| De Psicologias da Treta |
There is a pleasure in the pathless woods;
There is a rapture on the lonely shore;
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar;
I love not man the less, but Nature more...
Lord Byron
Christopher J. McCandless (12 de Fevereiro de 1968 - Agosto de 1992) foi um viajante americano que morreu perto do Parque Nacional Denali depois de caminhar sozinho na selva alasquiana com pouca comida e equipamento. O autor Jon Krakauer escreveu um livro sobre a sua vida, Into the Wild, publicado em 1996, que foi adaptado em filme, em 2007, dirigido por Sean Penn, Into the Wild, com Emile Hirsch como Christopher McCandless.
E este é apenas o mote para um excelente filme que nos remete para a nossa própria essência, os nossos demónios, os nossos sonhos, os nossos objectivos e para a forma como encaramos a vida. Chris McCandless aka Alexander Supertramp cumpriu o sonho de correr mundo, de qualquer jovem de 23 anos, com uma vida meio lixada, muitos traumas de infância e uma forma singular de viver a sua vida. Ele não queria um carro, uma casa e muito dinheiro. Ele queria a verdade, ele queria a liberdade, fugindo da única fonte de sofrimento que tivera até então: pessoas.
"you are wrong if you think that the joy of life comes principally from the joy of human relationships. God's place is all around us, it is in everything and in anything we can experience. People just need to change the way they look at things."
No fim, ele deixa-nos escrito: "Happiness only real when shared." E talvez seja mesmo isso, e talvez a felicidade de Chris atinja todos aqueles que virem este filme de Sean Penn e culmine num ponto alto que faz pensar que no âmago de todas as suas loucas ideias, no final, talvez não fosse tão louco assim. E não estivesse, no fim de contas, tão errado e tão só como muitos possam pensar que estava. A partilha cumpriu-se e o sonho também. A partir daí, não terá sido uma existência, a de Chris, plena de significado?