Olá, Padawans!!! Eu voltei com mais uma análise retrô sobre trilhas sonoras. Desta vez o alvo é as trilhas sonoras da década de 2010. Foi a última década com trilha sonora da Som Livre em mídia física antes de ser vendida para a Sony Music, que não faz mais mídias físicas. Foi bom, pois eu reouvi algumas e vou dar o meu parecer sobre elas. Vou classificar assim:
• VUDU É PRA JACU! +SALGUEI A SANTA CEIA, ++EU PREFIRO MELÃO, +++DJ, TOCA UM MAMBO!, ++++ADOOORO SHOPPING! , +++++REI DO CAMAROTE
Para quem jurava que não veríamos uma trilha internacional nessa novela, até que ela veio e veio MUITO simpática. Com sobras da trilha inexistente de "Escrito Nas Estrelas", o álbum contou com "Run to You" (Lady Antebellum), o grande hit "Marry Me" (Train) e a fofa "Rollerblades" (Eliza Doolittle). Só duas coisas estragaram Araguaia: Fiuk cantando "Blowin' in the Wind" e várias fotos desfavorecendo a beleza de Cléo Pires, que aparenta despeitada e gorda. E fora que a arte de capa é uma merda: Eu faço melhor e muitos trilheiros, também.
INSENSATO CORAÇÃO, VOLS. 1 E 2 (2011) ++ e +++
Uma recomendação antes que qualquer coisa: Gilberto Braga: Atenha-se a escrever novela, não selecione mais a trilha. O volume 1, selecionado por ele, pode até ser chique, etc. e tal, muito bom pra foder transar no love mas pensando em termos comerciais não foi lá uma trilha que caiu no meu gosto - apesar de saber que vendeu mais que o volume 2. A gravação de Frejat para "(I Can't Get No) Satisfaction" ficou uma merda, repetiu "Senza Fine" (Ornella Vanoni) de "Anos Rebeldes" e ainda mandou Bibi Ferreira cantando "Mon Manege A Moi", reprisada antes nas vozes de Edith Piaf em "Anos Dourados" e Ethienne Daho em "Paraíso Tropical". O que salvou o volume 1 foi "Pack Up" (Eliza Doolittle), "Grace Baby" (Paris Wells), "Suspicious Minds" (Elvis Presley, do espetáculo "Viva Elvis" do Cirque Du Soleil) e "You're My Everything" (Sarah Vaughan).
Já o volume 2, cuja capa foi o ator Lázaro Ramos - eu não sei o por que de tanta polêmica com ele na capa -, foi comercialmente mais selecionado por Marcello Toller e Bruno Negrão. Ao contrário do clima motel da trilha anterior, este é mais agitado - pense numa versão empobrecida de "Dancin' Days". Começa com as já passadas para a época "Firework" (Katy Perry) e "All The Lovers" (Kylie Minogue - outra sobra de "Escrito Nas Estrelas") e vem com "I Don't Know What to Do" (Tiko's Groove com aquele vocal horroroso da Gosha). A faixa de maior sucesso foi a baladona "Talking to the Moon" (Bruno Mars) e uma das mais animadas é "How Soon Is Now" (David Guetta e cia.). E de novo, tio Giba: Escreva novelas, não tente selecionar músicas para a trilha. Tem de ser do gosto do público, não do SEU gosto.
MORDE E ASSOPRA (2001) +++
Apesar da novela de Walcyr Carrasco ser fantasiosa demais para um cérebro inteligente, a trilha levou mais pontinhos por eu não achá-la tão chata quanto o volume 2 de sua antecessora, "Ti Ti Ti" e só não levou mais pela infestação de brazucas.
Adele foi a grande faixa da trilha, com "Rolling in the Deep" - tá que a música é legal, mas nunca entendi o estardalhaço em cima dela. Tem melhores no disco da cantora. Ainda conta com Shakira e sua "Rabiosa", tema do afetado Áureo (André Gonçalves), que nos divertia com suas tiradas mega engraçadas. Outro tema que marcou muito foi "Comptine D'un Autre Ete", o tema tocado pela robótica Naomi (Flávia Alessandra), nesta gravação interpretado por João Carlos Coutinho. Outra que tocou bastante foi "Moving", da banda espanhola Macaco (com participação de Seu Jorge), também presente no jogo Fifa '09. Uma que eu gostei bastante foi "Take A Picture of the Sun" (The City Lights). Não suportei "Over The Rainbow" com Cidade Negra e "Unrevealed Love" (André Leonno).
O ASTRO (TRILHAS NÃO-OFICIAIS) (2011) ++++
P.S.: Capas criadas por mim para as trilhas lançadas aqui no Blog $kywalker Productions. Nunca tiveram capa e nem trilhas oficiais.
Apesar desta trilha nunca sair oficialmente - você encontra aqui no site para baixar os dois volumes - as músicas "The Story of Our Lives" (Alex Dimou) e a versão mais chinfrim de "Easy" (Commodores) tocaram muito na novela. A trilha até é bem diversificada, mas Dan Torres estragando "Don't Let Me Be Misunderstood" é completamente dispensável. A seção discoteca foi bem representada por "Bad Girls" (Donna Summer) e "You're The One, The Last, My Everything" (Barry White). Falando nas nacionais, a melhor pedida é a instrumental "Mr. Funk Samba" (Banda Black Rio).
Foi o lançamento de Natal de 2011. Por isso capricharam um pouco mais na seleção.
Eu acho que a turma tem alguma tara por Colbie Caillat, pois vira e mexe ela está abrindo o CD de uma trilha. Só que desta vez foi infeliz com "Brighter than The Sun". Teresa Cristina teria jogado Mariozinho Rocha da escada só por isso.
A música que encheu o saco de tanto tocar foi "Someone Like You" (Adele). E outra que não tocou de jeito nenhum foi "Last Friday Night (T. G. I. F.)" (Katy Perry). Sinceramente, eu acho que andaram por aqui se inspirando pra fazer esta trilha. (venenosa, ê ê ê ê ê... risos). Ressuscitaram o clássico "My Love" (Julio Iglesias e Stevie Wonder), colocaram "Paradise" (Coldplay), Mario Biondi atacando de Barry White em "Ecstasy", uma improvável Jessie J. em "Price Tag" e Lady Antebellum com "Just A Kiss" (sem Goodnight).
AQUELE BEIJO (2012) +++++
Esse disco estava arriscado a não sair, mas por insistência do próprio Falabella que, segundo fofoca das fontes, reclamou com o Roberto Talma que é sua terceira novela que viria sem disco internacional - "A Lua Me Disse" e "Negócio da China" não vieram.
Aí fizeram uma trilha pequena, é verdade, mas só com música boa. É a prova de que não precisa ter uma enxurrada de músicas para se fazer um bom disco. Começa com o belíssimo tema de Marushka (Marília Pêra), "Adore" (da até então desconhecida Donna Byrne), que veio pela gravadora independente Heavy Hitters. Na sequência vem a bela "Antes de Las Seis" (Shakira), que foi número um na Espanha. Roxette dá o ar da graça após anos de hiato em trilhas com "No One Makes It on Her Own", uma bela balada. "Uno" (Julio Iglesias) é uma regravação antiga para este sucesso lançado para a coletânea "1" (aqui no Brasil chamado de "Volume 1" e lançado pela Som Livre, no exterior pela Sony Music). Outra bela pedida é "Time to Fly" (Taylr) e o tema do casal principal da trilha, "I Don't Want to Miss A Thing" (Quattro, uma regravação do Aerosmith).
Vendido exclusivamente pela internet pelo site da gravadora pois foi lançado após o término da novela, a primeira tiragem veio com defeito na faixa "I Say A Little Prayer" (Patty Ascher). A segunda - disfarçada de primeira - veio com a faixa tocando perfeitamente bem.
Resumo da ópera: Mereceu o ponto máximo pois até a chata da Laura Pausini me agradou neste álbum. :-)
AMOR ETERNO AMOR (2012) ++++
Se não fosse o repeteco de "Achy Breaky Heart" (Billy Ray Cyrus) e por deixaram a cabeça da Leticia Persilles parecendo um cogumelo de saturno na capa a trilha levaria a pontuação máxima novamente. Trilha pequena, com 11 músicas, mas que se pusessem mais, estragaria. Poderia pedir um favor? Não reprisem mais "El Dia Que Me Quieras" (Julio Iglesias) em língua nenhuma... Meu duodeno não aguenta mais isso - como se os ouvidos fossem lá (risos) - Também não precisava ouvir Bia Sion estragando "The Man I Love" (por que meu CD não deu defeito nessa faixa?).
Continuando: Mais uma vez Colbie Caillat abre a trilha - não falei que é tara? - com a ótima "Before I Let You Go". Band of Horses vem com "Laredo", uma faixa que me chamou muito a atenção. "I Won't Give Up" (Jason Mraz) vem bela e numa versão diferente do álbum. Ainda temos Bread ressuscitado em "Everything I Own". No geral, trilha gostosa de se ouvir, mas ouça somente até a faixa 10!
AVENIDA BRASIL (2012) ++++
Depois do sucesso do popularesco (novo nome pra algo tosco, brega e de apelo popular) volume 1 nacional, veio o volume 2 e depois é que tivemos o internacional. Apesar de ter boas músicas, faltou AQUELE toque que a tornaria uma trilha inesquecível. Temos "Long Live" (Taylor Swift sem Paula Fernandes, graças a Deus), que eu ainda acho que plagiaram "Love Hurts", clássico da banda Nazareth, "Set Fire to the Rain" (Adele), atrasada já que fez sucesso antes de "Someone Like You", "Charlie Brown" (Coldplay), que é uma boa música, a minha musa Lana del Rey com "Video Games" - depressiva, tudo de bom! -, Gloria Estefan divando na dance music com "Hotel Nacional", Shakira com o sucesso "Addicted to You" - confesso que quando chegava nessa música eu ouvia umas 6 vezes -, Katy Perry com o sucesso "The One That Got Away" (mais uma vez gongada na novela e não tocou). Você sabia que Carminha (Adriana Esteves) iria aprontar quando "Infiltrado" (Bajofondo) entrava tocando aquele tango modernizado... Enfim, a novidade é que Paul McCartney pela primeira vez em mais de 40 anos emplacou um tema na trilha (!!!): "Glory of Love", de seu disco Beijinho na Passiva "Kisses on the Bottom". Porém, só tocou uma vez na novela, para a minha tristeza. Como todo disco tem um cão chupando manga, "She's Got Everyhting" (Ellison Chase), um plágio descarado de "Brick House" (Kool and The Gang).
A trilha já tem por mérito lembrar das divas Cyndi Lauper (em "Shattered Dreams") e Dionne Warwick (em "It Was Almost Like A Love Song"), mas ver qual a música que marcou este disco é páreo duro. Tocaram muito "93 Million Miles" (Jason Mraz), "Ride" (Lana del Rey - o tema de Aisha) e "Girl on Fire" (Alicia Keys). Também tocou bastante "Finally Found You" (Enrique Iglesias, com um corte no miolo, sem rap, mas não ficou feio) e "Golden People"(dos brazucas Mister Jam feat. Jacq & King Tef). Também há um repetição desnecessária de "I'm in the Mood for Love" (Rod Stewart), já presente na trilha de "Chocolate com Pimenta". PARA VARIAR, tem Colbie Caillat na trilha ("All of You"), Coldpay com "Hurts Like Heaven" (sinceramente, a introdução da versão single começa com um repentino bonitinho. Tinha de botar a versão do álbum, que começa repentino à moda cacete?).
Tentaram empurrar nos ouvidos adentro a versão de Jesuton para o clássico de Dionne Warwick "I'll Never Love This Way Again", sendo esta o tema de Monera... Ops! O tema de Morena (Nanda Costa). Entendam bem: Jesuton não canta mal, há outras gravações da cantora que são simplesmente maravilhosas, como a versão dela para "Same Mistake" (James Blunt), mas esta versão ficou um bocado pobre para a capacidade vocal desta mulher que eu tive o prazer de ouvir pessoalmente quando ainda era uma artista de rua no Largo da Carioca aqui no RJ. Posso até estar sendo maldoso, mas a versão da Dionne Warwick é imbatível em "Os Gigantes".
Eu acho que a gravadora tem algum problema com as novelas do Sílvio de Abreu, pois já é a segunda vez que fazem uma merda de trilha para as suas novelas (a primeira foi a odiosa "Passione"). 24049874847380 brazucas, puseram até Jesus Luz de DJ, enfim, só não dou perda total pela divertida versão de Lan Lan para "Cuarenta Grados", música que faltou na internacional de 1983 pelos Los Iracundos.
FLOR DO CARIBE (2013)++++
Uma trilha latina muito gostosa com algumas em inglês. Puxando sardinha para o meu lado, "Invisible" (Pet Shop Boys) é uma ótima pedida. Outras que eu destaco são: "Es Por Ti" (Juanes), "Quedate" (Blank & Jones), "La Chica de Ipanema (Garota de Ipanema)" (Jarabe de Palo e Tere Bautista) e "Dreaming About Anoushka" (Buddhattitude).
Vou fazer um apelo muito grande, que não é só meu: ESQUEÇAM RONALDO DO CANTO E MELLO, PELAMORDEDEUS!!! EU PAGO MAIS CARO, MAS PONHAM FRANK SINATRA!!!! Ufa! Desabafei!!!
A trilha veio redondinha e foi muito executada desde o início da novela. Aliás, uma novela que deixou saudades. Começa com "Ho Hey" (The Lumineers cantando a la Cat Stevens), "Home" (Phillip Phillips, mais folk rock), "Some Nights" (Fun!, com o grande tema da trilha), "Guardian" (Alanis Morissette, ótima), "Feel So Close" (Calvin Harris, também muito tocada), "Don't You Worry Child" (Swedish House Mafia feat. John Martin - só ouvi uma vez dentro da novela, numa versão diferente de "Summer Eletrohits 9"), a gostosa "Next to Me" (Emeli Sandé) e a maravilhosa "Madness" (Muse - os vocais não lembram Bono Vox do U2 nos áureos tempos?). Jesuton está ótima cantado "Because You Loved Me" - cover de Celine Dion.
Outra coisa: Eu sei que colocaram Justin Bieber só porque ele viria ao Brasil, mas depois da passagem dele sempre pulo a faixa. Depois desse meu momento desabafo - desculpem, mas amo a garrafa que o atingiu no show em Sampa -, tenho ainda a reclamar do repeteco de Edson Cordeiro (também presente na novela "Pecado Capital"), mas o caso é que cortaram o início da música (será que não queriam pagar pelos direitos autorais da citação de "I Say A Little Prayer"?).
P.S.: Bottle, Brazil loves you! Hahahahahahahahaha²
A trilha de QUASE final de ano de 2013 está vendendo como água, mas não tem nem como dizer que a trilha é toda boa: Finalmente pensaram numa trilha coesa e ótima, ao mesmo tempo. Tem o hit chiclete "When I Was Your Man" (Bruno Mars), a resgatada de 2000 "Proud" (Heather Small - ex-M-People, também tema do seriado "Queer As Folk"), "We Can't Stop" (Miley Cyrus atacando de pseudobitch e com o timbre igual ao da Rihanna), "Get Lucky" (Daft Punk feat. Pharrell Williams - particularmente achei o álbum deles um cocô, só com essa que presta), "The Stars (Are Out Tonight)" (David Bowie em plena forma), "Bad" (Groovy Waters cantando Michael Jackson de maneira beeeem sexy), "Ci Sono Pensieri" (Mariella Nava, maravilhosa). Ainda tem outros hits de Pink, Alicia Keys, Aurea... Enfim, até a do Caetano Veloso eu adorei. Enfim um álbum que vai ficar na memória dos trilheiros.
Na versão do iTunes retiraram "Un Vestido Y Un Amor" (Caetano Veloso) e colocaram as faixas "Empathy" (Alanis Morissette), "The Perfect Life" (Moby) e "I Have The Love" (Simply Red). Só se esqueceram de colocar "Sumertime Sadness" (Lana Del Rey), extremamente executada na novela. (no meu CD-R complementar eu nao esqueci :-D).
EM FAMÍLIA (2014) ++++
Vou começar malhando a capa:
Tá certo que os personagens Verônica (Helena Ranaldi) e Laerte (Gabriel Braga Nunes) formaram par romântico no início da novela, mas na altura em que este foi lançado ele já estava enrabichado por Luiza (Bruna Marquezine) que era cópia encarnada e esculpida de sua mãe e amor do passado de Laerte, Helena (Júlia Lemmertz e Marquezine na segunda fase da novela). A altura em que o CD foi lançado, essa capa era sem sentido algum. Me pareceu meio que preguiça da gravadora em bolar uma capa minimamente condizente com o período da novela em que o álbum foi para as prateleiras.
Os carros-chefes da trilha certamente foram "Pretty Hurts" (Beyoncé) - a Som Livre penou, mas conseguiu que a faixa fosse liberada para a trilha - e "Born to Die" (Lana Del Rey). Teve uma promessa de disco agitado com "Let Me Go" (Cymcolé feat. Mister Jam) mas logo voltou a ser uma trilha boa pra dormir.
Outros destaques ficaram com a "La Ville Engloutie" (versão francesa de "Caminhos Cruzados" de Chico Buarque por Valéria Sattamini) - muito bonita - e a versão jazz de "Lady Marmalade" (Mary Nelson). Apesar de ter poucos sucessos que se destaquem não é um disco ruim, mas um disco pra se curtir acompanhado e aconchegado no sofá em um chalezinho charmoso nas montanhas regado a um bom vinhozinho e edredom.
MEU PEDACINHO DE CHÃO (2014) - Música de DeVotchKa +++
Um mundo de fantasia, colorido, como se fosse o "Fantástico Mundo de Chocolate" ou uma cidade inteira feita de casas de doce como na fábula de "João e Maria". Assim era o mundo de criança da novela "Meu Pedacinho de Chão", remake de Benedito Ruy Barbosa para o horário das 18 horas. Apesar de ser uma novela regional com direção impecável de Luiz Fernando Carvalho - e sabemos que, por tradição, novela regional não tem trilha internacional - este volume 1 também pode ser chamado de trilha internacional de uma banda só. Apesar de não me lembrar - e olha que eu era um telespectador assíduo da novela - saiu este volume com músicas da banda americana DeVotchKa.
DeVotchKa é uma banda de indie folk oriunda do estado do Colorado nos Estados Unidos e a trilha abrange músicas de três álbuns do grupo: "How It Ends" (2004), o EP "Curse Your Little Heart" (2006) e "A Mad & Faithful Telling" (2007). Quem esperava a trilha original de Tim Rescala, tem de comprar o volume 2.
As músicas de DeVotchKa não são para ouvidos de fãs de divas do pop e nem de mainstream: São indie até o osso e folk até o osso e boa música sempre arranca o melhor dos elogios. Sintam-se apresentados à leveza e ao lirismo de DeVotchKa!
O REBU (2014) (Trilha lançada no iTunes em 2015 com o advento do lançamento da novela em DVD) +++++
Quem assistiu "O Rebu" em 2014 (40 anos se passaram desde a primeira versão) se empolgou com o repertório tocado durante a festa, o que geraria um excelente CD internacional mas tivemos duas grandes decepções: A primeira é que não houve CD da trilha para esta novela das 23 horas. A segunda é que quando lançaram as trilhas pelo iTunes, a trilha internacional veio cheio de músicas aleatórias - 34, para ser mais exato.
O curioso é que pegaram um repertório vasto da gravadora Heavy Hitters e nem se deram o trabalho de ordenar as músicas de forma que não ficasse evidente que jogaram a playlist na ordem alfabética e dane-se. "Adore" (Donna Byrne, tema internacional de "Aquele Beijo") apareceu em versão instrumental na novela só que com outro artista assumindo a mesma gravação de Donna: Brad Hatfield Orchestra.
É uma seleção da qual eu gostei, pois as músicas lounge, easy listening, downtempo e até os rocks presentes nela não me irritaram nem um pouco mas confesso que eu esperava ouvir "Bizarre Love Triangle" (New Order), "Feeling Good" (Nina Simone) ou "Tears Dry on Their Own" (Amy Winehouse). Mesmo tendo irritado muita gente, não vou retirar nenhuma cruzinha da minha classificação.
Quando eu joguei para CD, além de mudar a logomarca da novela impressa na capa para a logomarca original dela, ainda acrescentei um símbolo da Globo no canto direito inferior da capa. Deu um CD duplo, totalizando 17 faixas por CD.
IMPÉRIO (2014) ++++
"Império", mesmo meio confusa, foi ganhadora do Emmy no ano. Vou dar mão à palmatória pela trilha sonora, cheia de hits radiofônicos. Tornou-se a trilha do natal de 2014. A divulgação da mesma ficou por conta da internet e do boca-a-boca de colecionadores. A Som Livre, nessa última década, cada vez menos divulgava o produto, dando mais ênfase aos artistas sertanejos e gospel.
"Lucy In The Sky With Diamonds" (Dan Torres), sem querer, fez uma ponte com a trilha nacional volume 1. A versão de Dan foi baseada na gravação de Elton John. Eu pensei, inclusive, que colocariam Elton na abertura mas preferiram regravar a mesma. E olha que a música na voz dele já havia parado em um outro CD da gravadora: "Replay", de 2002.
"Magic", do Coldplay, abriu o leque de hits e saiu do recém-lançado "Ghost Stories", no mesmo ano. "Sing", do então novato na época Ed Sheeran, também apareceu na trilha. "Demons" é uma das poucas músicas do Imagine Dragons que eu gosto, pois não grita. Moby esqueceu de fazer dance music e agora só faz músicas densas e bonitas. Ele contou com Damien Jurado nos vocais para apresentar "Almost Home" ao mundo.
Michael Bolton não grava repertório novo e ainda chamou a chatinha da Paula Fernandes para uma versão bossinha sem graça de "Over The Rainbow" (que na trilha foi chamada de "Somewhere Over The Rainbow").
Uma que mal tocou na novela - mais no início da segunda fase - foi "Marilyn Monroe" (Pharrell Williams). Uma pena, pois é uma excelente faixa para se dançar. Aliás, seu álbum que também contém o hit "Happy" é excelente.
Nico & Vinz tiveram mais sorte e "Am I Wrong" - outro hit 'radiofônico' (botei entre aspas, pois ninguém mais acompanha rádio para ouvir hits e sim YouTube e streaming) - tocou diversas vezes durante a exibição da novela. Eles são o tal grupo com um sucesso só, um one-hit wonder.
Ressuscitaram Information Society e colocaram "Land of the Blind". Ressuscitaram também a banda noventista Silverchair e sua "Miss You Love", sucesso na década.
A banda Jamz, oriunda do programa "Superstar" da Rede Globo, regravou Bread e sua "Everything I Own" - terceira vez em novelas, já que foi tema em "Brega e Chique" com Boy George, "Amor Eterno Amor" com Bread e agora com Jamz - sendo uma gravação brazuca bem competente.]
O disco fecha com a clássica "Midnight Cowboy" em versão orquestral conduzida pelo seu compositor John Barry. Foi tema do filme de mesmo nome, que aqui no Brasil foi chamado de "Perdidos na Noite". Deste mesmo filme saiu outro grande hit: "Everybody's Talkin'", cuja versão mais famosa ficou na voz do cantor Nilsson. Dando um toque classudo e cinematográfico à trilha, John Barry é famoso por compor os temas dos filmes da franquia "007".
Essa trilha levaria 5 cruzinhas se não fosse a repescagem de "Quelqu'um M'a Dit" (Carla Bruni), que já foi tema da novela "Belíssima" em 2005.
BOOGIE OOGIE (2014) +++++ e BOOGIE OOGIE vol. 2 (2015 na capa mas é de 2014) +++
"Boogie Oogie" me emocionou de diversas formas enquanto foi exibida. Primeiro porque escolheu como tema minha música disco preferida: "That's The Way (I Like It)" (KC and the Sunshine Band). Só a abertura da novela valeu por ela inteira.
Segundo porque a novela das 18h resgatou e homenageou grandes atrizes que foram da novela "Dancin' Days", como Joanna Fomm, Pepita Rodriguez e Neusa Borges - Yolanda Pratini e Carminha e Madá, respectivamente - e ainda resgataram Betty Faria, Leiloca e Zezé Motta (mostrando como era o papel reservado a um ator preto na época dos anos 1970: o de empregada).
A trilha internacional saiu primeiro com a protagonista Sandra (Isis Valverde) na capa. Os grandes temas da trilha ficaram por conta do tema de abertura, "Your Song" (Elton John, tema de amor de Sandra e Rafael (Marco Pigossi)), "Heart of Glass" (Blondie, tema de Suzana (Alessandra Negrini)) mas é praticamente uma coletânea de disco music, ou uma versão remodelada da coletânea "Pure Disco".
O volume 2 veio misto mas trouxe "Three Times A Lady" (Commodores, tema de Vitória (Bianca Bin)), "Mandy" (Barry Manilow, tema de Otávio (José Victor Pires) e Alessandra (Júlia Dalávia)), "Daddy Cool" (Boney M. em versão modernizada para os anos 1980) e o repeteco do tema de abertura fechando o CD. Aliás, no CD diz que é de 2015 mas no dia 31 de dezembro de 2014 eu já tinha o mesmo nas mãos.
ALTO ASTRAL (2015) ++++
Com a trilha internacional de "Alto Astral", a Som Livre para de fazer o esquema de trilha nacional e internacional de forma sistemática. Desta trilha, o grande hit dela foi "All of Me" (John Legend) e, em segundo lugar, "Stay With Me" (Sam Smith).
Na verdade a trilha vale a pena ser escutada até a faixa 10, onde ficou redondinha e depois pula pra faixa 13. As últimas cinco faixas são totalmente dispensáveis e me parece algo para preencher tempo do CD.
"Best Day of My Life" (American Authors) é uma canção que exprime alegria, "The Way You Look Tonight" (Gloria Estefan) veio importada de "O Rebu", Kathryn Dean soando como Adele na balada "Love You Forever and A Day", Juanes com a animadíssima "La Luz" (um lance meio latino-judaico aqui) e Sergio Mendes emplacando o samba "Don't Say Goodbye" com os vocais de John Legend. "Don't Say Goodbye" é uma belíssima canção nas vozes de Daniel Boaventura e Trijnte Oosterhuis (a Traincha de "Viver A Vida").
BABILÔNIA (2015) - •
A Som Livre já tinha ensaiado a questão das trilhas mistas, mas mesmo quando elas existiram - caso de "Anos Dourados", "Bambolê" e "Labirinto" - elas tinham um critério e o repertório valia a pena se escutar, inclusive na ordem proposta no disco. Não foi o caso de "Babilônia", que estava mais para uma suruba de gato digna dos Mamonas Assassinas. Trilhas horríveis e inexpressivas e com músicas demais. Só destaco duas músicas boas no meio desse Titanic: "Ink" (Coldplay) e "I'm Not The Only One" (Sam Smith). O resto é plástico inútil utilizado pra fabricar CD. Nem sei se vendeu essa tiragem toda que eles fizeram (30.000 no primeiro disco e 20.000 no segundo).
SETE VIDAS (2015) ++++
"Sete Vidas" volume 2 é, na verdade, uma trilha internacional. Na verdade, uma trilha cantada em inglês e outras línguas por artistas brasileiros ou artistas estrangeiros de selos menores ou sem representação pelas
majors, ficando a cargo da RGE. Ficou feio? De jeito nenhum. Combinou com a novela? Claro que sim. Por isso mesmo eu não vou crucificar a Brazucalândia instaurada neste disco. Aviso, de antemão, que esta não é uma trilha para se dançar e sim para se curtir deitadinho no sofá.
O tema de abertura parou, acertadamente, no volume 2: "What A Wonderful World" (Thiago Iorc) é um belíssimo cover de Louis Armstrong (foi tema de "Vamp" com o cantor original). Tivemos repeteco com Maria Gadú em "Like A Rose" (a música foi anteriormente tema internacional da novela "Flor do Caribe"). Maria ainda contribuiu com outra canção: "Long Long Time". Curiosamente estes fonogramas pertencem à Sony Music, mesmo Maria sendo contratada da SLAP/ Som Livre, na época. Depois Tom Jobim vem chiquérrimo com "Forever Green", faixa de seu álbum 'Antônio Brasileiro' em 1994.
Aimee Mann é legitimamente americana e ora lembra Chryssie Hynde dos Pretenders cantando, ora lembra um misto de Shakira com Dolores O'Riordan dos Cranberries. Ela fez a Chryssie em "Today's The Day" e ainda deu um toquezinho leve de Marie Fredriksson do Roxette em sua forma de cantar.
Uma que tocava constantemente na novela era a alegrinha mas calminha "Mon Coeur N'est Plus Doux" (Tó Brandileone). Temos uma belíssima gravação de um cover do cantor Pablo Milanés imortalizado no Brasil no dueto entre Fagner e Mercedes Sosa pela voz de Irene Atienza e o violino de Marcus Viana: "Años" ganhou uma interpretação à altura da altivez que a canção merece. Tocante.
Cadu Valle cantando Yusuf Islam / Cat Stevens em "Father and Son", Jon Allen vindo com duas baladas para a trilha - "In Your Light" e "Night & Day" e no final da trilha uma faixa-bônus nacional: "Na Primeira Manhã", de Mônica Salmaso, foi jogada aos leões aqui destoando completamente do álbum. Deveria ter parado na trilha nacional. Por isso mesmo a trilha não levou as 5 cruzinhas.
AGORA É AQUELE MOMENTO DA VIDA EM QUE EU ME RECUSO A FALAR DAS TRILHAS MISTAS E SÓ FALO O QUE FOI DESTAQUE INTERNACIONAL NELAS:
I <3 PARAISÓPOLIS (2015) +
No volume 1:
- "Thinking Out Loud" (Ed Sheeran)
- All About That Bass" (Meghan Trainor)
No volume 2:
- "Uptown Funk" (Mark Ronson - featuring Bruno Mars)
- "Boom Clap" (Charli XCX)
A REGRA DO JOGO (2015) ++++
A confusa novela de João Emanuel Carneiro voltou com uma esparsa trilha internacional. De novo: É ruim? Não. Então qual a minha reclamação? É que para uma trilha feita em tempos de internet e que as pessoas tem acesso às músicas no clicar de mouse acabou sendo uma trilha anacrônica por demanda, ou seja: As músicas já eram "velhas" quando lançadas na trilha.
A trilha tem como hits "Don't Wait" (Mapei), "Like I Can" (Sam Smith) e a mais executada do disco e de casamentos: "Photograph" (Ed Sheeran) - e foi aí que eu passei a odiar o Ed Sheeran :-)
Outro destaque da trilha ficou por conta de "Chandelier" (Sia).
Aí vocês nutellinhas do meu coração me perguntam: o que essa música estranha do Elvis está fazendo no lugar de alguma diva pópi? Eu respondo: Tenham mais respeito pelo Elvis, cambada! Ele serviu ao personagem principal, Romero Rômulo (Alexandre Nero). "Trouble" tem um quê de lcima de 'strip-tease' e serviu para os momentos canalhas de Romero.
Outros grandes sucessos na trilha foram as inclusões de "Firestone" (Kygo - feat. Conrad Sewell) e "Want to Want Me" (Jason Derulo) para dar uma acordada nos ouvintes. Outra bacana de se ouvir é "Handcuffs" (Prince Royce) - foi quando o estilo Trap Downtempo estava começando a entrar na moda.
Vai levar 4 cruzinhas com dor no coração por conta do anacronismo.
ALÉM DO TEMPO (2015) não teve trilha internacional, mas queria deixar registrado que na transição da fase colonial para a fase moderna tocaram as músicas "Together" (The XX) e "A Sky Full of Stars" (Coldplay). Uma pena que o projeto foi abortado.
TOTALMENTE DEMAIS (2016) ++
Bem, confesso que quando eu ouvi a trilha internacional de "Totalmente Demais" eu comecei a me animar, mas quando a trilha ia chegando ao fim, eu quis cortar meus pulsos - ou cortar os seus (risos).
Crianças, eu preciso desabafar:
PQP, KRLH, MELKOOL!: O QUE O LUAN SANTANÁS FAZ EM UMA TRILHA INTERNACIONAL?????????????? Pronto, desabafei... :-D
Só ouço até a faixa 7, pois o resto do disco, pra mim, é perdido. Nem Ed Sheeran - o ruivinho do demo de novo - e Jason Mraz salvaram o repertório. Mas em tempos de gravadora prendendo fonogramas, essa trilha foi melhor do que nada.
ÊTA, MUNDO BOM! (2016)
Tem tema internacional? TEM.
Destaque? "Anything Goes" (Cole Porter). Ouvir essa em versao vaudeville me remete aos anos 20. Adoro!
Poxa, gente, em 2015 já existia software de limpeza de fonogramas. Poderiam ter aplicado em "Moonlight Serenade" (Glenn Miller), né...
P.S.: NÃO DOU DESTAQUE PRA RAY CONIFF NEM A PAU!
HAJA CORAÇÃO (2016)
Tema internacional? TEM
Destaques volume 1: "Fata Morgana" (Dissidenten) - a versão do álbum de 6 minutos com Lem Chaheb e "Reaper" (Sia Furler)
Destaques volume 2: "Hymn For The Weekend" (Coldplay - feat. Beyoncé) e "(They Long to Be) Close to You" (Isabella Taviani - part. esp.: Dionne Warwick)
Repeteco: "Easy" (Faith No More) (intro diferente da versão de "Mulheres de Areia", sem a fala do Mike Patton).
SOL NASCENTE (Volume 1, 2016 e Volume 2, 2017)
Obs.: Discos folks me irritam e estas trilhas são extremamente folk.
Destaques volume 1: "Adventure of a Lifetime" (Coldplay) e "Get You Back" (Mayer Hawthorne)
Destaques volume 2: "Hold Back The River" (James Bay), mas detesto esse lance de vozinha rouca e lânguida, talvez a única coisa que Chris Martin (vocalista do Coldplay) deixou de ruim para a humanidade. Sabe esse lance "tô cantando, lutando pela minha sobrevivência mas acho que vou desistir da vida?" Pois é...
A LEI DO AMOR (2017)
Não tem música nova que preste? Vamos passar o ferro nas velhas! :-D
Destaques vol. 1: "Step By Step" (New Kids on the Block), "What's up" (4 Non Blondes) (repeteco da trilha internacional de "Olho No Olho" de 1993).
Destaques vol. 2: "Water Under The Bridge" (Adele), "Miracle [Acoustic]" (Above & Beyond), "Perdóname" (Pablo Alborán)
Menção honrosa farofa nacional: "É Bom Para o Moral" (Rita Cadillac) e "Cowboy Fora-da-Lei" (Raul Seixas) [repeteco de "Brega & Chique].
ROCK STORY (2017)
Destaque volume 1: "The Greatest" (Sia)
Destaque volume 2: "We Will Rock You" (Queen), "Don't Let Me Down" (The Chainsmokers feat. Daya), "Mercy" (Shawn Mendes) e "Million Reasons" (Lady Gaga)
A FORÇA DO QUERER (2017)
Antes de iniciar os destaques, queria falar sobre os repetecos nacionais: "Eu Te Amo" (Chico Buarque e Telma Costa) foi também de "Louco Amor" (1983), tocou em "O Rebu" (2014) e agora também está em "A Força do Querer"; "Deixa Eu Te Amar" (Agepê) foi da trilha "Vereda Tropical" (1984).
Destaques vol. 1: "I Hate U, I Love U" (Gnash), "True Colors" (Cyndi Lauper) e "Nobody But Me" (Michael Bublé).
Destaques vol. 2: "Despacito" (Luis Fonsi), "Up&Up" (Coldplay), e "Blame" (Calvin Harris feat. John Newman).
PEGA-PEGA (2017)
O tema de abertura foi "A Hard Day's Night" (Skank), cover dos Beatles mas como eu não considero temas cantados por brazucas tema internacional... Ah, sim: Curiosamente Alma Thomas interpretou "You Broke My Heart in Two", versão em inglês para a música "Você Partiu Meu Coração" de Nego do Borel, Anitta e Wesley Safadão.
Tem repeteco: "I Will Survive" (Gloria Gaynor), anteriormente tema internacional da novela "Pai Herói" (1979); "Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor" (Milton Nascimento), anteriormente na novela "Alma Gêmea" (2005).
Destaques vol. 1: "Human" (Rag'n'Bone Man), "Me Too" (Meghan Trainor).
Destaques vol. 2: "I Put A Speel on You" (Iza), "La Bicicleta" (Lost Frequencies -feat. Shakira), "Beautiful Life" (Lost Frequencies - feat. Sandro Cavazza)
TEMPO DE AMAR, vol. 2 (2018)
Na verdade, não destaque algum mas o único tema genuinamente internacional é "After You'Ve Gone" (do português Salvador Sobral). Porém, "Thou Swell" (Taryn Szpilman, Nani Palmeira e Iuri Cunha) tocava toda hora em que rolava cenas no bordel com as cortesãs dançando, mais na versão instrumental.
O OUTRO LADO DO PARAÍSO (Vol. 1, 2017 e Vol. 2, 2018)
Quanto aos temas internacionais, queriam pegar músicas com um lado rock meio que no clima de "Thelma e Louise" aqui. Isso fica claro em "Who Do You Love" (George Thorogood), "Crystalize" (The XX). Já "Hold On" (Alabama Shakes) parece música de bar de beira de estrada nos Estados Unidos, onde você entra, encontra um bando de de macho tóxico fedendo a álcool e que não toma banho há pelo menos quatro meses e que no meio do filme tem a clássica cena de saloon: todo mundo cai na porrada com direito a cadeira voando e garrafada na cabeça, quebrando todo o bar. O dono do bar que lute no dia seguinte para arcar com os prejuízos...
Destaque vol. 2: "Blaze of Glory" (Jon Bon Jovi). Quem não se lembra do retorno de Clara (Bianca Bin) ao som dessa música?; o clássico "From The Beginning" (Emerson, Lake & Palmer) e "La Gozadera" (Gente e Zona - feat. Marc Anthony).
DEUS SALVE O REI (2018)
A trilha de "Deus Salve O Rei" é basicamente de música instrumental, mas os dois temas principais da novela foram cantados: "Scarborough Fair" (Aurora) e "Watch It All Fade" (Gavin James). O restante foi de temas instrumentais do compositor Alexandre de Faria. Aliás, ele também arranjou e produziu as faixas cantadas. É uma trilha linda, na minha opinião.
Falando nisso, a novela tinha uma boa proposta e eu esperava muito dela. Pena que os cabeças de ovo que têm pensamento limitado (leia-se: o povo que não tem cultura) detonou com a mesma. É algo que eu não entendo: Se fosse série da Netflix, seria o maior sucesso... Quem detonou com a novela tem mais é de foder lascar, mesmo...
ONDE NASCEM OS FORTES (2018)
A trilha da supersérie se calcou principalmente em temas nacionais maravilhosos, mas ainda teve espaço para algumas internacionais: Fico com "Your Song" (Elton John, reprisado de 'Boogie Oogie') e "Venus In Furs", um clássico do Velvet Underground feat. Nico.
SEGUNDO SOL, vol. 2 e 3 (2018)
Gente, que Bahia embranquecida e toda palmitada, não é mesmo? Pois é: Tirando essa gafe horrenda da novela, ela teve uma excelente trilha no vol. 1 com covers de clássicos do axé baiano.
O segundo volume começa com a versão em inglês de "Swing da Cor" (virou "I Swing All The Colors") na voz da banda I Koko. Quer dizer, então, que além de uma Bahia cheia de palmito não demonstrando a realidade do estado - que é predominantemente de gente preta - ainda temos uma coisa piorada de Michael Jackson no Pelourinho?
Bem, vamos aos destaques:
Destaques volume 2: - "Say Something" (Justin Timberlake feat. Chris Stapleton), "No Roots" (Alice Merton) e "Pray" (Sam Smith)
Destaque volume 3: - "Take Me Out" (Pierce Brothers)
P.S.: Quem conhece João Emanuel Carneiro, ele sempre inclui algo do grupo argentino Gotan Project em suas trilhas. Desta vez ele incluiu em dobro.
O TEMPO NÃO PARA (2018)
Cada vez mais me convenço de quem estraga a ideia original da novela é o público acostumado ao bom e velho folhetim e não consegue pensar fora da caixinha. Foi mais uma ideia náufraga feito Titanic pelas cabecinhas etariamente avançadas.
Vamos aos destaques que eu não tô aqui para comentar das calcinhas de velha nenhuma:
Destaques: "You Sexy Thing", clássico da banda Hot Chocolate, "It's The End of the World As We Know It" (R.E.M.) e "No Excuses" (Meghan Trainor).
ESPELHO DA VIDA (2018)
Destaque: Sei lá, não achei nenhum, não... Ah, pera: "Save Me Now" (Andru Donalds, reprise da novela "Cara & Coroa" de 1995) e "Lovin' You" (Minnie Riperton). É isso, Brasil: Para ter algum tema internacional que preste, passaram o ferro nos velhos...
O SÉTIMO GUARDIÃO (2019)
A novela cuja vida real do elenco se tornou mais interessante do que a trama em si: Quem não se lembra do boato sobre o surubão de Noronha (dizem as más línguas que, supostamente foi uma Global mulher de um dos atores que colocou isso na mídia para prejudicar a protagonista Marina Ruy Barbosa) e do bordão "Noronhe-se!"? Pois é.
A minha reclamação sobre a trilha é que o tema de abertura, "The Chain" (Fleetwood Mac) não entrou em nenhuma das trilhas. Um absurdo!...
Destaque vol. 1 - "When The Curtain Falls " (Greta Van Fleet).
Destaque vol. 2 - "These Boots Are Made For Walkin'" (Lewonda).
VERÃO 90 (2019)
Mesmo não tendo quase nada dos anos 1990 aqui, as trilhas de "Verão 90" foram muito celebradas - já que a novela foi uma porcaria rasa sem uma trama consistente.
Eu vou reclamar e eu vou refutar minha reclamação: Quase todos os temas do volume 1 salvo "Good Vibrations" (Marky Mark and the Funky Bunch) não pertencem à década de 1990, com música até de 1985 ("Your Love", do The Outfield). Por isso, se estamos falando dos anos 90, por que não acho temas de 1991 a 2000?
Agora, a refutação: As músicas chegavam muito atrasadas no Brasil. Por isso era natural de que músicas de 1988, 1989 e até a "Your Love" (The Outfield, ressuscitada aqui em 1994) apareçam nas trilhas. Ah, sim: Apesar de eu saber que a década começa no ano 1 e termina no ano 10 (ou seja: não existe ano 0, por isso que 1990 é o ano 10 da década de 1980), sabemos que na cultura pop é permitido se contar de 0 a 9, ou seja: de 1990 a 1999.
Mas tirando os rombos (furo é coisa de iniciante), temos os destaques aqui: "Pump Up The Jam" (Technotronic), "Good Vibrations" (Marky Mark), "Step By Step" (New Kids on the Block, já usada em "A Lei do Amor" em 2017), "It Must Have Been Love" (Roxette), "The Rhythm of the Night" (Corona), "Repetition" (Information Society, com O FINAL INTEIRO do fade out, minha gente! A Som Livre cortou isso no Hit Parade de 1990) e mais um bando de repeteco tanto dos temas internacionais quanto nacionais.
ÓRFÃOS DA TERRA (2019)
Destaques: "La Bel Haki" (Adonis), "Qué Vendrá" (Zaz), "Sister" (Tracey Thorn - feat. Corine Bailey Rae) e "Ya Taier Sallamli Ktir" (Sami Bodorkan).
A DONA DO PEDAÇO (2019)
Destaques volume 1: "Daydream" (I Monster), "Learn to Live" (Alice Merton), a clássica "Jolene" (Dolly Parton) e "Taki Taki" (DJ Snake - feat. Selena Gomez, Ozuma & Cardi B.)
Destaques volume 2: "7 Rings" (Ariana Grande) e "Nothing Breaks Like A Heart" (Mark Ronson - feat. MIley Cyrus).
BOM SUCESSO (2019)
Destaque volume 1: "Feelings" (John Newman) e "Preach" (John Legend)
Destaque volume 2: "Dead in the Water" (James Gillespie)
ÉRAMOS SEIS (2020)
Destaque volume 2: "Why Don't You Do Right (Get Me Some Money Too!)" (Peggy Lee) (o único tema internacional presente no disco).
Menção honrosa: para a graciosa versão de "Estrada do Sol" com Carminho e Marisa Monte.
AMOR DE MÃE (2020)
Eu não poderia passar batido pelo volume 1 sem comentar: O tema de abertura "É" (Gonzaguinha, repescado de "Vale Tudo" em 1988) apareceu numa gravação tosca que, além de notoriamente retirada de vinil, está com a rotação totalmente irregular. Poderiam ter retirado do CD de "Vale Tudo", relançado em 2001.
A primeira tiragem colocou "Onde Estará O Meu Amor" (Maria Bethânia, repescagem de "A Indomada" de 1997) na versão do autor, Chico César, na primeira tiragem. Já a partir da segunda - que eles insistiram em chamar de "primeira" (vocês sabem como é o nome disso, não sabem?) - veio com Bethânia cantando.
A força dessas trilhas está nas canções nacionais, repescagem de diversas trilhas mais canções antigas e conhecidas.
Destaque volume 1: O clássico "Hier Encore" (Charles Aznavour)
Destaques volume 2: "Haja O Que Houver" (Madredeus, repescagem de "Os Maias" em 2001) e os clássicos "Hurricane" (Bob Dylan) e "Real Love Baby" (Father John Misty).
SALVE-SE QUEM PUDER (2020)
Ao que tudo indica, ficou somente no volume 1 devido à pandemia ocorrida no ano passado (2020) de CoVid19.
Se realmente essa for a última trilha da Som Livre em CD - já que a mesma agora pertence à Sony Music e a Sony não lançará mais mídia física no Brasil - foi um encerramento modesto para bom.
Destaques: "Good As Hell" (Lizzo), "Change" (The Revivalists), "Una Flor" (Juanes) e "Thinking of You" (Simply Red).
Bem, é isso, galera. Quero ver seus comentários. Assim como a era Som Livre para novelas foi sepultada em mídia física, tudo acaba. Só falta mais uma análise retrô para fechar a tampa. Abração! FUI!!!!!