ao som, nota-se o esmero mas ainda assim o som do vinil supera o CD.
16. LOCO-MOTIVAS (1977)
O álbum leva o mérito de possuir “Loco-Motivas” (Rita Lee) vindo diretamente do acetato – diferente da versão de “Meus Momentos 2”, da EMI, lançado em 1997. Além do que possui três músicas de imenso sucesso na época: “Maria Fumaça” (Black Rio), eternizada na criativa abertura com os maquiadores e a modelo socando a tela - descobri depois que a versão da novela é uma versão alternativa comparada à versão do álbum; “Coleção” (Cassiano) – revisitado em “O Quinto dos Infernos”; e “Voo Sobre O Horizonte” (Azimuth). Todas demonstrando a força da música Soul nas paradas da época.
Obviamente o disco tem mais sucessos: “Eu Preciso te Esquecer” (Claudia Telles), “Filho Único” (Erasmo Carlos), “Enrosca” (Guilherme Lamounier, mais tarde eternizada na voz de Fábio Jr. e estragada pelo Junior, ex-Sandy e Junior) e “Espere Por Mim, Morena” (Gonzaguinha).
Quanto ao som, talvez pela fonte, o som da primeira faixa saiu meio estourado, com os agudos soando como o Patolino cantando. Diminuí-los no sistema de som é uma boa solução.
17. O ASTRO (1977)
O disco traz uma coisa curiosa em relação à capa: Se observarem a foto da contracapa que está no inlay do CD, a edição de onde esta foto foi tirada é da trilha de Portugal: com menos músicas e a ordem das fixas alteradas, lançado na época pelo selo português Telectra.
Falando nisso, quando os CDs estavam na pré-venda um alvoroço se formou quando viram a listagem portuguesa como se fosse a oficial no site da Som Livre. Traumatizados com o que aconteceu a algumas trilhas na série ‘Campeões de Audiência’, os colecionadores de trilha surtaram maldizendo a gravadora. Porém, o engano foi desfeito no momento em que os discos chegaram às lojas.
Quanto à fonte de origem das gravações, está mista: Algumas vieram do LP, outras do acetato. Não entendi porque Maria Bethânia, Clara Nunes e Peninha (respectivamente com “Um Jeito Estúpido de Te Amar”, “As Forças da Natureza” e “Que Pena”) vieram do disco. Há outras que também passaram por isso: “Saco de Feijão” (Beth Carvalho), “Estado de Fotografia” (Vanusa), “Olha” (Marília Barbosa) e a inédita em CD até então “Ambição” (Rita Lee) – esta última levando um banho de loja sonoro.
A trilha tem vários sucessos e eternizou “Bijuterias” (João Bosco). Djavan deixa mais uma pérola inédita em sua discografia: “É Hora”. E ainda conta com Emílio Santiago cantando seu hit, “Nega”.
18. TE CONTEI? (1978)
Guto Graça Mello produziu esta trilha nacional que, se não a considero horrível, é no mínimo curiosa em algumas faixas. Vamos às que valem à pena:
“Cara de Pau” (Ana e Ângela) e “De Mim Para Você” (Secos e Molhados) e “Te Contei?” (Sônia Burnier, composta por Rita Lee) são três músicas divertidas.
Já “Só Você (Por Você, Sem Você)(Fairytale)” (Lady Zu) e “Solidão” (Rosemary) são duas tentativas toscas de se fazer discoteca em língua portuguesa. A primeira possui uma letra que é sem comentários. Já na segunda, Rosemary geme imitando Donna Summer, o que não dá muito certo.
Quanto à faixa “Te Contei?”, se achou o som ruim no CD, no LP está com o som tão ruim quanto com uma caída de rotação monstra. A culpa, nesse caso, não é do Hoffer.
19. MALU MULHER (1979)
Um ótimo trabalho de restauração. No meu CD vieram 4 capas repetidas (!!!) - já é a segunda vez que me dão capa extra de graça, não é, Som Livre?
Um disco cem por cento feminino com as maiores divas de ontem e hoje. Além de ser uma trilha de sucesso, ainda rendeu o antológico especial "Mulher 80". Como resistir ao charme dessas mulheres cantando "Começar de Novo" (Simone), "Mania de Você" (Rita Lee), "O Bêbado e a Equilibrista" (Elis Regina), "Paula e Bebeto" (Gal Costa), "Dois Meninos" (Maysa), "Feminina" (Quarteto em Cy), "Pecado Original" (Zezé Motta), "Álibi" (Maria Bethânia), "Seu Corpo" (Joanna) e "Que Me Venha Esse Homem" (Fafá de Belém)? Impossível. Um disco cem por cento de sucessos e resumo do que há de melhor na nossa MPB. Pecado é não tê-lo. Com exceção de Maysa, morta em 1977, todas as cantoras mais a atriz Regina Duarte posaram para a capa do álbum durante a gravação de "Mulher 80" no teatro Fênix, no Rio de Janeiro.
Os outros álbuns da série:
- LINGUINHA - "Novela" infantil de Chico Anysio, de 1971;
- NORMINHA - Quadro e personagem de Jô Soares, de 1972;
- CHICO CITY - Trilha sonora do humorístico de Chico Anysio, de 1973;
- PIRLIMPIMPIM - O antológico especial em homenagem a Monteiro Lobato, de 1982. Infelizmente veio sem o encarte baseado no LP original;
- PLUNCT! PLACT! ZUUUMMM!... - Especial infantil de 1983;
- A ERA DOS HALLEY - Especial infantil de 1985, contém a versão original de "O Senhor da Guerra", da Legião Urbana;
- TV COLOSSO - Programa infantil diário iniciado em 1993.
Da série Som Livre Masters, a primeira:
- SÍTIO DO PICAPAU AMARELO - O volume 1 de 1977 contém a ordem das faixas trocadas: A faixa 7, do Gilberto Gil, virou faixa 1;
- VILA SÉSAMO - Do programa infantil de 1972. Neste aqui a faixa 7 (Alegria da Vida) também virou faixa 1
Outras trilhas remasterizadas e relançadas:
- ANOS DOURADOS - Este disco foi relançado em CD duas vezes: A primeira vez em 1988 e a segunda em 1991. Com um som razoavelmente alto, possui um acabamento horrível nas faixas, sem aplicar fade e sem qualquer limpeza de áudio;
- O TEMPO E O VENTO - Diretamente de 1985, o álbum já havia sido lançado em CD para a discografia de Tom Jobim. Para acompanhar o relançamento em DVD, a edição em CD de 2005 teve sua capa refeita de acordo com o DVD;
- ROQUE SANTEIRO - Relançado em LP e CD em 1991, a primeira edição ganhou 2 faixas-bônus diretamente do volume 2. Em compensação, no relançamento de 2003, perdeu "A Outra" (Simone);
- RIACHO DOCE - A minissérie de 1990 ganhou um novo som, uma leve revitalizada na capa - respeitando a foto original, claro - mas deixou furo ao dizer que saiu em 1991 e não no ano anterior;
- A VIAGEM: INTERNACIONAL - Quando passou no "Vale A Pena Ver de Novo", a capa também foi revitalizada de acordo com o projeto gráfico original do LP. Além disso, consertaram quase todos os erros de grafia exceto na música de Toni Braxton, que ainda vem grafado "Another Sad Love SONGS" (o certo é no singular, "Song").
Trilhas que ganharam um "Melhor de":
- TIETA: ESPECIAL, em 1994;
- LAÇOS DE FAMÍLIA, em 2005;
- PANTANAL. O disco, originalmente lançado pela Bloch Discos, saiu pela Universal Music, que arrendou o catálogo da gravadora;
- MALHAÇÃO. Ganhou duas edições: Uma nacional e outra internacional.
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