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FICHA TÉCNICA:
Ano: 1988 - Gravadora: Som Livre
Número de catálogo: 406.0025 (LP) / 746.0025 (K7) / 401.0015 (CD) // 400.1120 (CD - 1ª Reedição - 1992) / 4110-2 (CD - 2ª Reedição - 1999)
Direção de produção: Roberto Menescal para Synth Produções Artísticas Ltda.
um projeto de Heleno de Oliveira
Arranjos de Roberto Menescal e Luiz Avellar
Ripado do CD original fabricado pela Sonopress GmbH, Alemanha em 1988.
CAPA
Fotos: Marcelo Faustini
Coordenação Gráfica: Felipe Taborda
Arte-Final: Ana Paula Guinle
Restauração de capas: $kywalker
PLAYLIST:
SAMBAS-ENREDO DE 1988 DA VILA ISABEL, MANGUEIRA E PORTELA:
1. KIZOMBA, A FESTA DA RAÇA
100 ANOS DE LIBERDADE, REALIDADE OU ILUSÃO
LENDA CARIOCA, OS SONHOS DO VICE-REI
2. VOCÊ É LINDA
COISAS DO CORAÇÃO
3. ANOS DOURADOS
EU SEI QUE VOU TE AMAR
4. AQUARELA DO BRASIL (AQUARELA BRASILEIRA)
BYE BYE BRASIL
5. MINHA RAINHA
RETALHOS DE CETIM
SUFOCO
ALVORECER
6. NADA POR MIM
FULLGÁS
7. EU E A BRISA
PRA VOCÊ
8. RONDA
SAMPA
9. VAI PASSAR (Faixa-Bônus do CD)
Emílio Vitalino Santiago, conhecido pelo seu nome artístico de Emilio Santiago (1946-2013), já era um cantor de carreira consolidada e com onze discos lançados anteriormente pelas respectivas gravadoras CID (o primeiro álbum apenas) e Philips (os outros dez seguintes), porém, de pouca repercussão. Ele enfrentou um hiato de 4 anos entre sua saída da Philips até sua estreia na gravadora nova, a Som Livre. Ok que ele participou do "Festival dos Festivais" em 1985 e lançou o single "Elis, Elis" (premiado como a 'melhor performance' do Festival) e ainda era da gravadora e foi cedido para estar no disco do evento mas gravar que é bom, nada.
Em 1988 ele começaria o projeto que seria um divisor de águas na sua carreira: convidado por Heleno de Oliveira, com arranjos de Roberto Menescal e Luiz Avellar, o disco "Aquarela Brasileira" foi um grande sucesso de vendas, público e critica por revisitar grandes sucessos da MPB e ainda com releitura dos grandes sambas do ano. Foi o produto que, juntamente com a coletânea "Expoentes" foi utilizado em um anúncio ao grande público de que a Som Livre estava entrando na era do CD. Seu disco e as coletâneas eram considerados biscoito fino da gravadora e por isso mereceu destaque nos intervalos dos programas da Globo e fomentando este vos escreve a querer ter um aparelho de CD (simplesmente por ser um amante e curioso de/com novas tecnologias e ter um quê de se sentir um ser com "status").
O meu CD não foi fabricado pela Microservice e sim pela Sonopress-GmbH alemã. O layout do CD é diferente na playlist do nacional. A contracapa ainda veio com código de barras, coisa que aqui só teria em 1995 na gravadora. Outra diferença é que começa no 1 segundo em vez de começar no zero, praxe da Microservice.
O disco tem uma série de pot-pourris com grandes sucessos da MPB e do samba que, se não cuidarmos, cairão no ostracismo da música (sabemos que brasileiro tem memória curta). Precisamos que alguém das novas gerações fique atento e escute e divulgue o trabalho do cantor. Todas as faixas contém grandes clássicos que devem estar sempre em destaque. Não permitam que um disco desses caia no buraco negro da ignorância. Destaque para "Minha Rainha" (e etc.) e o pot-pourri de Sambas Enredo. "Ronda" foi tema da novela "Bebê À Bordo" sem Sampa e rolou um corte meio tosco, mas que foi funcional na trilha da novela. Não sei quem masterizou para CD, mas aqui tem uma mudança de qualidade de som... Enfim, é pra curtir esse sucesso novamente em formato digital.
Apêndice: O início do catálogo em CD da Som Livre era muito obscuro e até muito pouco tempo as informações eram nebulosas permitindo a criação de informações falsas (as chamadas fake news) sobre o que foi ou não lançado na época. No extinto Orkut brotavam informações desencontradas e até capas fake de CD's imitando a tipificação com fontes e tudo o que o computador nos permitia criar. Felizmente graças à pesquisa de Johan Van Haandel, que tem profundo interesse na área fonográfica, a nebulosidade foi sendo dissipada permitindo, inclusive, que eu colocasse em áudio aquilo que ele o fez em banco de dados. Até hoje tem quem acredite que trilhas criadas por colecionadores/entusiastas que infelizmente morreram tenham sido cogitados em virar trilha internacional (o caso clássico do "Roque Santeiro" internacional ou "Tieta" internacional) e tentem transformar isso em lenda urbana. Sempre encontro A ou B disseminando este tipo de informação.
Ainda: Dizer que trilhas de novelas da Globo de 1987 e 1988 foram lançados em CD em Portugal também é fake news com exceção comprovada da trilha nacional de "Sassaricando" (que mais me pareceu um EP com faixas da novela do que a trilha propriamente dita). Mas dizer que "Bambolê volume 1" e "Vale Tudo" internacional saíram por lá e ainda utilizaram as capas dos cassetes (que não possuem a playlist que está na capa do LP) foi grotesco. Gente dizendo que achou a trilha de "O Salvador da Pátria nacional" em uma banquinha e não levou ou que fulano tem o CD original de "Fera Radical - internacional" e que ripou para o sicrano foi piada de mal gosto. Então, gente, para encerrar o assunto: PRIMEIRA MINISSÉRIE LANÇADA EM CD: ANOS DOURADOS (em 1988) • PRIMEIRA TRILHA DE NOVELA EM CD: O SALVADOR DA PÁTRIA - INTERNACIONAL (em 1989), seguido de QUE REI SOU EU? - INTERNACIONAL (1989) • PRIMEIRA COLETÂNEA NACIONAL: EXPOENTES (1988) • PRIMEIRA COLETÂNEA INTERNACIONAL: GALLERY (1988) • DA SÉRIE DE HITS: HITS EXPLOSION (1989). PRIMEIRO ÁLBUM DE ARTISTA ORIGINAL: GRUPO CHOVENDO NA ROSEIRA (1988) e depois EMILIO SANTIAGO (1988).
Espero ter esclarecido de uma vez por todas com informações baseadas em FATOS. FUI!!!!!