Varal de Cordéis Joseenses

Contato: prbarja@gmail.com

(Sugestões de temas são bem vindas!)



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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Cordéis Joseenses no I CONEFEA - Congresso Nacional de Educação

Em setembro/2018, os Cordéis Joseenses estiveram presentes no I Congresso Nacional de Educação - CONEFEA, promovido pela UNIVAP no Campus Urbanova. Tivemos uma mesa para exposição e venda de livros e cordéis, e no dia 5/set/2018 apresentamos um trabalho sobre os temas escolhidos pelos alunos em oficinas de cordel ministradas:



Clique AQUI para ler o artigo com o trabalho completo.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Conferência Livre em Cordel

     Neste mês de abril, estivemos no Pinheirinho dos Palmares, em São José dos Campos, onde participamos do Projeto Conferências Livres, etapa da Conferência Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente:

     A participação dos Cordéis Joseenses no evento teve dois momentos: i) acompanhamento das atividades de acolhida e integração, registradas em cordel; ii) orientação da criação de poema coletivo em métrica de cordel, vinculado ao tema proposto aos jovens.
     Destacamos dois pontos, no que se refere à participação dos jovens no evento: i) a participação foi majoritariamente feminina (os meninos apresentaram maior tendência à dispersão, enquanto as meninas participaram ativamente); ii) quase todos os participantes apresentavam idades entre 8 e 12 anos, ou seja, a participação infantil superou em muito a dos adolescentes. 
     Seguem os poemas compostos:

INTEGRAÇÃO

- Você veio aqui pra que?
Pode agora responder.
- Eu não tô fazendo nada;
 vim aqui só pra comer,
  mas minha amiga me disse:
  temos muito a aprender...

E uma coisa importante
desse nosso aprendizado
é perceber que aprendemos
com o colega do lado
e que acaba, nesse instante,
de nos ser apresentado.

Ouvir é muito importante:
é a primeira condição.
Para aprender e ensinar,
tem que prestar atenção
e perceber o que o outro
tem a ensinar, como não?

Na teia que a gente forma,
todo mundo colabora:
o sentimento de dentro
podemos botar pra fora
e construir a união
dia a dia, hora a hora.

Nossas mãos são diferentes:
são diferentes na cor,
diferentes no tamanho,
diferentes no calor
- mas todas são criativas:
a do aluno e a do doutor.

As diferenças que temos
são positivas pra gente:
o arco-íris é bonito
e é todinho diferente.
Quanto mais cores unidas,
mais belo é o nosso ambiente.


NA ESCOLA

Quando estamos na escola
e queremos aprender,
passamos a aula inteira
estudando pra valer,
escutando a professora
e o que tem a nos dizer.

Quando, no meio da aula,
alguém mostra preconceito,
magoando o coleguinha
sem que tenha esse direito,
isso dói no coração,
pois demonstra desrespeito.

Outros exigem respeito
mas não tem educação:
fazem barulho na aula,
falam muito palavrão
atingindo o professor
no ouvido e no coração.

Se você chuta a parede
ou agride o companheiro,
desperdiçando a merenda
e também nosso dinheiro,
mude logo de atitude:
deixe de ser barraqueiro!

A gente veio aprender,
mas pode conscientizar,
respeitando e dando exemplo
de como compartilhar
um espaço que é de todos
e que pode melhorar.

Temos oportunidade,
com caneta e com papel,
de expressar nossas ideias
escrevendo até cordel.
Somos arco-íris vivo;
nosso bairro é o céu.


CONCLUSÃO

Percebemos que a escola
tem muita diversidade;
cada aluno tem a sua
própria personalidade,
mas calma, que isso não dói:
a diferença constrói,
se existe boa vontade.

Convivência é desafio
que a gente deve encarar
para aproveitar a vida
sem jamais menosprezar
aquele que ainda não sabe
mas, antes que o ano acabe,
muito vai nos ensinar.


Ao lado de uma professora da escola, o cordelista inicia os trabalhos.
Na mesa, as pesquisadores Vanda Siqueira e Paula Carnevale.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CJ 81 - Cordel das Superstições...

Saindo do forno, com lançamento ainda em fev/2018, o Cordel Joseense 81


Vamos fazer um cordel
cheio de superstição:
sempre tem uns que acreditam,
outros já dizem que não;
tem quem aceite na boa e
quem provoque discussão (...)


Vendas & encomendas pelo tel. (12) 99129-3335



domingo, 10 de julho de 2016

"Fico cada vez mais rico" (sextilhas)

 - Produção Coletiva a partir da Oficina de Cordel ministrada no SESC Taubaté (9/julho/2016)


Distraído estava eu
pelo SESC a caminhar
e o caderninho de eventos
comecei a folhear;
pensei em jogar basquete, 
mas no cordel fui ficar.

A oficina era livre
para quem quisesse entrar
numa nave cultural
- não saía do lugar,
porém quem nela embarcasse
poderia viajar...

Nosso ponto de partida
foi a Europa Medieval;
voamos uns quatro séculos,
passamos por Portugal
e com Leandro de Barros
cá chegamos afinal.

Muita coisa eu aprendi
e ainda vou ensinar
cada vez que venho aqui
ou qualquer outro lugar:
fico cada vez mais rico 
na cultura popular!

Autores:
André Luiz, Felipe Oliveira, Paulo R Barja, Renan WM, Renata P Cursini, Rubens Júnior

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CJ 63 - Cordel do Amor em Sextilhas


Quinto Cordel Joseense produzido dentro do projeto 003/FMC/2015, uma parceria Prefeitura Municipal de São José dos Campos - FCCR - UNIVAP:









 



CJ 62 - Vida de Aluno em Cordel


Quarto Cordel Joseense coletivo produzido dentro do projeto 003/FMC/2015, com apoio da Prefeitura Municipal de São José dos Campos - FCCR - Univap:










quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PRECONCEITO NUNCA MAIS! (Cordel coletivo em oficina)

Na Semana Cassiano Ricardo 2015, participamos com oficinas de cordéis na Casa de Cultura Chico Triste. No encerramento, compusemos o poema coletivo abaixo:


PRECONCEITO NUNCA MAIS

O Brasil é um país
que recebe muita gente,
porém temos um problema,
vou dizer, infelizmente,
que ainda há preconceito
contra quem é diferente.

Definição de família
não é coisa pro congresso
Família é quem vive junto,
compartilha amor, sucesso...
o amor que dou e recebo
dentro do lar, eu que meço!

O Brasil tem tantos negros!
Não se pode admitir
que sejam discriminados:
Se me mandarem sair
vou exigir o sagrado
direito de ir e vir.

Muitos vivem ainda em guetos
Muitas vezes ouvem “não!”
dessa pátria que os exclui
por isso vejo razão
nos negros que hoje exigem
consciência BRANCA então!

O futebol brasileiro
nesse ponto é nota dez,
valorizando o talento
de quem tem bola nos pés.
A cor é só a do time:
que venham novos Pelés!

Para encerrar o cordel,
Bola agora pra vocês:
Ajudem a derrotar
Raiva, ódio, estupidez.
Juntos nós somos melhores!
Agora é a nossa vez!


(P.R.Barja e oficineiros da Casa de Cultura Chico Triste, outubro de 2015)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Um cordel de terror... feito coletivamente, em oficina criativa

Nas andanças com o projeto "Narração, Foto e Poesia", apoiado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC) de São José dos Campos, tenho ministrado oficinas em diversas escolas. Neste dia 27/8, fui surpreendido por uma turma incrível, altamente produtiva, da Escola Estadual Alceu Maynard (Jd. Motorama), que produziu durante a oficina nada mais nada menos que um cordel de terror... gastronômico! O texto será submetido à FCCR/Prefeitura de SJC com a solicitação de aprovação para ser materializado em folheto de cordel a ser distribuído para escolas. Por hora, segue o texto, na íntegra... e uma dica: não leiam perto do almoço, ok? 

 O STROGONOFF do MEDO

Essa história é mesmo estranha.
Eram só dez da matina;
fui comer strogonoff
sentado lá na cantina
e já estava ansioso
esperando uma menina...

mas o tempo foi passando,
acabou-se meu recreio
e fiquei desconsolado
pois a menina não veio.
Na boca, um gosto esquisito
aumentava o meu receio.

Depois que voltei pra casa,
fui assistir o jornal:
falava-se do sumiço
de adolescentes. Brutal, 
o apresentador dizia
que era caso policial!

Ao longo de uma semana,
cada vez mais um sumia.
Eu fiquei desesperado:
já vai chegar o meu dia!
Resolvi investigar
e ver o que descobria.

A caminho da escola,
vi um restaurante novo:
"Promoção de Strogonoff
 para alimentar o povo!
 Dois reais, o prato cheio:
 é melhor que pão com ovo!"

Assustei, ao ver o lixo
que já estava na calçada:
vi uma blusa da escola
toda de sangue manchada
e um anel em que havia
uma palavra gravada.

Era um nome apenas: Lara.
Do colégio então lembrei:
a Lara tinha sumido...
entendi tudo, já sei!
Porém, nesse mesmo instante,
enjoado, vomitei.

Quando enfim criei coragem,
avisei policiais.
Restaurante foi fechado
e não abre nunca mais.
O assunto virou manchete 
nas páginas dos jornais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CJ 59 - Oficina de Cordel

Em 19 de agosto, finalizamos a seleção da primeira (mini)coletânea de poemas produzidos por alunos das oficinas de cordéis que venho ministrando (principalmente para Ensino Médio). Inda vem mais... porque essa moçada tem muito o que dizer, e a gente quer ouvir...! Este Cordel Joseense está sendo distribuído em escolas públicas de São José dos Campos, dentro do projeto 003/FMC/2015, uma parceria com a Prefeitura Municipal de São José dos Campos, a FCCR e a UNIVAP: 










domingo, 31 de maio de 2015

Futebol, TV e bola (sextilhas de oficina)

No dia 28 de maio, os Cordéis Joseenses estiveram presentes na programação oficial do "CONTAÍ", festival de contação de histórias realizado no Centro da Juventude, em São José dos Campos. No final da oficina de cordéis, os participantes foram orientados a criar um poema em métrica de cordel (sextilhas com 7 sílabas poéticas). Aí vai a criação coletiva:

Futebol, TV e bola
(Sextilhas) 

Futebol é popular
- é nossa grande paixão -
mas, às vezes, dos problemas
ele desvia atenção
e, para nossa tristeza,
   também tem corrupção...

Quando vamos para casa,
outro problema persiste:
a gente não vive a vida,
muitas vezes só assiste
lá na tela da TV
- coisa que eu acho bem triste.

Bem melhor do que assistir
é a gente jogar bola
no campinho lá do bairro
ou na quadra da escola.
Assim é que o mundo gira;
assim é que a vida rola!


P.R.Barja e oficineiros do Contaí 2015

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A Peleja das Mulheres Contra o Monstro do Machismo (Mais Cultura Na Escola)


Finalizamos hoje as atividades de 2014 no Programa Mais Cultura na Escola na Escola Estadual Francisco Lopes, no Jardim Satélite, São José dos Campos. Trata-se de um programa do governo federal que tem permitido esta interação entre o professor-cordelista da Univap e a referida escola. Através do projeto que estamos desenvolvendo, alunos de Ensino Médio têm contato com obras da literatura de cordel e são orientados em criações coletivas neste formato literário. A moçada deu o tema e acho que fechamos bem o ano, vejam só:


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cordel e Meio Ambiente

Sábado passado (8/11), como atividade da parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente de São José dos Campos (SEMEA) e a UNIVAP, ministramos uma Oficina de Cordel para a formação de agentes de educação popular na área ambiental/agroecológica. Clique AQUI para ler matéria completa a respeito.


Cordéis Joseenses: sensibilização dos alunos para a criação coletiva
(foto: PMSJC)

Finalização da Oficina de Cordel com produção de texto coletivo
(foto: PMSJC)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Flor Falante: um Cordel Joseense cantado no ENCHIST 2012

Em 2012, ministrei a oficina "Cantando Histórias" no ENCHIST - Encontro Nacional de Contadores de Histórias - palmas à Cia XEKMAT pela organização! As 30 vagas da oficina foram preenchidas ainda em junho, e ocupamos o palco do Teatro Municipal de Santa Bárbara. Entre as muitas boas surpresas (ê povo bom, animado!), um dos grupos preparou uma versão cantada do Cordel Joseense "A Flor Falante". Parabéns, meu povo! Segue o vídeo:




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A arte do encontro


Fotos da apresentação de encerramento da Oficina de Cordéis realizada no SESC SJC. Dois novos Cordéis Joseenses foram lançados na ocasião: "Cordel do Pinheirinho" e "A Verdadeira História dos 3 Porquinhos" (este, em parceria com a oficineira Gianne).

Cantoria na abertura da apresentação...


 
Criança é sempre a prioridade! Já vou avisando...
 
Marzia Gatto e o causo cearense do Quinco: ecos medievais


Gianne Pereira, a mais nova parceira de criação: tem futuro!


Que a literatura seja, como a vida, a arte do encontro... Obrigado pela presença!

Fotos: Ila Maria Roxo Barja


domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Verdadeira História dos 3 Porquinhos


De vez em quando, a vida traz pra gente a oportunidade de interagir e criar em conjunto com outras pessoas. Isso é sempre bom. Durante a Oficina de Cordel realizada no SESC SJC, conheci a Gianne Pereira, que mostrou grande talento pra escrever no formato do cordel. A Gianne percebeu que o cordel é um formato que permite aliar a ficção com o olhar crítico em relação à nossa realidade. A partir de uma ideia e de um texto dela, acabamos aprontando esse novo Cordel Joseense:

Com a palavra, o Lobo:
Meus amigos, venham todos
Vou contar meu preferido
É um conto muito antigo
Nem tem dono definido
Pode ser Perrault ou Grimm
Ou autor desconhecido

Mas a verdadeira história
Eu, o Lobo, vou contar
Ouçam com muita atenção
Eu preciso revelar:
Fui vítima dos espertos
Que souberam me enganar

(...)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Texto do pesquisador Marco Haurélio sobre cordel

   O pesquisador, editor e cordelista Marco Haurélio disponibilizou em seu blog "Cordel Atemporal" um artigo muito bem escrito apresentando a literatura de cordel, inclusive comentando as métricas tradicionais no cordel.
   Pela sua relevância, inserimos aqui a ligação direta para o trabalho de Marco Haurélio, que merece aplausos:


Saudações cordelísticas!
P.R.Barja